História Recomeçando do meio - Nanario - Eu amo você, mamãe.

Ao chegar em casa, Nana se depara com inúmeros balões rosa no teto da sala, todos vestindo roupas na cor rosa, e ela vestia branco, um lindo vestido branco escolhido por Vera que marcava lindamente a curva que sua barriga formava.

- Ai gente, eu amo tanto vocês. - Ela se emociona, seus olhos brilham demais ao reparar em cada detalhe da decoração. Logo Mário e Sofia vinham em sua direção.

- Eu te amo, meu amor. Bom dia! - Ele beija a boca da mamãe e se abaixa beijando também sua barriga.

- Mãe, você tá bem? Fiquei com tanto medo, tanta saudade. - Sofia abraça a mãe.

- Eu tô bem, meu amor. Também fiquei com muita saudade. - Ela ia se abaixando para retribuir o abraço quando Vera a interrompeu.

- Meu amor, é melhor você não se abaixar assim, esse esforço não é bom pra bebê, pelo menos por hoje. - Ela diz com as mãos no ombro de Nana, na intenção de que ela se reerguesse.

- Tá bom. - Nana concorda, mesmo percebendo a cara de decepção da filha.

- Mãe, a gente tem mais uma surpresa pra você, na verdade duas. - Ela faz o número dois com os dedos.

- Vocês querem me matar do coração é? - Diz se emocionando de novo, sem nem saber o que estava por vir.

Mário pega na mão da amada e lhe mostra a decoração final. Um lindo painel redondo iluminado na cor marrom, com o nome "Liz" em branco brilhando no meio. Em volta do painel, um arco de balões nas cores rosa, branco e um vermelho delicado contornava toda a decoração. A mesa tinha dois lindos arranjos floridos de rosas nas cores da decoração. No meio da grande mesa, um bolo lindo, de três andares, com um lindo laço vermelho no meio chamava muita atenção. Ao redor do bolo, muitas lembrancinhas estavam espalhadas, caixinhas com ursinhos na tampa, tubetes de bailarina e alguns dos docinhos favoritos de Nana. Mas o mais importante ainda estava por vir.

- Mário... - Ela não consegue evitar as lágrimas, leva as duas mãos ao rosto e chora delicadamente.

- Gostou? - Ele pergunta sorrindo, já sabendo a resposta que estava estampada entre as linhas do sorriso de Nana.

- Ô meu Deus. - Nana se derrete em lágrimas. - Eu te amo, Mário! Amo todos vocês. - Ela se refere a todos que estavam ali na sala.

- Eu te amo, meu amor. - Mário pega na mão da amada.

- ain gente, que coisa mais linda, como vocês fizeram isso tudo tão rápido? - Nana diz com os olhos brilhando, passando a mão por toda a decoração.

- Eu e o Alberto demos um jeito, meu amor. - Vera comenta, abraçando a enteada pelas costas.

- Ai Vera, obrigada por ser tão cuidadosa comigo, por todo amor e dedicação que tem com o papai e com essa família.

- Eu fico até com ciúmes! - brinca a filha de Vera, Eugênia, fazendo todos rir.

- Você merece tudo, minha filha, você e a minha neta. - Alberto abraça Nana, beija sua testa e em seguida beija sua barriga.

- Alberto, não abusa da sua melhora. - Vera repreende a atitude de Alberto ao se esforçar para beijar a barriga de Nana.

- Obrigada pai, eu te amo muito. - Nana se emociona. - Mas é verdade, você precisa se cuidar direitinho.

- Vocês parem com todo esse paparico comigo. A única que tem que ser paparicada é a Nana que carrega minha neta! - Ele brinca e todos riem.

- Meu amor, eu te amo tanto, mais tanto, a Liz é a prova do nosso amor. A vida nos ensinou a nunca desistir, né?! - Ela olha pra Mário sorrindo. - Enfrentamos muitas coisas juntos, e às vezes separados também. - Ela ri. - Mas nosso amor sempre nos manteve de cabeça erguida e nos fez superar tudo, e hoje estamos juntos, com essa nossa família linda. - Ela olha pra todos que estão ali, comemorando com ela. - E agora eu tenho a alegria de falar que estou sempre acompanhada do nosso amor, da nossa Liz - Diz acariciando a barriga - que ganhou vida dentro de mim, nossa primeira bebê juntos. Tenho a melhor família possível, os melhores filhos, meus três amores - Ela abraça Sofia e Miguel - e o meu amor maior, meu porto seguro, meu poeta. Te amo, Mário. - Nana se declara e o beija.

