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História Reciprocal - Nove


Escrita por: Exospirit

Notas do Autor


DALE GALERAAA CAPÍTULO NOVO \o/
Cês tavam ansiosos para ler? Hm?
Bem, queria me desculpar antecipadamente por esse capítulo.
O motivo? Acho que eu não estava muito bem quando o escrevi... Deveria tá drogada, ou bêbada, sei lá. Mas eu sei que o começo ficou uma coisa muito WHAT THE FUCK IS THAT SHIT mas me desculpem TT_TT
Enfim, sério mesmo, me desculpem kkkkkkk! Mas vocês já devem saber que eu não sou normal psé
Mas chega de enrolação, vão ler agora!!
Enjoy

Capítulo 10 - Nove


A primeira coisa que ChanYeol fez ao chegar em casa foi procurar alguma bebida. Conseguiu achar uma garrafa de vinho e levou-a para o quarto, ignorando os empregados que perguntavam o que ele fazia em casa tão cedo. Trancou a porta e abriu a garrafa, fazendo uma careta ao dar o primeiro gole.

– Está quente, mas é o que tem para hoje. – sussurrou com um sorriso triste. Ele deu alguns goles grandes, o suficiente apenas para dormir pelo resto do dia.

E de fato dormiu o dia todo. Acordou já eram oito da noite. Queria sair de casa de novo, ir a alguma casa noturna. Agora que o efeito de dormência causado pelo álcool passara, a dor que dominava seu peito antes voltava agora misturada com os sintomas característicos da ressaca, deixando tudo parecer ainda pior.

Tomou um banho para despertar seu corpo e trocou de roupa. Não sabia muito bem aonde iria. Apenas precisava colocar mais álcool no organismo, não importava muito o lugar.

Acabou entrando no primeiro bar pelo que passou.

Não era um lugar ruim. Era até agradável, espaçoso e animado. Uma banda tocava ali, entretendo os clientes com músicas alegres. Sentou-se em um dos banquinhos em frente ao balcão de bebidas e esfregou o rosto com as mãos, esperando ser atendido.

Pediu vodka – uma garrafa inteira – e um copo. Bebia em goles grandes e em pouco tempo já estava sob o efeito do álcool. Encontrava-se em uma situação um tanto engraçada, sua boca cheia de bebida deixava suas bochechas infladas e o fazia formar um bico nos lábios, enquanto mexia a cabeça no ritmo da música.

– Nossa, vá com calma! Toda essa bebida não vai te fazer bem! – ele ouviu uma voz masculina ao seu lado.

Virou o rosto ainda com a boca cheia de bebida e encarou curioso a pessoa que falara com ele. Era um garoto que aparentava ser da sua idade. Magro, com os cabelos curtos e negros, e um sorriso bonito.

– Do que você está falando? – ChanYeol perguntou depois que engoliu.

– Estava notando você se encher de álcool faz um tempo. – o garoto explicou, rindo em seguida. – Não que eu seja um stalker, ou um tarado, ou coisa do gênero. Apenas achei engraçado.

Ele explicou, em seguida pedindo uma bebida.

– Sabe, às vezes, tudo o que um homem precisa é de uma garrafa de vodka para afogar os problemas. – disse ChanYeol, dando uma risada um tanto triste.

– Me chamo Kim JongDae. – o outro falou depois de alguns segundos, estendendo a mão para ChanYeol.

– Park ChanYeol. – ele apertou sua mão, um tanto desajeitado.

– Prazer em conhecê-lo. – o tal JongDae disse sorrindo, antes de dar um gole na sua bebida recém-chegada. ChanYeol acenou com a cabeça. – Mas me diga, Park ChanYeol... O que o faz beber tão descomunalmente?

– Sabe... O motivo mais comum do mundo... – respondeu com um sorriso triste nos lábios, apontando para a região do peito.

– Oh, entendo... Problemas do coração. – JongDae falou pensativo.

– Pois é... Tá foda. – colocou mais vodka em seu copo, bebendo tudo de uma vez.

