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História Recomeçar - I have nothing (Último cap)


Escrita por: juniechild

Notas do Autor


Boa tarde amores <3
Eu sempre coloco fotos da Ellie, mas hoje eu coloquei uma do Noah fofo <3
Não se esqueçam de ler as notas e tenham uma boa leitura :D

Capítulo 63 - I have nothing (Último cap)


Fanfic / Fanfiction Recomeçar - I have nothing (Último cap)

 

POV Ashley

- Minha filha, por que não leva as crianças para Bruno? - Meu pai me disse, sem tirar os olhos da TV.

- Eu... Acho melhor não pai.

- Filha, você já se escondeu demais dele, acho que vocês dois precisam conversar.

- A última coisa que o Bruno vai fazer quando me ver será conversar pai.

- Se você tivesse conversado com ele antes de pedir a guarda de Noah, talvez ele não estivesse tão bravo. - Ele me olhou - Sabe o que eu acho de você vir comigo para o Brasil. Não é justo para seus filhos crescerem sem o pai.

- E é justo comigo pai? É justo comigo perder meu pai pela segunda vez? - Minhas mãos começaram a tremer novamente e eu me apoiei na porta. Olhei para Ellie, que estava brincando com Noah no chão.

- Você não vai me perder Carol.

- É Ashley pai.

- Para mim é Carol. - Ele me olhou do jeito que os pais olham para os filhos.

- Tudo bem. - Suspirei. - Vou levá-los.

Enquanto espero o trânsito se desenrolar, deixo minha mente vagar para o último mês. As duas primeiras semanas me fizeram sentir como se eu também estivesse morta e estivesse esperando para me levarem junto de Lucas e minha mãe. Eles poderiam ter os seus defeitos, mas eu os amava incondicionalmente e ver os dois morrerem foi... indescritivelmente ruim.

Eu fiquei realmente mal, ficando 2 dias sem comer e se não fosse meu pai e Andrye do meu lado, realmente não sei o que seria de mim nesse momento. Eu tenho sido uma péssima mãe para meus filhos ultimamente, então depois de duas semanas de luto, eu me levantei, para ser uma pessoa melhor para eles. Só que saber que eu pai quer ir embora daqui, me fez voltar a ter medo. Eu não vou aguentar perder mais ninguém, então eu decidir ir junto com ele. E levar meus filhos. 

É claro que eu já sabia que Bruno não ficaria feliz com a notícia, mas ele poderia tentar me entender. Eu perdi quase tudo o que e mais amo na vida. 

Eu o perdi. E isso dói de admitir.

Limpo as lágrimas na frente do portão de sua casa e ajeito a maquiagem, para dar um pouco de luz ao meu rosto seco e morto de um minuto respirando fundo, saio do carro.

Elleanor já estava quase em desespero só de ver a frente da casa de seu papa. Olho para minha filha e penso que não será justo o que vou fazer com ela. Mas pelo menos ela terá um segundo pai. Isso é, se o Bruno ainda quiser ficar com ela.

Ellie pula da cadeirinha e fica gritando "papaaaaaaaaa, papaa" no portão, e ouço o mesmo se abrir enquanto termino de tirar Noah da sua cadeirinha.

- Minha criança. - Ouço a voz de Dre se aproximando. - Ashley, bom dia.

- Bom dia Dre, o Bruno está aí?

- Está tomando café, entra aí, eu pego as bolsas.

Antes de eu recusar, ele já me empurra pro quintal e Gerônimo vem correndo em minha direção.

- Ei menino - O acaricio e ele deita de barriga pra cima. 

Faço carinho nele pra enrolar até Dre entrar com as bolsas das crianças e fechar o portão. Me levanto, limpo as mãos e pego Noah dormindo no bebê conforto e entro junto com ele.

- Dre, eu vou indo, por que tenho um monte de coisas pra fazer. - Me afasto indo em direção a porta. - Mas obrigad,,,

- Ashley! - Ana aparece na porta da cozinha e atrás dela vejo a silhueta de Bruno mexendo alguma coisa no armário. Ele para de mexer e se vira lentamente na minha direção. - Meu amor me dá um abraço aqui. - Ela me dá um abraço de vó. - Vai tomar café conosco? 

- Na verdade eu já estou indo. Só vim deixar as crianças aqui com Bruno.

- Mas está tão cedo Ash. - Bruno fala encostado no batente da porta e sorri ironicamente. - Senta, nós precisamos conversar.

Ellie, que ouviu a sua voz também, corre do colo de Dre e vai em direção a Bruno.

- Papaaaa - Ela dá gritinhos de felicidade e ele a abraça e beija seus cabelos.

- Meu anjinho lindo. O papai tava com saudade já. - Ela começa a falar coisas incompreendíveis e ele concorda e abraça de novo.
Okay, eu não sabia que eles eram tão apegados.

- Vamos pra sala de jantar Ashley. - Bruno saiu andando com Ellie no colo e eu fui atrás com Noah ainda dormindo no bebê conforto.

Deixo o mesmo em cima da mesa e Ana pega Ellie do colo do Bruno.

