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História Rebelde - Ciúme do passado


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 12 - Ciúme do passado


Fanfic / Fanfiction Rebelde - Ciúme do passado

[...] um pouco de recompensa por todo o meu esforço com relação aquele lindo espanhol. [...]

                                                                                             Caleb

As portas do elevador se abriram para o meu andar, eu saí e vi que alguns dos funcionários já tinham voltado do almoço. Escutei a risada da Anna, e olhei direto para a sua mesa, ela conversava alegremente com Stuart. Resolvi me aproximar:
- Anna – Falei.
- Oi – Ela me respondeu com um encantador sorriso.
- Caleb, e aí? – Stuart ergueu a mão e dei uma leve batida.
- Tudo bem Stuart?
- Sempre – Sorriu.
- Está voltando do almoço? – Anna me perguntou.
- Sim, e queria saber se você viu a Sophia
- Hmm! Não, até agora não
- Ela saiu para almoçar com a Jane, e pensei que você tivesse ido junto
- Não, eu fui almoçar com Gabe, mas ele mal chegou e foi arrastado para uma reunião.
- Vida de gerente
- Nem me fale, depois eu que tenho que lidar com o cansaço dele – Ela suspirou.
- Eu nem posso imaginar sua frustração – Sorri. Me recostei na mesa dela – Mas então, como estão os preparativos para o casamento?
- Ainda lentos. Vou ligar hoje para a senhora dona da vila onde ficamos hospedados, em Laguna, para saber quando terá quartos vagos. Eu e Sophia estamos terminando de montar a lista de convidados.
- Eu sei que meu nome está em primeiro lugar – Stuart falou todo convencido.
- É claro que sim – Ela respondeu animada, mas fingiu se esconder apenas para negar com a cabeça. Eu comecei a rir – É claro que você está convidado Caleb.
- Obrigado, eu vou ficar muito feliz em participar
- Você vai amar Laguna, é fantástico. Eu me apaixonei no momento em que pisei lá.
- Estou curioso para conhecer, preciso apenas de uma data para poder comprar a passagem.
- Eu adoraria pagar a passagem de todos, mas...
- Não se preocupe, eu entendo, isso iria sair muito caro
- Sim
- Vocês vão pagar pelos quartos, é mais do que suficiente, e passaremos uns dias em um lugar paradisíaco
- Com certeza, vai ser muito legal, quando contei para a Chris ela quase teve uma síncope – Nós três rimos.
- De qualquer forma não irá muitas pessoas, só minha família e meus amigos.
- Eu posso imaginar como você e Gabe estão felizes. O nosso amado gerente se rendeu aos laços do matrimônio.
- Bem, alguém tinha que fazer isso, não é? – Ela deu de ombros e passou a mão sobre uma mecha do cabelo, seu anel de noivado brilhou, o que realçou ainda mais o brilho em seus olhos. Viver esse momento deve ser realmente mágico.
- Bom, eu vou voltar para a minha mesa, vejo vocês depois – Acenei e segui para o outro lado do andar. A cadeira de Bob e Sophia continuavam vazias, hoje os dois estão demorando para voltar. Sentei na minha cadeira e liguei o computador, de repente escutei um barulho estranho, parecia que algo estava vibrando. Olhei para os lados, mas não vi nada de diferente, o barulho estava muito perto, levantei chegando perto da mesa de Sophia, e parecia que o barulho vinha de uma das suas gavetas. Eu abri a primeira gaveta e encontrei:
- Ela esqueceu o celular – Ele estava virado. Peguei virando-o e na tela pouco antes da chamada parar, o nome do Peter apareceu. Eu respirei fundo pensando naquilo, será que os dois ainda se falavam com frequência? Eles trocavam mensagens carinhosas? Será que Sophia ainda sentia alguma coisa por ele? Ou então ele jurou que ainda a amava e que ainda não tinha desistido dela?
