1. Spirit Fanfics >
  2. Real and True - Imagine (Jeon Jungkook) >
  3. Trust and faith

História Real and True - Imagine (Jeon Jungkook) - Trust and faith


Escrita por: sunshinejk_

Notas do Autor


Oioioi amadxs! Como estão? Espero que bem!

Quero agradecer a vocês novamente pelos comentários. Eu fico com o coração quentinho de ler cada um. Obrigada! ❤️

O capítulo tem bastante mudança entre os pontos de vista da S/n e do Jk.


📍 A capa do capítulo é o Kookie todo preocupadinho com a S/n 🤧. Ele é tão precioso.

📌 Avisos importantes

- “X”, indica uma pequena quebra de tempo. Quando ela for de dias, semanas ou meses, eu vou especificar.

- Comentários e críticas construtivas serão sempre bem vindos. Não tenham vergonha de interagir comigo, por favor!

- Leiam as notas finais! Eu sempre deixo informações importantes por lá.

- Plágio é crime.

Boa leitura! 🐋

Capítulo 14 - Trust and faith


Fanfic / Fanfiction Real and True - Imagine (Jeon Jungkook) - Trust and faith

Você tem minha devoção

Mas cara, eu posso te odiar às vezes

Eu não quero brigar com você

                   - Fine Line, Harry Styles

 


S/N

Seul, Coréia do Sul

Estávamos parados com o carro em frente ao enorme prédio da Big Hit. Enquanto Bong Hye falava ao telefone com alguém, esperando que liberassem a entrada pelo portão principal, eu observava toda a movimentação ao redor do local com cuidado. 

Hye havia recebido a ligação de um dos produtores do Bangtan minutos depois de sairmos do Trimage, pedindo que ele fosse até a empresa. Eu não entendia como essas coisas funcionavam, mas sabia que eles precisavam do meu amigo para uma reunião de última hora. Eles quem também haviam ligado para ele quando ainda estávamos no apartamento de Jungkook.

– Você vai precisar descer comigo. Tem muitas sasaengs aqui na volta do prédio. – fala tirando o cinto de segurança. O olhei receosa. Descer na Big Hit não era o meu plano. – Não acho que elas vão descobrir quem você é e fazer o seu fichamento completo. Isso seria muito azar. Mas não podemos arriscar, você sabe. 

Assenti e tirei o cinto, descendo do carro e o seguindo até a porta do prédio, que tinha a segurança reforçada. Era quase um exército próprio. 

Tinham muitos seguranças atentos a todos os movimentos que se davam ao redor do local. E Bong Hye me contou que daqui alguns meses a empresa se mudaria para outro prédio. Ainda maior e mais seguro. Era difícil imaginar algo mais seguro do que isso. 

Hye tinha um cartão que o permitia entrar nas dependências do prédio sem qualquer burocracia. Ele avisou duas garotas que ficavam na recepção de que eu estava o acompanhando, e elas até perguntaram se eu era a “famosa Sunhee”. Era fofo como ele falava dela de forma carinhosa para as outras pessoas. 

Conforme entramos em um dos elevadores, eu me desesperei internamente. Meu estômago revirava e eu sentia minhas pernas bambas. Nenhuma dessas pessoas podia saber da minha existência e agora eu estava aqui, bem na mira deles. 

– Acha que vai demorar? – questiono nervosa.

– Pdogg quer que eu convença eles a mudarem o período de férias, mas acho que não vai adiantar nada. – Hye explica, parecendo desanimado. – Vou tentar ser rápido. 

Assenti vendo as portas do elevador se abrirem. Estávamos no terceiro andar e eu fiquei sentada em um dos sofás, enquanto Hye entrou em uma porta grande e que parecia bastante pesada, para abafar qualquer som.

O ambiente era muito bonito e bem iluminado. Haviam folhagens pelo corredor, assim como algumas fotografias emolduradas e esculturas abstratas. 

 

J U N G K O O K

Seul, Coréia do Sul

 

– Então digo para Hitman e Sejin que querem as férias para o mês de outubro? – Bong Hye pergunta fazendo algumas anotações no tablet. Todos assentimos, desanimados. Ele sabia que não teria como negociar outra opção. – A empolgação de vocês é contagiante.

