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História Receita - Uma xícara de telepatia


Escrita por: Lunastica000

Notas do Autor


volteeeeeeei
oq é betar
2park é casado

Capítulo 3 - Uma xícara de telepatia


Fanfic / Fanfiction Receita - Uma xícara de telepatia

 

Jihoon ainda se sentia irritado quando sentou-se na mesa e Woojin partiu em direção ao balcão de atendimento para buscar o pedido dos dois. Não se preocupou em dizer o que queria, Woojin sabia melhor que ele – e cara, isso era muito irônico para se falar sobre seu inimigo.

 

O lugar, diferente do que normalmente ocorria às quintas-feiras, estava cheio o bastante para fazê-lo esperar ao menos meia hora, e isso lhe irritava ainda mais. Porém, o maior motivo para seus nervos estarem à flor da pele – ainda mais do que estavam após sair de sua sala de aula –, eram os atos idiotas do outro Park.  Ah, Jihoon não sabia mesmo de onde tinha vindo a ideia estúpida de enlaçar seus dedos nojentos aos dele! Tudo bem, Jihoon havia segurado sua mão primeiro, mas apenas por estar com raiva e Woojin não sair do lugar. Nada além. Suas bochechas ainda ardiam e ele sabia que teve sorte por Woojin nem mesmo ter olhado em sua cara depois que entraram. Bateu sua cabeça na mesa de tom amarelo pastel, na tentativa de desembaralhar seus pensamentos.

 

— Park idiota, metido, abusado, repugnante…

 

— Ei Jihoon, eu sempre soube que você tem uma auto-estima meio baixa, mas não acha que tá indo longe demais, cara? – Jihoon levantou a cabeça entediado, observando a criatura de dois metros e cabelos claros sentar-se à sua frente. Suspirou e Donghan riu de sua cara. Jihoon realmente não tinha sorte para amigos de infância.

 

— Qual o seu problema? Eu não tenho auto-estima baixa…não agora. Não ‘tava falando de mim. – Jihoon voltou a encostar a cabeça na mesa, fazendo o outro garoto perceber que o assunto era mais sério. Não havia nem mesmo sido ofendido gravemente!

 

— Ok, o que está afligindo meu bolinho de morango esses dias, hm? Me conta, bebê. – o mais velho sentiu a mão do outro encostar em seus cabelos, mas levou um tapa que a fez recuar.

 

— Não se atreva a me tocar, você acabou de limpar a mesa ao lado e eu não quero ter minha cabeça cheirando à detergente. –  Donghan revirou os olhos para o garoto fresco à sua frente. — E eu sou mais velho que você, então nem faz sentido me chamar de bebê. Também já disse pra não me chamar de bolinho de morango, é ridículo. – resmungou, lembrando-se de sua amarga crise de adolescente em busca de tintura de cabelo.

 

— Wow, a situação é pior do que eu esperava. – ele apenas riu. Tinha pensado em mencionar a diferença de apenas um ano entre suas idade, mas  sabia muito bem como o temperamento do acastanhado ficava quando estava chateado. E ele estava, muito. Por isso, ele sabiamente levantou-se e sentou no banco ao lado de Jihoon. Não demorou para que a cabeça do menor estivesse em seu ombro, seus braços passando pelo tronco de Donghan em um abraço desajeitado. Chegou mais perto do outro e apertou-o. Era uma emergência. — E aí, hyung, o que o Woojin fez dessa vez, hm?

 

Um suspiro audível soou e Donghan acariciou seu braço.

 

— Não, ele não fez nada demais. – disse, resolvendo deixar seu problema com o garoto de dentes salientes para depois. Sabia que nem o Kim merecia lidar com sua confusão interna. — Eu só ‘tô preocupado. Não consigo subir minha nota de matemática e você sabe, só vou conseguir a validação da audição para integração no programa de artes se todas as minhas notas estiverem bem. O Woojin não precisa, ele já conseguiu a audição por causa daquela amostra que o grupo dele fez, mas eu não. – Jihoon fez um bico amuado e Donghan balançou a cabeça positivamente, entendendo os medos de seu amigo.

