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História RECOMEÇO - A Verdade.


Escrita por: crazyunicorn

Notas do Autor


Desculpa por postar atrasado, mas eu tava toda empolgada escrevendo e perdi tudo, aí fiquei MUITO puta e larguei de mão hahahaha
Mas enfim, espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 5 - A Verdade.


Nova York,
sexta feira,
17h00.

Duas batidas na porta e (N) pulou da cadeira. O dia todo esperando por essas duas malditas batidas que anunciavam a vez de Bucky. Ao abrir a porta lá estava ele, ironicamente combinando com a médica, usando uma camiseta preta acompanhada por uma jaqueta de couro da mesma cor. Uma mecha de cabelo insistente sobre o rosto, mas que ele logo arruma para trás.

Os olhos de Bucky escaneiam descaradamente o corpo da médica, ela sorri e faz sinal para que ele entrasse.

‘’Wow, (N)...’’

‘’Outro encontro.’’

‘’Ah…’’ Ele não esconde o quanto estava desapontado, fechando a porta atrás dele. (N) apenas ri e pega o sobretudo da mesma cor do vestido, jogando sobre os ombros, anunciando que ia sair.

‘’Oh, eu deveria ter vindo mais cedo hoje  mas eu não sabia, descul-’’

‘’Por que você não pergunta com quem é meu encontro hoje?’’

Porque é melhor que eu não saiba.

‘’Com quem é seu encontro hoje, (N)?’’ Ele senta no sofá e tira um tempo para olhar (N) enquanto ela arrumava o cabelo em frente ao espelho. Tão linda…

‘’Um certo Sargento que tem a cara estampada em todo museu de Nova York. Lutou contra os nazistas… esse tipo de coisa, sabe.’’ Ela faz questão de falar como se não fosse grande coisa, se divertindo com a expressão de Bucky.

Rindo, (N) lançou um olhar para ele e Bucky tinha a expressão confusa, pensando se não estava sendo enganado pelos próprios ouvidos. Até que ele abriu um sorriso glorioso, passando a mão nos cabelos, arrumando para trás.

‘’Então é assim que você me chama pra sair.’’

‘’Sim. É assim. Vamos.’’

Ela pegou a bolsa e em seguida a mão de Bucky, fazendo ele levantar do sofá.

‘’Eu posso ao menos saber onde estamos indo?’’

‘’Eu estou com fome. Nada de restaurantes chatos, cheios de gente chata. Eu preciso é de uma boa pizza Nova Iorquina.’’

Já dentro do elevador (N) apertou no botão do térreo e cruzou os braços. Bucky não conseguia tirar os olhos dela. Finalmente teria a oportunidade de conversar com ela não como paciente, mas sim como um cara normal.

‘’Por favor não me diga que isso vai ser uma terapia ao ar livre. Eu não quero ser seu paciente hoje.’’

(N) ri e levanta o olhar para Bucky. ‘’Não. Eu não quero trabalhar hoje e não me culpe por isso, por favor.’’

Os dois riram e Bucky segurou a porta do elevador para (N) passar.

‘’Eu só quero comer uma boa pizza, tomar um sorvete e ver a noite de Nova York.’’

‘’Parece perfeito para mim.’’

Eles chegaram em uma pizzaria famosa em NY, mas não por seus preços ou clientes, mas sim pela qualidade da comida. O lugar era pequeno e abarrotado de gente, não haviam mesas. (N) percebeu que Bucky ficou nervoso e começou a olhar para todos os lados. Uma mão protetora dá a volta nos ombros da médica.

‘’Que tal você me esperar no carro enquanto eu faço o pedido?’’

‘’Nem pensar que eu te deixo sozinha nesse lugar.’’

(N) segurou o riso e olhou para frente, logo pedindo uma pizza de pepperoni.

‘’Vem, vamos dar o fora daqui.’’

Já dentro do carro Bucky sentia as mãos tremendo e a respiração pesada, um típico ataque de ansiedade, fruto dos anos tendo o cérebro eletrocutado pela HYDRA. Ele é surpreendido quando (N) segura sua mão esquerda e depois a direita.

‘’Olha para mim.’’

Ele o faz e (N) tinha os olhos fixos nos dele, sem piscar, como se quisesse enxergar através de sua alma.

‘’Eu estou aqui. Só nós estamos aqui. Eu e você. Acredita em mim, James?’’

‘’Sim, (N).’’

Ela solta a mão direita dele e arruma uma mecha de cabelo que estava caída sobre o olho de Bucky. ‘’Desculpa por te trazer nesse lugar. Eu achei que já pudesse lidar.’’