– Eu nem lembro mais como é a sensação de estar de férias. – Jimin toma um gole de café. – Estamos em turnê há tanto tempo que isso parece uma realidade paralela. Alguém aqui sabe o que realmente é ficar em casa?

– Tudo bem. Eu ainda acho que vocês deveriam considerar o mês de julho. – Pdogg fala colocando os braços em cima da mesa, parecendo insatisfeito. – É no meio do ano. Vocês descansam e depois seguimos com a tour. 

Se utilizássemos as vantagens de descanso como critério, julho seria o mês ideal. E era isso que Pdogg não conseguia compreender. Era o melhor para todos e nós teríamos tomado exatamente essa decisão algumas semanas atrás. Porém muitas coisas haviam mudado sem que eles soubessem. Coisas que agora pesavam mais do que as anteriores. 

Em outubro, S/n completaria nove meses de gestação e seria o momento em que eu mais precisaria estar em casa. O nascimento do bebê seria exatamente o momento divisor de águas da minha vida e se as coisas estavam intensas agora, estariam dez vezes mais daqui cinco meses. Eu não teria cabeça para lidar com mais nada além disso. Turnês são desgastantes e não seria possível me dividir entre shows ao redor do mundo e ter um filho. Eu não estaria cem por cento em algo. Eu precisava de um tempo para cuidar da minha vida. Daquela vida que ia além do BTS.

Eu, Namjoon e Jimin havíamos tido uma conversa séria e honesta sobre isso e todos os meus outros hyungs haviam concordado em fazer esse “sacrifício”.

– Nós já temos planos, então vamos ficar com outubro. – Taehyung se pronuncia, apontando para o calendário. – Eu prometi aos meus irmãos que os levaria para o Japão. Não quero decepciona-los.

– Eu pretendo ir para a Europa. – Jimin acrescenta. ​ Bong Hye percebeu que estávamos com segundas intenções e juntou as sobrancelhas. 

– Certo. – Pdogg fala suspirando. Ele não estava contente e eu o entendia. – Se vocês estão tão convencidos de que outubro é melhor, tudo bem. 

– Acha que tem alguma chance de reformularmos a agenda de gravações? – Bong Hye pergunta para ele, voltando os olhos para o tablet.  – Não quero que eles fiquem sobrecarregados.

– Podemos tentar. – nosso produtor responde calmo, parecendo animado com a ideia. – Seria importante remanejar para que as cordas vocais descansem. Se não, vamos acabar tendo problemas com tantos shows seguidos.

– Certo, vou ver isso. Pdogg preciso de você mais uns minutinhos. – Bong Hye fala se levantando e colocando o celular na orelha. Ele fez um sinal de que estávamos liberados e nós agradecemos. – Sejin? Pode falar agora?

Peguei meu celular em cima da mesa e segui os meninos para fora da sala. Enquanto conversava com Jimin sobre a viagem dele para Paris, ouvi uma agitação do lado de fora e por cima dos ombros de Yoongi, pude ver um segurança segurando S/n pelo braço, enquanto ela tentava fazer com que ele a ouvisse.

 

S/N

Ouvi o som da porta do elevador se abrindo, seguido pelo barulho de um salto alto se chocando com o chão. Levantei minha cabeça curiosa e uma jovem alta, magra e extremamente bem vestida apareceu com uma pasta cheia de papéis na mão. 

Ela estava encarando o celular fixamente, mas quando levantou o olhar e notou minha presença, juntou as sobrancelhas, se aproximando cautelosa.

– Com licença, quem é você? – pergunta, me analisando. Fiquei de pé e a cumprimentei de forma adequada, mas ela pareceu estar mais interessada na minha resposta. – Então?

– Eu estou apenas aguardando a reunião acabar, não se preocupe. – respondo calma. Ela  me devolveu um sorriso forçado, não parecendo convencida. – O pessoal lá embaixo pode confirmar isso para você.

– É claro que sim. – responde em tom de deboche. – Você não está com um crachá de identificação e eu tenho convicção de que a equipe da Big Hit cumpre rigorosamente os protocolos de segurança da empresa. Ninguém seria tão incompetente. – reviro meus olhos. O ar superior que ela exalava ao falar me deixou incomodada. – Bom, você não pode ficar aqui. Vamos.