Que merda! Meu dedo deslizou sobre a tela e percebi que tinha senha, mas não foi isso que me chamou, mas sim a imagem no fundo, era uma foto dela. Eu lembro da conversa que tivemos em sua casa há uns meses atrás, quando ela ainda estava triste pela partida do Peter, eu a incentivei a mudar a foto do seu plano de fundo, onde estavam os dois, para uma diferente, ela escolheu uma paisagem, e eu disse que assim que ela estivesse recuperada e pronta para seguir em frente, colocaria uma foto sua. Ver seu rosto sorridente nessa tela me deu esperança, isso significava que estava bem, e que Peter era só uma lembrança distante. Mas então por que ainda continuavam se falando?
Eu deixei o celular onde estava e afundei na minha cadeira com todos esses pensamentos correndo soltos em minha cabeça. Eu não posso culpa-la, demorei muito para tomar uma iniciativa, Peter foi alguém muito importante na vida dela, mas isso não excluía o fato de que eu não gostava de ver os dois de conversinha. Rosnei, não podia cobrar nada, ainda estávamos no começo de tudo, se ela soubesse o motivo que me fez demorar tanto para assumir meus sentimentos, tenho certeza que ficaria com raiva, ou talvez não entenderia meu dilema. Sacudi a cabeça expulsando esses pensamentos, agora já foi, eu e Sophia estamos juntos, e isso é o que importa, talvez Peter ainda não saiba e por isso continua ligando. De repente escutei barulho de saltos contra o piso, e se aproximando. Eu olhei para trás, e como uma modelo em uma luxuosa passarela, ela vinha desfilando, parecia que o sol havia descido um pouco mais apenas para ilumina-la. Deus do céu, essa mulher é simplesmente deslumbrante. Ela sorriu ao me ver e senti meu coração parando por um segundo e depois bombeando a todo vapor. Ela puxou sua cadeira e sentou:
- Oi
- Oi – Eu respondi todo bobo. Sophia olhou para o lado, e então empurrou a cadeira até nossos joelhos se tocarem, inclinou e me surpreendeu com um beijo. Eu respondi, mas infelizmente não podia durar muito, ela se afastou e tornou a olhar para o lado para ter certeza de que ninguém viu. – Como foi seu almoço?
- Foi ótimo. Oh! Sim, Jane disse que vai te perdoar
- Há! Sério? – Isso era uma boa notícia, Jane era uma amiga antiga e entendia melhor do que ninguém minha dor, e ver que estava chateada comigo pelo o que fiz, me deixava mal.
- Sim, eu contei a ela sobre nosso encontro, e ela disse que vai te desculpar, mesmo não gostando da ideia.
- Como assim? Ela prefere continuar me odiando?
- Há! Há! Sim, depois do que aconteceu ela ficou com ódio de você, e agora que estamos juntos ela tem que se livrar desse ódio por minha causa. – Ela deu de ombros – Coisa de amiga.
- Então tenho que agradecer a você – Desta vez eu me inclinei e a beijei. Ela sorriu quando me sentei. – Então, vai para a academia hoje?
- Vou, quero treinar um pouco, e também prometi ao Bob que daria umas aulas a ele. – Ela se virou e puxou a gaveta de cima – Ah! Não acredito, deixei meu celular aqui e nem dei falta.
- Você sempre esquece seu celular
- Pois é, qualquer dia vou acabar perdendo
Não sei se é uma má ideia, se ela perdesse Peter não saberia, e nunca mais conseguiria falar com ela. Arg! Deus, eu preciso controlar meu ciúme:
- Recebeu alguma ligação importante? – Perguntei quando a vi franzi a testa.
- Não, quer dizer, Peter me ligou, mas acho que não é nada demais
- Vocês costumam se falar com frequência? – Essa pergunta estava me matando.
- Não tanto – Ela respondeu ainda olhando as mensagens no celular – Só de vez em quando.
- E vocês falam sobre o que?
- Hmm! Nada demais, sobre o trabalho, o curso dele, os amigos, essas coisas... – Ela ergueu a cabeça e olhou para mim erguendo uma sobrancelha – Espera, todas essas perguntas... Caleb você está com ciúme?