‘’Você não tem culpa de nada.’’

(N) não estava tão próxima mas Bucky poderia facilmente se inclinar para frente e beijá-la. Oh como eu poderia. Ele intercalava o olhar entre os olhos e a boca dela, imaginando o quão macios os lábios de (N) poderiam ser.  

‘’Eu pensei em darmos uma caminhada pela ponte do Brooklyn mas acho melhor irmos pra minha casa.’’

Bucky nada diz, sentindo-se idiota. Ele olha para baixo e depois se arruma no banco, olhando pela janela.

‘’Hey, o que foi?’’

‘’Desculpe, eu estraguei tudo.’’

(N) só conseguiu sorrir. Bucky tinha os olhos tristes e estava quase fazendo beicinho. Seria extremamente bonitinho se ele não estivesse realmente se sentindo culpado.

‘’James... Você não estragou nada. Ainda vamos comer essa pizza e beber um vinho. E ah, por sinal, essa é a melhor pizza que você já comeu na vida.’’

‘’Provavelmente.’’ Ele concorda.

Não demorou muito e logo (N) estava estacionando na garagem do prédio. Enquanto subiam as escadas para o apartamento da médica, Bucky se manteve em silêncio, pensativo. Ela subia devagar, cansada com os saltos altos, ele percebe e para de andar, segurando o riso.

‘’Eu posso te carregar se você quiser.’’ Depois te jogar na sua cama e só parar quando você não tiver mais forças pra gemer meu nome.

Ela também parou de subir e não pôde ignorar o olhar predador que Bucky tinha, fazendo a médica se sentir nua. Quente. Com uma pressão gostosa entre as pernas.

‘’Nós entramos logo ali, não precisa.’’ (N) aponta para a porta no final da escada, dois degraus acima de Bucky.

Já dentro do apartamento, Bucky olhava tudo em volta. Para (N) ele parecia um grande leão em uma pequena gaiola, prestando atenção em cada centímetro.

‘’E esta é minha toca. Fique a vontade enquanto eu tiro esses… Ah…’’

Bucky riu quando ela tirou os sapatos e soltou um grunhido. Ele começou a perceber a mudança no comportamento de (N). A psiquiatra séria e calculista aos poucos se tornando em uma garota nova iorquina normal e quanto mais ele conhecia essa garota, mais ele gostava dela.

Ela voltou do quarto ainda com o vestido e o sobretudo, porém usando tênis. Bucky não se deu conta de que estava sorrindo até ela começar a falar.

‘’O que foi? Polícia da moda? Vai me prender por usar tênis com vestido?’’

‘’Não. É que eu não tinha te visto sem os saltos. Quanto tem de altura?’’

‘’Não vem com essa, eu estou na média, você que é muito grande.’’

Ainda apoiado na parede de braços cruzados, Bucky a observa ir até o balcão da pequena cozinha, pegar duas taças, após ela vai até um pequeno bar no canto da sala e pega uma garrafa de vinho tinto.

‘’Vamos?’’ (N) tentava parecer indiferente, mas ela sabia que estava exatamente de costas para Bucky, dando uma perfeita visão de sua bunda. Não sendo de propósito. Mesmo.

‘’Onde?’’ Bucky respondeu depois de alguns segundos, pois estava olhando fixamente para a bunda da médica, usando boa parte da sanidade mental para não esfregar a quase ereção nela. Levantar aquele vestido e foder ela ali mesmo. Forte.

‘’Terraço. Pega a pizza.’’ (N) responde com o riso preso na garganta, pois Bucky estava exatamente como ela pensava que estivesse.

No terraço do prédio haviam algumas cadeiras espalhadas e uma mesa. Eles arrumaram e montaram um jantar. A caixa grande de pizza sobre a mesa acompanhada da garrafa de vinho e as duas taças. A brisa de outono batia nos cabelos de Bucky enquanto ele tentava afastar para trás, era extremamente sexy e ele nem fazia ideia disso.

Bucky a observava comer com vontade. (N) era fascinante em todos os sentidos, não tentava parecer elegante o tempo todo, sem tentar impressionar ou manter uma postura procurando agradar. Ela era espontânea e livre, mordendo grandes pedaços de pizza e usando tênis confortáveis. Era exatamente essa garota que ele queria conhecer, mas ainda faltava algo.

Após dois pedaços de pizza ela fica exausta, rindo. ‘’Uau, a pizza nova iorquina nunca falha. Eu não aguento mais comer.’’