 

— Sabe, eu ainda não entendi bem essa coisa de audição. Você vai dançar, mas quer fazer artes cênicas. – Donghan sabia que não poderia mudar a opinião ou os sentimentos do mais velho em relação àquilo, por isso resolveu que o melhor para ele seria esquecer aquele assunto por enquanto. Não era ele a pessoa certa para falar sobre suas inseguranças, estava ali para confortá-lo.

 

— Eu só vou dançar porque posso ter mais confiança fazendo a audição com o Woojin. Se passar, consigo uma bolsa e posso escolher o curso que eu quiser, contanto que depois eu participe do grupo de dança, ao menos como substituto ou como o garoto da água. – explicou, dando de ombros.

 

— Isso não te incomoda?

 

— Na verdade não. É uma oportunidade, afinal. Tive sorte do Park ter conseguido me incluir nessa audição, e no final, dança pra mim é apenas um hobby. – o acastanhado soava preocupado, como se um grande fardo estivesse sobre seus ombros.

 

— Ei, você vai se dar bem nisso, Hoonie. – Donghan falou, colocando seu rosto entre suas mãos e o oferecendo seu sorriso brilhante. — Você é demais, lembra? Você vai encantar os avaliadores e vai passar na faculdade que quer com um ano de antecedência. Só precisa confiar em você. Agora bate aqui. – O maior levantou uma de suas mãos. Jihoon deu um pequeno sorriso, batendo sua mão na dele e o abraçando.

 

— Hm...Donghan? – Jihoon ouviu a voz de Woojin, saindo dos braços de seu amigo para olhá-lo.

 

— Ah, e aí Woojin! – Donghan sorriu para o outro, que estava de pé enquanto segurava dois cafés e um bolo. — Eu já estava indo, tenho que ajudar o Kenta hyung, mas a gente se vê! – acenou para Woojin, levantando-se e dando um beijo no topo da cabeça de Jihoon, que sorriu e acenou para  o garoto. Quando Donghan sumiu ao passar pela porta da cozinha, Woojin sentou-se, colocando a comida e as bebidas na mesa. Jihoon quase sorriu – não podia, no entanto, considerando com quem estava sentado naquela mesa – ao ver o bolo de caramelo e cereja junto ao milk shake de chocolate e café. Combinava perfeitamente com ele.

 

— Não sabia que ainda falava com o Donghan. Nem que eram tão próximos. – começou o maior, enquanto tomava um gole de seu café – provavelmente entupido de açúcar, segundo os conhecimentos do mais velho. Jihoon apenas deu de ombros. Donghan havia sido a primeira pessoa que Jihoon conhecera ao se mudar para Seul. Ele morava na casa ao lado da sua, e sempre foi um garoto gigante. Mesmo assim, Jihoon ainda precisou protegê-lo dos valentões durante toda a escola elementar. Quando JIhoon foi para o ensino médio, Donghan ainda ia buscá-lo após terminar suas aulas. Foi em uma dessas vezes que Woojin o conheceu, um mês depois de sair de Busan. No começo, não se deram muito bem – Woojin era muito ciumento, na verdade, mas Jihoon preferiu fingir que não sabia –, mas logo os dois começaram a se dar bem. Assim os três voltavam juntos da escola todos os dias, parando na casa de Woojin para jogar. Gastavam as tardes jogando algo aleatório e depois, Jihoon e Donghan iam para casa, correndo para pegar o último ônibus que passava antes do horário do jantar. Porém, isso apenas durou até o mais novo ter que se mudar para o outro lado da cidade. Woojin e Donghan perderam contato definitivamente, mas Jihoon continuou a visitá-lo uma vez por semana. Tornou-se mais fácil se verem quando o maior começou a trabalhar numa cafeteria próxima ao colégio, e agora eles se viam quase sempre. Bastava o mais velho estar entediado, ele vinha ao final do expediente e sentava nas cadeiras do balcão, observando Kenta, Donghan e Hyunbin arrumarem as coisas enquanto conversavam sobre algo. Algumas vezes, Jisung até o acompanhava, dizendo estar com saudades de suas crianças.