- Vamos tomar um banho minha criança. - E assim saiu da sala.

- Café ou suco? - Ele se sentou na minha frente.

- Não precisamos de enrolação Bruno, vá direto ao assunto. - Cruzei os braços

- HA! - Ele estalou os dedos e apontou pra mim - Eu posso ir direto ao assunto, mas voce, você tem que me enrolar, ou pior que isso, tem que fazer as coisas pelas minhas costas. Por que?

- Eu... - Engoli em seco.

- An? Não ouvi sua desculpa de merda. 

Fiquei em silêncio.

- Sabe o que é mais estranho Ashley? Eu cansei de ouvir você dizer que quando tivesse um filho, você jamais deixaria ele ficar longe dos pais. E dê uma olhada nisso.  Olha o que você está fazendo comigo Ashley. Olha o que está fazendo com seus filhos. Sua hipócrita. Você vai me afastar dos meus filhos. - Seu tom de voz está carregado de mágoa e eu continuo em silêncio.

- Por que Ashley? Por que você está fazendo essa merda comigo? Comigo e com todos ao seu redor? - Ele se levantou e apoiou as mãos na mesa. - Por que você me manipulou? Desde que você acordou daquele maldito acidente...Desde aquele dia, você tem brincado de ping pong comigo Ashley. Você tem me manipulado, me jogado pra escanteio por que sabe que eu sempre volto pra você. Por que me fazer sofrer tanto? O que eu fiz de ruim pra você? - Ele espera pela resposta que não vem. - Eu estou falando com você. - mordo o lábio inferior. - RESPONDE! - Ele grita e vejo seu rosto se contorcer de dor.

A dor me atinge em cheio e meus olhos se enchem de lágrimas.

- Não, você não tem o direito de chorar! Você...Você é uma vadia! Você quer destruir a minha vida. Primeiro usando sua pose de menina inocente e deslocada, e agora quer usar nossos filhos.

- Elleanor não é sua filha. - Sussurro e pisco para afastar as lágrimas.

- Biologicamente, não. Mas ela ocupa um lugar especial no meu coração, como se tivesse sido feita por mim. - Então ele sorriu. - E em dias, ela será legalmente minha filha.

Arqueio a sobrancelha.

- Lucas me deixou uma cópia do seu testamento, com um adicional. Uma carta, assinada e registrada em cartório por ele. Na carta ele diz que enquanto ele estivesse ausente, eu seria tutor de Ellie, e se ele se fosse, a guarda dela deveria ser passada para mim automaticamente.
Minhas pernas bambeiam e eu preciso me apoiar na cadeira. Noah se mexe no bebê conforto, um indício que irá acordar.

- Ele não pode te feito isso, não pode ter me traído desse jeito. - Minha respiração fica falha e a sala parece começar a rodar.

- Te trair? Por que ele te trairia? Você sacaneou até com ele. Você sempre soube que ele te amava, e usou o amor dele em seu favor, fez ele de marionete. Não importava a hora, o dia ou um lugar, se você ligasse, ele iria até o inferno atrás de você. Assim como eu, até pouco tempo atrás. E se você quer saber, eu não estou disposto a abrir mão dos meus DOIS filhos facilmente. Não vou entrega-los de bandeja a você.

- Você não pode tira-los de mim!

- Por que não?

- Por que eu preciso dos meus filhos.

- Você é louca. Eu não vou deixar meus filhos com você.

- Nossos filhos! Eles não são só seus.

- Isso não importa agora.

- VOCÊ NÃO PODE - Minha boca treme - Tiraram tudo de mim, minha mãe, meu amor, tiraram meu pai uma vez e querem tirar de você. Me tiraram você - Digo num fio de voz. - Ah Bruno, eu queria tanto te amar, tanto, que eu menti pra mim dizendo que te amava, mas eu mal sinto sua falta quando você está longe.

- O que? - Ele me olhou chocado.

- Eu não te amo. Eu percebi que não te amava desde antes de nós ficarmos noivos Bruno. - O peso dessas palavras faz com que o clima fique quase insuportável. - Eu iria terminar tudo, eu não ia aceitar aquele maldito anel. - Fecho os olhos, me lembrando daquele dia. - Minha mãe me convenceu a me casar com você.

- Não venha por a culpa na sua mãe.

- Mas é ela a culpada. Ela disse que eu deveria aproveitar, já que você gostava de mim e era rico. Eu tinha que me agarrar a isso e me forçar a te amar, a ser o que você esperava que eu fosse, para que e não fosse uma mulher frustrada como ela, que se casou com um pobretão e ele mesmo ainda a deixou na mão a merce de traficantes. - Começo a falar tão rápido quanto respiro, pra tirar toda a merda que passei ans escondendo da minha alma. 

Bruno está me olhando mas seus olhos parecem sem vida.

- Eu tinha e ainda tenho um afeto muito grande por você. Eu gosto de você, nunca deixei de gostar, você é um cara bem humorado, rico, bom de cama, bem resolvido, influente. O que mais eu iria querer? Mas o problema é que eu me apaixonei por você e me deixei levar por uma ilusão adolescente típica de história fictícia. " A menina que se apaixona e ive feliz pra sempre com se ídolo." Eu realmente tentei amar você, mas...