- Eu amo você, meu amor, nossa família é tudo pra mim. - Mário puxa Miguel e Sofia pra um abraço junto a ele e Nana, e todos que estavam ali ficam apaixonados com a cena.

- Você lembra que quando éramos pequenos e brincavamos de mamãe filhinha, nossa filha sempre se chamava "Liz"? - Ele se aproxima dela, pegando em suas mãos.

- Lembro, claro que eu lembro... - Ela sorri.

- Então, essa é a realização da nossa brincadeira. A nossa Liz que veio como uma luz pra iluminar a vida dos pais e dos irmãos.

- Dos avós também. - Diz Vera. - Porque eu já me considero tão avó dessa criança quanto o Alberto.

- Dos tios nem se fala. - Diz Marcos, pegando na mão de Paloma.

- Das amigas. - Diz Eugênia

- Até da amiga que também é médica! - Revela Dra. Addison

- Ô gente... eu nem sei o que falar. Só sei agradecer. Obrigada por tudo isso que fizeram, eu amei tudo, e tenho certeza que a Liz - frisou o nome da bebê. - Também gostou porque não para de se mexer.

- Então é melhor você se sentar. - Addison sugere já ajudando Nana a se sentar.

......
Mário entrega uma caixinha bem embrulhada pra Nana.

- Abre, eu e a Vera corremos muito hoje cedo pra mandar fazer esse presentinho pra você. - Ele diz ansioso pela reação de Nana.

Nana então abre os embrulhos e vê a pequena caixa que ali estava. Ao abrir a caixinha, seus olhos se enchem de lágrimas, havia uma correntinha com três corações, e cada um dos corações tinha uma letra, sendo elas: S, M e L. Representando Sofia, Miguel e Liz.

- Tia, eu quero que você seja da minha família. - Diz Miguel, limpando as lágrimas de Nana.

- Ô, meu Deus, eu também quero ser da sua família, meu amor. - Ela abraça ele, olhando pra Mário que estava com um sorriso largo, de orelha a orelha. - Eu amei muito gente, amei muito. Obrigada por todo o carinho de vocês.

- Você merece tudo, minha filha. - Diz Alberto, beijando a testa da filha.

.......
Após uma tarde sendo paparicada, Nana passa a noite no quarto, olhando cada presente, cada roupinha, lendo as cartinhas que Miguel e Sofia tinham feito.

A carta de Miguel era extremamente delicada, fazendo nada se debruçar em lágrimas.

"Ter um irmão é ter, pra sempre, uma infância lembrada com segurança em outro coração. Eu sempre quis você aqui, sempre. Eu quero ser o seu príncipe e cuidar de você quando você chorar. Quero ajudar a tia Nana a te dar papinha. Quero brincar pra sempre com você. Meu pai disse que o amor de irmãos é um dos mais bonitos, e é verdade, pois eu já amo você mesmo sem você nascer, até mesmo tenho um apelido pra você, "Lilo", não sei de onde tirei, mas gosto muito. Vou te chamar assim. Te amo, Lilo. E amo você também, tia Nana."

Ainda muito ansiosa, Nana lê a carta de Sofia.
"Eu amo você, mamãe."

Era apenas o que estava escrito, mas além disso tinha um desenho. Duas meninas, que representavam Nana e Sofia. Essa carta deixou Nana pensativa.

....
Mário havia pego Sofia nos braços, e a levado pra cama, a menina havia brincado bastante com Miguel, e os dois estavam muito sonolentos, dormindo no sofá. Após isso, o editor - chefe da Prado Monteiro sai para levar Miguel pra casa de Clara, o menino ainda estava tomando alguns remédios e Clara preferia que o filho ficasse dormindo em casa nesse período. Quando Mário já estava na casa de Clara, uma chuva começou intensamente naquela noite, todos já estavam deitados, dormindo, apenas Nana estava acordada no quarto, a espera de Mário, quando fortes trovões causam barulhos insurdecedores na mansão. Minutos depois Sofia ouve o choro e gritos da mãe e corre para ver o que estava acontecendo.