‘’Você nem comeu.’’

‘’Esqueceu que eu não sou super soldado?’’

Bucky ri e bebe o vinho, em silêncio.

‘’Ok, eu sei que você está cheio de perguntas. Fique a vontade.’’ (N) faz um sinal com as mãos e cruza os braços, relaxando na cadeira. Bucky fica pensando por onde começar. ‘’Onde você nasceu?’’

‘’Eu sou de Santa Mônica.’’

‘’Hum.’’

‘’O que foi?’’

‘’Praia. Só consigo pensar em biquínis agora, desculpe.’’

‘’Não, você está pensando em garotas de biquíni, seu pervertido.’’

Na verdade eu estou pensando em você de biquíni.

‘’Sua família ainda mora lá?’’

É nesta hora que (N) ficou séria. A melancolia aos poucos cercando a garota novamente. Ela toma postura na cadeira, suspirando enquanto olhava para o horizonte. Bucky estava quase pedindo desculpas por perguntar até que ela fala.

‘’Eu não tenho família, James.’’

Ele ficou alguns segundos sem saber o que responder. ‘’Se não quiser falar sobre isso, não tem problema, (N).’’

Ela sorriu de leve, afastando uma mecha de cabelo dos olhos enquanto olhava para Bucky.

‘’Não me importo em falar sobre isso com você. Por algum motivo você despertou minha confiança.’’ E um breve riso escapa dela, deixando o ambiente um pouco mais leve. ‘’E olha que isso é difícil, ein.’’

‘’É que eu sou irresistível.’’

‘’Cala a boca.’’

Bucky ri e (N) não consegue não sorrir de volta, ele tinha razão.

‘’Tem certeza que quer entrar nesse assunto hoje? Eu tenho medo, James.’’

‘’Como assim?’’

Ela suspira e olha para a frente, as cadeiras agora viradas para a visão de NY. ‘’De estragar isso.’’ Ela faz um sinal apontando para os dois, Bucky sente o coração aquecer.

‘’(N), eu digo quase toda a semana que você me salvou. Você não vai estragar nada.’’

Ela vira a cadeira para que ficasse de frente para Bucky e começa a falar.

‘’Eu nasci em Santa Mônica e fui para um orfanato logo que nasci. Minha mãe foi uma grávida adolescente e dependente química, meu pai possivelmente na mesma situação que ela. Com quinze anos eu fui adotada por um famoso empresário de Los Angeles.’’

Bucky estava sem palavras, a expressão séria. Ele tira alguns segundos para contemplar os olhos de (N), tristes, cheios de algo que ele não sabia como chamar.

‘’Como era no orfanato?’’

‘’Digamos que eu era feliz e não sabia.’’

‘’Como assim?’’

(N) tira mais alguns segundos para suspirar, como se estivesse arrecadando forças para levantar uma caixa pesada do chão. De certa forma era isso mesmo.

‘’Quando eu fui adotada todos disseram que foi uma bênção. Nenhuma criança depois dos nove anos era adotada. Elas já são consideradas velhas. Então veio esse… homem, e me adotou. Como ele era absurdamente rico não houve muita especulação na adoção, não houve fiscalização.’’

Bucky ouvia calado, preparando o psicológico para o pior e pela intuição, ele sabia que não iria gostar. (N) não dizia o nome do tal homem e isso era um tanto que assustador.

‘’As coisas não mudaram muito da sua época pra cá, James. gente rica ainda faz o que quer. Ele simplesmente me pegou do orfanato e as pessoas agradeceram. Inclusive eu. Tudo começou muito bem. Eu tinha tudo que uma garota da minha idade poderia querer. Roupas, sapatos, um quarto maravilhoso… Menos felicidade. Ele sempre foi estranho mas eu estava deslumbrada demais com aquilo tudo e não prestei atenção nisso. Até que tudo começou.’’

Bucky ainda não tinha ouvido mas já queria ir atrás do homem e arrancar a verdade diretamente dele. A dor de (N) era visível e torturante de ver.

‘’O que ele te fez?’’

‘’Tudo começou com presentes, eu era aparentemente a filha que ele sempre quis ter. Ele me conquistou. Depois começou a se comportar estranho, mãos em lugares estranhos, beijos em lugares estranhos…’’

(N) observou Bucky esfregar as mãos no rosto e depois nos cabelos, a perna embaixo da mesa tremendo, nervosa. Ele parecia que ia levantar da cadeira a qualquer momento e socar a parede de concreto até a mão atravessar do outro lado.

