História REC - Michaeng, Chaetzu (G!P) - O acerto de contas de Mina e Tzuyu

Mina continuou abaixada enquanto ouvia mais tiros vindo do andar mais acima. Mina estava muito preocupada com Chaeyoung e o seu sumiço piorava tudo, ao lado dos tiros. 

_ Chaeyoung, cadê você? _ Mina, que estava agachada, abraçou as pernas e começou a chorar _ Espero que nada tenha acontecido com você. 

Depois que os tiros cessaram Mina tomou coragem e andou pelo corredor do hospital pouco iluminado. Estava um silêncio absurdo e ela não sabia... Quer dizer, ela tinha uma ideia de quem poderia ser, era Tzuyu que veio atrás dela e da Chae. Mina estava um pouco mais confiante pois ela sabia que Tzuyu não faria mal para Chaeyoung, já que ela queria matar apenas Mina. 

Mina empunhou a arma e andava com ela com o cano apontado para cima, caso algo acontecesse. Ela não poderia arriscar muito, havia acabado de sofrer um acidente e estava grávida, ela tinha que cuida bem de sua menininha, mas ela queria muito Chaeyoung, queria Chaeyoung cuidando dela e de sua filha. Ela necessitava de Chae, nunca na vida ela quis tanto ver Chaeyoung como agora. 

Ela andava a passos leves e cautelosos e foi subindo os degraus de um por um. Sua cabeça ainda doía, mas ela tinha que seguir em frente. 

Quando chegou no segundo andar, assim que abriu a porta que dava para um corredor escuro, Mina foi surpreendida por um empurrão. Alguém a agarrou e empurrou escada abaixo. Tanto ela quanto a pessoa caíram. Mina caiu do outro lado do chão e viu que era Tzuyu, que estava completamente descontrolada e já estava levantando e correndo escada acima, sumindo na escuridão. Ela nem tinha percebido que Mina tinha uma arma na qual quase ia a perdendo. 

_ TZUYU! _ Mina se levantou pegando na arma e correu atrás de Tzuyu. 

Mina deu um tiro pra cima e voltou a subir as escadas. 

_ONDE ESTÁ A CHAEYOUNG? SE VOCÊ TIVER FEITO ALGUM MAL PRA ELA EU TE MATO. _ Mina abria as portas dos andares no chute. Ela nunca esteve com tanta raiva em sua vida. 

Tzuyu corria no escuro de sala em sala. Mina conseguia ver sua silhueta. Mina já estava com raiva, então tentou atirar, mas Tzuyu atirou de volta, quase acertando Mina, que se escondeu atrás de uma parede assustada.

_ Não Mina, eu não posso temer essa garota agora. _ Mina que estava com a mão tremendo voltou a segurar a arma firmemente e andou silenciosamente pelo corredor escuro. Agora Tzuyu havia subido para o terceiro andar, dava para ouvir os passos e risadas dela no andar de cima. _ Eu tenho que ir até ela, se eu for então acharei Chaeyoung.

Enquanto subia Mina ouviu barulhos de cirene. Era a polícia. Espera, se a polícia estava lá então significa que Chaeyoung havia entrado em contato com a polícia, então Chaeyoung estava lá em baixo. Chaeyoung estava a salva. Mina então voltou, ela desceu os degraus e foi até a recepção atrás de Chae. Quando chegou lá encontrou Jihyo e um cara perto dela, um amigo policial. O resto dos policiais estavam do lado de fora. 

_ MINA! _ Jihyo correu e Mina também, as duas se encontraram e se abraçaram. _ Que bom que está bem na medida do possível. 

_ A Chaeyoung está a salva? Ela está com você? _ Mina perguntou. 

_ A Chae? O quê? Não, ela não tá com a gente. _ Jihyo falou preocupada. 

_ Droga, não! Tzuyu! _ Mina deu as costas para Jihyo e correu sumindo de suas vistas. 

_ ESPERA MINA, É PERIGOSO! DROGA! _ Jihyo chutou uma lata de lixo. _ Daniel, acione os helicópteros, temos que lidar com uma pessoa muito perigosa, a Tzuyu está aqui. Eu vou atrás da Mina. _ Jihyo puxou a arma e correu, seguindo os rastros de Mina. 

Daniel ficou e acionou o comando especial. 

Jihyo caminhava cautelosamente pelo hospital abandonado atrás de Mina ou de Tzuyu, ela só queria que Mina não se metesse em mais encrencas. 

_ Droga Mina, onde você está? _ Jihyo apontava a arma para os lados. Como tava muito escuro ela acendeu a lanterninha e segurava a arma em uma mão. Ela estava no no final do segundo andar quando encontrou Mina, passando pra um quarto. Ela tomou um susto, mas chamou Mina o mais alto que pode. _ Mina.

Mina olhou para o lado e foi até Jihyo.

_ O que deu em você para correr daquele jeito? Vai lá pra baixo que eu cuido disso. Tem certeza que a Tzuyu tá aqui? 