- O que? Ciúme? Não, é claro que não – Eu neguei e virei de frente.
- Hmm! Entendi, é que com todas essas perguntas sobre o Peter, pensei que tivesse com ciúme da minha amizade com ele – Eu notei o sacarmos em sua voz. Eu dei de ombros e ela riu baixinho – Caleb, não precisa sentir ciúme de nada, Peter já é passado, só mantemos uma amizade agora.
Eu relaxei soltando o ar, e então olhei para ela:
- Eu sei, mas é que sei como os dois estavam apaixonados, se tivessem rompido de forma dolorosa eu não me importaria com o ciúme, mas as coisas não foram assim, vocês tiveram de se separar por motivo de força maior, e isso me deixa um pouco inseguro.
- Ah! – Ela puxou a cadeira para perto de mim e tocou meu joelho – Não fique. Eu e Peter rompemos de forma amigável, as circunstâncias nos forçaram a isso, mas nunca prometemos nada um ao outro. Sabíamos que correríamos o risco de nos apaixonar por outra pessoa, e está tudo bem.
- E se ele voltar?
- Não vai voltar. Seu curso ainda está no começo, e tem mais dois anos pela frente, e ao que tudo indica ele ficará por lá.
- Me perdoa Sophia, é que acompanhei de perto o relacionamento de vocês dois, eram tão apegados, tão cumplices... E eu quero que a gente seja assim. Eu quero me tornar seu amigo, seu confidente.
- Você já é. Tem que entender que nenhum relacionamento é igual ao outro, eu e Peter éramos muito bons juntos, mas você e eu seremos melhores.
- Concordo totalmente – Peguei sua mão e beijei – Me desculpe por ser tão inseguro.
- Esqueça isso – Ela ergueu a mão e tocou meu rosto com delicadeza.
- Oh! Que lindo casal – Bob falou ao se aproximar da mesa – Quer dizer, presumo que já sejam um casal, não é? – Ele olhou diretamente para mim, e não para ela, e eu não deveria me surpreender, já que aos olhos de todos eu sou o canalha que a magoou. Eu soltei uma risada nasal.
- Somos, digo, isso é se Sophia aceitar ser minha namorada
- Oh! Um pedido formal, gosto muito disso – Ele falou cruzando os braços parecendo um pai conformado. Eu olhei para Sophia, e ela me presenteou com um sorriso brilhante. Meu coração parecia que ia saltar do peito.
- É claro que aceito – Seu toque em meu rosto ficou mais quente, aquecendo todo meu corpo. Eu me sentia tão bem.
- Então respondendo a sua pergunta Bob, sim somos um casal.
- Isso é ótimo, finalmente vocês resolveram se acertar, eu não aguentava mais ver minha garota triste e me segurar para não quebrar sua cara.
Sophia riu, eu segurei sua mão dando um beijo em cada um dos seus dedos:
- Eu sei, também odiei cada momento em que a deixei triste – Sophia estava cheia de expressões fofas hoje, o que me derretia por inteiro. Olhei por cima de seu ombro – E só para deixar registrado, ela é minha garota.
- Há! Há! Há! Oh! Meu Deus, vocês não vão ter uma briga de galos aqui né?
- Talvez, Caleb tem que entender que eu cheguei primeiro, ele veio depois, ou seja, você é minha garota primeiro.
- Vamos organizar isso, ela é sua amiga, mas minha namorada e garota.
- Por Deus, vamos parar com isso, eu sou a garota dos dois, mas em sentidos diferentes. Tem Sophia para todo mundo – Ela ergueu as mãos entre nós dois. Eu e Bob nos olhamos, e sorrimos em cumplicidade. Concordamos. – Ótimo, é assim que gosto dos meus meninos, se comportando civilizadamente. Agora é melhor voltarmos ao trabalho. – Ela se virou para sua mesa. Eu e Bob fizemos um gesto, e nos levantamos e demos um beijo em cada bochecha da Sophia ao mesmo tempo. Ela arregalou os olhos olhando para nós dois, e depois jogou os braços para cima então começou a rir.

