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História Raridade - Desacreditar


Escrita por: CONTRAkacchako

Notas do Autor


Leiam as notas finais

Capítulo 19 - Desacreditar


Positivo, era o resultado.

O mundo parecia que tinha caído, para Izuku, ele era tão novo. Não podia ser pai agora.

Ele começou a vasculhar o armário de Ochako esperando que ela tivesse outro teste. E felizmente tinha.

Mesmo processo, mas a ansiedade de Izuku estava maior, se pudesse teria aperto um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro.

— Por favor. — Izuku implorou para que fosse falso positivo.

Porém novamente, positivo.

Ele escorregou até o chão do banheiro, achando que tudo não passava de um pesadelo, mas aquela era a vida real, ele seria pai ao 16 anos.

Seria só mais um ômega, que a sociedade vai chamar de idiota e desnaturado.

O que ele vai fazer? Ele não podia simplesmente fingir que aquilo não existia, e não podia abortar, aquele também era o filho de Shouto.

Por que ele teve que pensar nele justo agora? Izuku estava tão confuso, ele estava com raiva de Shouto, ele tinha mentido e escondido coisas importantes. Como Izuku iria perdoá-lo?

Ele saiu cabisbaixo do banheiro. Ochako parecia mais ansiosa que ele.

— E então? — Perguntou Ochako.

— Positivo. — Disse Izuku.

Ochako o abraçou, as lágrimas de Izuku caíam sobre suas costas.

— O que você vai fazer? — Perguntou Ochako.

— Eu não sei. — Foi como se Izuku tivesse tirado uma pedra de sua garganta. — Eu tenho medo do que ele vai fazer. De como vai sentir.

— Você não pode esconder isso dele.

Izuku sabia disso, um dia Shouto saberia do bebê, na verdade todos saberiam, e Shouto quisesse ter o bebê.

Para ele seria fácil, não teria que jogar sua vida fora por causa do bebê. Um ômega grávido é só uma conquista simples, para um alfa.

Ele sentiu seu corpo pesar, e deixou cair sobre Ochako.

— Ei! — Exclamou Ochako.

Izuku se recompôs.

— Desculpa, eu só me sinto meio cansado.

— Você tá passando por muito estresse. Não é bom pro bebê. Deita na minha cama e descansa.— Ochako o ajudou a deitar.

— Obrigado. — Izuku começou a bocejar.

Era estanho não dormir em seu ninho. Sem ter o sobretudo de Shouto para abraçar durante a noite.

As pálpebras pesaram, por fim ele dormiu.

Izuku sentiu algo vibrando em sua perna. Ele abriu os olhos lentamente, tirou seu celular.

15 chamadas perdidas do Shouto. Ele ligou mais uma vez. E Izuku exitou antes de atender.

— Oi Shouto. — Disse Izuku tentando não parecer seco.

— Oi Izuku, eu queria saber se você podia vir na ponte perto da sua casa? — Shouto estava parecendo agitado.

— Claro. — Izuku desligou.

Ele saiu do quarto de Ochako, descendo as escadas.

— Você está melhor?

— Um pouco. — Disse Izuku. — Ochako eu vou sair para encontrar com o Shouto.

— Quer que eu vá junto? Pra caso você sabe… vomitar.

— Não eu invento uma desculpa se acontecer.

Izuku saiu da casa. O vento frio da noite fez seus músculos da face doerem. Ele caminhou abraçando seu corpo para se aquecer.

Ele chegou a ponte, os feromônios de Shouto podiam ser sentidos de longe, aquele cheiro de cravo fez seu estômago se revirar, porém ele se conteve para não vomitar.

Aproximou de ponte lentamente, e viu Shouto encostado na ponte, sua expressão era tão serena observando o rio, e ele ficava tão lindo as luzes da cidade.

Quando o Shouto viu Izuku, ele sorriu e começou a correr de encontro a Izuku.

— Oi. — Disse Shouto.

— Oi. — Izuku não pode ficar com raiva, com o sorriso de Shouto.

Shouto o abraçou, Izuku deixou sua cabeça descansar no ombro de Shouto, sentindo o aroma de cravo e… cereja? E morango? Eram cheiros de outros ômegas.

Izuku jogou Shouto para longe.

— O que foi? — Perguntou Shouto.

— O que foi? Você ainda pergunta! Eu sinto os cheiros de outros ômegas em você.

— Izuku calma. Eu posso explicar…

— E que tal explicar isso! — Izuku jogou o saco da droga em Shouto.

— Onde… você achou isso?

— Não venha fingir que não sabe! Eu vi você jogando isso pela janela, quando estava saindo da Lupa.

— Você… você foi?

— Sim, mas não fui sozinho, a Ochako foi comigo. Então ela pode ver suas mentiras.

— Izuku eu não pude falar porque… meu pai é o dono da Lupa e o ele é o chefe do tráfico. E eu vou ser o próximo.

— E você não me disse nada!

— Eu não podia eu tinha medo dele te machucar.

— E ia esconder de mim até quando? Até começar a traficar? — Izuku se virou para ir embora.

— Por favor Izuku fica. — Shouto tirou a caixa de alianças. — Eu sei que esse não é o momento certo, mas eu te chamei por isso. Eu não só gosto de você. Eu te amo.

Izuku se virou, ele olhou para caixa. Ele aproximou a mão da caixa.

— Desculpa Shouto, mas… eu não consigo mais acreditar em você. — Izuku fechou a caixa.

Ele começou a ir embora.

— Izuku para! — Gritou Shouto usando sua voz de comando sem querer.

Porém Izuku havia parado.

— Izuku eu…

— Não… me toque. — Izuku começou a chorar.

— Eu sinto muito eu não queria…

— Eu estava errado sobre você, não é diferente de nenhum alfa que eu conheci. — Izuku começou a correr.

Shouto ficou estático, uma garoa fina e fria começou a cair.

Shouto sentia suas lágrimas quentes passarem por seus olhos. Ele começou a andar rapidamente em direção a sua casa.

Ele entrou em casa jogando os tênis em qualquer lugar. Correu para seu quarto, e se jogou na cama.

Shouto sentiu a caixa dura, machucar sua barriga. Ele a tirou de seu bolso, olhando mais uma vez para as alianças.

Raiva e tristeza se uniram ele apertou a caixa com força, antes de atirá-la em um canto do quarto.

Esperando nunca mais vê-las e tentar desesperadamente esquecer Izuku. Se isso fosse possível.


Notas Finais


Qualquer ameaça de morte deve seguir de "Juro pelo Rio Estige"


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