– Eu estou apenas esperando Bong Hye. Você deve saber de quem eu estou falando, ninguém seria tão incompetente a ponto de não conhecer ele. – respondo no mesmo tom debochado, puxando meu braço das mãos dela. Ela não deu ouvidos e continuou tentando me puxar. – Me solta.

– Inovador. – a observo confusa. Eu não estava entendo nada. – É a primeira vez que uma de vocês usa um dos staffs para tentar algo dentro das dependências da empresa. Geralmente dizem que estão com um dos garotos. – diz rindo. Puxei meu braço mais uma vez com força, fazendo ela arregalar os olhos. 

– Uma de vocês quem? O que você está querendo insinuar? 

– Sasaengs. – fala me olhando com desprezo. 

– Eu não sou uma sasaeng. – a olho incrédula. Ela só podia estar brincando. – Eu não sei de onde você tirou isso. Eu estou aqui com Bong Hye e também conheço…

Paro de falar imediatamente, percebendo que quase havia sido traída pela minha própria boca e pela sensação de raiva. Dizer que conhecia Jungkook era praticamente um ato suicida dentro desse lugar. Ainda mais com o olhar que a garota lançava para mim. Eu parecia uma presa dentro da cova de um leão faminto.

– Você também conhece quem? – pergunta achando a situação divertida. Eu apenas fechei os meus olhos e respirei fundo, tentando manter a calma. Ela riu mais uma vez da minha reação e continuou. – Eu vou chamar a segurança imediatamente. Você está ciente de que pode ser presa por invasão? 

– Chama. Pode chamar quem você quiser. – falo firme, a desafiando. A observei travar o maxilar e discar um número, pedindo que dois seguranças fossem mandados o mais rápido possível para o terceiro andar. – Eu não acredito que estou me submetendo a isso. Você tem algum problema? Eu já disse que estou esperando por Bong Hye.

– E eu já disse que você não pode ficar aqui. Infelizmente é o mais próximo que vai conseguir chegar deles, sinto muito. – a olho cansada, revirando meus olhos e ouvindo o som do elevador parando. – Finalmente! Podem leva-la daqui. – da as ordens para os dois seguranças altos e fortes. 

Os dois se aproximaram de mim e tentaram fazer com que eu saísse por conta própria, mas eu recusei. Continuei falando que estava esperando por Bong Hye, mas eles me ignoraram completamente e me pegaram pelos dois braços. Eu estava prestes a começar a gritar pelo meu amigo, mas pensei no que poderia implicar ele. Não queria o prejudicar.

– Vocês não podem fazer isso, caramba! – protesto em vão. Senti que estava falando com duas portas. – Estão machucando os meu braços. – falo alto, me desvencilhando e vendo a porta se abrir. 

Finalmente, pensei. Eu esperava ver Bong Hye e sair o mais rápido possível dali na companhia dele. Porém fui surpreendida duas vezes. 

Primeiro porque meus olhos se encontraram com os de Jungkook, que parou imediatamente de conversar com os companheiros de grupo dele, arregalando os olhos e se aproximando de onde estávamos com pressa. 

E a segunda surpresa foi quando me senti inexplicavelmente aliviada em ve-lo. Nós não havíamos conversado depois da discussão da noite passada e isso ainda era um problema, mas a presença dele parecia algo positivo naquele momento. Jungkook era a única pessoa além de Bong Hye que parecia familiar para mim. Era estranho pensar isso, mas real. 

– O que está acontecendo? – ele pergunta tirando as mãos dos homens de cima dos meus braços. – Que merda é essa? 

– Essa garota invadiu as dependências da empresa, mas já estamos resolvendo. Está tudo bem, Jungkook. – a garota fala, fazendo todos os garotos me olharem apavorados. Eles sabiam quem eu era. Eu senti isso. – Fiquem aqui até tirarmos ela do prédio.

– Mi-rae, não! Ela é...

– S/n, o que foi que aconteceu? – Hye aparece na porta, cortando Jungkook. Agradeci mentalmente por isso. – Ela está aqui comigo! Deixei isso bem claro na recepção. 

– Então vocês se conhecem? – a garota pergunta. – Ela não estava mentindo? 

Virei minha cabeça para ela e deixei um sorriso venenoso sair por entre meus lábios. Eu gostaria de voar no pescoço dela, mas não fiz nada disso. Apenas mantive minha postura.

– E porquê eu mentiria? 