No final do expediente, não havia quase ninguém no andar, Bob foi pegar o ultimo copo de café antes de ir para a academia. Sophia estava terminando de guardar suas coisas, ela ficou de pé, mas se abaixou para guardar uma pasta na gaveta, o que me dava uma bela visão de sua bunda arredondada. Eu desliguei e guardei tudo, fiquei de pé e puxei Sophia pela cintura, surpreendendo-a:
- Há! Há! Sim, posso ajudá-lo?
- Pode, trazendo essa boca para junto da minha.
- Oh! Será um prazer – Passou os braços por trás do meu pescoço e me beijou. Ela ainda tinha gostinho de felicidade, e eu adorava saber que tinha uma certa responsabilidade nisso. Sentir seu corpo tão perto do meu e sua boca devorando a minha, me dava excelentes ideias.
- O que acha de depois da academia ir dormir lá em casa? – Perguntei. Ela abriu a boca para responder, mas olhou para o lado como se estivesse se concentrando em algo – O que foi?
- Algo me diz que a Anna vai aparecer a qualquer momento
- O que? – Eu sorri sem entender como ela poderia saber disso. De repente escutamos passos apressados, e para minha grande surpresa era Anna.
- Oh! Ainda está aqui – Ela disse um pouco ofegante. Eu olhei para Sophia de boca aberta, ela sorriu cheia de deboche. Anna olhou para nós dois, e percebeu que estávamos nos abraçando. – Oh! Me desculpe, estou atrapalhando?
- Não, pode falar – Sophia respondeu.
- Certo, bem antes de tudo, meus parabéns, eu estou tão feliz por vocês dois – Ela disse toda animada.
- Obrigado – Respondi.
- Mas a que se deve todo esse alvoroço?
- Eu preciso que você me ajude com algumas coisas relacionadas ao casamento, Gabe vai para uma recepção com o Ryan, e passarão boa parte da noite lá.
- E você não quis ir junto?
- De jeito nenhum, aguentar aquele bando de gente esnobe e ter de congelar o sorriso no rosto como se estivesse adorando tudo, isso seria um pesadelo. Então pensei da gente ir para o apartamento, eu vou dormir lá. – Novamente Anna olhou para mim, e de repente ficou vermelha – Isso é... Se vocês não tiverem feito planos para hoje a noite – Eu tinha de concordar com as pessoas, Anna fica fofa quando está com vergonha, e mais ainda quando gagueja, dá para entender porque Gabe se apaixonou por ela.
- Bom... – Sophia começou a falar, mas me olhou indecisa, eu sabia que ela sairia correndo para ajudar a irmã, quando o assunto é sua família, eu não tenho a menor chance, mas isso não me chateava, era por uma boa causa.
- Não se preocupe, nós só estávamos combinando sobre a aula de boxe hoje, mas seu assunto parece ser urgente e podemos deixar para outro dia – Eu falei.
- Mesmo? Eu não quero atrapalhar, se os dois quiserem ficar sozinhos eu não me importo em ficar sozinha.
- Está tudo bem Anna, eu e Sophia teremos muito tempo, seu casamento é importante – Eu sorri, eu não me importava de compartilhar Sophi com a irmã, melhor com ela do que com Peter.
- Ah! Obrigada Caleb, você é um amor – Ela olhou para irmã e novamente ficou um pouco envergonhada – Bom, eu vou esperar você lá embaixo. Tchau Caleb.
- Tchau Anna – Ela se virou e saiu apressada. – Como você sabia que ela viria?
- Intuição de trigêmea, as vezes adivinhamos o pensamento uma da outra, terminamos frases, esse tipo de coisa. Isso não acontece com você e seu irmão? Já que são gêmeos.
- Hmm! Às vezes, principalmente quando sei que ele vai fazer merda
- Há! Há! Há! Há! Eu entendo, não dá para esconder nada deles.
- Não mesmo – Eu a beije de novo, e desta vez fomos interrompidos pelo amigo grandalhão. Bob tentou ser furtivo, mas com aquele tamanho e seu andar pesado era impossível.
- Bob, era você quem eu queria ver – Sophia falou se virando para ele.
- Eu?
- Sim, infelizmente não vamos poder ter nossa aula, Anna vai precisar de mim agora
- Oh! Poxa, mas tudo bem, então vou para casa.
- Sim, mas eu queria saber se podia nos dar uma carona? É cansativo pegar o metrô agora a noite.
- É claro, ter duas lindas garotas no carro é o sonho de todo homem.
- Há! Há! Há! Certo, hoje você irá se exibir pela rua
- Pode ter certeza – Ele piscou e pegou sua mochila – Eu vou descer para a garagem, pego as duas na frente do prédio.
- Ok, eu já estou indo – Ele acenou para nós dois, e novamente ela se virou para mim. – Desculpe, acho que seu convite terá de ser adiado.
- É uma pena, mas eu entendo, posso esperar. – Lhe dei um selinho.
- Só por precaução, eu vou andar com uma muda de roupa dentro da bolsa
- Ótima ideia – Nós dois rimos, e aproveitamos mais uns segundos para nos beijar apaixonadamente. Então seguimos para o elevador.  

