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História Recomeçar - Piquenique... Casada?


Escrita por: juniechild

Notas do Autor


ooi gente ^-^
A personalidade e as ações dos personagens são de minha imaginação e qualquer semelhança com a vida real é coincidência.
Sem plágio
Sem mais delongas, boa leitura *-*

Capítulo 1 - Piquenique... Casada?


Fanfic / Fanfiction Recomeçar - Piquenique... Casada?

São Paulo, Brasil

-Filha acorda por que já já o Pedro vai chegar pra vocês irem para o parque. – Minha mãe grita do lado de fora do quarto.

-Já estou levantando mãe. – falei sem me mexer na cama.

-Já são 09h30min

-Ai meu Deus mãe o Pedro vai me matar! – dei um salto da cama e quase cai no chão de tão rápido que levantei.

Meu nome é Ashley Kennedy, tenho 20 anos, e moro em São Paulo.  Sou chamada de albina de tão branca que sou. Tenho olhos azuis, e meus cabelos são pretos.

Hoje é um dia especial. Por quê? Simples. Hoje é o aniversário de um ano de namoro com o Pedro, e eu descobri que ele comprou dois ingressos para o show do Bruno Mars, que é o meu cantor preferido.

Levanto correndo da cama pra ir a padaria comprar um bolo, cupcakes, salgados e suco, pois vamos fazer um piquenique e tirar o dia só pra nós dois, já que ultimamente, quando eu estou com ele parece que sua cabeça está em outro lugar.

Eu sinto que meu relacionamento com Pedro está esfriando, pois a cada 10 vezes que a gente se encontra, 9 vezes nós brigamos, e eu estou com medo de nosso relacionamento acabar. Eu não posso dizer que o amo, mas gosto muito da companhia dele, já me acostumei em tê-lo por perto.

Faço minha higiene matinal, pego um short jeans médio e uma blusa folgada e meu inseparável all star preto.

Quando estou saindo do quarto pego meu celular pra ver quantas ligações dele me xingando eu poderia encontrar e levo um susto ao descobrir que ainda são 7 da manhã.

- Maaaaaaaaaaaaae você quase me matou de susto! - bufo de raiva e desço pra cozinha encontrando minha mãe enrolada num robe tomando seu chá de canela.

Eu moro com minha mãe, meu padrasto e meu irmão gêmeo, já que meu pai morreu quando eu tinha 3 anos e tudo o que eu sei dele é o que minha mãe me conta. Eu considero meu padrasto um segundo pai, pois ele sempre fez e faz de tudo por mim e meu irmão, e eu admiro muito ele por praticamente abandonar sua vida nos Estados Unidos pra ficar com minha mãe enquanto ela tenta conseguir transferência do seu emprego para Los Angeles como chefe de RH numa multinacional muito conceituada no ramo da bioquímica.

- Se eu não fizesse isso você nunca ia levantar da cama, então me agradeça – ela diz e me dá um sorriso irônico.

Minha mãe se chama Andréia, ela tem 45 anos, e tem corpo muito bem conservado pra idade dela (mais conservado até que o meu já que faço faculdade de Fotografia e não tenho muito tempo para ficar em academia, mas minhas gordurinhas não são nada fora do comum), ela e morena dos olhos verdes e seus cabelos são pretos e chegam até o ombro.

- A claro, muito obrigada mãe se não fosse você não sei o que seria de mim. – digo retribuindo seu sarcasmo.

- hahaha, agora vai logo à padaria antes que o Pedro chegue e vocês comecem aquelas discussões sem futuro... – ela suspirou e mudou o tom de sarcasmo pra preocupação – e eu não quero ver você chorando pelos cantos. – ela suspirou e voltou pra cozinha.

- Bom dia amorzinhos da minha vida – esse é meu padrasto, seu nome é Michael Kennedy, ele tem 48 anos, é tem o corpo legitimamente americano, alto, branco, loiro e dos olhos azuis. E ele sempre procura me zoar e zoar minha mãe, pois nós duas temos 1 metro e 60 e ele tem 1 metro e 85.

- Oi Mike quando você chegou de viajem? – Mike é um renomado conferencista e viaja muito. Quando eu e meu irmão éramos menores, ele vivia levando a gente pra todos os cantos possíveis.