- Você ficou comigo pelo meu dinheiro. - Ele disse baixinho.

- Não, e sim, mas não só isso. Eu não queria ser sustentada por você, mas e não aguentava minha mãe falando na minha cabeça sobre a oportunidade que  iria deixar passar.

- Basta! - Ele me olhou, e seus olhos pareciam dois dardos flamejantes. - Então você nunca me amou.

- Acredite, eu quis, mas eu não consegui. Então veio o acidente e eu estava tão confusa com tudo. Eu não conseguia entender por que minha mente havia apagado bem na hora em que nos conhecemos, por que eu deveria te amar, pelo jeito que você mostrava que me amava, eu deveria ser louca por você. Mas mesmo assim, algo nunca se encaixava. E então apareceu Lucas, uma ironia do destino que veio e...

- Por que você queria tanto falar com Pedro aquele dia? - Demoro mais que o necessário e minha resposta sai como um fiasco.

- Eu queria saber se ele era o motivo de eu não conseguir te amar. - Então o choro de Noah irrompe e corta a situação.

- E você descobriu?

- Descobri.

Me forço a tirar os olhos de Bruno, que pega  bebê conforto da mesa e me deixa sozinha na sala.

(...)

 

- Pai! - Corri para seus braços. - Eu disse a verdade pai, e ele me odeia.

- Calma meu amor, ele vai te entender.

- Não, ele não vai, ele vai tirar minhas crianças. Eu sou uma egoísta e idiota, e vou perder tudo na vida. - Solucei - Eu queria tanto ama-lo pai.

- Meu amor, você foi sincera com ele, quem sabe isso não seja o começo do amo que você tanto almeja?

- Isso é impossível, nós só entregamos nosso coração para uma pessoa.

- E pra quem você entregou o seu coração?

Apertei o abraço e me entreguei as lágrimas.

- Ninguém pai, pois não queria sofrer outra perda. - Ele afagou meus cabelos.

"Queria ser de mim mesma, de não precisar me dividir com ninguém, mas tem alguém para ser dividido comigo, assim eu teria tudo."

"E agora eu não tenho nada."

 

 

Duas semanas depois eu volto a reencontrar Bruno, mas dessa vez estamos sentados frente a frente. A minha esquerda está um juiz, e Wesley está do meu lado direito, como meu advogado.

- Estamos aqui nessa tarde para decidir o futuro das crianças Elleanor Kennedy Hernandez, e Noah Gabriel Kennedy Hernandez. - O juiz, começa seu longo discurso sobre guarda e responsabilidades e Bruno ouve tudo em silêncio. Eu não tiro os olhos dele um segundo, mas ele não tira os olhos de um papel que vem lendo desde que cheguei a esta sala. - A proposta do senhor Hernandez consiste em deixar a guarda das crianças sobre a custódia da senhora Almeida, com as seguintes condições:
 

* As crianças deve passar férias com ele duas vezes por ano, pelo menos um mês cada uma delas.
 

* Ele deve ser avisado de qualquer mudança na vida das crianças, de qulquer gênero, por mais insignificante que pareça ser.
 

* A pensão será depositada todo dia 05, e o valor sofrerá alteração somente a cada cinco anos.

* As crianças poderão decidir se querem ficar com o pai ou com a mãe quando as mesmas possuírem capacidade psicológica de decidir tal coisa.

* Se ele estiver passando pelo país, a responsável legal deverá deixa-lo visitar e passar um tempo com seus filhos.

- A proposta está aceita. - Wesley fala, mas sua voz é só um eco na minha cabeça. 

Quando eu saí da casa de Bruno, tive tanta certeza que ele lutaria pelas crianças, que cheguei até a pensar que ele as tiraria de mim. E isso seria o meu fim.

Nós nos levantamos e demos as mãos, eu mal podia respirar.

Quando fomos até o elevador, segurei seu braço e perguntei "Por que você fez isso, abriu mão deles tão fácil?"

- Por que era o que você queria, e apesar de todas as merdas que você me fez, eu devia isso a você, não vou te destruir. Você consegue fazer isso sozinha. - E então o elevador se abriu e eu sorri para ele antes a porta tornar a se fechar.

 

Aquela foi a última vez que eu o vi. Nada de depedidas melancólicas ou cheias de raiva. Foi tão neutro que eu mal podia acreditar ser verdade.
 


Notas Finais


Olá gente, eu realmente não sei bem o que dizer nesse momento, não sou boa em textos de despedida sabe, rs. Mas esse cap, apesar de se o útlimo, não é bem o que vai fechar a história, ainda teremos o epílogo :D
Eu realmente queria ter feitos mais capítulos, porém minhas aulas começaram (again) e eu vou precisar me dedicar 101% esse ano. Sem mais delongas, espero que não tenha ficado nada confuso, escrevi esse capítulo as 2 da manhã e eu realmente quis postar hoje, mas talvez algo tenha ficado estranho, algum erro ortográfico, mas perdoem a autora.

Enfim, até o epílogo <3


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