‘’Até que a coisa ficou realmente séria. Ele abusou de mim, psicológica e sexualmente. Eu me tornei uma garota assustada e sempre na defensiva. Até que um dia tudo caiu por terra. Ele era um dos nomes por trás da Hydra.’’

Bucky esticou as mãos por cima da mesa e (N) fez o mesmo. As mãos se encontraram e pareceram se encaixar perfeitamente. Ele começou uma carícia, mostrando para ela que não estava sozinha. Ouvir o que ela tinha a dizer apenas levantou mais perguntas. Ele se aproximou a ponto de conseguir beijar as duas mãos da garota, várias vezes, tentando distraí-la.

‘’Filhos da-’’

‘’Eu fui transportada para uma base deles. Chegando lá tinham mais dez garotas mais ou menos da minha idade, todas para a mesma finalidade. Escravas sexuais. Nós éramos mantidas em gaiolas e tiradas quando, bem, você sabe.’’

(N) tinha a impressão de que os olhos de Bucky iam escapar das órbitas. Ele respirava pesado e a perna embaixo da mesa estava tremendo cada vez mais, deixando evidente a raiva e ansiedade dele.

‘’Eu não fiquei lá por mais que uns três dias então o dano em mim não foi tão grande quanto nas outras meninas. A base foi invadida pela SHIELD e fomos levados para lá. Peggy cuidou de nós pessoalmente.’’

Bucky parecia um pouco mais conformado mas ainda tinha raiva no olhar.

‘’Você conheceu Peggy?’’

‘’Conheci. Mulher maravilhosa.’’ (N) ri e desce o olhar para as mãos juntas em cima da mesa. ‘’As bolas do desgraçado tiveram um encontro com uma adaga de 30 centímetros da Peggy.’’

Um pouco mais leve, Bucky se deixou rir, os ombros mais relaxados e a perna embaixo da mesa já sem tremer.

‘’Confesso que estou me sentindo um pouco melhor agora.’’ Ele beija o pulso de (N) pela última vez, colando os lábios na região por algum tempo. ‘’Peggy sempre lutou pelas causas feministas.’’

‘’Sim. Ela não deixaria isso passar em branco. Enfim, fomos levadas pela SHIELD, que cuidaram de nós e eu devo tudo a eles.’’ Os beijos dele estavam surtindo exatamente o resultado que esperado. (N) estava distraída, acolhida pelo calor gostoso dos lábios de Bucky.

As mãos ainda estavam unidas. Bucky tendo uma fria, de metal e outra quente, acolhedora. (N) toma nota de que ele era realmente assim, ao mesmo tempo que poderia ser frio e letal, também era um homem gentil e bom de estar perto. Os olhares foram conectados por longos segundos, o azul a puxando cada vez mais, como um ímã.

Bucky estava se sentindo derrotado e egoísta. Ele reclamava do passado diariamente, como se fosse a única pessoa nocauteada pela vida. (N) não tinha nenhuma lembrança da família, não havia hipnose para ela. Era injusto, triste e revoltante.

‘’Desculpa, (N), eu me sinto um idiota.’’

‘’Não entendo.’’

‘’Eu ficava lá no seu consultório deitado e falando como minha vida é deprimente. Você me ajudando a recuperar as memórias da minha vida brilhante antes da guerra e nem sequer tem memórias a serem recuperadas. Eu me sinto um idiota.’’

(N) olhou para as duas mãos unidas em cima da mesa e sorri.

‘’A vida nos tirou algumas coisas, mas quer saber? Eu estou bem agora. Tenho meu pequeno apartamento em Manhattan e ajudo pessoas. Cada pessoa que sai do meu consultório se sentindo um pouquinho melhor, me faz sentir renovada.’’

‘’O negócio da hipnose veio da onde?’’

‘’Eu não sei. Não tenho DNA meta humano, o pessoal da SHIELD já se certificou disso. É algo que eu sempre soube que podia fazer mas não fazia. Então Fury começou a me usar para conseguir confissões de alguns caras e eu fui me aperfeiçoando. Entrei na faculdade e não demorou para que ficasse conhecida por isso.’’

‘’Espera, você é quase uma Avenger!’’

(N) ri, desviando o olhar para o céu.

‘’Bem longe disso. Eu prefiro ajudar as pessoas desse jeitinho. Gosto de resgatar pessoas. O trabalho de vocês é diferente do meu. O mundo precisa sim da equipe que lida com o problema, que neste caso é vocês, mas também precisa de alguém que lide com os resultados do problema. Esse alguém sou eu. Fury me envia os mais diversos casos e eu faço o meu melhor.’’