– Me diga, qual o nome da garota? – perguntou JongDae, ficando confuso ao ouvir uma risada divertida vindo do outro.

– Não é garota… É garoto. – explicou um tanto envergonhado. JongDae levantou uma sobrancelha.

– Oh. Entendo. – ele disse, segurando a risada.

– Eu não gosto de homens! – ChanYeol tentou se explicar. – Digo, pelo menos não costumava gostar. Ah, é complicado.

– Nossa... Isso realmente faz qualquer um perder a cabeça. – comentou, bebericando sua bebida. – Mas então, qual é o nome dele?

– Bacon. – disse ChanYeol risonho.

– Bacon?

– Ele é um bacon, cara. – riu ChanYeol.

– Você está apaixonado por um bacon? – JongDae parecia confuso.

– Sim.

– E por que você está apaixonado por um bacon?

– Porque ele é a coisa mais gostosa que eu já comi na vida. – disse caindo na gargalhada logo em seguida. JongDae deu uma risada confusa. Aquele ali estava bêbado demais para ter uma conversa decente.

– Então me diga... O que esse bacon fez para você estar aqui afogando as suas mágoas em uma garrafa de vodka?

– Bem... É uma longa história... Antes eu não gostava de bacon. Odiava, na verdade. Não podia ver um bacon na frente que minha vontade era logo de socar, bater, pisar... Eu odiava bacon. Mas eis que um dia... Eu acabei comendo um bacon... E foi... Foi a coisa mais incrível já que aconteceu na minha vida... A-acho que nunca comi algo tão gostoso quanto aquele bacon... Só que depois... Esse bacon disse que me odiava e que não gostava de mim...

– Mas você não tinha comido o bacon?

– Não estraga a minha história! – ChanYeol fuzilou JongDae com o olhar e este apenas encolheu os ombros, segurando o riso. – O bacon me fez jurar que nunca mais iria falar com ele. Mas eu não conseguia parar de pensar naquele bacon. Eu queria comer mais bacon. Mas eu não queria comer qualquer bacon. Eu queria comer aquele bacon. Está entendendo o que estou dizendo?

– Acho que sim. – JongDae escondia a boca com a mão para não rir.

– Então... Então eu resolvi abrir o jogo. Falar ao bacon tudo que eu realmente sentia por ele. Falar que eu não quero comer qualquer bacon. Falar que queria ele...

– E o que o bacon falou?

– Falou que... Que não queria nada comigo. Mas mesmo assim eu não desisti e... Beijei o bacon. Só que o bacon disse que sentia desprezo por mim. E... Foi o pior dia da minha vida.

– Isso é realmente duro... Levar um fora de um bacon.

– Pois é... Meu coração está em pedaços. – ChanYeol suspirou melancólico.

– Sabe, ChanYeol... Você devia dar um tempo para o seu bacon. Deixar as coisas esfriarem, esperar a poeira baixar e não ficar forçando a barra. Só não desista dele okay? Sei que isso é tudo muito confuso e novo para você. Mas não desista do seu bacon, okay? – JongDae levou as mãos até as costas do mais alto, dando umas batidinhas encorajadoras.

– Obrigado, cara. Obrigado mesmo.

– Espero que tudo dê certo, e que você finalmente possa comer seu bacon de novo. – disse risonho.

– Espera aí, cara... O que você disse? – ChanYeol perguntou de repente.

– E-eu? Eu estava brincando, não quis ofender, eu...

– Bacon? Comer bacon? Do que você está falando, cara? – olhou para JongDae como se este fosse algum tipo de louco – Você deve estar bêbado.

JongDae soltou uma gargalhada, mas ao ver ChanYeol chamar o barman novamente, alertou-se.

– Mais uma garrafa. – o garoto pediu com a voz pastosa.

– Não. – se intrometeu. – Nosso camarada aqui já bebeu demais.

– O que você está fazendo? – ChanYeol perguntou confuso.