 

— E eu não sabia que você precisava saber. – respondeu depois de engolir um pedaço do seu bolo – precisava lembrar-se de parabenizar Kenta e suas mão de ouro. Aquele bolo era tão bom que parecia derreter em sua boca , Woojin lhe mostrou uma língua e tomou mais um gole de seu café. O mais velho segurou-se para não fazer uma careta apenas ao imaginar o gosto daquilo. — Não se preocupe Woojin-ah – falou, se aproximando do outro, que não mudou nem mesmo de expressão, — meu coração é só seu. – apertou as bochechas do maior e voltou a sentar-se, um sorriso cínico em seu rosto.

 

Ficaram em silêncio alguns minutos, apreciando seus lanches, olhando-se apenas algumas vezes para trocar mensagens telepáticas e caretas estranhas. Era algo no mínimo curioso de ser ver, mas eles estavam acostumados com os olhares alheios.

 

— Mas então, o que você queria me dizer? – falou o mais novo, enquanto tirava alguns lencinhos do suporte e entregava para Jihoon, para que o outro limpasse os farelos de bolo em seu rosto.

 

— Ah, eu tinha esquecido. – Jihoon colocou os lencinhos em seu prato, entregando a Woojin a garrafinha de água que tinha pedido à pouco tempo. — Queria saber se você pode me ajudar com matemática. Você sabe, algumas aulas de revisão e essa coisas. Você já faz cálculos de faculdade, não pode me negar isso, Park. – Jihoon tentava parecer ameaçador, mas Woojin já estava acostumado com suas chantagens.

 

— O que eu vou receber em troca? – questionou, colocando o cotovelo sobre a mesa e sua mão apoiada sobre o punho fechado, observando-o mais de perto. Jihoon imitou sua pose, ajustando ao máximo seu olhar debochado. Quem os visse de longe apostaria que estavam flertando, talvez quem visse de perto também. Mas não, eles estavam apenas sendo Jihoon e Woojin. Não flertando.

 

— Reforço de biologia, você é péssimo. – apontou o mais velho. Woojin revirou os olhos, mas acabou estendendo sua mão, que logo Jihoon apertou. As mãos dadas ficaram sobre a mesa.

 

— Quintas-feiras na sua casa, certo?

 

— Certo.

 

Após decidirem o que fariam, continuaram a conversar até que o café se fechasse e precisacem ir para casa. As mãos juntas enquanto andavam pelas ruas vazias já não pareciam tão estranhas. Na verdade, o ato parecia familiar, tanto quanto quando eles andavam da mesma forma aos oito anos, voltando da escola pelas ruas de Busan.

 

A única diferença é que eles sabiam que não se perderiam se soltassem as mãos.






 






 

Jihoon estava sentado em um banco de madeira gasto ao lado de Daniel, que jogava algo em seu celular, enquanto esperavam Jinyoung e Guanlin voltarem da sorveteria em que estavam, depois dos dois mais novos terem passado cerca de 10 minutos insistindo que estavam derretendo e precisavam de um sorvete. Jihoon disse que podiam esperar, mas revirou os olhos porque o dia nem mesmo estava quente.

 

— Ei Jihoonie – chamou Daniel, ainda concentrado na tela de seu celular. — Posso pedir um conselho?

 

E aí Jihoon ficou surpreso. As pessoas não costumavam pedir conselhos a si, principalmente em seu grupo de amigos. Para isso, existiam Minhyun, Jisung, Jinyoung e, surpreendentemente, Woojin. Eles eram quem normalmente lidavam melhor com problemas. Minhyun, sendo um cara experiente, Jisung sendo compreensivo, Jinyoung sendo paciente e Woojin com seu instinto protetor. Eles sim eram pessoas para quais você podia contar sobre seus problemas e esperar que eles lhe oferececem uma boa solução. Mas Jihoon não, ele não era alguém a quem se pedir conselhos por ser a própria definição de descuido e confusão em relação a sentimentos.

