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História Recomeçar - Que vença o melhor


Escrita por: juniechild

Notas do Autor


Oii
* Clínica Every Woman foi eu que criei, e qualquer semelhança com a realidade é mera coicidência... :)
Sem mais delongas...

Boa leitura ^-^

Capítulo 12 - Que vença o melhor


Fanfic / Fanfiction Recomeçar - Que vença o melhor

POV Bruno Mars

Acordamos no outro dia e colocamos o plano “Amigos” em prática. Tomamos café com Presley, e ela saiu dizendo que preferia vomitar todos os órgãos vitais a ter que aturar a gente em um plano que todo mundo sabia que não ia dar certo.

Arrumamo-nos e saímos a caminho da primeira clínica.

- É aqui? – diz Ash ao olhar a fachada rosa da clínica “every woman” *.

- É. – digo e ela me encara com medo. – relaxa, vai ser igual uma consulta com pediatra. – disse e ela me mostrou o dedo do meio. – criança rebelde leva injeção na bunda.

- Vai se foder Bruno. – ela diz rindo.

- Olha que eu conto pra médica que você tá muito mal humorada.

- Aí ela vai dizer que é falta de sexo. – ela disse e colocou a mão na boca. – Saiu sem querer.

- Não é por minha culpa que está faltando sexo. – digo ignorando seu último comentário, olhando maliciosamente para ela.

- E a parte do “vamos ser amigos” senhor Bruno Mars? – ela diz me olhando maliciosamente.

- Amigos se pegam às vezes – digo umedecendo os lábios.

Ficamos nos encarando e do nada ela baixou o olhar e pegou a bolsa no banco de trás.

- Vamos antes que passe do horário da visita. – ela disse e saiu do carro.

- Droga... Eu ainda consigo te enrolar Ashley. – Disse baixinho assim que ela saiu do carro.

Entramos na clínica, nos identificamos e ficamos 10 minutos esperando a nossa vez de entrar.

- Olá querida! – disse a médica assim que nós entramos no consultório.

- Olá doutora. – eu disse e ela me cumprimentou.

- Bom, onde estão os exames que a Ash fez em Londres? – ela disse e eu entreguei a pasta a ela. – humm, o que temos aqui.

Ela ficou um tempo lendo e analisando todos os exames e depois se pronunciou.

- Ash, eu vou passar outros exames a você. E quanto a esses que eu tenho aqui eu preciso te dar uma notícia. – ela disse e eu me levantei – pode ficar Bruno. – ela disse e eu me sentei novamente. – você já deve saber sobre a perda do seu filho. – ela disse e Ash assentiu. – imagino que tenha sido uma perda muito grande e nada irá substituir isso. – ela disse e Ash a encarou. – mas, eu tenho uma boa notícia. Você não ficou estéril, mas segundo esses ultrassons e esses exames aqui, seu ovário ficou, digamos, “frágil”. Mas nada que um tratamento com anti concepcionais não resolva. Mas, quando você engravidar, precisará de um acompanhamento especial, pois as chances de ser uma gravidez de risco são 9 em 10. Fora isso está tudo ótimo. – ela disse e começou a preencher uns receituários. – Aqui estão os pedidos de exames, faça o mais rápido possível e traga para mim. – ela disse e entregou os papéis. – e quanto essa pasta, eu vou ficar com ela por hora, para dar uma analisada com mais cuidado, tudo bem? – ela disse e nós assentimos. – se você sentir alguma fisgada ou algum desconforto pode tomar um relaxante muscular, e não precisa se preocupar, afinal é normal senti-los... Alguma pergunta ou dúvida?

- Eu tenho. – eu levantei o braço e Ashley me fuzilou com os olhos. – A Ashley anda muito estressada e mal-humorada, não tem algum calmante aí para melhorar o humor dela. – eu disse e Ashley beliscou minha perna. – ai, ela tá agressiva também... Eu disse pra ela que isso é falta de sexo. Mas ela diz que não é. – eu digo e a Médica começa a rir.

- Olha Ashley, realmente eu vou ter que concordar com o Bruno. – ela disse e eu cochichei discretamente no ouvido de Ashley “1x0 baby”. – Agora, eu posso passar um calmante – ela disse e Ashley assentiu. Assim que a médica baixou os olhos para o receituário Ashley cochichou também discretamente no meu ouvido “1x1 baby”. – aqui. – a médica disse levantando a vista enquanto Ashley ainda estava com os lábios em meu ouvido. – bom! Acho que você não vai precisar dos calmantes né – a médica disse nos olhando com uma sobrancelha arqueada tipo “peguei no flagra”.