Nossa eu falei de todos, menos da praga, digo, meu irmão. Bom, não tenho muito pra dizer já que nós somos iguais. Seu nome é Carlton Kennedy, mas todos o chamam de Carl. Ele é um pouco mais inteligente e sortudo do que eu, já que conseguiu bolsa pra fazer medicina em Londres e está cursando o primeiro período. Seria mentira se eu não dissesse que sinto muito a falta dele. Mas quando nós morávamos juntos ele vivia para me atazanar, ele pulava na minha cama quando eu estava dormindo, me zoava por tudo, roubava minha comida, tirava fotos minhas enquanto eu estava distraída e postava no Instagram, enfim, fazia de tudo pra tornar minha vida um inferno. Mas como eu disse, nós somos iguais, então eu parto pra cima dele e a gente briga, eu o faço passar vergonha, fico contando alguns podres da vida dele pras diversas namoradas que ele arruma durante a semana, etc. Mas agora que ele se foi a casa ficou tão quieta que as vezes eu me sinto em um velório.

Eu prometi visita-lo, mas vai ficar difícil, pois eu não gosto do meu curso, então tenho que me esforçar para terminar de uma vez, o que mata praticamente todo o meu tempo, então fica complicado até pra eu dar atenção ao Pedro, acho que esse é um dos motivos de nossa relação estar tão fria e estranha.

- Ash volta pra Terra, tá em Marte de novo?! – Meu querido Mike e seu senso de humor pronto a me irritar, pelo menos o Carl (meu irmão) não está junto senão eu ficaria horas ouvindo os dois me zoando. – Vamos volta pra terra, Marte é só de noite – ele falava pausadamente, pois quase não se controlava de tanto rir junto da minha mãe.

- hahaha não estou em Marte tá Mike – mostrei língua pra ele e dei entonação à palavra Mike.

Levantei indo em direção à porta da sala.

- Vai sair sem me dar bom dia?- diz ele fazendo bico

- Bom dia meu querido Mike – falei com o máximo de sarcasmo que eu conseguia e fui pra sala.

- Filha vai com cuidado- minha mãe finalmente se pronunciou.

- Calma baby ela vai a pé, não vai conseguir sair atropelando ninguém não. – começou

- tchau pra vocês! – saí de casa e nem dei tempo de eles responderem senão nunca iria sair pra comprar nada.

No caminho peguei meu celular e coloquei meus fones de ouvido e coloquei pra tocar músicas aleatoriamente. E a primeira a tocar foi I’m yours do Jason Mraz.

Fui cantando a música e andando no ritmo dela sem prestar atenção na rua quando de repente senti ter esbarrado em alguém e caí no chão.

 

Depois disso tudo o que lembro é um borrão branco.

 

 

Londres, Inglaterra. 4 horas da tarde. Alguns anos depois.

 

Minha cabeça doía e eu tentava de todos os jeitos conseguir levantar pra ver em quem ou no que esbarrei, mas não conseguia.

Fiquei nessa batalha por nem sei quanto tempo até ouvir um barulho estranho como de duas vozes masculinas conversando.

- Bom, nós ainda não temos certeza do quão grave ela se encontra, pois temos que esperá-la acordar. – a primeira voz parecia um tanto grossa e autoritária.

Mas espera, por que diabos estão conversando em inglês?

- Oh sim, entendo. É que você sabe que eu estou preocupado com ela e com... - a segunda voz foi cortada pela primeira.

- quanto a isso, eu lamento informar-lhe, mas infelizmente nós não conseguimos salvá-lo. – A primeira voz disse num tom monótono.

- bom... – sua voz ficou embargada. – é... – por que a segunda voz estava quase chorando? Ai meu Deus será que eu matei algum cachorrinho esmagado? Ai me Deus eu preciso me levantar.

Por que está lento e dolorido?

- Moço me desculpa eu sou muito atrapalhada - falei em inglês, vai que eu esbarrei num gringo?!- por favor deixe-me ajuda-lo – falei conseguindo me mover e finalmente abrir meu olhos.

Meu corpo estava pesado, tipo quando você dorme a tarde e quando acorda tá pior do que quando foi dormir e sua cabeça está pesando chumbo.

