- Só pode ser outra casa. De acordo com a bússola nós não fizemos nenhuma curva. – Darwin informou. Ele tentava se manter calmo diante daquela situação, porém aquilo tudo era insano e assustador.
- Mya, o que está fazendo? – Simon perguntou.
A ruiva estava lambendo um galho que encontrara no chão na tentativa de se acalmar. Ela larga o galho como se sua atitude fosse normal e se volta ao loirinho:
- O quê? Nada.
Ele ri com a ação da garota.
- Gente, acho que é inútil tentar fugir assim. Se o homem que nos sequestrou tem o poder de nos teletransportar, não vai ser fácil fugir daqui. Devíamos entrar em contato com ele e saber o que quer de nós. – Taiga, assim como os outros, não queria ficar ali, mas era a única opção viável.
- Ela tem razão. – concordou Darwin. – Vamos.
O grupo entrou na casa, e para confirmar o que temiam, todos os pratos quebrados, camas mexidas, móveis mudados e coisas deixadas para trás estavam ali mostrando que era a mesma casa de antes. O garoto ruivo diz que tentaria encontrar algum sinal, ou alguma maneira de falar com o culpado daquilo tudo. Sayuri tenta disfarçar ao máximo a dor que sentia nos pés, mas não atuou bem o bastante para enganar Eric. O moreno a pega nos braços para sua surpresa, e a leva até uma cadeira, sentando-a.
- O..O que esta fazendo? – a menina já estava vermelha o bastante para qualquer um notar sua vergonha.
- Devia ter avisado que estava machucada. – ele diz tirando os sapatos da garota com cuidado.
Ela pensa em dizer algo mas nada lhe vem a cabeça, apenas aceita os cuidados dele. Ela olha para aquelas belas mãos, trabalhando com destreza, seus braços desnudos expondo aqueles músculos torneados e definidos, seu cabelo negro amarrado deixando escapar alguns fios, seus olhos sérios e misteriosos, sua boca...”Não! Pare com isso Sayuri!”, ela desvia o olhar ao perceber como havia se distraindo olhando para Eric, ficou tão perdida em pensamentos que nem sentiu a dor dos machucados. Ela fixava o olhar em um objeto qualquer para não cair na tentação de olha-lo outra vez, porém seu rosto continuou vermelho como um tomate. Se concentrava tanto em não olhar para ele que nem percebeu os olhos masculinos sobre ela, o moreno já havia terminado seu serviço e agora encarava a pequena Sayuri.
Ao ver o vermelho de seu rosto, o lobo de dentro do rapaz é despertado. Um lobo que via a ovelhinha fraca e frágil na sua frente. Um lobo que adorava brincar com corações, e acabara de encontrar um novo brinquedo. Aquele foi o grande erro de Sayuri, deixa-lo perceber.
- O..Obrigada... – agradece ela.
Eric se levanta, apoia seu antebraço nas costas da cadeira dela, ficando de frente para ela e com o rosto bem próximo. A jovem arregala os olhos assustada com aquela aproximação repentina.
- Não há de que. – a voz do moreno era sensual e provocante, seus olhos estavam fixos no dela.
Em seguida sai como se nada tivesse acontecido, seguindo para um dos quartos. A pequena ficou paralisada, o ar havia saído de seus pulmões e seu coração acelerado como o de um beija-flor. O que acabou de acontecer? Mil coisas passavam em sua cabeça, ficou confusa e envergonhada. O que essa atitude quis dizer?..
~~~
- O que é isso? – pergunta Mya apalpando algo em suas mãos que encontrou na sua mochila.
- Giz – responde Simon.
- Sério?! Que cor??
- Vermelho.
- Ebaaa!!
A ruiva aperta os giz contra o peito como se tivesse os abraçando. Simon apenas observa confuso a reação da colega. Ela os guarda, pegando apenas um e começa a mastiga-lo. O loiro solta gargalhadas ao ver aquela cena, jamais imaginaria que os giz serviriam para isso. Ela da um murrinho no garoto e começa a rir também.
- Mya, você é hilária kkkk.
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