História Rebel Princess - Capitulo 11.

Fazia exatamente cinco minutos que eu tinha chegado em Londres, já tinha desembarcado, e estava em um carro que me levaria de volta ao castelo. Eu não estava a fim de papo, sabia que assim que chegasse em casa meus pais provavelmente me dariam um sermão que levaria horas pra acabar e eu não estava com saco pra isso, eu não pensava em nada. Simplesmente fiquei encostada na janela olhando a paisagem lá fora ir passando. Eu não queria pensar, eu queria só dormir até a vergonha que eu estava sentindo passar.

O vôo todo eu fui ignorando Mary que ficava o tempo todo perguntando o que eu estava acontecendo. Eu não queria dizer o que estava acontecendo pra ninguém.

Mary foi em outro carro, porque ela seguiria direto pra sua casa, mas ela disse que assim que deixa-se suas coisas na casa dela, Ela iria até minha casa pra ver como eu estava, obvio que eu disse que não precisava, mas digamos que ela me ignorou e mandou eu calar a boca.

(...)

— Tem um cara fazendo uma entrevista com a família ali na sala, papai disse que era pra você tomar cuidado com o que fosse dizer, porque sabe como é. — assim que eu desci do carro Jorge disparou a dizer, apenas assenti sem dar muita importância. Nesse momento me agradeci mentalmente por ter passado uma maquiagem de leva pra cobrir a cara de morta que eu estava, eu ainda estava usando a mesma roupa de quando sai da casa de Justin.

— Não vai xingar, ou fazer um escândalo? — Jorge falou me olhando estranho, já estávamos na porta de casa, apenas dei um sorriso amarelo pra ele. E então entramos em casa, e eles estavam realmente na sala, tinha toda a equipe de filmagem com o apresentador. Sorri de lado.

— Olha quem chegou, Angel Middleton. — dei outro sorriso agora tentando mostrar mais animação o que não funcionou muito bem. Cumprimentei o apresentador com um beijo no rosto. Olhei pros meus pais e fui até eles apenas dando um beijo no rosto também e dizendo um breve “oi”.

— Poderia se sentar com a gente senhorita Angel? — assenti. Me sentei ao lado de minha mãe e de meu irmão. — Como foi em Los Angeles? — uma merda. Era isso que eu queria dizer mas é claro que nunca diria isso.

— Foi ótimo, os americanos me receberam muito bem. — falei sorrindo.

— Mas e um certo Canadense? — falou ele com segundas intenções. Eu poderia me vingar de Justin e dizer muita babaquice, ou.. ou nada, eu iria fazer isso e que se foda ele.

— Sim, foi maravilhoso o tempo que passei com o “canadense” — disse rindo e fazendo aspas no ar.

— Melhor e pior parte de sua ida a Los Angeles?

— Melhor com certeza foi fazer uma viagem com minha melhor amiga, nunca tínhamos viajados juntas e foi super legal, também adorei conhecer o Ryan Butler, ele é um amor. A pior parte? — me fiz pensar por um momento, mas isso foi só teatro . — Acho que foi ver o quanto de droga rola solta em festas como essas, nunca fui acostumada com esse tipo de coisa então isso com certeza me assustou bastante. — até o apresentador ficou surpreso com minha resposta.

— Com quem em particular você ficou mais surpresa? — eu não era tão má, não diria o nome de Justin, porque isso poderia comprometer a carreira dele.

— Ninguém em especial, eu disse droga, não que vi alguém que eu conheça usando. — menti dando um sorrisinho.

— Me desculpe fazer essa pergunta, mas foi a mais pedida pelo twitter então eu realmente preciso fazer; Você e Justin Bieber saíram da festa bem mais cedo que o normal, por que saíram? Pra onde teriam ido, e o que foram fazer? — eu não tinha uma resposta programada para aquilo, então teria que improvisar.

— Quantas perguntas — disse rindo, o apresentador me acompanhou enquanto minha família continuava quieta. — Bom, não aconteceu nada em especial, Justin brigou com Selena Gomez e não queria ficar no mesmo local que ela, e acabou me chamando pra ir com ele a um lugar legal, que ele gostava muito, e então eu aceitei e fomos, não fizemos nada, apenas ficamos conversando. — respondi o mais detalhada possível, queria que todos tivessem entendido que Justin tinha brigado com Selena, e ainda menti sobre Justin ter me convidado, porque na verdade eu tinha praticamente o obrigado a me levar. Eu sabia que isso não era bom pra nenhum deles. Então era exatamente isso que eu iria fazer. Minha raiva de Justin estava consumindo meu corpo, é como se eu não tivesse mais controlo sobre o que digo ou sinto. A raiva que eu estou sentindo por ele, faz que tudo pareça certo. Meu consciente não estava ligado com certeza. Eu nunca seria capaz de fazer uma coisa dessas com uma pessoa. Mas nesse momento eu não me importava. Única coisa que eu queria era achar um jeito de atingir Justin seja ele como for!

