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História Re: Vida em um mundo de fantasia - Nascimento do ódio


Escrita por: saicana2

Notas do Autor


Já fazia bastante tempo que eu queria escrever uma fanfic de Re:Zero com um Subaru feminino, sendo assim aproveitem.

Capítulo 1 - Nascimento do ódio


Em um vilarejo isolado no meio do nada uma jovem garota de doze anos caminha ao lado de seu pequeno irmão, carregando uma pilha de lenha nas costas enquanto a neve caia naquela manhã nublada. O vilarejo localizado ao norte de Kararagi, que costuma ser um país quente o ano inteiro não fazia parte dessa descrição, pois se localizava perto das terras de Gusteko, um país que costuma ser frio o ano inteiro, pode se chamar até mesmo de "fim de mundo" um lugar onde ninguém pode perturbar sua paz.

Subaru:E então Koda, está animado pra aprender a caçar?

Koda:Claro e depois eu vou aprender a lutar que nem você.

Subaru:Calminha ai, você ainda é muito novo para lutar, se não tiver paciência nunca vai aprender entendeu?

Koda:Você é bem chata sabia?

Subaru:Vamos fazer o seguinte, quando você aprender a lutar vamos nos enfrentar e se você vencer eu te dou a minha arma, eu vou ganhar ela em breve mesmo.

Koda:SÉRIO? QUE DEMAIS - o garoto sai correndo na frente saltitando de alegria -

Subaru:*O que eu faria sem esse peste?*

???:Ei, Subaru.

Subaru:Bom dia velhote, como vão suas costas?

???:Bem melhores, agradeça a sua mãe pelo remédio.

Subaru:Pode deixar.

Após alguns minutos caminhando a garota chega em casa, antes de entrar ela observa as outras crianças mais novas brincando com seu irmão, ela adentra a casa e encontra sua mãe preparando o fogo para cozinhar o almoço.

Subaru:Quer ajuda?

Nahoko:Sempre prestativa, onde está seu irmão?

Subaru:Foi brincar, cadê o vovô?

Nahoko:Ele convocou a vila toda para uma reunião hoje a noite, está fazendo os preparativos.

Subaru:Entendi, então vamos fazer o almoço logo, o papai deve chegar em breve.

Depois do almoço as duas fizeram as tarefas normais junto com os outros membros da vila, incluindo alguns homens que não foram a caça, lavaram roupa, retiraram a neve das pequenas ruas e costuraram as roupas das crianças descuidadas. Ao cair da noite o chefe da família tinha chegado com os resultados da caça, como não existiam condições para plantação naquela área o povo vivia exclusivamente de animais, por isso todos aprendiam a caçar desde muito cedo seja homem ou mulher, os fracos não tinham vez naquelas terras.

 Com a reunião de todos após a chegada dos caçadores a reunião começou, o avô de Kenichi pai de Subaru deu início ao assunto em questão, algo que era difícil ter em um lugar como aqueles.

Rigel:Obrigado a todos por comparecer, estou aqui para tratar de um assunto muito importante então serei breve... Nós corremos grande perigo.

 Os presentes começaram a se agitar sem entender a notícia, Kenichi como líder da vila pediu para que todos se acalmassem e ouvissem o que o conselheiro tinha a dizer.

Rigel:Como alguns de vocês sabem, eu tenho uma benção que me permite prever catástrofes que estão muito próximas de acontecer e previ que o Culto da Bruxa vai nos atacar em breve, por isso temos que nos mudar para outra área mais ao norte, ou nos preparar para o combate, faremos uma votação para decidir qual das opções seguir.

???:Ir mais ainda para o norte?

??:Mas as condições de vida lá são muito mais extremas.

Os murmúrios recomeçaram novamente, as pessoas estavam ficando com medo por que todos sabiam que estavam de mãos atadas em qualquer uma dessas decisões, ir para o norte dificultaria mais ainda a sobrevivência e lutar poderia gerar muitas perdas, o que faria com que fosse mais difícil ainda só reviver. Após muita conversa o povo decidiu por abandonar aquela localidade, todos pegaram o que podiam carregar nas costas por não ter dragões que aguentassem o frio, era surreal que qualquer ser humano aguentasse viver ali, principalmente os recém nascidos 

Dois dias após nossa saída o local foi atacado e destruído pelo culto, alguns meses depois o grupo chegou a uma planície mais fria que seu antigo lar, mas tinha uma lagoa ligada ao mar da grande cachoeira onde pltidos poderiam pescar, por isso seria mais fácil estabelecer sua morada ali.

Dois anos se passaram e tudo estava pacifico as vidas do povo continuaram normais desde então, Naoko engravidou novamente e já estava com cinco meses, o avô de Subaru morreu de febre e foi cremado com todas a honrarias do povo, que não enterrava os corpos, caso contrário o frio o manteria conservado e seu espírito não encontraria o caminho da paz com o resto da natureza, ou com o Od Laguna.