_ Eu a confrontei agora há pouco. Jihyo, a Tzuyu tá louca e ela sumiu com a Chaeyoung. Eu acho que ela tá mantendo Chaeyoung presa. Eu tenho que ir atrás da Chaeyoung. _ Mina falou desesperada. 

_ Isso não é problema seu. Vai lá pra baixo e deixa que eu cuido disso. _ Jihyo estava nervosa. 

_ Não! Eu só vou sair daqui quando encontrar a Chaeyoung. Nós entramos aqui juntas e vamos sair daqui juntas. Droga! _ Mina estava quase gritando. 

_ Fala baixo, porra! A Tzuyu está solta por aí. Como tá a situação dela? 

_ Ela está descontrolada. 

_ Tem uma coisa que você precisa saber sobre a Tzuyu, Mina. 

_ O quê? _ Mina encarou Jihyo. 

_ Tzuyu tem distúrbios mentais. Parece que quando criança o pai a agredia e ainda criança ela presenciou o pai matando o irmão e a mãe matando o pai. Sua mãe a fez conviver com isso como se tudo fosse normal, mas Tzuyu ficou mentalmente afetada, e agora ela matou pessoas, ela matou a própria mãe. Ela pode tá com Chaeyoung e isso é perigoso, ela pode fazer algo com Chae, então por favor vai lá pra baixo e se mantenha segura. 

_ Tudo bem, eu...

De repente Tzuyu passou atirando e subiu para o quarto andar. 

Jihyo e Mina correram até ela, a seguindo até chegar no quarto andar. Elas viram Tzuyu entrar em uma sala e depois subir mais escadas para o último andar do prédio, o terraço. 

_ Você fica... Que droga, tropecei em algo. _ Jihyo falou. A sala estava escura. _ Cadê o interruptor daqui? 

_ Acho que perto da porta. Eu vou ligar. _ Assim que Mina acendeu a luz ela levou um susto e tentou gritar mas não conseguiu. Ela foi ao chão desesperadamente, não contendo as lágrimas.

Mina e Jihyo viram o corpo de Chaeyoung caído no chão, com um tiro no meio da testa e uma poça de sangue saindo de sua cabeça. Chaeyoung estava morta e foi Tzuyu quem a matou. 

_ Mi-Mina? _ Jihyo também não acreditava no que via. Ela estava chorando mas estava com raiva de si por não ter conseguido salvar a amiga. 

_ Chaeyoung... Meu... Amor... _ Mina olhava para o corpo de Chaeyoung e tentava toca-lo. _ Não... NÃO! 

Mina chorava desesperadamente, era uma dor incurável. Ela não poderia acreditar que a pessoa que ela tanto amava estava morta, estirada no chão a sua frente. Todos os seus planos morreram junto com Chaeyoung. 

_ POR QUÊ? POR QUE ISSO TINHA QUE TER ACONTECIDO JUSTO COMIGO? JUSTO COM A CHAEYOUNG? _ Mina se rastejou até o corpo de Chae e a segurou nos braços. Ela não se importava em ficar suja de sangue. _ Acorde Chaeyoung, vamos cuidar da nossa menina juntas. Acorda... _ Mina alisava os cabelos de Chae na esperança dela acordar, mas Chaeyoung estava com o olhar distante, estava literalmente com o olhar sem vida.

_ Mina...eu sinto muito, mas Chaeyoung está...

_ CALA A BOCA JIHYO, A CHAEYOUNG VAI ACORDAR A QUALQUER MOMENTO... _ Mina balançava Chae em seus braços como se fosse um bebê. _ A Chaeyoung cuidou de mim, ela ainda vai cuidar de mim, ela não pode me deixar. Tá ouvindo Chae? Você não pode me deixar. ah... Meu amor... _ Mina soltou o corpo de Chae com cuidado e olhou para a escada que levava ao terraço. _ Já que você matou a Chaeyoung então você vai pagar com a vida. _ Mina se levantou ainda chorando e correu até às escadas. Ela trancou a primeira porta, que era de aço. Mina não queria que ninguém lhe atrapalhasse, ela estava prestes a matar Tzuyu e ela iria fazer isso. Depois que subiu as escadas ela fechou a segunda e última porta, que dava para a parte aberta do prédio. Ventava muito e estava de noite. De cima dava para ver os prédios da cidade ao longe e várias viaturas se aproximando do prédio. 

Quando chegou lá em cima, Mina viu Tzuyu em pé rodopiando no parapeito. A louca não se incomodava com a altura. Tzuyu não estava em suas faculdades mentais, mas Mina não se importava mais, ela iria matar Tzuyu por ter tirado a vida do amor da sua vida. 

_ TZUYU, CHEGOU A HORA DO NOSSO ACERTO DE CONTAS. 

Mina e Tzuyu se encararam, ambas com as armas em mãos e uma com vontade de matar a outra. Era tudo ou nada, para as duas.