— Isso quer dizer que Justin Bieber e Selena Gomez discutiram na festa? — os olhos do apresentador até brilhavam de tanto que queriam que eu afirmasse mais uma vez aqui. E antes que eu pudesse fazer isso, um choque de realidade caiu sobre mim, o que eu estava fazendo? Nada disso mudaria o que tinha acontecido, nada que eu fizesse pra Justin mudaria a dor que eu senti quando o ouvi dizer tudo aquilo ou quando ele me deu um tapa. Eu sabia que Justin não tinha usado força pra me dar aquele tapa porque ele poderia muito bem deixar uma marca e tanta em meu rosto. O que eu sentia não era pelo tapa em si, era pelo que aquele tapa significava, ele tinha me batido, isso não se faz, eu nunca o perdoaria, palavras passam porque sei que ele estava de cabeça quente, assim como ele disse coisas que poderia não querer dizer, eu também disse, isso um dia poderia passar, mas aquele tapa, aquele tapa não passaria. Não adianta o que ele fizesse que não iria passar. Eu não iria me esquecer disso.

Olhei pro apresentador e depois pra mim mesma, era isso mesmo que eu estava fazendo? Isso não poderia ser mais patético. Olhei pra ele de dei somente um sorrisinho.

— Não, não foi isso que eu quis dizer. — tentei concertar mas sabia que a merda já tinha sido feita. — se me der licença eu tenho algo pra resolver. — sorri de lado, ele apenas assentiu. Meus pais continuaram olhando sem entender absolutamente nada do que tinha acabado de acontecer. Sai de lá o mais rápido que consegui, subi as escadas correndo, assim que cheguei a porta do meu quarto a bati sem me importar do barulho que poderia fazer.

E por fim me joguei na cama, agarrada ao meu travesseiro. Eu observava o nada como se fosse a coisa mais interessante que poderia existir, eu não queria que nada disso tivesse acontecido, eu me sentia uma idiota. Eu fiz algo pessoal dele vazar pro mundo todo, e nem ao menos concertar eu consegui. Não queria fazer isso, mas era minha única alternativa, pra fazer com que aquele sentimento saísse de mim, fui até meu banheiro, tirei minha roupa e tomei um banho, optei por não lavar o cabelo, estava gostando de como ele estava hoje. Fiz todas minhas higienes, logo depois sai enrolada na toalha, passei meu olhar por uma lingerie preta de renda, ela era extremamente sexy, peguei ela mesma, me vesti, e fui ver que horas eram, 22:17, tudo bem, eu tinha algum tempo pra me arrumar.

Peguei uma calça skine preta, uma blusa cropped roxa e uma jaqueta de couro preta, vesti tudo, separei um salto enorme preto deixei ao lado da minha cama enquanto eu ia passar minha maquiagem, fiz um olho preto, passei um batom vermelho e por fim, dei uma ajeitadinha em meu cabelo, ele estava lindo, o ondulado dele me deixava sexy. Peguei um colar maravilhosa, pulseiras, e brincos coloquei tudo, calcei meu sapato. E então olhei no espelho, se eu gostei do resultado? Com certeza! Tinha ficado literalmente maravilhosa. Passei um perfume forte e marcante. Peguei minha bolsa preta da Chanel e então sai de meu quarto, a esse horário meus pais deveriam estar dormindo, agradeci muito por ter chego tarde de Los Angeles e por ter um entrevistador em casa, porque ai ele não poderiam me xingar ou fazer nada!

Assim que tava descendo as escadas escuto risadas vindo da sala, revirei os olhos. — mas é claro, você é azarada, acha mesmo que tudo ia dar certo? Patético — pensei. E então com a cara e a coragem desci as escadas o mais rápido que eu conseguia usando aqueles saltos. Logo eles me notaram mas eu não liguei quando meu pai me gritou. Sai andando o mais rápido possível, fui até minha Ferrari preta, assim que entre e liguei o motor do carro minha mãe apareceu.

— Onde você vai filha?

— Sair.

— Não é pra você sair, seu pai não deixou.

— Eu preciso sair.

— Onde você vai?

— Esquecer os problemas!

— Que problemas filha? — dei risada.

— Quer se preocupar agora? Não acha que esta tarde demais? — falei a encarando seria, eu não me importaria em dizer algo que ela ficasse magoada, a única coisa que eu queria era sair dali o mais rápido possível e ir me divertir, mesmo que sozinha, eu queria beber um porre, ficar o mais louca possível.

— Angel eu não acho uma boa... — a interrompi.

— Mãe eu realmente preciso disso.

— Filha...

