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História Rapunzel - Não tenho um presente.


Escrita por: Hoch

Notas do Autor


Ijiharmoni, feliz aniversário.

Esta história tem um pouco de nós dois...

Assim como eu fui o Jeongguk em sua história, aqui você é Park Jimin.
Espero que goste. Te amo muito, você é um grande amigo. Que consiga seu sonho, e que me leve com você.


Leia escutando: Brother - Kodaline

Capítulo 1 - Não tenho um presente.


“Querido Park Jimin,

Seu aniversário chegou, e não posso te dar seu presente.

Há muitas coisas que quero fazer, mas não posso fazê-las. Sei que sabe, mas vou repetir. E ano que vem, nesta mesma data, vou repetir mais uma vez. Até o dia em que eu não precise mais falar:

Park Jimin, se eu pudesse, te levaria para comer fora, as comidas que me diz serem as mais gostosas. Se eu pudesse, te levaria à pequena feira no final da rua, e compraria para você o presente que mais gostasse. Iria com você em uma festa para a qual não fomos convidados, e o tiraria para dançar. Veria seu corpo bêbado, e o abraçaria antes que caísse. E ninguém mais riria de você, além de mim.

Sei que sabe, que coisas mais simples, eu poderia fazer. E é estranho, até para mim, pensar que para todos, comer fora, ir à feira, sair para beber e dançar, seria fácil. Pois para mim não é. E ainda sim, a mais difícil de todas as coisas que quero um dia fazer, é, simplesmente, conhecê-lo.

Eu quero desesperadamente te encontrar, porque as cartas que nos unem não são o bastante. Nem mesmo as ligações, ou as fotos. Não adianta quantas risadas eu dê por sua causa, lendo o que me escreveu, ou quantas vezes eu salve seu rosto em minha memória, por conta de uma Polaroid. Muito menos me adiantam os planos que fazemos, que só me fazem de bobo, me tornando o menino mais esperançoso que já viveu.

São muitas as coisas que ainda quero fazer quando sair desta casa – se um dia sair. Eu quero fumar, quero furtar uma loja de conveniências, e quero transar numa piscina. Quero ir ao fliperama, ao cinema, ao Japão e a Veneza. Quero vestir as roupas mais caras, e devolvê-las para que não paguemos, e quero ver um avião decolar. Eu quero andar em um Fusca, a mais de cem quilômetros por hora, e quero me perder numa multidão de rostos que nunca vi.

Não posso crer que não correremos pelas ruas da cidade, gritando para que a atenção seja nossa, e a vergonha seja alheia. Não posso crer que não poderemos falar mal de ninguém, e não consigo aceitar o fato de que nunca ensinaremos a alguém, que não se deve mentir. Não consigo me imaginar não fazendo essas coisas, em um dia por vir.

Hyung, você é a pessoa que mais esteve aqui por mim, sem nunca me olhar com seus olhos. E é a pessoa que mais me abraçou, sem precisar me tocar. É quem me fez a melhor companhia quando eu não tinha ninguém, nem mesmo você, e limpou minhas lágrimas, sem molhar as mãos, quando tentei tirar minha vida. E por isso, te agradeço. Não mereço o que me dá, e por isso, te peço perdão. Pois tudo o que me deu, isso nunca poderei retribuir.

Os sentimentos que possuo por você, não cabem neste texto, não importa o quanto eu escreva, o quanto eu reescreva, ou quantos eu te escreva. E a culpa me bate, porque meu amor só cabe na sua presença, e no simples fato de te ter ao meu lado. E este é meu desejo mais egoísta, uma vez que não posso sair até que melhore, e não consigo melhorar.

Te contei? Me disseram que nunca serei são o suficiente.

Às vezes me pego pensando no porquê de me enviar suas cartas, ou como me descobriu, ou como descobriu onde moro. Talvez eu já tenha te conhecido, mas você nunca me contou. Talvez tudo tenha começado quando me viu na janela daquela casa de loucos, na esquina com a praça – se é que isso aconteceu. Estou especulando que tenha um motivo para ser meu amigo, ou que um dia tenha me visto. Sei que é um tanto ignorante de minha parte. Porém, pense comigo, quem seria amigo de um maluco?

Sempre me disse que eu não era diferente de você, tantas vezes que cheguei a pensar que era louco como eu. Agora sei que o que estava realmente tentando me dizer, era que eu era tão ser quanto você é, tão vivo quanto a ti. E é por isso que eu nunca poderei deixar de te encontrar por meio dessas cartas, porquanto você é o único que não me humilha, nem me desmerece.

Espero ansiosamente pelo dia em que eu desmentirei aqueles que me disseram, que minha loucura era incurável, e que o que tenho é infinito. Você me disse, certa vez, que contanto que eu queira, tudo posso, e nem minha própria mente irá contra mim. E sempre acreditei nas coisas que me escreveu, não importa o quão surreal fossem, pois a verdade dói, e você é honesto, não piedoso.

O aniversário é seu, mas a carta é sobre mim, o garoto que prenderam na torre para que enlouquecesse.

De seu querido, Jeon Jeongguk.”

 


Notas Finais


Kyaaaa^^

Te amo, Ijihota, pra um carai bem grande.

Hochii~~~


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