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História Rebirth - Chapter Tree - Bad Dream


Escrita por: MrJay_Harley

Notas do Autor


Desculpem a demorinha, essa semana não tive como postar, mas aqui estou! Espero que gostem do capítulo!

Capítulo 4 - Chapter Tree - Bad Dream


Fanfic / Fanfiction Rebirth - Chapter Tree - Bad Dream

Assim que cheguei em casa, ao final do dia, larguei minha bolsa no sofá e fui direto pro banheiro. Tirei minha roupa, soltei meus cabelos do coque apertado e entrei na água quente do chuveiro, relaxando. Tomei um banho rápido, vesti um baby doll e fui pra cozinha. Comi qualquer coisa e fui pra cama. Meu primeiro dia havia sido cansativo.



Minha ficha ainda não havia caído, eu havia conseguido um emprego em um dos maiores sanatórios de Gotham City. Eu finalmente poderia conseguir mostrar o que eu queria e do que era capaz. Eu também poderia ajudar as pessoas a voltar a ser quem elas eram, curá-las, ajudá-las. Ainda não sei o que levam as pessoas à cometerem crimes como eles, mas eu estava disposta a descobrir. Com certeza atrás de toda essa maldade, existia um passado, algo que os atormenta até hoje, e os faz cometer todas essas loucuras.



Me lembrei do meu pai. Eu entrei nessa por causa dele. Será que ele se orgulharia? O que será que ele estaria fazendo agora? Será que havia saído do mundo do crime? E meu irmão? Havia seguido os seus passos? Minha mãe ainda continuava do mesmo jeito? 



Perguntas, perguntas... Nada de respostas.



Assim que saí de casa, rompi contato com eles. Eu estava disposta a recomeçar minha vida ao lado da única pessoa que se importava comigo: Guy. Mas, eu o manipulei, o fiz fazer coisas que não queria, o fiz entrar em depressão, e, no final, o matei.



Isso me fazia me sentir um pouco parecida com o meu pai. Um monstro. É como diz o ditado: filho de peixe, peixinho é.



Involuntariamente, deixei uma lágrima cair dos meus olhos, logo seguida de outras.



"― Nós deixamos de procurar os monstros embaixo de nossas camas, quando percebemos que eles estão dentro de nós."



Me lembrei do Joker. A vida dele parecia tão mais fácil... Ele estava sempre sorrindo, fazendo piadas, se divertindo ― mesmo fazendo o que faz. Tudo seria tão mais fácil se eu fosse assim também... Mas isso não ia acontecer. Nunca. Eu sou sozinha. Não tenho amigos, não tenho mais família, matei a única pessoa que se preocupava comigo de verdade. Nesse mundo sou só eu e eu.



Por que é tão difícil alguém me amar?



Em meio aos pensamentos e às lágrimas, adormeci.



***



― Para! Eu já estou cansada desse inferno! Eu não aguento mais! ― minha mãe gritou para o meu pai.



Não, de novo não!



― Por que vocês estão brigando? ― perguntei assustada, segurando a mão do meu irmão mais novo, Joseph.



Eu estava com nove anos e meu irmão com cinco.



― Por culpa sua! Sua e desse pirralho! ― mamãe apontou para nós. 



Joseph começou a chorar e abraçou minha cintura. Meu pai empurrou minha mãe, com força.



― Não fale assim com os meus filhos, sua cretina! ― se virou para nós. ― Crianças, não é nada. Subam, por favor.



― Não! Fiquem aqui! Vocês precisam escutar, já que a culpa é de vocês! Se vocês não tivessem nascido, nada disso estaria acontecendo. Eu deveria ter colocado vocês num orfanato. Melhor, deveria ter abortado, como eu fui burra! ― papai deu um tapa no rosto dela. O tapa foi tão forte, que ela caiu no chão. ― Bate, bate mais! ― começou a rir descontrolada. ― Faz esse moleque maldito calar essa boca, sua inútil! ― me olhou enfurecida.



Abracei Joseph, e tentei acalmá-lo com palavras reconfortantes, que soavam mais pra mim do que pra ele, e escondi seu rosto em minha barriga.



― Vagabunda! ― meu pai avançou sobre minha mãe e lhe deu um soco, depois começou a chutar suas costelas. De repente, papai estava com uma arma na mão e apontada para a cabeça de mamãe ― Boa sorte no inferno! ― e atirou em sua cabeça.



Fechei os olhos com força para não ver essa cena. Quando os abri, olhei para o chão, onde o corpo de mamãe deveria estar. O corpo havia sumido.



― Papai? ― olhei ao redor, procurando-o com o olhar e não encontrando-o. Apertei Joseph em meus braços, agora éramos só nós dois. Olhei para ele, mas ele também havia sumido. Eu só estava com seu casaco em meus braços. ― Joseph? Onde você está? Não é hora de brincar de esconde-esconde! ― minha voz saiu embargada. Eu estava com medo.



Comecei a olhar em todos os cômodos da casa. Não tinha ninguém.



Fui para o meu quarto pegar minha boneca Nina, mas sobre a cama de Joseph, estava Guy. Ele apenas me sorriu, tirou uma faca sob o travesseiro e a enfiou sobre o peito. Comecei a chorar e me virei de costas. Fui para minha cama, mas ao passar na frente do espelho, me olhei. Eu não era mais uma criança. Eu já era uma mulher de 25 anos, vestida com um vestido infantil com estampa de doces, maria-chiquinhas nos cabelos, com uma boneca em mãos e o rosto vermelho pelo choro incontido.



Me virei novamente, com a mente perturbada pelos últimos acontecimentos e escutei uma voz sussurrada, seguida de uma risada:



"Você merece ficar sozinha, Harleen"



 ― Quem está aí? ― olhei ao redor do quarto, mas a voz não disse mais nada.  



Olhei para a cama de Joseph, e Guy já não estava sobre ela. A cama estava feita, como se ninguém houvesse estado ali, mas algo na parede me chamou a atenção. Era uma frase.



É esse o seu castigo por ter feito o que fez. Eu sei de tudo.



Havia um sorriso desenhado ao lado da frase. Me assustei e comecei a andar para trás, mas caí em um abismo. Tudo o que pude fazer, foi gritar.



***



Acordei assustada e suada e olhei as horas. 02h34. Demorei um pouco para perceber que tudo não passou de um sonho. Ou melhor, lembranças misturadas com um pesadelo.



Me virei para o lado e chorei.



O que eu fiz para merecer isso?  


Notas Finais


Tadinha da nossa Harleen! Será que ela ainda vai pagar pela morte do Guy? Se bem que ela não teve culpa, ele quem pediu para morrer... Até o próximo, beijinhos!


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