- Ah doutora, nós fizemos um trato. Agora nós somos só amigos, mas vamos tentar novamente, aí quem sabe dá certo – Ashley disse e a médica gargalhou.

- Então tá. Se vocês querem enganar a si mesmos, quem sou eu para dizer alguma coisa. – ela disse e nós rimos fraco.

**

Saímos do consultório e fomos para o shopping andar até a hora da consulta.

- Bruno, vamos tomar sorvete? – Ashley disse e saiu me puxando pela mão shopping abaixo. 

- Vamos não é. – Disse e ela parou bruscamente.

- BRUNO! A APOSTA QUE EU GANHEI! – ela disse e sorriu como quem está aprontando alguma coisa. – você está me devendo um dia de escravo.

- Ah é, verdade. – eu disse a abraçando de lado.

Compramos o tal sorvete e eu comecei a perceber flashes discretos perto de nós.

- Bruno, é impressão minha ou eu estou ouvindo barulho de “flash” de máquina? – ela disse me olhando e depois voltou a atenção para seu milk-shake de amendoim.

- Então é impressão nossa então. – eu disse e nós demos um passo e “brotaram” paparazzi de vários lugares.

Ashley se assustou e colocou os óculos junto comigo.

- Bruno! Uma palavra para a imprensa. – um fotógrafo disse

- Você e Ashley vão continuar casados? – uma mulher disse

- É verdade que você agrediu Pedro Forbes no Hospital? – essa pergunta me pegou desprevenido, mas eu continuei andando abraçado a Ashley e fazendo “cara de paisagem”.

- Eu vou esclarecer todas as dúvidas na coletiva de imprensa semana que vem. Agora se puderem me dar licença eu preciso comprar algumas camisetas com minha acompanhante. – eu disse e nós sorrimos para mais umas fotos e entramos na primeira loja que eu avistei.

- Bruno – Ash disse e caiu na risada. – nós entramos em uma loja de roupas intimas. – ela disse e riu novamente.

- Então, vamos comprar meias. – eu disse e ela começou a fica vermelha de tanto rir. – Qual é a graça?

- É que essa loja é exclusivamente de lingeries femininas. (Risos) Não vendem meias aqui. – ela disse e eu olhei em volta da loja vendo as atendentes. Uma estava estática me olhando e a outra ria discretamente. – a menos que você esteja programando algum strip-tease. – ela disse e eu a encarei maliciosamente. – aaaaaah, nem pense nisso.

- É que você me fez lembrar as vezes em que você fez strip-tease para mim. – disse e ela bateu em meu ombro – não tenho culpa se você gosta de... – disse e cheguei perto do ouvido dela. – tirar sua roupa num quarto escuro só para mim. – disse com a voz mais sensual que consegui fazer e ela se contorceu disfarçadamente e eu pude ver todo o seu corpo arrepiado. - com apenas uma luz focando em você...

- Bruno! Você está me deixando sem graça. – ela disse e pegou uma calcinha e colocou na frente da boca.

- Se você morder a calcinha vai ficar igualzinho quando você está fazendo seu show particular para mim. – disse e ela jogou a calcinha de volta na cesta e me puxou para fora da loja. Eu fiquei rindo da cara dela de vergonha.

Fomos almoçar, entre piadas e paradas para tirar fotos com as hooligans. Algumas pediram para Ashley aparecer nas fotos, nós recebemos muitos elogios e todas disseram que esperavam do fundo do coração que nós ficássemos juntos. Seguimos para a Burger King e fizemos nossos pedidos.

- Ashley, - disse e ela me olhou – uma coisa que eu gosto em você é que você nunca ficou entre mim e as minhas fãs. Pelo contrário, você sempre diz que eu tenho que dar todo o meu tempo para elas. E esse apoio é muito importante para mim. – eu disse e tomei um gole do refrigerante. Ela colocou a mão em cima da minha.

- Bruno, eu era e ainda sou uma hooligan. E você não tem ideia de quantas vezes eu quis vir a Los Angeles dar uma tijolada na sua cabeça por que você ignorava algum fã por causa da nojenta da ‘vacaban’ (disse vacaban em português).

- Vacaban? – eu disse confuso

- É uma junção de vaca com Caban... Invenção do Brasil. – ela explicou e eu ri. – enfim, eu acho que vocês cantores tem que dar atenção a seus fãs sim, afinal é graças a nós que vocês são o que são. – ela disse e eu sorri. - Sério, a ficha ainda não caiu que nós somos casados, parece surreal.