 

— Hm...acho que sim. – respondeu incerto. Sentia que algo ia dar errado.

 

Daniel colocou o celular dentro do bolso do moletom, virando-se para ele com a velha cara de criança aflita que fazia Jihoon ter a vontade de proteger seu hyung do mundo.

 

— É que eu ‘tô apaixonado. – começou hesitante, e Jihoon balançou a cabeça positivamente, sinalizando que ele podia continuar. — É um garoto.

 

— Eu conheço?

 

— Sim, ele é nosso amigo. – respondeu. — Eu não sei como dizer a ele, tenho medo. – virou-se para frente novamente, parecendo perdido e Jihoon continuou a olhá-lo. Seu coração se apertou, odiava vê-lo triste.

 

— Você tem medo de quê, exatamente?

 

— Ele gosta de outra pessoa.

 

— Como sabe? – questionou. Daniel o olhou e revirou os olhos.

 

— Eu apenas sei. ‘Tá meio na cara, na verdade. – deu de ombros.

 

— Pode me dizer o nome dele?

 

— É melhor não.

 

Jihoon pensou um pouco sobre a situação, durante alguns minutos que ficaram em silêncio. Considerou dizer que era melhor perguntar para um dos hyungs, mas acabou decidindo que não podia passar por aquele assunto como se não estivesse acontecendo. Daniel havia pedido a ele, afinal. Não era bom com conselhos, mas poderia dizer algo. Podia ajudá-lo de algum jeito.

 

— Olha Daniel hyung… – começou devagar, se aproximando e passando um dos braços pelos ombros do outro. — …não vou dizer que se declare para ele nem que precisa me dizer quem é. Sabe, gostar de alguém é complicado e difícil, principalmente quando parece que a gente ‘tá deixando algo em risco. – suspirou, um ar de familiaridade o afetando. — Então… diga se acha que deve dizer, guarde se acha que deve guardar. Às vezes é melhor esquecer e seguir em frente. Mas não faça isso se sente que não pode. Se sente que não pode esquecer, é porque você deve realmente dizê-lo. Mas se sabe que pode continuar e ver ele com outra pessoa, e acha que um dia tudo vai voltar aos eixos, faça. – explicou gesticulando, tentando de alguma forma acentuar sua opinião. O maior lhe ofereceu um pequeno sorriso e Jihoon o olhou nos olhos, suspirando. — Você entende, não é? Faça o que achar que deve fazer, o que é capaz de fazer. Sentir é complicado, hyung. Apenas tome uma decisão.

 

— É, eu entendo o que quer dizer. – Daniel respondeu, seus olhos pareciam ter voltado a brilhar. — Acho que posso passar por isso, na verdade.

 

— Que bom. – sorriu verdadeiramente quando Daniel abriu os braços para ele, jogando-se no moletom com cheiro de margaridas e amaciante de bebê. Daniel era um bom hyung, cuidadoso e gentil. Sempre se sentiu um irmão mais novo quando estava com ele, pelo modo carinhoso que era tratado. Era alguém incrível, de coração tão puro. Alguns de seus dias preferidos era quando os dois assistiam doramas ou jogavam algo juntos, simples e confortável.

 

— Quer ir procurar eles? Já faz mais de quinze minutos que eles foram… – falou Daniel após se separarem, mas não demoraram a ver os dois chegando, Jinyoung carregando algumas sacolas e Guanlin com dois copos de milkshake em suas mãos.

 

— Desculpa a demora, estávamos fazendo umas coisas. – Jinyoung falou, ao perceber os olhares questionadores sobre eles.

 

— É, Daehwi nos pediu pra ir a uma loja conferir um moletom pra ele. – explicou o mais alto.

 

Um moletom? – perguntou Jihoon, apontando para as diversas sacolas em suas mãos.

 

— Nós acabamos comprando também. – Jinyoung deu de ombros.

