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História Rainha do repolho - Casamento alá Moon Bae


Escrita por: Areummie

Notas do Autor


GUESS WHO'S BACK? QUEEN IS BACK.

Capítulo 3 - Casamento alá Moon Bae



Você deve estar imaginando que meu casamento com Seungcheol foi todo trabalhado no luxo, naquelas capelas enormes as quais você tem que alugar três anos antes do casamento só pra garantir, mas é de Moon Bae que estamos falando e se tem uma coisa que eu faço direito é merda – Não no sentido literal, estamos tentando manter o minímo de classe que resta-nos.

Aconteceu o seguinte: no mês do meu casamento mamãe desenterrou todo e qualquer pedaço de pano branco que ela guardava desde a adolescência, só Deus sabe o porquê, para planejarmos uma decoração lindíssima para o meu grande dia – e cometermos um atentado terrorista contra nossos pulmões, tinha mais pó naqueles panos do que tem em todas as quebradas do país.

Pois bem, até aí sem problemas, né não? Óbviamente, se falamos de Moon Bae, falamos de problemas. Papai queria celebrar meu importantíssimo casamento no quintal de casa, isso mesmo, no mesmo lugar onde as galinhas ficavam, vê se pode? Eu me neguei a casar com um vestido bicolor – porque aquele barro com certeza pintaria meu vestido todo — e bati o pé até mudarmos a locação para a igrejinha do vilarejo, que era só três centímetros maior que meu quintal, mas já era melhor. Claro que toda essa discussão aconteceu bem longe do meu Deus grego, nunca vou deixar ele ver meu lado demoníaco.

Tinham altas confusões – me contrata, Globo! – envolvidas na preparação do meu casamento, minha mãe e eu nunca concordávamos e meu pai só dava o ar de sua graça pra causar discórdia. Eu tinha que ter nervos de aço pra lidar com aqueles dois, cuidar dos meus repolhos e, no final do dia, aparecer toda barbiezinha sem uma ruginha de stress sequer pro meu boy não notar que eu estava quase tacando fogo na minha família, eu era uma ótima atriz porque meus amores, Moon Bae só sai de casa com os lacres prontos pra distribuir.

—Bae, se fosse pra você ficar no mundo da Lua, era melhor ter mudado-se pros Estados Unidos e entrado pra NASA, querida. Tá achando que os repolhos se colhem sozinhos?

Se eu sou grossa, a culpa é desse homem aí que eu chamo de pai. Poxa, eu só tava me sentindo nervosa com meu casamento e ele ligava mais pros repolhos do que pra mim, óbvio que eu, a adulta, mostrei a língua pra ele e voltei ao trabalho. Isso até uma chuva vinda do inferno, porque pra ser um temporal daquele tinha que ter vindo de lá, fiquei toda encharda no pouco tempo que eu levei pra cobrir os repolhos e levantar, nem esforcei-me em correr, já estava molhada mesmo. Andei mais lento que ônibus lotado preso no trafégo – e sim, eu sei o que é um ônibus.

Cheguei em casa parecendo um gato peludo depois de molhado, ou seja, horrível e quem estava lá? Ele mesmo, meu Deus grego, Choi Seungcheol. Essa mania de aparecer quando eu estou um horror tem que parar.

Todo sorridente e fofo, Cheollie me cumprimentou com um selinho e eu tremi nas bases, é impossível acostumar com esse homem, anotem. Ele estava em casa para me levar até a cidade, pois queria escolher algumas coisas do casamento junto de mim, vou confessar que eu fiquei rezando pra chuva, que agora havia diminuído, aumentar enquanto estivessemos na cidade para que pudessemos passar um tempo sozinhos longe dos meus pais e das loucuras deles.

Depois de me secar e me vestir – dessa vez com o tipo de roupa que jovens normalmente usam – entrei na caminhonete dos Choi e ele acelerou, me senti uma milionária naquele carro, veja bem, o do meu pai tem mais idade do que eu e Seungcheol juntos e está na família há tanto tempo que suspeito ser algum tipo de herança ou castigo, porque aquele carro dava mais problema que eu quando não quero trabalhar.

Chegar na cidade e ver uma parte da civilização que tinha a minha idade foi emocionante, até eu perceber que todo mundo ali era extremamente bonito, o que fazia de mim tão feia quanto legume de resto de feira.