– Você já bebeu demais por hoje. Você devia ir para casa antes que se entupa mais desse veneno e acabe fazendo alguma besteira.

– Veneno? Tem veneno na bebida? – perguntou assustado. JongDae revirou os olhos.

– Não, ChanYeol. Apenas vá para casa.

– Okay... Até mais, JongDae. – pagou o que devia e acenou com uma empolgação maior do que a necessária, fazendo JongDae rir. O maior se afastou tombando um pouco, pedindo desculpas por sem querer pegar na bunda de uma mulher quando procurou apoio.

– Ei, ChanYeol! – JongDae chamou, fazendo o garoto virar-se desajeitado. – Com você vai voltar para casa?

– Andando. Da mesma forma que cheguei aqui. Não moro longe.

– Acho melhor eu te acompanhar.

 

 

ChanYeol passou o caminho todo falando coisas aleatórias, fazendo JongDae rir a cada esquina, vez ou outra tendo que segurar o outro pelo braço para ele não cair no chão, não ser atropelado na hora de atravessar a rua ou esbarrar em alguma pessoa. Até passarem na frente de uma lanchonete fast food e ChanYeol praticamente obrigá-lo a pararem para poderem comer um X-Bacon.

Depois desse pequeno imprevisto, não demorou muito para ChanYeol chegar em casa são e salvo. E cheirando a bacon.

– É aqui que eu moro, acho. – disse ChanYeol, levando um tempo para reconhecer a própria casa.

– Uau... – JongDae deixou um murmúrio de admiração escapar.

– O que foi? – perguntou, distraído.

– Nada, a sua casa é enorme. – JongDae comentou, dando um pequeno sorriso. – Bem, você está entregue são, salvo e inteiro. Até outro dia, Park ChanYeol. Boa sorte com seu bacon.

– Obrigado. Mas ainda não entendo porque você é tão obcecado por bacon. Só fala nisso. – disse risonho, pegando as chaves e abrindo a porta de casa com mais dificuldade que o normal. JongDae riu e seguiu seu caminho, deixando ChanYeol para trás.

 

 

BaekHyun costumava acordar animado todo sábado. Mesmo tendo que sacrificar sua manhã de sono todos os finais de semana, ele não se importava de abrir mão desse pequeno privilégio se era para fazer algo     que gostava tanto. Ele achava que valia a pena.

Mas ultimamente ir à aula de canto não estava tão divertido assim.

Sempre que podia agora, a Sra. Oh arrumava um jeito de tentar chamar BaekHyun para jantar em sua casa novamente. Isto já estava se tornando um problema, pois BaekHyun não poderia simplesmente dizer que não queria ir porque o seu filho era tipo o demônio em forma de gente. E seu estoque de desculpas já estava no fim.

Quando a aula terminava, BaekHyun a reverenciava rapidamente, desejando-a um bom dia e dizendo que estava atrasado para o “novo trabalho” que ocupava todas as tardes de seus finais de semana.

Claro que não havia mudado de emprego. Era apenas mais uma de suas desculpas.

Não que não se sentisse mal em ter que mentir e evitar a sua tão querida professora, mas simplesmente não tinha outra forma de evitar mais um jantar na desconfortável presença de Sehun.

Aquela manhã em especial BaekHyun sentiu uma vontade mais apurada de ficar em casa. Não que estivesse com um mau pressentimento sobre aquele dia, mas todo mundo têm seus dias em que acordam com vontade de não fazer nada, de dormir a manhã inteira. E BaekHyun estava em um desses dias.

Principalmente pelo fato de que naquela semana, seu patrão o fizera ralar mais do que o normal, e ele estava literalmente quebrado. Não era como se trabalhar em uma loja de doces fosse a coisa mais difícil do mundo, mas quando seu colega de trabalho resolvia faltar a semana toda e deixar o serviço todo nas suas costas, era bem desgastante. Era de se entender porque BaekHyun estava especialmente preguiçoso naquela manhã.

Mas compromissos são compromissos.