- Você é perfeita. – disse e ela sorriu.

- Você é meu anjo protetor. – ela disse e nós nos encaramos.

- Ora ora, quem está fazendo gordices aqui no shopping – Phill disse e Ash se levantou e pulou em seu pescoço.

- PHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIL! – Ash gritou abraçando o Phill e chamando atenção.

- Calma branquinha – Phill diz rindo. – eu sei que você me ama. Mas meus filhos estão aqui, sem demonstrações de afeto. – ele disse e Zared corre para abraçar Ash, disputando a atenção com Zaima. – E Bruno, nós precisamos conversar. – Phill diz e eu sinto a tensão em sua voz.

- Que foi cara? – digo e ele se senta na minha frente.

- O Ryan vai ficar com, mas eu não ligo... Seguinte. O cantor Ed Sheeran quer que você faça um feat com ele. – ele diz e Ash olha assustada pra ele

- ED SHEERAN? O ruivo sedução? – Ash diz e eu fecho a cara.

- Ei, abaixa o fogo Ash. – digo e ela me olha rindo.

- Quem propôs que nós fossemos amigos foi você Bruno – Ashley diz e Phill põe a mão em meu ombro

– agora aguenta homem – ele diz e Ashley ri. – mas enfim, ele quer fazer um clipe também.

- Isso é ótimo. – eu digo e Ashley concorda.

- Eu sei, e o Ryan já selecionou algumas dançarinas que deixaram o currículo lá no estúdio. – ele diz e coça a nuca. – Ah droga, como eu vou dizer isso...

- Um clipe com dançarinas... Interessante. – eu digo e Ash e olha feio disfarçadamente.

- Diz logo homem – Ashley diz brincando com Zaima.

- Tá, vou dizer de uma vez, sem vírgulas. – ele diz e respira. – aquela tal de Zoe que fica dando em cima de você deixou um currículo lá e o Ryan selecionou ela e mais umas duas ou três para participar do clipe. Por que parece que a batida da música tem que ser calma, e elas vão dançar perto de vocês, e também vai ter umas cenas românticas, gravadas separadamente que vão passar como flashes durante a música – ele disse e Ashley nos encarou com os olhos pegando fogo.

- Como assim? quem é Zoe? – ela diz e Phill se levanta.

- Bom gente, é só isso, eu já vou indo por que eu preciso comprar o presente do aniversário da Urbana... Ah, e tem festa na quarta... E vocês estão convidados. – ele diz e sai andando com os dois. – Tchau Branquinha, tchau Bruno.

Ótimo, ele deixou a fera sozinha para mim.

- Então Bruno. – ela disse e pegou uma batata-frita do meu pacote despretensiosamente. – me conte sobre essa Zoe. – ela disse debochada.

- Zoe, é uma mulher que começou a me rodear, mas eu nunca dei atenção a ela nem nada. Por que ela não me interessa, ela me deu o número de telefone e telefone e tudo. Mas eu queimei ainda em Londres, para não me trazer nenhuma complicação. – eu disse e ela pegou outra batata.

- Aham... Mas se você queimou o papel, por que o Phill sabe que ela da em cima de você? – ela disse olhando para a batata e depois olhou em meus olhos e meu corpo todo estremeceu.

Merda!

- Por que eu a encontrei no hospital aqui em Los Angeles e o Phill viu. – disse e ela me encarou confusa.

- O que ela foi fazer no Hospital? – Ash me encarou e largou o hambúrguer de lado.

- Não sei, só sei que ela anda me perseguindo. Mas aquele dia no Hospital foi o último em que eu a vi. Nem sabia que ela era dançarina... – disse e ela sorriu como quem está aprontando.

- Eu espero que ela não se meta com você. – ela disse e eu ri. – e eu também espero não ter nenhuma surpresa. Afinal, nós somos amigos, mas eu não tolero mentiras, e se você está me dizendo que não tem nenhuma relação com essa tal Zoe... Eu não preciso me preocupar em ver cenas desagradáveis... Não é mesmo? – ela disse e me encarou.

- Huuuuum.... – disse e ela me encarou com olhos semicerrados. – Está sentindo o cheiro de ciúmes no ar? Tá forte ein. – eu disse rindo e ela me bateu.

- Eu tô falando sério Bruno. – ela disse fingindo estar brava.

- Tudo bem. Você não precisa se preocupar com cenas desagradáveis meu bem. – disse e me apoiei na mesa, roubando um selinho dela. – esse corpinho aqui é todo seu. – disse e ela me bateu.