 

— É melhor a gente ir logo. Marcamos de ir ao cinema com Jisung, Seonho e o Jaehwan. – Guanlin dividiu as sacolas entre ele e Jinyoung, pegando um dos milksakes e começando a andar na frente de todos. Foi seguido pelo outro garoto que tinha sacolas, o que levou a Jihoon e Daniel a levantarem e seguirem os dois.

 

Passaram a tarde andando pelo shopping, comprando diversas roupas no caminho e sempre evitando os lugares com preços absurdos, afinal, eram estudantes. Jihoon aproveitou a oportunidade para comprar uma nova roupa especialmente para ir à festa. Não é como se tivesse aceitado a ideia idiota daqueles malucos, mas, já que seria obrigado a participar, deveria ao menos estar bonito na ocasião. Aproveitaram para sentar na praça de alimentação e rir do modo de comer de algumas pessoas.

 

Andaram até que Jinyoung lembrasse que tinham um compromisso, puxando Guanlin pelo pulso com uma mão e carregando as sacolas na outra, acabando por largar Daniel e Jihoon por ali. Porém, logo o mais alto disse ter um trabalho escolar para fazer na casa de um amigo. Despediu-se do mais baixo com um abraço de urso e se foi. Jihoon optou por andar pelo lugar por mais um tempo, passando pela sessão de brinquedos em uma loja de atacado para extravasar o estresse dos últimos dias. Quando saiu do lugar, levando consigo um dinossauro de pelúcia e um coelhinho, ele sorriu. Talvez por ter estado com seus amigos, talvez por amar pelúcias, talvez por ter boas lembranças.

 

Ele gostava de pensar que era por todos eles.






 






 

Woojin estava dentro de uma das apertadas cabines de fotos do centro da cidade, esperando pacientemente um garoto magrelo achar uma moeda em seu bolso para acionar a máquina.

 

Daehwi o havia chamado para sair há uma hora, quando tinha mandado uma mensagem para o mais novo dizendo que estava definhando em tédio naquele feriado em plena sexta-feira. Não demorou para ser respondido pelo outro, que pediu que se encontrassem no ponto de ônibus perto da sua casa. Woojin apenas concordou porque a distância era pouca, senão apenas continuaria a jogar jogos de FPS online aleatórios na internet e comendo salgadinhos engordurados. Já haviam passado por diversas lojas de lembrancinhas, pois Woojin sabia muito bem o quanto ruivo amava bugigangas. Num desses passeios, acabou até comprando um brinco que seu dongsaeng disse que ficaria perfeito para si. Enquanto continuavam passando pelas lojas, Daehwi avistou uma cabine fotográfica e decidiu que deveriam tirar uma foto legal.

 

Ouviu um grito animado do lado de fora e concluiu que o garoto houvesse achado a moeda. Acertou, pois pouco depois ele estava entrando no espaço apertado, sorrindo para si radiantemente. Woojin o retribuiu, ouvindo o flash da câmera. Daehwi era adorável como um irmão mais novo. Chegava e lhe lembrar de Yerim.

 

Fizeram diversas poses, e tiveram uma pequena luta até que Woojin conseguisse convencer o outro a fazer algo fofo, alegando que combinava com ele.

 

Quando saíram, pegaram as fotos, dividindo entre si e continuando a caminhada. Pararam em um pequeno restaurante e sentaram-se, esperando para comer um ramen delicioso.

 

— Hm, porque não chamou o Jihoon para sair com a gente? – perguntou Daehwi, as bochechas infladas por estar mastigando uma grande quantidade de macarrão que Woojin não tinha nem mesmo ideia de para onde ia.

 

— Ele me mandou uma mensagem dizendo que ia comprar roupas com o Daniel, Guanlin e Jinyoung. – explicou, pegando mais uma porção do caldo.

 

— Ah, verdade. Tinha me esquecido que o Lin me mandou uma mensagem. Preciso até pedir uma coisa a eles. – o ruivo tirou o celular de seu bolso, digitando algo rapidamente e esperando até que recebesse uma resposta, que o fez sorrir e digitar mais. Voltou a se concentrar na comida, e assim permaneceram em um silêncio natural. Terminaram de comer e saíram, passando mais um tempo caminhando e conversando, até que chegassem em um fliperama. Olharam um para o outro, os olhos transmitindo a mesma mensagem.