Enquanto Subaru aprendia a lutar com uma das guerreiras da vila, o irmão mais novo estava aprendendo a caçar com Kenichi, Subaru aprendia magias de fogo mesmo não tendo afinidade com o elemento, afinal o clima ajudava muito nesse quesito. Kenichi pediu para que a guerreira ensinasse Subaru a usar um chicote em batalha, isso ajudaria com a arma que ela receberia em um futuro próximo.

Agora a família esta em casa jantando enquanto Naoko praticamente devora tudo que tinha no prato, a mulher em questão tem tido um apetite enorme desde que engravidou, isso dava mais trabalho para Kenichi, mas o bom humor que vinha demonstrando mostrava que valia a pena cada passo dado na neve, independente do peso que carregasse, o que era muito se você parasse para observar os animais que se adaptaram para viver naquele local.

Koda:Estava uma delícia mãe.

Nahoko:Agradeça a Subaru, foi ela quem preparou a comida hoje.

Kenichi:Você cozinhou, eu estou sonhando por acaso? Se é assim já está pronta para casar filha, devia escolher algum pretendente do vilarejo.

Nahoko:Não pressione ela assim, nossa filha vai escolher a pessoa certa no tempo certo.

Subaru:Mamãe tem razão, eu ainda tenho muito tempo, por enquanto eu vou focar no meu cargo de futura líder da vila e ficar o mais forte possível.

Kenichi:Éssa é minha garota, mas já é hora de dormir melhor irmos pra cama.

Nahoko:Seu pai tem razão, vamos filha.

Assim que a Subaru limpou a boca da mãe enquanto os outros riam da cara emburrada dela, todos foram para a cama, Kenichi decidiu que seria melhor ele não dormir com Naoko devido a gravidez, poderia aver o risco de ele passar alguma doença que trouxe da última caçada, era muito importante prevenir os riscos em um ambiente tão extremo.

Após dois meses nessa rotina chegou o dia em que Kenichi daria uma arma para Subaru, ele a presenteou com uma corrente que tem uma lâmina estelar na ponta, enquanto o apoio das mãos servia como um porrete laminado caso o inimigo chegasse perto, era perfeita e se chamava estrela da manhã a primeira de todas já criadas, qualquer ser vivo que fosse acertado pela ponta seria explodido caso o usuário quisesse, a guerreira recém formada pediu para ficar com o chicote de treino, assim ela só usaria a arma principal se realmente fosse necessário.

Durante mais uma de suas noites, a família descansava após um dia cheio de trabalho e treino, todos os dias naquele lugar eram iguais, mas ninguém se cansava de viver ali, o sentimento de acolhimento do povo supria qualquer necessidade por algo novo naquele lugar, mas aquela noite em específico seria diferente. Enquanto todos dormiam, uma explosão aconteceu dentro de uma das casas no interior do vilarejo.

Koda:O que foi isso?

Kenichi:Koda pegue seu arco, Subaru seu chicote e Nahoko, fique aqui até voltarmos entendeu? Proteja nosso filho.

Quando saímos estava tudo um caos, o culto da bruxa eliminou a maior parte dos abitantes em silêncio antes de botar fogo em tudo, meu pai veio até mim e me entregou uma pequena caixa amarrada em um colar e me mandou protegê-la a qualquer custo, então ele nos mandou pegar nossa mãe e levá-la para um lugar seguro, após isso ele entrou em um combate suicida junto com o resto dos moradores. Pegamos nossa mãe e corremos para a área dos barcos, mas no meio do caminho uma pedra de fogo explodiu bem perto de nós, nossa mãe tentou nos proteger erguendo uma parede de terra congelada, mas a explosão nos atingiu e nos fez rolar ladeira abaixo, quando eu abri os olhos minha mãe estava alguns metros longe de nós... Morta, desfigurada e com a barriga aberta, mostrando o bebê em meio aos órgãos internos espalhados pelo chão.

Meu irmão tentou correr desesperado até ela, mas eu o segurei e o carreguei enquanto ele se debatia para se soltar, no meio do caminho apareceu um cultista que carregava um machado enorme, ele tentou nos acertar, mas eu me joguei para trás e o golpe passou reto enquanto ele se preparava para outro golpe. Como estávamos perto da beirada para a área dos barcos não tinha como escapar, então eu peguei a estrela da manhã e o chicoteei na cabeça, a lâmina ficou travada na carne e eu a puxei arrancando um pedaço, logo depois a cabeça dele explodiu e nós fomos jogados na água junto com os pedaços que voaram do que já foi um corpo.

Por causa do impacto a caixa quebrou e uma fumaça preta saiu dela e entrou no meu corpo, eu fiquei zonza no começo, e senti meu corpo queimar por dentro, mas meu irmão me sacudiu e me fez voltar a mim. Eu mandei meu irmão subir em um barco e comecei a empurrar para que nos afastassemos da confusão, quando a água estava na altura do meu peito eu subi e comecei a remar, ao longe pudemos ver nossa casa em chamas enquanto meu irmão desabava em lágrimas.

Aquela foi a noite em que o Culto da Bruxa selou seu próprio destino.



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