- Bruno! – ela disse corada. – você me beijou em público. – ela disse e eu sacudi os braços.

- Você ainda é a minha mulher baby. – eu disse e ela sorriu.

Terminamos de comer em meio a risadas e fomos para o estacionamento, afinal falta 1 hora para a consulta com o psicólogo.

Ao chegarmos ao estacionamento ela gritou meu nome e meu corpo inteiro se petrificou.

- Bruno! – ela disse e a Ash se virou e fechou a cara. – Bruno querido, eu esperei você me ligar... – ela disse e viu a Ashley. – Ah, vejo que vocês conseguiram se acertaram. – ela disse e abriu um sorriso falso. – que bom que vocês estão bem – ela disse e veio em direção a Ash. – você não tem ideia de como o Brunz ficou preocupado enquanto você estava em coma. – ela disse e colocou a mão no ombro de Ash. Ash deu um sorriso amarelo pra ela e me encarou. Eu estava confuso e assustado.

- Brunz?! – Ash perguntou e ela assentiu sorrindo. – desde quando vocês são amigos? – ela diz e Zoe se prepara para falar. – E qual seu nome?

- Meu nome é Zoe Calvin. O Brunz já deve ter falado de mim para você. – Zoe diz.

- Eu conheci a Zoe em Londres... – digo e ela me olha sorrindo.

- Sim, eu ainda deixei uma cartinha debaixo da porta do seu quarto, mas você não leu pelo jeito... Já que não me ligou... – ela diz e Ash da uma risada rápida.

- Cartinha? Sério mesmo? – Ash diz com fogo nos olhos.

- Sim. Depois nós nos encontramos no hospital. – Zoe diz “despretensiosamente” e Ash põe a mão no ombro dela com um pouco de agressividade.

- Então vocês vivem se esbarrando não é? – ela diz e Zoe assente. – que engraçado, parece perseguição. – Ash diz e Zoe intervém.

- Ah, por favor, você está fazendo uma ideia errada de mim. – Zoe diz e finge estar triste. – eu só quero ajudar. Quero ser uma amiga, uma conselheira. – Ash a olha com desdém. Mas depois de alguns segundos abre um sorriso falso no rosto.

- Ah, claro... Uma amiga! – ela diz e me olha. – então eu ganhei uma nova amiga. Que bom! – Ash diz e eu fico mais confuso. – Me passa seu telefone Zoe... Vamos marcar um dia para a gente dar uma volta, ir á alguma boate. – Ash diz e Zoe faz uma cara de espantada.

- Claro, - Zoe pega o telefone de Ash e salva seu número. – Bom, agora, se o meu casal preferido me der licença, eu preciso comprar uma roupinha para o meu irmãozinho. – ela diz e Ash a abraça.

- Vai lá amiga. Depois eu te ligo. – Ash diz e Zoe vem para o meu lado me abraçar, mas eu finjo mexer em alguma coisa no carro.

- Liga sim amiga! – Zoe diz enquanto vai se afastando. Eu entro no carro e fico esperando Ash entrar. Prevejo briga.

- Tudo bem? – disse e ela me olha ironicamente.

- Claro, ainda mais depois que eu conheci sua amiga super prestativa Zoe. – ela disse e um calafrio passou pela minha espinha.

Fomos a caminho da clínica em silêncio. Assim que chegamos eu puxei assunto.

- Achei que você fosse enforcar a Zoe, ameaça-la de morte, e dar alguns chutes nela. – eu disse e ela riu me olhando.

- Ainda não é o momento para isso. – ela disse e nós rimos.

- Falando sério agora, por que você ficou tão amiga dela de repente? – eu disse e ela me encarou.

- Por que está na cara que ela quer ficar com você, e como minha mãe diz, ser aliado do inimigo é mais fácil para desarmá-lo. – ela diz e eu me espanto.

- Não tinha pensado nisso. – eu digo coçando a nuca

- por isso que eu sou a mulher dessa relação. – ela diz e eu a olho confuso. – Homem não pensa baby. – ela diz e bate no meu ombro. Depois ela pega sua bolsa e abre a porta do carro. – vamos? – ela diz e eu abro a porta do carro assentindo.

Mais uma vez nós fomos de mãos dadas até a clínica. Identificamo-nos e a recepcionista nos levou até a sala do Dr. Jack.

