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História Re: Vida em um mundo de fantasia - Seguindo em frente


Escrita por: saicana2

Notas do Autor


Não vou deixar nenhum recado já que são 01:21 da manhã então, tenham uma boa leitura.

Capítulo 2 - Seguindo em frente


Subaru

 Após sairmos da vila eu remei até que meus dedos ficassem dormentes pelo frio, nossas roupas não ajudavam em nada com a temperatura e não sabíamos para onde ir depois que chegasse nos em terra firme.

 Por sorte nos pudemos chegar ao outro lado do rio antes da queda d'água que deságua para fora do mundo, Koda e eu não conseguiamos falar nada apenas caminhar para longe do desastre enquanto adentravamos na floresta de pinheiros e desaparecemos sem deixar nenhum rastro para trás, faltando três horas para o amanhecer encontramos um acampamento perto de onde estávamos.

 Meu irmão tentou avançar para buscar ajuda, mas eu o parei e nos abaixamos para ninguém nos ver, os poucos que estavam no acampamento usavam roupas do culto, meu irmão e eu nos esgueiramos pelas redondezas procurando alguma abertura que pudéssemos aproveitar.

Subaru:Muito bem, fique em silêncio e faça exatamente o que eu disser entendeu?

Koda:Não precisa dizer, vamos logo droga.

 Subaru:Consegue acertar aquele vigia que está em cima da árvore?

Koda:Mas é claro.

 Quando o alvo se virou, Koda acertou uma flecha na cabeça a atravessando e empalando o olho dele para fora do rosto, após ele cair da árvore um vigia foi checar, eu cheguei por trás e o enforquei com meu chicote o arrastando para o mato, tínhamos ocultado dois corpos, agora só faltava eliminar um por um até que conseguíssemos conquistar aquele lugar e terminar esse pesadelo de uma vez por todas.

 Os quarenta minutos seguintes foram rápidos e brutais, quase como se tivéssemos entrado em transe enquanto aplicamos o que nos foi ensinado durante o treinamento, um casal tinha nos visto e correu para dentro da mata se ocultando nas árvores, o que com que nós dois os perseguissemos até chegarmos a uma clareira com várias pessoas e animais presos, provavelmente seriam usados como sacrifício para a maldita bruxa.

 Quando fui me aproximar de uma das celas o homem pulou em cima de mim me derrubando no chão, meu irmão chegou por trás o enforcando com o arco antes que ele pudesse me esfaquear com aquela adaga característica do culto. Eu dei um chute no rosto dele o jogando para trás e me levantei pisando no braço dele até quebrar enquanto meu irmão ainda o sufocava.

 Quando ele parou de se mexer a mulher saiu das árvores tentando me esfaquear da direita para a esquerda eu aproveitei o impulso do ataque para segurar seu braço e a lancei por cima do meu corpo a derrubando no chão, comigo por cima eu desferi socos até que o rosto dela estivesse coberto de sangue, após ela ficar inconsciente peguei a faca do chão pronta para cortar sua garganta, mas o homem que nocauteamos começou a falar, nos alertando novamente.

???:Es, pera.. não faça isso, ela... está grávida.

 Minhas mãos começaram a tremer naquele momento, de um lado meu irmão e as outras pessoas me encorajando a terminar o que comecei e do outro os flashes na minha mente mostrando a morte da minha mãe, a decisão estava em minhas mãos, matar uma mulher grávida e viver com a culpa, ou seguir em frente sem terminar o que eu comecei.

Koda:Esta esperando o que irmã? ACABA LOGO COM ELA.

??:É SO CORTAR O PESCOÇO DELA, ANDA LOGO.

?:ISSO AI, DA LOGO O QUE ELES MERECEM.

???:Por favor, é o meu filho que está dentro dela... você faria isso com uma mulher grávida?