— Me ajuda, ao menos uma vez, confia em mim. — ela me olhou com uma carinha de dar dó.

— Tudo bem. Volte cedo. — assenti. E mandei um beijo no ar pra ela, a qual ela retribuiu, eu sabia que agora minha mãe estava começando a me ajudar porque ela tinha peso na consciência e que sabia que eu era assim apenas por culpa deles que me prenderam minha vida toda.

Uma hora depois...

Lá estava eu sentada no bar de alguma boate qualquer. Já tinha bebido tudo que era possível, mas eu ainda sentia que precisava de mais, eu estava bebendo pra esquecer mas a todo momento vinha o Justin em minha cabeça, eu não me entendia, por que ele não saia de minha cabeça? porque ele tinha que ser daquele jeito, por que... — alguém interrompeu meu raciocínio.

— Olá moça. — uma pessoa bem conhecida por mim se sentou ao meu lado — adoraria saber o que esta fazendo aqui?!

— Nem eu sei mais o que estou fazendo aqui.

— Você está bêbada Angel? — balancei a cabeça.

— Na-ná-ni-na-não Cody. — disse rindo.

— Você me parece bêbada.

— O que você esta fazendo aqui? — disse com a língua um pouco enrolada.

— Não tinha o que fazer em casa então decidi sair, curtir o dia de hoje como se não houvesse amanhã. — falou rindo. Ele também estava bêbado. — e você?

— O mesmo.

— Resolveu ser rebelde hoje Angel? — ri — o que acha de curtir comigo? — ri mais ainda.

— Me convença que eu deva ficar com você. v falei como um desafio ele riu. E disse;

— Se você fosse uma bebida eu repetiria a dose, se você fosse uma droga entraria em overdose. — assim que ele terminou de dizer cai em uma gargalhada extremamente alta. Acho que todos que estavam ali na parte do bar tinham ouvido graças a ali o som de musica ser mais baixo. — Qual é foi bom.

— Isso é uma citação, não uma cantada. E a propósito Renato Russo esta se revirando no tumulo pelo jeito que você usou sua sabia citação. — ele riu.

— Qual é, nem foi tão ruim assim.

— Não disse que foi ruim, apenas disse que não é apropriada.

— Você bêbada é muito chata sabia? — ri

— Não estou bêbada!

— Prove.

— Se eu estivesse bêbada já teria te beijado quando você me deu essa cantada que na verdade é uma citação. Porque até que ela foi boa!

— Eu, você. Você e eu não vai rolar de novo? — ele disse rindo.

— Quem sabe quando eu não estiver mais bêbada? — ri também

— GARÇOM – ele gritou — traz uma rodado com seu melhor whisky. — o tiozinho lá assentiu e foi pegar. Ri sem saber o que dizer.

— Você é louco. — Cody riu

— O que não sai da minha cabeça é saber como entrou aqui?

— Digamos que o segurança e subordinável — ele riu

Pov’s Justin Bieber

Eu me arrependo do que fiz, sei que não deveria ter feito isso com ela, nem dito tudo que eu disse e com certeza não deveria ter dado aquele tapa nela, mas porra, ela tinha que ser tão complicada? Tinha que ser tão insistente? Se eu disse que não queria falar sobre isso era pra ela respeitar e acabou.

Estava deitado no sofá de casa sem nada pra fazer apenas olhando o teto e tentando descobrir porque aquela morena estava dominando meus pensamentos? Era a culpa que eu estava sentindo? Ou o fato dela ser ótima na cama?! Eu com certeza não deveria ter brigado com ela, como vou sentir aqueles lábios carnudos no meu agora? Como vou transar com aquela buceta apertadinha? É eu realmente me arrependi.

— Você não vai acreditar no que eu acabei de ver. — Alfredo disse chegando correndo com um tablet na mão. Já era quase onze da noite.

— Que foi? — disse sem muito interesse.

— Digamos que nossa princesa decidiu dar uma entrevista, e digamos que nessa entrevista ela citou algumas coisas que não podia. — assim que ele disse “princesa” eu me despertei, ela não falaria nada, ou falaria? Peguei o tablet correndo da mão de Alfredo apertei no play e vi toda aquela merda de entrevista.

Ela não podia ter feito isso, eu conseguia ver, eu enxergava que ela não queria dizer nada daquilo que ela estava tomada pelo ódio que estava sentindo por mim, mas ela não podia deixar que isso fosse tão longe, ela disse sobre droga, e sobre minha briga com a Selena, isso iria gerar o mundo todo, e mesmo ninguém sabendo o que estava realmente acontecendo eles iriam me julgar e me apontar o dedo. Ela disse sobre minha festa. Sobre droga da MINHA FESTA, ela não podia ter feito isso, tudo que eu sempre fiz pra esconder da midía ela entregou de bandeja pra quem quisesse ouvir.