 

                                                                                   Sophia

Eu pensei que Anna quisesse pedir minha opinião para algumas coisas do casamento, o que de fato aconteceu, mas ela levou uma maquete inteira para o apartamento, vários papéis contendo cada mínimo detalhe sobre tudo. Eu fiquei realmente surpresa, Anna é organizada, mas aquilo foi muito além, e isso porque ainda não marcou a data do grande dia. Aquilo tomou boa parte da noite, principalmente quando as brigas começaram, tive que jogar alguns papeis fora porque eram totalmente sem sentido, e Anna tentava de todas as formas me fazer mudar de ideia, mas eu conhecia minha irmã, no final ela me daria razão, o que estava fazendo deixaria a cerimônia exagerada, e a sua ideia era ter algo simples e bonito. Eu estava esperando a hora que ela viria com a ideia de colocar pavões no jardim, aí sim eu diria que estava enlouquecendo.
Eu entrei no restaurante, e sentei na mesa do fundo, infelizmente Caleb não pôde me acompanhar, ele e Gabe tinham de terminar um trabalho juntos, Anna aceitou almoçar comigo, mas ia se atrasar um pouco, Bob também viria só precisava terminar um relatório, então resolvi vir na frente e garantir uma mesa para nós três. O garçom veio com o cardápio:
- Bom dia, deseja fazer seu pedido agora?
- Ainda não, estou esperando mais duas pessoas
- Tudo bem, basta me chamar quando quiser pedir
- Obrigada –
Ele se foi. Para passar o tempo eu peguei meu celular, tinha alguns e-mails para responder. Havia algumas mensagens da Vanessa, eu bufei quando vi que estava me pedindo para ver outro projeto. Não vale, eu posso pedir sem aviso para me ajudar com meu trabalho, ela não. Eu ri do meu próprio pensamento.
- Sophia? – Uma voz masculina me tirou da minha concentração. Eu ergui a cabeça para ver quem era, e sussurrei um palavrão em português quando vi de quem se tratava.
- Mason? – Arregalei os olhos.
- Fiquei na duvida se iria ou não me reconhecer – Ele era ainda mais bonito a luz do dia.
- Ah! É claro que reconheceria, impossível esquecer alguém como você
- No entanto você me esqueceu na boate, e nunca mais apareceu
- Oh –
Eu abaixei a cabeça. Merda, nunca pensei que um dia o encontraria de novo. Respirei fundo e tornei a olhar para ele, fiquei de pé – Me perdoe por aquela noite, eu... Ahh...
- Se você não queria ficar comigo bastava ter dito, eu não a forçaria
- Eu sei, me desculpe, mas eu não estava bem e não queria te empurrar para isso, então...
- Resolveu fugir

Passei a mão em meu pescoço, totalmente desconfortável com essa situação:
- Sim, perdão... Eu estou muito envergonhada.
- O que aconteceu aquela noite? Eu fiquei preocupado quando não voltou.