Subaru:Vocês invadiram minha vila, mataram meus pais e amigos a menos de quatro horas, junto com minha mãe que estava grávida também - as pessoas ficaram chocadas ao ouvir isso, nem sabiam como reagir e o silêncio reinou - eu... Eu... Nunca mais apareçam na minha frente outra vez - tirei a faca do pescoço dela que rastejou lentamente até o homem -

Koda:O QUE? VAI DEIXAR ELES IREM DEPOIS DE TUDO O QUE FIZERAM? - todos estavam protestando junto com Koda, e com razão, qualquer outra pessoa no meu lugar teria matado antes mesmo daquele homem falar -

Subaru:Vamos libertar essas pessoas e buscar ajuda, chega de mortes por hoje.

Koda:ELES SÃO MONSTROS.

Subaru:Não é motivo para sermos iguais a eles.

 Quando os dois adentraram na floresta nós libertamos os prisioneiros, várias pessoas de todas as idades nos agradeceram por termos chegado a tempo, por incrível que pareça a vila deles não era tão longe assim da nossa e chegamos lá ao amanhecer, uma senhora simpática nos deu abrigo e comida e os outros aldeões nós deram roupas secas e quentes já que as nossas estavam praticamente petrificadas de frio, se não fosse nossa resistência nós teríamos morrido antes mesmo de sair do barco.

 Alguns dias depois a guarda real de Gusteko chegou para fazer uma varredura na área, mas nenhum deles foi tão longe ao ponto de chegar na nossa vila, o que fez com que não soubéssemos se alguém havia sobrevivido, mas se tratando daquelas pessoas, é bem provel que não, mas estávamos nos dando bem ali já que todos simpatizaram com nós e eram muito gratos pelo que fizemos, mas tínhamos que seguir em frente se quesessemos nós vingar.

 Nos despedimos de todos eles e partimos para o centro do reino procurando trabalho, conseguimos trabalhar como carregadores para um mercador, foi assim que sobrevivemos por mais dois anos, pulando de um trabalho para o outro, mas atualmente encontramos um serviço que paga melhor, junto com um grupo de caçadores nós fomos para uma região aberta e sem civilização além dos povos nada amistosos que viviam pelas bandas.

 Nosso contrato com o empregador era simples, caçavamos animais e tirávamos a pele por um período de seis meses, após isso voltavamos para um forte no meio da neve, recebíamos o pagamento e esperávamos o exército para voltarmos ao reino, finalizando assim o contrato e decidindo se queríamos renovar ou não, por incrível que pareça a taxa de mortes naquele tipo de serviço era bem baixa e pagava tão bem devido a escassez de pele e tecidos no país.

 Nosso acampamento estava no meio de várias árvores finas que nos protegiam da maioria da neve, algumas fogueiras estavam instaladas pelo acampamento enquanto os homens em volta delas limpavam os animais abatidos.

Subaru:Koda, vamos - jogo um arco e uma aljava cheia de flechas para ele -

Koda:Logo agora? Acabamos de voltar.

Subaru:Ainda dá tempo de limpar mais um animal antes de partirmos novamente, vamos.

 Ele bufou e se levantou caminhando para fora do acampamento junto comigo, fora da clareira adentramos a floresta com ele na frente procurando algum sinal de um animal ter passado por ali.

Koda:O que nós vamos caçar?

Subaru:Você vai caçar um servo, para onde devemos ir?

Koda:Para o Norte?

Subaru:Isso foi uma pergunta?

Koda:Para o Norte.

Subaru:Bem melhor.

 Ele encontrou algumas pegadas de cervo que levavam até um riacho entre as árvores e lá estava a caça, bebendo água tranquilamente.

- "Muito bem, estique a corda do arco, prenda a respiração e use a mão como apoio de mira."

Aós seguir as instruções ele soltou a flecha que acertou no pescoço do cervo.

- ótimo, vamos.

- Você não precisa me ensinar o básico da caça sabe? Eu aprendi bastante com o papai.

- Eu só estou revisando o que ele te ensinou para saber o que você ainda precisa aprender.