– Estamos em horário de almoço e teve troca de turno. Foi apenas falta de comunicação. – outro homem fala, tentando acalmar os ânimos, ao lado de Bong Hye.
 

Eu mantive meus olhos cravados na garota, sentindo meu sangue ferver. O tom superior com que ela havia me tratado minutos atras havia sumido.

– Pdogg está certo. Vocês podem voltar lá para baixo, está tudo bem aqui. – Hye fala para os seguranças. 

– E mesmo que ela fosse uma fã, não deveria ser tratada daquela maneira. – ouço um dos meninos argumentar, colocando a mão no ombro de Jungkook, que ainda parecia incomodado com a situação.

Naquele momento eu percebi que os amigos orbitavam em volta dele, como se estivessem prontos para qualquer coisa que Jungkook solicitasse, assim como para protege-lo ou para conforta-lo, como agora. Ele parecia tão mais próximo do Jungkook que Bong Hye me falava, do que qualquer outra vez. 

– Ela está bem, V. Não precisa se preocupar. – a garota argumenta. 

Jungkook olhou para ela como se dissesse: É serio isso?

– É ela quem precisa dizer isso. – ele se aproxima de mim, me pegando totalmente de surpresa. – Você está bem? Me desculpe por isso. 

– Tudo bem. – sorri colocando uma mecha do cabelo para trás da orelha. Estávamos sussurrando, enquanto Bong Hye falava algo para a garota e Pdogg. Provavelmente para não deixar a atenção deles totalmente sob nós dois. – Pessoas como ela não me deixam intimidada. Apenas com raiva.

– A Mi-rae, ela… 

– É uma vaca. – falo o interrompendo. – Eu percebi.

Jungkook riu e balançou a cabeça em negativa. Eu pude sentir o olhar da tal Mi-rae em cima de nós por cima do ombro de Hye. Ela não parecia desconfiada. Era muito mais um olhar de preocupação pela merda que ela poderia ter feito.

– Eu não ia dizer exatamente isso. – se defende, sorrindo. – Ela se preocupa demais com a nossa segurança. Só isso. 

Eu senti algo estranho dentro de mim, mas apenas concordei, tentando deixar ele tranquilo. 

– Sinto muito por ontem. De verdade, Jungkook. – forço um sorriso. – Eu não aguento mais viver nesse campo minado. É muito cansativo.

– Eu também sinto. Por ontem e pelo que aconteceu agora. 

O sorriso de Jungkook foi o suficiente para me deixar tranquila. Pequenos detalhes tem significados gigantes, e são neles que encontramos respostas. Quando não estávamos nos colocando sob pressão a vida parecia tão mais fácil. Conseguíamos conversar como adultos e não ficar aterrorizados com a presença um do outro. Era algo leve e natural. Como relações precisam ser. 

Naquele momento a sensação ruim de estar na Big Hit desapareceu, junto de toda a raiva que eu estava sentindo dele. Esses sentimentos foram substituídos por uma vontade involuntária de puxar o corpo de Jungkook para um abraço.

Porém eu me controlei. Fazer isso na frente de todas as pessoas que estavam paradas no corredor seria loucura. Sem falar que para mim também parecia loucura fazer isso e certamente pareceria para ele.

Apenas fechei os olhos, baixando minha cabeça e a balançando para afastar esses pensamentos. Bong Hye tinha razão quando me dizia para confiar no tempo. Eu e Jungkook não conseguíamos funcionar de maneira forçada e isso era um fato. Eu estava com medo de confiar o rumo da minha vida a uma relação que se construiria com o passar dos dias, mas não dava para ser diferente. Existem situações na vida em que não temos controle e precisamos enfrentar mesmo com medo. O tempo vem para curar tudo, afinal. 


Notas Finais


📌 Extras:

- Falei sobre a Mi-rae e ela apareceu novamente, porém ainda de forma breve. Fiquem tranquilas que vocês vão saber qual é a dela mais para frente.

- Vocês devem conhecer o Pdogg, né? Porém caso alguém não conheça, ele é um dos produtores responsáveis pelos hinos que nós escutamos.

Será que vem ai essa relação calma que a gente tanto quer? KKKKKKKKKKKKKKK. Já to ficando boiolinha por eles 🤡

Por hoje é isso! Comentem ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...