- Olá Doutor – a recepcionista disse assim que abriu a porta da sala dele. – o casal das 2 horas já chegou. Posso mandar entrar. – ela diz e assente fechando a porta. – Podem entrar. – ela diz e nos dá passagem.

- Boa tarde Doutor , eu sou Ashley Hernandez e esse é meu marido Peter Hernandez ou Bruno Mars. – ela diz e eu fico sorrindo como bobo.

- Senhor Hernandez? – o psicólogo diz e eu me assusto. – tudo bem com o senhor? – ele diz e eu assinto. – Vamos fazer assim, como essa é a primeira consulta, ela costuma ser demorada. Então primeiro eu vou ouvi-los separadamente, e no final nós três vamos conversar. Tudo bem? – ele diz e nós assentimos. – Bom, então vamos começar com a Ashley, pode ser? – ele diz e ela assente.

Saí da sala os deixando a sós. Não sei por que, algo dentro de mim diz que eu deveria procurar outra pessoa para isso. Mas eu já estou aqui, e não tem mais como voltar atrás.

Fiquei mexendo no celular, fui conversar com as fãs que estavam pelos corredores por onde eu passava, tirei fotos, conversei com as recepcionistas, assisti TV, e nada de eles terminarem. Já estava cochilando, quando finalmente a porta se abriu e eu vi Ashley saindo com um sorriso, assim que me viu ela ficou um pouco receosa, e me disse para entrar.

- Doutor? – disse e ele estava no telefone. – posso entrar? – ele fez sinal para que eu me sentasse e terminou a ligação.

- Desculpe, era minha irmã. – ele disse e eu o respondi.

- Ah, tudo bem. Vamos começar. – eu disse e ele se sentou.

- Então Bruno, como tem sido sua convivência com Ashley? – ele disse ajeitando os óculos

- A cada dia que passa nossa relação melhora. – eu digo sorridente

- Vocês têm brigado? – ele diz mudando o tom “psicólogo”, para curioso.

- Não que eu me lembre. – digo desconfiado.

- Vocês tem passado algum tipo de dificuldade? – ele diz e me encara.

Quando olho em seus olhos vejo que ele está interessado na minha vida com Ashley... Não como psicólogo, mas como homem.

- Eu preciso mesmo responder essas perguntas? - digo batendo as mãos na perna

- Faz parte da nossa consulta. - ele diz e eu bufo de raiva.

- Só quando eu a noticiei do aborto, mas já foi tudo resolvido. – disse seco.

- Aham, entendo – ele disse anotando alguma coisa num caderno. – e você tem causado algum aborrecimento a Ashley? – ele diz e eu me sangue começa a ferver.

- Para você, é senhora Hernandez – digo fazendo todo o esforço possível para segurar a raiva e ele me olha com desdém. – e não, eu não tenho causado nenhum aborrecimento a Ash. – digo rapidamente e apoio meus braços na mesa.

- O senhor está irritado com alguma coisa? – ele diz com um sorriso sarcástico no rosto e eu saco suas intenções

- Não senhor, nada pode me irritar no dia de hoje. – digo e dou um sorriso sarcástico. –  Nada... E nem ninguém! - ele apoia os braços na mesa, ficando igual a mim.

- Não é o que me parece Senhor Hernandez, pode se abrir comigo. A Ashley se abriu comigo. – ele disse e eu serrei meu punho. – ela me contou que você seguiu minhas indicações e que agora vocês vão ser amigos, e vão tentar se conhecer novamente. Então eu tomei a liberdade de chama-la para sair. – ele disse e a raiva me subiu a cabeça. Levantei da cadeira e o puxei pela gola da camisa para ficar próximo ao meu rosto e comecei a falar com dentes serrados.

- Que bom que você chamou a Senhora Hernandez para sair. Mas fique sabendo que ela ainda é casada comigo. E qualquer gracinha que você tentar com ela, eu lhe garanto que não sobrará um dente da sua boca inteiro para contar história. – disse e ele me olhou desafiadoramente. – E mais uma coisa, acho bom você ter certeza que ela jamais irá olhar para você como homem. Você pode ter um bom porte físico e tudo mais, porém eu tenho certeza absoluta que eu sou mil vezes mais homem que você... E só para constar, a MINHA Ashley já está ME amando novamente. E nada e nem ninguém poderá se opor ao nosso amor... Mas não fique decepcionado, você vai achar alguma idiota que te dê moral. – disse e soltei sua gola.

Definitivamente eu não vou perder para ele. Não vou perder mesmo.