‘’Você é incrível, (N).’’

As palavras simplesmente escaparam da boca dele, mas Bucky não se importava. Ele sabia que quanto mais conhecesse dela, mais forte os sentimentos ficariam e assim foi. Estava desenvolvendo uma vontade crescente de abraçar, cuidar e proteger (N). Algo muito puro, cru e forte. Ele começa a perceber que a garota tremia um pouco e eleva as sobrancelhas.

‘’Frio?’’

Ela apenas responde com a cabeça, rindo depois. ‘’Eu não fui abençoava com o super soro, James.’’

‘’Vamos sair daqui, você vai congelar.’’

Eles voltam para dentro do apartamento e decidem assistir algum filme. Bucky estava disposto a tentar distraí-la de todo aquele assunto pesado, eles mereciam um momento mais leve.

‘’Espera aí!’’

Bucky eleva as sobrancelhas, prestando atenção.

‘’Você leu Harry Potter mas não assistiu o filme.’’

Ele sorri e senta, esticando um dos braços no encosto do sofá. (N) andava pelo apartamento descalça enquanto falava e gesticulava muito. Bucky se esforçava para prestar atenção no que ela estava dizendo mas tudo em relação a ela era muito distrativo. A imaginação de Bucky começa a voar, ele se pega fantasiando em como seria escorregar as mãos pela circunferência da cintura de (N) enquanto a beijava, ouvir um gemido dela e fazer uma trilha de beijos da orelha até o ombro...

‘’Ok?’’

‘’Ah? Ok!’’

Ele apenas concorda e ela desaparece por alguns minutos.

Eu acabei de concordar com o que? Meu Deus, Bucky…

Eles sentam no sofá e assistem Harry Potter e a Pedra Filosofal. Bucky comentou durante todo o filme, recordando do livro. Debateram sobre as partes que ficaram e não ficaram fiéis. Para (N) era incrivelmente agradável ter a companhia de Bucky não só como paciente, mas como amigo. Obviamente ela sabia dos pensamentos impuros dele, estavam escritos nos olhos e nas pupilas dilatadas  quando ela simplesmente cruzava a perna ou lhe dava as costas. Eu sei que ele ama minha bunda. Eu simplesmente sei. Mas sendo um homem de 1940 ele era adoravelmente antiquado e brega. Fazia questão de abrir todas as portas, carregar todas as sacolas, emprestar o casaco quando ela simplesmente passava as mãos pelos braços. Sabendo que Bucky era tão old fashion, (N) sabia que ele iria com calma, até ter plena certeza de que ela está querendo tanto quanto ele. Era difícil ignorar o calor que emanava de Bucky e a vontade de ir para cima dele. Levantar a camiseta do soldado, passar a língua da garganta dele até o final da deliciosa linha em V que levava até o membro dele. Ser a responsável pelos grunhidos incontroláveis e deliciosos que ela sabia que ele iria emitir.

O filme estava próximo do fim quando Bucky faz um comentário e não obteve resposta. Se dando por si, ele percebe que (N) havia dormido em seu ombro. Ela tinha o cabelo caído sobre o rosto e estava completamente apagada. Bucky não consegue conter o sorriso idiota nos lábios e se pega pensando que não sentia uma sensação tão boa assim a anos. (N) era incrível, mesmo depois de tudo que havia passado ainda assim era uma garota gentil, inteligente, esperta e linda. Era óbvio que ele estava desenvolvendo um sentimento forte por ela, mas não se achava suficiente. Olhe só para você, Bucky, ela é demais pra você.

Ela é demais.

Com esse pensamento ele levanta do sofá e com todo cuidado para não acordá-la, leva a garota até a cama. Ela se aninha no edredom e segue dormindo. Bucky não consegue segurar o impulso e deixa sua mão direita ir até o rosto da médica, tirando algumas mechas de cabelo para que conseguisse enxergar o rosto dela enquanto dormia.

‘’Boa noite, (N).’’

Ele deposita um beijo na região acima da orelha, entre os cabelos dela, depois dá a volta e vai embora.
 


Notas Finais


PACIÊNCIA, GENTE.
vai acontecer SIM e vai ser pesado de ler hahahaha
espero que vocês não me abandonem por isso D:
Esse capítulo vai ter um complemento que vou postar amanhã. Eu resolvi dividir ele pra não ficar muuuuito comprido e chato de ler.
Um beijo no coração e até amanhã <3


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