Lógico que eu agarrei o braço de Seungcheol e não deixei ele se afastar de mim, mesmo que todo mundo me olhasse estranho – Talvez pelo olhar demoníaco que eu lançava pra tudo e todos.

As compras foram bem e eu estava louquinha pra voltar pra casa, mas fomos tomar sorvete antes porque Cheol me ama e sabia que eu não via um desses há três décadas. Nem preciso dizer que eu parecia criança comendo, né? Pois é, paguei um micão, mas paguei feliz.

O dia do casamento mais esperado pela humanidade – Chupa príncipe William – finalmente tinha chegado. Vou dizer pra vocês que eu fui a noiva mais largada que já existiu, minha mãe estava se maquiando e me deixou de lado, suando no calor infernal e pensando no banho que eu tinha acabado de desperdiçar.

Perguntei pra minha mãe quando ela ia lembrar que eu era a noiva da situação e ela me disse que ia estar do meu lado na igreja e não podia estar feia, vocês acreditam? Porque eu tô chocada na plantação depois dessa.

Não bastasse mamãe se maquiar igual uma top model ela ainda botou um vestido mais justo que Jesus Cristo e os saltos mais caros que tinha, minha mãe tá tentando roubar a cena no meu casamento, me chama de rosa porque eu tô em chock.

Quando eu finalmente ganhei atenção da minha mãe, já precisava de outro banho e meu pai já estava aos berros dizendo que estávamos nos atrasando. Sabe aquele papo de que a noiva sempre se atrasa? Minha mãe levou a sério um pouco demais.

Fui obrigada a tomar banho em trinta segundos e ser maquiada as pressas, eu não mereço. Depois ainda me enfiaram naquela carroça que meu pai chama de carro, mesmo que meu vestido tenha ficado um pedaço pra fora da janela por ser grande demais pro ferro velho – Apelido carinhoso pro carro, tô nervosa, não me julguem.

Quando cheguei na igreja eu queria estar só o início da parte da Pabllo Vittar em Sua Cara, mas eu estava mais pra desespero total do que pra "preparada pra atacar". Casar da medo, não recomendo.

Meu pai me deu a mão pra me puxar pra fora do carro, porque eu estava intalada lá, enquanto minha mãe fazia um escândalo pra que tomassemos cuidado com o bendito vestido. Quando estava pra sair do carro, bati a cabeça forte o bastante pra abrir espaço pra um chifre sair do meio da minha testa, triste.

Finalmente fora do carro, meu pai fez um sinal pra um cara que estava ali e ele correu pra dentro da igreja, provavelmente para avisar que eu tinha chegado. A marcha começou a tocar alto, me fazendo ficar super nervosa, sinceramente, eu queria sair correndo dali, mas como aquele vestido me impossibilitava e meus pais já me arrastavam pra dentro, fui obrigada a andar. Segue o baile, né.

Aposto que eu ia sair com cara de dor e sofrimento em todas as minhas fotos de casamento, bem Moon Bae mesmo.

Quero nem dizer que Seungcheol estava bonito para um sr. Caralho, porque vocês já sabem e eu não sou repetitiva –Faço uma merda diferente a cada dia, tá? –, o padre me olhou com a maior cara de "Onde acharam essa demônia, Jesus?" E eu fiquei um pouco ofendida, aposto que o padre tava com inveja de mim. Três beijos no seu coração seu padre, esse boy aqui é meu.

Não vou contar meus votos também porque essas coisas são um tédio, a gente promete que vai estar lá pra tudo, mas na primeira gripe, quando o mozão estiver todo catarrento, eu vou estar é bem longe porque não sou obrigada e porque meus repolhos não merecem ficar sem mãe.

Antes a única parte que eu gostava em casamento era a comida, mas agora "Pode beijar a noiva." É minha favorita, e que beijo heim! Seungcheol é um boyzão da porra, meu Deus.

Fizemos show pra sair da igreja, falo mesmo, Cheollie me pegou no colo e eu finalmente pude gritar –Internamente porque eu não quero um dirvócio assim tão cedo – chupem vadias da cidade que me zoavam na escola, Moon Bae casou com o melhor boy desse país!


Notas Finais


Thankyu por ter acompanhado a trajetória da rainha mais diversificada da plantação <3


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