- Guarde suas garras Bruno, você não precisa delas por enquanto. – ele disse ajeitando a gola. – Eu só vou te dizer uma coisa – ele disse e apontou o dedo na minha cara. – Eu vou usar todas as minhas armas para conquistar a Ashley. – ele disse e eu o interrompi.

- Se eu fosse você, nem tentaria... Mas, já que você quer perder seu tempo. Boa sorte – eu disse e ele sorriu.

- A frase certa é “Que vença o melhor”, e não “Boa sorte”.  – ele disse e levantou a mão.

- Que seja. – disse e apertei a mão dele.

- Agora, seja um bom marido e chame Ashley, nós precisamos terminar essa conversa. – ele disse e eu ofereci meu dedo do meio.

- Eu já disse que pra você é senhora Hernandez. Mas parece que você é tão burro que não aprende nomes. – disse e ele sorriu irônico. Fui para cima dele, mas ele desviou.

- Acho bom, você saber como jogar, afinal o que a Ashley irá pensar de um marido que sai socando todo mundo. – ele disse e eu encarei incrédulo. – Sim, pois você já bateu no ex-namorado dela, e agora vai bater no pobre psicólogo, só por que ele chamou sua futura ex-mulher para sair. – ele diz e ajeita os óculos. – E já imaginou o escândalo! – ele diz e olha para o teto gesticulando com as mãos. – imagine a mãe de Ashley lá, tranquila com seu marido em Nova York, numa manhã fria e cinzenta. Ela vai até a caixa do correio e pega seu exemplar do New York Times e se depara com matéria de capa escrita: “Cantor Bruno Mars bate em psicólogo durante consulta na tarde de ontem. Testemunhas dizem que o motivo foi ciúmes.” As notícias irão circular por todo o mundo em segundos - ele diz e volta a olhar para mim. – Sua carreira irá pelo ralo em dois tempos. – cada palavra que ele falava aumentava minha vontade de esfregar a cara dele no asfalto. Mas ele estava certo, eu tenho que me controlar para ganhar essa.

- Acho bom você medir suas palavras. – digo batendo meu dedo indicador direito no peito dele. – afinal, já pensou o que iria acontecer se descobrissem que você compartilha os problemas dos pacientes. Isso não é antiético?! – digo e coloco a mão na boca, meneando a cabeça. – olha só, você nunca mais trabalharia como psicólogo... Acho que nem entregar jornais você poderia entregar. – digo e faço aquela cara, tipo quando duas adolescentes estão se provocando.

Sim, isso é ridículo. Mas foda-se, ele que começou.

- Acho bom você chamar logo a Ashley, antes que eu mesmo expulse você daqui. – ele diz com os punhos cerrados em cima da mesa.

- me expulsa, e a Ashley nunca mais vai voltar aqui. Afinal, você vai se tornar o mal-educado e idiota da história. E quem quer sair com uma pessoa mal educada?! – eu disse e olhei ironicamente para ele. – eu não sairia. – disse e coloquei a mão no peito. – Agora, eu vou chamar a minha mulher, por que não quero ficar mais um minuto olhando pra essa tua cara de rato. – disse e fui em direção a porta. Ele murmurou alguma coisa que eu não entendi. – Ash, amor! – disse e ela me olhou da cadeira do corredor. – venha! Agora nós vamos terminar a consulta. – disse e ela sorriu assentindo.

- Vamos, por que eu estou com fome. – ela diz e entra na sala. Fecho a porta logo depois.

- Ash, querida. – Jack diz com voz mansa assim que ela entra na sala. Sínico. – eu conversei com o Bruno, e estou gostando da aceitação que vocês estão tendo em relação à “separação”... – Sim, ele fez aspas com os dedos quando falou ‘separação’. – e me desculpa, mas eu tomei a liberdade de avisá-lo do nosso jantar. – ele disse e ela me olhou com medo.

- disse? – ela falou me olhando.

- Sim, no começo ele ficou um pouco alterado, mas como vocês são amigos, ele acabou se conformando. – ele disse e eu dei um sorriso amarelo.

- Que bom Pet. Fico feliz em saber que você confia em mim. – ela disse e me abraçou. Sorri vitorioso para o Jack.

- Pois é amor, eu confio em você, e sei que o Jack não vai fazer mal a você. Afinal, ele sabe que eu não desistirei de você e que eu vou te reconquistar... E ele mesmo me disse que só quer ter um pouco mais de intimidade com você. Ser um bom amigo. – Disse e encarei Jack, que me olhou com fogo nos olhos.