BaekHyun suspirou em protesto quando o despertador o avisou que era a hora de levantar, mas obedientemente o desligou, levantando-se da cama sonolento. Fez sua higiene matinal, tomou seu café da manhã e trocou de roupa, indo para sua aula de canto, novamente sem motivação alguma.

Chegou lá até um pouco mais cedo do que costumava. O que não era algo muito bom, visto que o garoto não tinha nenhum grande amigo lá dentro. Deu bom dia para seus colegas de classe e sentou-se em uma das cadeiras da sala. Ficaria sentado ali até sua professora chegar.

– BaekHyun? – de repente ouviu alguém lhe chamar. Olhou tranquilamente na direção da voz que dissera seu nome, certo de que fora um de seus colegas, mas tomou um susto ao ver quem era. Piscou abobado por um tempo, sem crer no que via a sua frente.

Estava mesmo vendo certo?

Era mesmo ele que estava ali?

– BaekHyun, o-o que você está fazendo aqui? – o garoto perguntou tão surpreso quanto o outro. – V-você também faz aula de canto aqui?

– J-JongDae? – BaekHyun balbuciou perplexo. JongDae, assim que recuperado do choque, sorriu.

– É muita coincidência! – ele disse, puxando BaekHyun para um abraço apertado. Este retribuiu o abraço, ainda sem reação. – Como você está, rapaz?

– E-eu estou bem... – falou lento. – O-o que está fazendo aqui?

– O que você acha, oras? – sorriu. – O mesmo que você.

– C-como você aparece assim depois de tanto tempo? Q-quando voltou? – BaekHyun perguntava, confuso.

– Bem, voltei não faz muito tempo. Matriculei-me aqui por indicação de alguns amigos. – explicou.

– Que amigos? – antes que JongDae pudesse responder a pergunta, sentiu um braço envolver-lhe os ombros.

– JongDae! Vejo que já fez amigos! – era Luhan. Ele fazia aulas de canto com BaekHyun.

– Não, conheço BaekHyun faz tempo. – riu.

– Ah, sim! Olá, Baek! De onde vocês se conhecem? – perguntou Luhan, simpático como sempre.

– Ah... Bem... E-estudamos juntos. – explicou sem jeito. JongDae riu.

– Entendo... Bem, vou chamar o KyungSoo. Daqui a pouco a professora chega, e ele vai se atrasar de novo por causa do JongIn. – Luhan revirou os olhos, saindo da sala novamente.

– Ah, então Luhan é o seu amigo? – perguntou. – Ele é um cara legal.

– É. Ele, o KyungSoo e o JongIn, que faz aulas de dança aqui nesta academia também. – explicou JongDae.

– Oh... – BaekHyun assentiu com a cabeça. Um silêncio constrangedor os dominou. Encarava seus pés, com as mãos no bolso, pensando em algo que pudesse falar para acabar com o clima embaraçoso.

Mas não foi preciso, pois logo Luhan voltou, acompanhado por um KyungSoo raivoso, com um bico nos lábios.

– A professora ainda nem chegou, Luhan! – reclamou KyungSoo, chamando a atenção de JongDae.

– É, mas acabou de chegar. Viu? Você ia se atrasar novamente por causa do JongIn. – Luhan disse ao ver a Sra. Oh entrando na sala.

– Falou o santo que nunca se atrasa. – murmurou KyungSoo, cruzando os braços. BaekHyun e JongDae trocaram sorrisos, se afastando para começar a aula.

 

 

A manhã fora completamente normal, tirando o fato de que BaekHyun se sentia mais nervoso do que de costume. Afinal, mesmo que não o visse há meses, a presença de JongDae ainda mexia consigo. Tentou mostrar-se tranquilo, mas era difícil controlar a respiração quando olhava na direção do outro e via que ele mantinha o olhar sobre si.

BaekHyun encerrou mais uma aula de canto, dessa vez especialmente feliz por poder ir embora.

– Ei, Baek! – ouviu JongDae chamá-lo.

– Oi? – tentou parecer despreocupado.