Agora que meus olhos estavam se acostumando a luz eu pude ouvir uns barulhos. Eram como aquelas máquinas de hospital. Espera, primeiro eu senti um peso em mim, depois eu escuto uma conversa monótona como as daqueles doutores que vão avisar a família que um ente querido seu morreu, e agora esses barulhos de máquinas de hospital. Ai meu Deus eu fui atropelada. Eu perdi o piquenique com o Pedro... O SHOW DO BRUNO!

- Ai eu preciso me levantar... – Disse em português. Ao falar isso, fui impulsionar meu corpo pra frente e senti canos no meu corpo, uma sonda no nariz, agulhas no pulso. - Ai tá doendo.

Assim que meu olho ficou acostumado ao ambiente eu não sabia pra onde olhar. Primeiro olhei pra baixo e vi que eu estava com aquelas roupas de hospital, meus braços possuíam arranhões cobertos com curativos e algumas marcas que eu acredito que foram roxos um dia. Tinha umas espécies de garras espalhadas pelo meu peito e uma agulha no meu pulso. Subir meu olhar e vi que eu estava recebendo um soro amarelo. Estranho, isso é muita coisa para um simples esbarrão. Tudo bem, eu sou muito desastrada, mas confesso que dessa vez eu superei todas as minhas expectativas.

- Meu amor você acordou! Ainda bem! Você não sabe como eu fiquei com medo de você não acordar. – A voz chorosa foi ficando perto de mim e me deu um abraço. Um abraço apertado. Um abraço de saudade. Um abraço de... amor?

O que está me deixando intrigada é que essa voz está me chamando de amor, mas essa voz não é do Pedro. Ou eu estou tão confusa que estou ouvindo sua voz mais grave. Okay, estou ficando apavorada.

- Com licença, é eu preciso respirar. – disse tentando ser o mais gentil possível.

- Ah – fungou – claro – fungou novamente – é a saudade que está grande. – ele se afastou e então eu pude vê-lo perfeitamente.

Não, não, 

Naaaao!

Meu Pedro é alto e branco e seu cabelo é castanho. Já esse homem é moreno, baixinho, e tem cabelo cacheado... PERA AÍ PRODUÇÃO!!!

Eu só conheço um baixinho do cabelo cacheado, porém ele não sabe da minha existência. Ele é meu divo, meu maravilhoso, o gatão do Bruno Mars. Aaah não! Me belisca por que isso só pode ser um sonho. Não, não é ele tenho certeza.

Olhei para ele, ainda não acreditando em meus olhos. Pensei em algo para falar, mas o medo de me ter um ataque e passar vergonha era maior.

- moço eu te machuquei? – falei depois de uns dois minutos de silêncio. – por que você está chorando?

Dei mais uma olhada em mim. Eu estou diferente. Um pouco mais alta, com um corpo mais “notável” e meu cabelo está bem grande, quase na cintura, e bem liso. Agora tenho certeza, isso é um sonho.

- meu amor você não me machucou... – e então ele levantou os olhos. - Pelo contrário.

Ao encontrar aqueles olhos amendoados, um calafrio passou pelo meu corpo e logo em seguida ele ficou estático. O Bruno Mars estava na minha frente. E o pior de tudo, ele estava me chamando de amor. Será que ele está me confundindo com a Jéssica Caban, namorada dele? Tomara que ela tenha sofrido um acidente mesmo (FOCO nesse quarto Ash, foco nesse quarto). Uma dúvida rondava a minha cabeça. Só existem duas explicações pra ele estar me chamando de meu amor: ou isso é um sonho, ou ele está me confundindo com a Caban.

Eu não me pareço em nada com ela, e eu estou sentindo muitas dores pelo corpo. Tudo bem, tudo que eu tenho que fazer agora e tentar não me apavorar e não dar aqueles chiliques de fã obsessiva.

- eu não estou chorando, quer dizer, não agora - Riu abafado.

- A-Ah- foi tudo o que eu consegui falar. Por dentro eu estou morrendo de vontade de pular em cima dele e mandar ele me chamar de “meu amor” de novo. Mas por fora não sai nada.