- Então... – Jack diz cortando o assunto. – eu acho que vocês ainda devem morar em casas separadas, afinal vocês são amigos... E nós humanos temos necessidades... Se é que vocês me entendem. – ele ia fazer um discurso, mas eu o cortei.

- Quanto a isso, nós já conversamos, e eu estou disposto a tudo por ela. Até abstinência. – disse e Ash se pronunciou.

- Pet, calma. Deixe-o terminar de falar. – ela disse calmamente alisando meu braço.

- tá – bufei – continue Doutor. – disse debochadamente e ele sorriu ironicamente.

- Bom, é só isso. Creio que nós teremos mais umas duas sessões em casal. E se você quiser, é só passar na recepção e marcar as sessões para a gente tentar fazer regressão. – ele disse e começou a anotar alguma coisa no caderno. – A próxima sessão é mês que vem, para sabermos como andam as coisas entre vocês... Tudo bem?

- Regressão não é aquele negócio de vidas passadas? - digo confuso.

- Também Bruno... Também - Jack diz ajeitando o óculos.

- Tudo bem doutor. – Ash disse. – Bom, agora se me der licença, eu estou morrendo de fome. Afinal são 4 horas da tarde. – ela disse e nós rimos. Quer dizer, eu ri, até ele começar a rir também. Aí eu parei. – até sexta, Jack – Ela disse e apertou a mão dele.

- Até querida. – Querida? Porra! Ele só pode estar me zoando

- Tchau Bruno. – ele disse e levantou a mão para um aperto.

Fiquei encarando a mão dele no ar, e pensei em deixa-lo no ‘vácuo’. Porém, eu tenho que entrar no jogo dele.

- Até logo Doutor. – disse apertando a mão dele com um sorriso sínico. Ele balbuciou um “Que vença o melhor?” e eu silabei “Com certeza” em resposta.

Saímos de lá e fomos a um Mc Donald’s. Minha intenção não era entrar na lanchonete, mas a Ashley queria escolher o boneco do “Mc Lanche feliz”, por que o brinde é daquele desenho ‘apenas um show’, e como ela adora esse desenho, eu fui obrigado a entrar.

- Moça me veja dois ‘Mc Lanche Feliz’ por favor. – eu disse e a balconista me olhou confusa.

- Moça, me veja dois ‘Mc Lanche Feliz’, um com o Mordecai de brinde e um com o Rigby, e dois milk-shakes de Ovomaltine, por favor... Ah, duas porções médias de batata-frita. Tudo para a viagem, por favor. – Ash falou e eu olhei assustado para ela.

- Moça, o brinde é surpresa. – a balconista disse meio receosa.

- Não seja por isso. – Ash disse e pegou a carteira da minha mão. – Toma – ela tirou 100 dólares da minha carteira e deu para a mulher. – agora me traga os lanches com os brindes, por favor – ela disse e olhou para a mulher com cara de cachorro de caiu da mudança.

- Ah... Tudo bem... – a moça falou e começou a digitar.

- E, por favor, não se esqueça das batatas. Não tem ideia de como eu estou essas fritas. – eu finalmente consegui me pronunciar.

- Para onde vai tanta comida? – disse olhando-a de cima a baixo

- Para de me olhar assim Pet. Eu tô envergonhada. – ela disse corando e olhando pra baixo. – e eu sei que você também come muito. Então pedi logo em dobro, para você não roubar minha comida. – ela disse fitando o chão.

- Aqui, - a balconista se pronunciou nos dando o papel. – Obrigada por comprar no Mc Donald’s – ela disse e nos sorrimos.

Puxei Ashley pelo braço e sussurrei em seu ouvido – Você não tem ideia de como fica sexy me chamando de Pet. – ela me deu um tapa no braço. – tapa de amor não dói. – disse rindo me escorando novamente no balcão e entregando o papel para a atendente.

- Pet... – ela disse e bufou fechando os olhos – Bruno! Eu ainda vou te encher de socos na cara por me fazer ficar envergonhada desse jeito. – ela disse e ri.

- Pode me chamar de Pet, docinho de coco.

- Claro, brigadeirinho – ela disse ironicamente e revirou os olhos. Eu comecei a rir loucamente. – qual é o motivo da graça?

- É que antes eu te chamava de docinho de coco e você ficava puta. Então me chamava de brigadei...ró. – falei e ri.

- Primeiramente, não é ‘brigadeiró’ e sim BRI-GA-DE-I-RO – ela falou silabicamente, e eu continuava rindo. – Você não vai aprender nunca não?