 

— Quem fizer mais cestas paga a passagem do ônibus do outro? – perguntou Woojin, sorrindo desafiador e estendendo sua mão.

 

— Fechado. – respondeu Daehwi, apertando a mão que lhe era estendida.

 

Correram para máquina de arremesso, jogando até Woojin resolver que acabaria gastando todas as suas fichas apenas para ver Daehwi ganhar de si. Continuaram andando, prontos para jogar todos os jogos, até o mais novo receber uma ligação de seu pai para que voltasse para casa. Pelo que Woojin entendeu, eles iriam preparar o jantar para algum tipo de parente distante, ao qual o mais novo parecia adorar, apenas pelo sorriso brilhante que surgiu em seu rosto. Woojin foi deixado na porta do fliperama, com um abraço rápido e um beijo no rosto. Ao menos não precisou gastar seu dinheiro, levando em consideração a pressa do ruivo em ir para casa.

 

Pegou as fotos que haviam tirado mais cedo de dentro de seu bolso, rindo ao se deparar com algumas que ele certamente guardaria no fundo de sua gaveta para momentos especiais. Decidindo que não tinha mais nada para fazer ali, comprou um sorvete de menta e chocolate, que era seu preferido, e caminhou até o ponto de ônibus. Se sentou ali, olhando para o relógio de seu celular e vendo que ainda era cedo para ir para casa. Optou por ir até o estúdio.

 

Estava plenamente sentado, fones em seus ouvidos tocando a música que já sabia até ao avesso por ser a que dançaria, quando sentiu a presença de alguém ao seu lado. Olhou por curiosidade, se deparando com Jihoon, também com os fones em seus ouvidos e fazendo movimentos que ele reconheceu como sendo da coreografia que os dois estavam treinando para a audição. Riu levemente, tanto por perceber que haviam pensado a mesma coisa, quanto por ver os dois ursinhos de pelúcia no colo do garoto.

 

Jihoon acabou percebendo os movimentos bruscos de Woojin, pois não demorou em olhar para o lado e o ver rindo como um bobo para si. Tirou os fones lentamente, enquanto continuava o olhando.

 

— Oi. – disse  o de cabelos acinzentados, ainda sorrindo.

 

— Ah...oi. – respondeu o mais baixo, minimamente  envergonhado. — ‘Ta fazendo o que aqui? Pensei que ia passar o dia apodrecendo no seu quarto. – questionou, tentando distrair-se.

 

— Vim comprar algumas besteiras e jogar com  Daehwi. Cansei de ficar em casa. – deu de ombros, avistando ao longe o ônibus que iria pegar. — Também ‘tá indo para o estúdio?

 

— Na verdade, sim. – respondeu, enquanto se levantava. — Você tem que parar de plagiar minhas ideias, Park. – falou, enquanto o veículo estacionava na calçada.

 

Woojin o olhou cínico, o ônibus esperando os dois subirem. Passou em sua frente, chegando perto e soprando ironicamente no ouvido do menor.

 

— Não é plágio, Hoonie. É telepatia. – e saiu, entrando no ônibus enquanto Jihoon arregalava os olhos, parado em seu lugar. O motorista questionou se ele subiria, fazendo-o acordar e confirmar.

 

Quando entrou, sentando-se ao lado do outro, o olhou com raiva, mas ele apenas riu. Puxou um de seus fones e colocou, sorrindo de lado ao ver sua expressão irônica tornar-se surpresa.

 

— Acho bom essa telepatia funcionar para sincronizar os passos, também. Não quero que se distraia me olhando como da outra vez.

 

Woojin não disse mais nada, e Jihoon encostou a cabeça no banco, pleno e satisfeito.


 


Notas Finais


o mv do século: https://youtu.be/b2hcCVAuM7Y
deem amor a triple h

se quiserem comentar né
obrigada a quem leu
<3


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