História Recovery - Uma Loucura

– Casar?

– Não sei, talvez.

– Filhos?

– Com certeza, eu amo crianças.

– Filhos fora de um casamento, que garota pervertida. – Justin diz virando- se para mim que sorria de seu comentário. – Porque não quer casar?

– Eu não disse que não queria. – falo repousando minhas costas no capô do carro. – É só que sei lá...

– Você não pensa em fazer isso sem a sua família não é? – Justin diz, assenti.

– Vamos mudar de assunto? – falo interrompendo- o de imediato. – Por favor.

Justin da um meio sorriso e assente depositando um beijo em minha mão. Ele pegou uma maçã na cesta de piquenique e mordeu a mesma me olhando, em seguida sorriu e voltou a sua serie de perguntas de sim ou não.

Depois de uma manhã exausta eu finalmente estava me divertindo, ele foi me buscar no trabalho com uma bela cesta de piquenique em mãos me convidando para o mesmo e eu claro, aceitei.

Agora estávamos em um estacionamento vazio acima da praia, que nos dava a visão perfeita de um belo por do sol, deitados sobre o capor de seu carro comendo frutas e sanduiches, coisas simples que toda garota gostaria de fazer com um carinha que esta afim.

– Agora me fala você. – digo virando- me para o loiro. – Já pensou em casar alguma vez?

Justin me olha por um breve segundo e depois sorri virando novamente seu rosto para frente encarando o sol que já estava a se por.

– Sim, faltou muito pouco para isso acontecer uma vez. – ele diz e sinto meu peito doer com sua resposta.

– Posso saber por que isso não aconteceu? – pergunto receosa.

– Os pais dela não gostavam de mim, então eles a tiraram de mim. – ele diz me olhando mais uma vez. – Eles forjaram uma traição – um sorriso amargo brotou em seus lábios e senti meu peito mais uma vez doer por ele, Justin não merecia isso. – E ela como qualquer outra pessoa acreditou e foi embora.

– Ela não te deu nem a chance de se explicar?

– Ela não teve tempo. Mais eu não a culpo, eu sei que se ela tivesse tido essa oportunidade ela teria feito.

Eu podia sentir a dor em sua voz, a tristeza que ele sentia ao falar dela era nítida. Um peso tomou conta de minha consciência por faze- ló falar sobre isso e por saber que só pelo modo como ele fala dela, eu posso ver, posso sentir, ele ainda não a esqueceu, ela ainda a ama.

– Hey, ta tudo bem. – Justin fala repousando sua mão sobre a minha, olho a mesma e dou um leve sorriso. – Acho melhor a gente ir embora. – ele diz encarando o céu.

– Vai chover.

– Sim. – ele diz simples e sai de cima do capo do carro, pega a cesta de frutas e guarda no carro enquanto eu permanecia parada sobre o mesmo encarando o céu, o mar. – Selena.

Ele sussurra fazendo com que eu o olhe, mas tão rápido quando o olhei voltei a encarar o céu e disse:

– Você ainda a ama.

– Isso foi uma pergunta? – ele pergunta confuso pelo modo como falei.

– Não. – digo e torno a encarar suas orbitas carameladas.

Um sorriso surge nos lábios de Justin seguido de uma gargalhada fazendo com que eu o encare confusa.

– Qual a graça? – pergunto ríspida.

– Você fica linda com ciúmes.

– O que? Eu não... – processo o que ele acabou de dizer indignada. – Eu não estou com ciúmes. – falo e desço do capo do carro.

– Selena. – ele fala e segura meu braço parando- me. – Não precisa disso. – ele diz completamente calmo.

– Eu já disse que não tenho ciúmes.

– Ta escrito na sua testa. – ele diz convencido abraçando minha cintura. – Presta atenção – ele pede quando tento desvencilhar- me de seus braços, paro e encaro seus olhos que faziam o mesmo comigo. Sua mão sobe lentamente por meu ombro ate chegar a meu rosto e ali ele faz um carinho. – Não precisa ter ciúmes dela.

– Porque você ta comigo se ainda gosta dela? Porque não vai atrás dela? – pergunto serena.

– Eu... – ele faz menção de falar algo mais para. – Porque eu estou com você, e eu quero continuar é com você. Não duvide quando eu falo que estou apaixonado por você.

Ele diz e sinto meu coração saltar forte em meu peito.

– Você nunca disse.

– Estou dizendo agora. – Justin deposita um selinho em meus lábios e encosta sua testa na minha. – Não complique as coisas simples Selena, por favor, apenas me deixe amar você e fazer você me amar. – ele suplica.

Sem esperar qualquer resposta minha, ate porque depois disso eu não tinha nenhuma, ele me beijou, ele me beijou como jamais havia me beijado antes, ele depositou ali todos os sentimentos que nutria por mim e eu pude sentir calorosamente e perfeitamente cada um deles.

Justin Bieber Ponto de vista.

Mal sabia ela que essa historia é a dela, mal sabe ela que se não fosse por sua família nada disso teria acontecido com ela e que hoje nos poderíamos estar juntos e felizes, casados e com nosso filho.

Mal sabia Selena, que o amor que transborda dentro de mim é inteiramente dela, que nenhuma outra mulher foi capaz de roubar isso dela, nem mesmo quando achei que ela estava morta e que o certo seria seguir minha vida.

Eu sentia uma vontade absurda de lhe contar tudo ali mesmo, eu não suportava o fato dela achar que a “outra” não é ela. Me dói ela não saber que ela é a mulher da minha vida e que ela é a mulher que foi tirada de mim da pior maneira possível.

Beijei sua testa depois de findar nosso beijo e então abracei seu corpo com força pedindo em um tom inaudível para que ela não me deixasse, para que ela acreditasse em mim e me confiasse seu amor, mais uma vez.

O céu já estava escuro e alguns relâmpagos hora ou outra iluminavam o mesmo ameaçando uma bela chuva. Entrei no carro junto com Selena, dei partida no carro e seguimos em silencio até a saída da praia.

Um trovão se propagou no ar e Selena encolheu suas pernas no banco do carro abraçando- as e em seguida encarou o céu. Ela tinha medo de trovões, desde criança isso era uma das muitas coisas que eu sabia sobre ela.

– Tá tudo bem. – digo repousando minha mão em seu braço, ela me olha e sorri.

– Meio bobo não? Uma mulher desse tamanho ter medo de trovão.

– Não é bobo ter medo, é normal, é humano. – digo e vejo ela sorri assentindo.

Eu queria chama- lá para minha casa, para dormir comigo mais não o faria, sabia que Selena não gostaria dessa ideia e isso só me afastaria dela por ela achar que eu queria apenas me aproveitar de seu medo.

Depois de quase meia hora em um transito sem fim e debaixo de chuva finalmente meu carro estacionou a frente de sua casa, ela abriu sua bolsa procurando por um controle para abrir o portão da garagem e logo achou o mesmo e o apertou fazendo o portão subir; entrei com o carro e logo o desliguei.

Ela apertou mais uma vez o botão fechando o portão da garagem fazendo com que o barulho da chuva intensa fosse abafado.

– Eu acho melhor eu ir embora. – digo saindo do carro atrás dela.

Selena vira- se para mim e da um sorriso tímido caminhando ate mim, e sem falar nada me abraça e me beija.

– Posso te pedir uma coisa maluca? – ela sussurra contra meus lábios me fazendo sorrir. Assenti. – Fica comigo? Nem que seja só por essa noite, mas, por favor, fique comigo.