- Tá, que seja. Mas a questão é, você sempre me chamava de briga... deiro quando eu te chamava de docinho de coco. – eu disse e ela riu.

- Vai ver por que chamar uma pessoa branca de “docinho de coco” é bullying... Então, como você é moreno, eu te chamo de brigadeiro pra ficar igual. – ela diz e pisca.

- Com licença. – a atendente nos interrompe. – Seu pedido. – disse e nos entregou as comidas.

Agradecemos e saímos andando em direção ao carro.

- HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA –Ash disse assim que pegou o ‘Mordecai’ e o ‘Rigby’ – olhaaaaaaaaaaa – ela esfregou os bonecos na minha cara.

- Calma mulher. – eu disse enquanto ela pulava no carro.

- OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOH – ela colocou um dos braços dos bonecos na boca deles e o outro numa posição esquisita lá, meio que pra baixo, e ficou imitando o jeito que eles fazem no desenho.

- Ashley, amor. Quantos anos você tem? – eu digo e ela me mostra o dedo do meio.

- Eu tenho 25... É 25 né? – ela me pergunta confusa.

- yep

- Em que mês nós estamos? – ela pergunta

- Junho. – eu digo.

- Faltam dois meses para o meu aniversário... – ela pensa um pouco – CARALHO! – ela grita e põe a mão na boca. – desculpa... É que tipo, eu vou fazer 25 anos cara. – ela diz e faz uma cara tipo ‘poker face’.

- Tudo bem. – eu digo rindo. – Eu tenho uma surpresa para você. – eu digo e ela me olha curiosa.

- O que é? – ela diz e eu faço um não com a cabeça – me conta – ela diz e faz cara de cachorro pidão.

- Não adianta. Não vou contar. – eu disse e ela fez bico.

Ficamos um tempo em silêncio.

- Quando você vai jantar com o Jack? – disse “despretensiosamente”

- sábado. – ela diz meio receosa. – eu não queria aceitar, mas ele ficou insistindo...

- Tudo bem Ash. – disse e respirei fundo. – você precisa de amigos mesmo. E outra, daqui a pouco nós vamos ser só amigos mesmo. – disse deixando transparecer toda a minha tristeza.

- Mas eu quero você... – ela sussurrou olhando para baixo.

Um silêncio se instaurou no carro.

Chegamos em casa e não tinha ninguém. Minha casa está parecendo hotel, só param aqui na hora de dormir.

Decidimos assistir um filme no meu quarto.

- Vamos assistir Juntos por acaso. – Ash diz

- A não. Vamos assistir Pânico na floresta 2. – eu digo e ela olha pra mim com raiva.

- Não. Nós vamos assistir Juntos por acaso. Eu quero assistir esse filme. – ela diz fazendo cara feia.

Nós começamos uma briga, depois de alguns minutos nós resolvemos isso de uma maneira muito madura. Utilizamos o método “ímpar-par”. Eu acabei perdendo.

Ela pôs o filme e eu terminei de comer.

Deitamo-nos na cama e o filme começou. Depois de uns dez minutos de filme, trovões começaram a aparecer no céu.

- não acredito que vai chover agora. – Ash diz olhando para a janela do quarto.

- Calma, fica tranquila, nós estamos seguros aqui. – digo e me seguro para não rir.

- Para. – ela diz e me da um tapa no braço. – eu estou falando sério.

- Tudo bem. – disse e outro trovão apareceu.

- Ah... – ela disse e se aninhou a mim. – não gosto de trovões.

- vem cá - a ajeitei em meu braço.

Ela respirou fundo, olhou para o nada por algum tempo e depois me olhou.

- Bruno, se a gente quiser fazer alguma coisa por causa do calor do momento, nossa consciência vai pesar depois? – ela disse e eu a olhei confuso.

- Olha, se for algo bom, algo certo a nosso ver... Nossa consciência não vai pesar. – eu disse e voltei a olhar para o filme.

- Então tá. – ela disse e saiu da cama correndo.

- Pera aí aonde você vai? – disse confuso me sentando na cama.

Ela puxou o cabo da TV e do DVD ao mesmo tempo e se voltou para a cama. Ela olhou em minha direção e mordeu o lábio inferior. Espera, o que ela vai aprontar agora.

- Ash, por que você desligou o filme? – disse e ela veio engatinhando, me fazer deitar novamente. Ela ficou em cima de mim.

- Ah... Por que eu estou a fim de fazer outro filme... – ela disse rente ao meu ouvido e depois mordeu o lóbulo da minha orelha.

 



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