– Vamos almoçar aqui perto, e eu queria saber se você não quer ir com a gente. – perguntou com um sorriso tímido, embora tentasse parecer sutil. BaekHyun o olhou surpreso pelo convite.

– Vamos, Baek! – começou KyungSoo. – Eu sempre te achei um cara legal e essa é uma boa oportunidade para termos uma conversa!

BaekHyun sorriu com o elogio. Sempre tivera uma boa impressão de KyungSoo e Luhan.

– Okay, pode ser. – ele aceitou um pouco receoso. Afinal, suas amizades se resumiam em JunMyeon, WuFan e MinSeok, e socializar-se não era bem seu ponto forte.

Mas de todo jeito foi.

Entraram em um restaurante perto da academia de artes. Eram cinco garotos, já que o tal JongIn que fazia aulas de dança também estava lá.

BaekHyun teve que admitir que o almoço não fora desconfortável como pensou. Os garotos eram divertidos, e não se importaram com o fato de que ele, na maior parte do tempo, apenas ria e não falava muito. A única coisa que o incomodara um pouco foram os olhares de JongDae sobre si o tempo todo. Olhares intensos.

JongDae lhe dissera que seu pai fora transferido de volta para a Coreia, motivo pelo qual voltara do Japão. E que estudava no mesmo colégio que Luhan, JongIn e KyungSoo agora.

Gostou de conhecer JongIn e de se aproximar de seus colegas de canto. Eles eram legais e o trataram muito bem, inclusive JongIn, mesmo que ambos nunca tivessem se visto antes. A única coisa que o incomodava eram os olhares de JongDae.

Tentou ao máximo agir normalmente, mas sentia sua bochecha queimar sempre que sentia o olhar do outro pesar sobre si.

Os garotos pagaram a conta e saíram do restaurante, despedindo-se e indo cada um para seu destino.

E o destino de BaekHyun, como sempre, era a casa de JunMyeon.

 

 

– Onde você estava? Já estávamos ficando preocupados! – disse JunMyeon quando o garoto chegou.

Você estava preocupado. – disse WuFan desinteressado, espreguiçando-se no sofá.

– É reconfortante ver o quanto se preocupa comigo, amigo. – BaekHyun retrucou irônico.

– Aonde você almoçou? Na casa do SeHun? – caçoou MinSeok.

– Hahaha, muito engraçado. Não.

– Você comeu na rua? Não me diga que comeu qualquer porcaria nessas lanchonetes sujas do centro da cidade! – JunMyeon reclamou antecipadamente.

– Não, Suho. Eu almocei em um restaurante decente. – enfatizou a última palavra, para o amigo não começar com mais um discurso com seu ar paterno.

– E você comeu sozinho?

– Não... – disse BaekHyun, receoso. – Almocei com... O JongDae.

JunMyeon e WuFan o olharam surpreso.

– COM QUEM? – os dois exclamaram em uníssono.

– Isso mesmo, JongDae. – confirmou.

– Quem é JongDae mesmo? – MinSeok pendeu a cabeça para o lado, tentando lembrar-se onde ouvira esse nome antes. WuFan cobriu o rosto com uma mão, sem acreditar na demência do outro.

– JongDae! O ex-namorado do Baek! – WuFan revirou os olhos.

– AH! AQUELE QUE FOI MORAR NO JAPÃO NO MEIO DO ANO PASSADO? – exclamou MinSeok, lembrando-se do garoto.

– E o mesmo o qual eu abandonei sem mais nem menos e que mais cedo ou mais tarde provavelmente vai pedir uma explicação. – BaekHyun sentou-se no sofá.

– E você... Dará uma explicação? – perguntou JunMyeon, receoso com suas palavras.

– Não. – respondeu rápido. – Vou dizer o que sempre disse. Que acabamos porque eu não sentia mais nada.

– Por favor, BaekHyun. Nem se ele fosse um retardado ele acreditaria nisso. – disse WuFan risonho.

– Ah, e você tem uma ideia melhor?