- você está bem Ash? – como assim Ash? Que intimidade é essa? Ora! – Amor?

Por que eu sinto que estou perdendo alguma coisa aqui?

 

Depois de um silêncio que não sei quanto tempo durou, eu finalmente conseguir dizer algo.

- Olha, me desculpe se eu te atropelei, esbarrei ou sei lá o que eu fiz. Mas você não pode me chamar de meu amor.  Olha você é um cantor maravilhoso, sério, e eu amo as suas músicas. Eu tenho pôsteres seus pelo meu quarto, meu namorado até discutiu comigo diversas vezes por causa disso, mas eu não ligo, por que eu amo você, quer dizer - Falei demais - Tô falando demais... - Tossi - Agora, por favor não me chame de amor, me dê um autografo, um abraço e até um beijo.... Um não, vários... Não leve a sério o que eu digo... Enfim como eu disse eu tenho namorado e ele é muito ciumento, e você sabia que a gente tá fazendo um ano de namoro hoje? Pois é. E pelo pouco que eu posso ver através da janela é que já está de tarde e ele deve estar com muita raiva de mim. E eu preciso ligar pra ele e me desculpar. Mas antes eu preciso saber, por que você está no meu quarto? E por que eu estou no hospital se eu não fui atropelada? – eu disse isso tão rápido que quase não respirei. Mas eu precisava liberar isso de mim. Sou muito explosiva e falo tudo que eu quero na cara. Não sei se isso é um defeito ou uma qualidade. Mas agora não importa.

Quando eu fui encarar aqueles olhos lindos, eu vi que seu rosto estava com uma expressão mista de surpresa com frustração... E tinha tristeza ali? Okay, acho que falei demais, até por que era ele que estava do meu lado esperando eu acordar e não aquele irresponsável do Pedro. Por que o Pedro não está aqui. Só fui me dar conta que estava chorando quando o Bruno tocou meu rosto para tentar limpar uma lágrima do meu rosto.

- Ashley presta atenção em mim. – sua voz ficava cada vez mais embargada. – Isso vai ser difícil de explicar. Mas a primeira coisa que você precisa saber é que você é minha esposa e... – o interrompi antes de ele falar qualquer coisa.

- EU O QUÊ? TA LOUCO? – acabei soltando os gritos que estavam em mim enquanto tirava sua mão do meu braço.

- se não acredita em mim OLHA NO SEU DEDO E ME DIZ SE AQUELE IDIOTA DO PEDRO TE DARIA UMA ALIANÇA DESSA. - quando ele disse isso eu quis voar no pescoço dele, afinal o Pedro é meu namorado. Ele é um idiota?  Com certeza. Idiota, arrogante, chato, implicante e muitas outras coisas, mas ele é meu namorado. Resolvi olhar minha mão e praticamente surtei ao ver aquela aliança dourada com uma pedra de diamante no meu anelar esquerdo.

- agora acredita em mim? – quando ele disse isso eu olhei pra ele e pude ver que ele falava a verdade. Mas como eu realizei essa proeza? Como eu consegui me casar com um cantor americano famoso que até poucos minutos atrás não sabia da minha existência?

 

É, eu realmente estou perdendo muita coisa aqui.

 

- tudo bem o Pedro não daria um anel desses pra mim. Agora não querendo duvidar de você, mas já duvidando. Como você daria esse anel pra mim se eu não lembro nem de ter te visto pessoalmente? – nesse momento eu percebi que nós dois lutávamos para controlar as lágrimas.

- Como assim você não se lembra?... Não... haha Nãaaao... – sua voz mudou para um sarcasmo e depois frustração e ficou triste e baixa. - Não pode ser.... – de repente ele deu um grito que acho que assustou todo o hospital. - NÃO. – nesse momento ele se jogou no sofá e colocou as mãos na nuca e encostou a testa nos joelhos.

E de repente um silencio cruel e estranho se instalou no quarto.

Okay, respira, inspira e não pira.

O que está acontecendo aqui?

Não consigo conciliar essas informações novas. Simplesmente não encaixa.

Preciso de ajuda.

 

- Será que eu podia fazer uma ligação? – disse após alguns minutos de silêncio.

 


Notas Finais




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