 Enquanto abriamos o cervo para retirar os órgãos ouvimos uma explosão no acampamento, ignoramos a caça e corremos para lá o mais rápido que podíamos, quando chegamos estava tudo um caos, os nativos atacaram para roubar as peles montados em ligres e atirando magia e flechas para cercar o grupo, mandei Koda correr para o barco que nos transportaria de volta para o forte enquanto pegava algumas peles e carregava até o barco.

 No caminho vi um homem sendo atingido de cima por uma magia de fogo, mirei numa árvore e lancei uma estaca de gelo no nativo que estava lá em cima, após ele cair voltei a correr para o barco enquanto o caos continuava se instalando, quando chegamos não éramos nada alem de um punhado de pessoas, nos afastamos do combate enquanto víamos a luta acontecer, algumas horas depois decidimos bolar um plano para voltar para o forte.

???:E então capitão? O que fazemos agora que estamos na merda?

Capitão:Subaru, precisamos de um plano.

Subaru:...O rio não serve, é domínio dos nativos, e eles conhecem o território como a palma da mão, chaga a ser difícil acreditar que eles nos atacaram depois de tanto tempo sem atividade, temos que abandonar o barco e traçar um curso por terra o mais rápido possível.

???:Você quer sair do barco? Bateu com a cabeça por acaso? Eu digo para ficarmos, o inverno está trazendo um frio ainda pior que o de agora e podemos não chegar a tempo se formos a pé, muito menos inteiros.

Subaru:Se continuarmos no barco vamos ser emboscados em breve, não importa a nossa magia ou poder de luta, se eles nos cercarem nós vamos ser aniquilados em questão de segundos, eu digo para sairmos do barco e traçar uma rota a pé.

Capitão:Vamos sair, esconder as peles que temos agora e voltar após o inverno, assim poderemos recuperar tudo e vender por um preço maior já que estarão fora de época, isso vai nos ajudar a recuperar o prejuízo que tivemos depois desse ataque, quando tivermos mais recursos poderemos atacar a aldeia deles e recupar o resto.

???:Capitão nós perdemos quarenta homens e você quer aumentar as perdas ainda mais?

Capitão:Quarenta e quatro com os feridos que estão aqui Maeve, não pense que eu não sinto a perda dos meu homens muito menos que eu não me importo, se preparem para sair do barco.

Atracamos o barco perto de algumas rochas e desembarcamos em terra firme.

- Droga, ter que ficar seis meses na neve arrancando tripas para queles desgraçados roubarem tudo... PORRA, O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO?

???:Vamos dar o troco em breve, por enquanto eu vou pegar o mapa e traçar a melhor rota para voltarmos ao forte, apenas se acalme  por enquanto.

- Alguém que não consegue nem encontrar a saída da clareira para mijar quer dar um jeito de voltar pro forte? Não me faça rir idiota, agora todos nós dependemos dessa vadia estrangeira.

??:Deixe a garota em paz idiota, logo ela vai nos levar embora mesmo, temos que nos preocupar com as peles agora.

 Meu irmão tentou avançar nele, mas eu coloquei o braço na frente.

- O que foi moleque? Quer me enfrentar por acaso? E você vadia?... Olha pra mim quando eu falo com você.

- Estou trabalhando.

Ele puxa meu cabelo me fazendo olhar nos olhos dele.

- Você pode trabalhar depois que eu falar com você, sabe onde é o seu lugar?

Subaru:É bem aqui... No lado certo da lâmina

Ele olha para baixo e ve uma faca na barriga dele escorrendo um filete de sangue por entre as roupas.

- Agora tira essas patas de mim seu porco imundo, ou a próxima pele que eu vou esfolar vai ser a sua.

Após largar meu cabelo ele volta ao trabalho enquanto os homens o encaram sem olhar para mim, depois de uma ameaça como essas seria difícil alguém tentar puxar briga de novo.

Capitão:Memorizem bem esse local rapazes, estamos deixando uma fortuna embaixo dessas pedras.

 Após um dia de caminhada resolvemos montar acampamento e continuar no dia seguinte, tiramos suprimentos do barco antes de abandona-lo então não tínhamos que nos preocupar com comida, teríamos uma longa jornada pela manhã.



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