O que falaria? Não podia contar toda a verdade, ele ia sacar que eu o tinha usado para provocar ciúmes em outro. Eu teria de mentir:
- É que meu ex namorado apareceu, e eu... Bem...
- Ele estava com outra garota?
- Sim –
Ótima deixa, obrigada Mason. – Eu me senti mal, parecia que toda a festa tinha perdido a graça, e eu sabia que não ia ser mais uma boa companhia para você, então sair correndo parecia ser a melhor ideia.
- Você ainda gosta dele?
- Gostava, mas depois daquela noite tudo mudou. E eu sinto muito mesmo, você foi tão legal comigo, não merecia ser deixado assim.
- Fico feliz que reconheça –
Ele respirou fundo, seus ombros cederam e a expressão em seu rosto se suavizou – Vamos deixar isso para lá, eu entendo seu lado, só queria que tivesse me dito a verdade.
- Desculpe, não pensei que entenderia, afinal tínhamos acabado de nos conhecer
- Verdade, mas acho que depois de tudo podemos ser amigos, certo?
- É claro, vou adorar ser sua amiga

Ele ergueu a mão em cumprimento, eu sorri e ofereci a minha. Mason me olhou de cima a baixo:
- Você trabalha aqui perto?
- Sim, nas empresas Lencastre
- Oh! Uma das gigantes de Nova York
- Sim
- E está esperando alguém?
- Sim, minha irmã e um amigo, estão para chegar.
- Bom, eu iria me oferecer para almoçar com você, mas já que tem companhia é melhor eu ir. –
Ele pegou uma caneta do bolso, e um guardanapo então escreveu seu número de telefone. Me entregou – Será que posso esperar você me mandar uma mensagem, ou vai fugir disso também?
- Há! Há! Pode esperar –
Peguei o guardanapo.
- Ótimo, vou aguardar. Foi bom te rever Sophia. Até logo.
- Digo o mesmo. Até. –
Nos despedimos, então ele se virou e foi embora. Eu sentei como uma pedra na cadeira. Ok, eu menti um pouco, mas fiquei surpresa em ve-lo de novo, não sabia onde enfiar minha cabeça, e não quero chatea-lo ainda mais com a verdade. As vezes uma mentira é necessária.
- Parece que aquele cara te deixou para baixo – Mais uma voz masculina, e essa eu não conhecia. Levantei a cabeça e me deparei com um homem totalmente desconhecido.
- O que?
- Aquele cara, te deixou abatida. Tem caras que não sabem como conversar com uma garota bonita, não é o meu caso.

Engraçado, apesar desse seu jeito presunçoso tinha algo nele que me era muito familiar, ele me lembrava alguém, mas quem?. Quanto mais eu o olhava, mas tinha certeza de que conhecia alguém parecido com ele:
- Se continuar me olhando assim eu vou corar
- Desculpa, mas quem é você?

Ele sorriu de forma provocativa e puxou a cadeira para sentar, sem pedir. Estendeu a mão:
- Sou Juan   
   

 

Continua...


 


Notas Finais


Ha! ha! ha! Parece que o Caleb está começando a sofrer do mesmo mal que a Sophia, o ciúme pelos exs. Isso é trágico kkkkk mas vai ser bem interessante essa troca.
Genteee, Mason apareceu e talvez ele seja uma figura um pouco mais presente na história, o que acham?
E outro que apareceu é o Juan? Algum palpite de quem seja?

Ok! Vejo vocês no próximo capítulo!
Espero que tenham gostado
Bjsss


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