– Diga a verdade. – WuFan disse sem rodeios. BaekHyun ficou sério.

– Não, isso não tem nada a ver com ele.

– Ele precisa de uma explicação sincera, só acho. Porque no final das contas, ele gostava muito de você. E você dele. – WuFan disse, fazendo BaekHyun olhar para os pés.

– E o JongDae se preocupava com você, Baek. Você o deve ao menos uma explicação sincera. – continuou JunMyeon.

– Querem parar de dar opiniões? Eu sei o que faço com minha vida e meus relacionamentos. – falou impaciente. – E também, o JongDae é passado.

– Mas ele voltou. – disse WuFan. BaekHyun ficou em silêncio.

– Isso não significa nada. – ele respondeu depois de alguns segundos de reflexão.

– Tem certeza?

– Vem cá, por que essa súbita teoria de que talvez eu ainda possa sentir alguma coisa pelo JongDae? – BaekHyun parecia irritado.

– Não digo que você ainda sente algo por ele. Apenas acho que existe a possibilidade de tudo voltar à tona agora que ele voltou. – explicou WuFan.

– Você está achando errado. – BaekHyun parecia desconfortável com o assunto.

– Deixa ele, WuFan. – JunMyeon disse risonho, o que fez BaekHyun ficar ainda mais irritado. Sentia que os três garotos comunicavam-se através de olhares de forma divertida, e sabia muito bem que comunicavam sobre ele.

– Parem de se olhar assim. – ele ordenou com raiva.

– Desculpa, Baekkie. Só pensamos que seria uma boa você se dar uma chance de ser feliz de novo. – JunMyeon explicou apreensivo.

– Não quero falar sobre isso. Vocês já sabem muito bem o que quero para mim. – BaekHyun disse. O rosto ficando com a mesma expressão de sempre que tocavam naquele assunto.

– E você sabe que não concordamos.

– Mas a vida é minha, e eu a vivo como quiser.

– O que você está fazendo não é viver, Baek. – WuFan disse sério. BaekHyun ficou intimidado, como sempre ficava quando o maior assumia aquela postura. Mas mesmo assim, o garoto não abaixou a cabeça para o loiro.

– Vamos mudar de assunto. –  falou no mesmo tom.

– Deixa ele, WuFan. Deixa pra lá. – JunMyeon repetiu, cansado de tentar convencer o mais novo.

O foco do assunto saiu de BaekHyun e os garotos começaram uma conversa aleatória, da qual ele se encontrava alheio. Não queria admitir nem a si mesmo, mas era inegável que rever JongDae depois de tanto tempo mexera sim consigo. Mas um relacionamento não era algo que planejava para si. Não que o problema fosse com o JongDae, mas sim com relacionamentos em geral.

BaekHyun aprendera a se isolar das pessoas ao seu redor, vivendo apenas com a amizade de seus três grandes amigos, e aprendeu a não precisar de mais nada além disso. Não que tinha feito essa decisão apenas por ser naturalmente anti-social, mas viu no isolamento um caminho mais fácil do que dar uma explicação ou decepcionar alguém. Que era exatamente o que ele pensava que aconteceria. Ele decepcionaria JongDae. E a todo mundo, se contasse a verdade.

Talvez ele fosse egoísta, ou até mesmo covarde.

Mas certas atitudes eram necessárias, mesmo que seus amigos, seu pai, ou JongDae, não as entendessem.

E BaekHyun era teimoso demais para mudar. Teimoso demais para aceitar o seu destino.


Notas Finais


Cabô o capítulo c=
E aí, o que vocês acharam da súbita aparição do JongDae, o ex do Baek? Vocês não esperavam por isso, não é? KKKKKKKKKKK! Tava todo mundo pensando que o Baek era puro e virji kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Enfim, peço desculpas de novo pelo capítulo meio louco =_=
No próximo capítulo acontecerá coisas bastante intensas e emocionantes, por isso, preparem os seus coraçõezinhos ;3;
Enfim, nos vemos no próximo capítulo ^^


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