Jeongguk puxou o relógio de bolso de sua calça e suspirou; a hora do chá seria em cinco minutos e ainda estava longe do local. Lembrou de como seu tio, o Coelho Branco, era completamente louco em relação a horários, teria de dar um jeito de chegar no horário, ou teria sérios problemas.
Decidiu pegar um atalho, virou à direita e começou seu caminho entre as árvores, na teoria, iria chegar rápido.
Franziu o cenho ao ouvir um barulho estranho, olhou para trás e viu uma parede de galhos se fechando, cheio de rosas vermelhas. Merda. Reconheceu o local como um dos labirintos do filho da Rainha de Copas.
Se atrasaria para o chá.
Bufou e continuou andando, precisaria dar um jeito de sair dali agora. Andou e andou, sabia que o labirinto se movia, o fazendo andar em círculos.
Não importava o quanto andasse, sempre terminava naquele espaço grande, com uma pequena fonte no meio.
Levou um susto quando, ao ver um sorriso se materializando a sua frente, se aliviando por alguém ter aparecido.
— Jimin — Falou e o corpo inteiro do outro se materializou. —, pode me ajudar?
— Claro, pois não?
— Onde fica a saída?
— Depende. — Falou com descaso.
— Depende de quê? — Jeongguk franziu o cenho.
— Depende de para onde você deseja ir.
— Para... — Se calou ao olhar ao redor, estava sozinho novamente. — Esse gato... — Revirou os olhos.
Suspirou e se sentou no chão, com as costas apoiadas na pequena fonte, deixando que suas orelhas branquinhas cobrissem seus olhos enquanto abraçava seus joelhos
— Quem está aí? — Arregalou os olhos brilhantes ao ouvir o timbre grave, se levantou rapidamente, olhando para o homem bem vestido.
O filho da Rainha de Copas.
— Estava apenas dando uma volta. — Falou após se curvar levemente.
— É um dos loucos? — Perguntou com deboche, cruzando os braços.
— Eu não sou louco! Minha realidade apenas é diferente da sua. — Jeongguk falou de maneira emburrada, arrancando um sorriso da face do outro.
— Me diga, coelho, o que eu deveria fazer com você? Invadiu meu castelo. — Falou se aproximando, deixando nítida a diferença de altura.
— Ele que me puxou. — Resmungou, olhando para cima, para poder ver os olhos de quem o abordava. — Se eu puder sair daqui, é a hora do chá, não posso me atrasar.
— Quem é você? — O mais alto perguntou, ignorando a fala anterior.
— Eu já mudei tantas vezes desde que acordei, mas sou Jeon Jeongguk. — Na hora o mais alto o identificou.
— Diga-me, futuro Coelho Branco, quanto tempo dura o eterno? — Arqueou uma das sobrancelhas.
— Ás vezes, apenas um segundo. — A resposta foi de imediato. — Essa é fácil. E você, filho da Rainha de Copas, quem és?
— Kim Taehyung.
Ambos sentiam o clima diferente, a atração era mútua, e a tensão sexual não demorou muito para aparecer.
— Diga-me, Taehyung, o que você tem de diferente? O que em você é desproporcional para que a rainha ainda o mantenha por perto? — Perguntou, vendo o outro arquear uma das sobrancelhas.
— Você quer ver? — Se aproximou mais, sussurrando rente a orelha humana do menor. — Posso te fazer sentir.
— Como eu sentiria? — Jeon sussurrou, completamente arrepiado.
Sentiu quando as mãos do outro tocaram em sua calça, ameaçando abri-la.
— Sentiria de uma maneira bem gostosa. — Desabotoou a calça ao perceber que o mais baixo estava consentindo com os toques. — Sentiria de uma maneira rápida, já que o nosso tempo é curto.
Ao se afastar da orelha do Jeon, juntaram os lábios em um beijo intenso, houve uma pequena disputa por poder, e o mais velho a ganhou, fazendo o coelho ter de lhe acompanhar.
O mais baixo terminou o contato ao sentir sua calça deslizando por suas pernas. Estava só de cueca, na frente de um estranho.
Jeon levou suas mãos até a calça do mais velho, a abrindo, mas não conseguiu fazer mais que isso, foi pego no colo e em seguida deitado no chão.
— Eu falei que você ia sentir. — O timbre grave fez Jeongguk se arrepiar por inteiro. — Não ver. — Arfou quando sentiu o outro chupar a pele de seu pescoço, provavelmente ficaria marcado.
Fechou os olhos e só aproveitou as sensações que estava sentindo, não percebendo quando sua cueca foi removida. Abriu os olhos a tempo de ver Taehyung tirando o membro ereto de dentro da calça, ficando com ela.
— Ah, ah. — Gemeu ao ter seu membro agarrado, foram movimentos leves e rápidos, sendo abandonado em seguida. — P-por favor. — Falou de modo manhoso e sôfrego.
O Kim sorriu, posicionando-se para penetrar a entrada do outro. Quando o fez, foi entrando lentamente, não parando até que estivesse completo dentro, tendo que forçar um pouco no final. Aguentou calado o menor puxando e arranhando seu couro cabeludo, descontando a dor que estava sentindo.
Passou a beijar a derme branquinha de seu pescoço, fazendo algumas carícias em seu membro, tentando o distrair da dor.
— P-pode ir. — Jeon falou, ganhando um selinho.
Os movimentos começaram extremamente lentos e delicados, se intensificando conforme o prazer do mais baixo ia aparecendo. O silêncio que antes predominava o lugar agora era preenchido com o som das peles se chocando, arfadas sôfregas e gemidos baixos e manhosos. Taehyung não se lembrava de já ter transando com alguém tão apertado.
— Consegue s-sentar em mi-m? — Perguntou parando os movimentos, o vendo assentir.
Se retirou do menor e se deitou na grama, vendo Jeon arregalar os olhos ao olhar seu membro. Se ajeitou em cima do maior, tendo sua cintura segurada, e ajeitou o membro do outro em sua entrada, abaixando, se penetrando.
Suspirou em satisfação quando estava completamente preenchido novamente.
— Pula em mim, coelhinho.
Jeongguk começou os movimentos, precisando da ajuda de Taehyung, e logo já estavam no mesmo ritmo de antes, próximos ao limite.
— Merda. — Jeon gemeu ao alcançar seu ápice.
Taehyung veio logo em seguida, sentindo o aperto em seu membro se intensificar.
(...)
A relação deles não parou por ali, não havia sido apenas uma foda. Passaram a se encontrar várias vezes, sempre tento momentos extremamente intensos.
Jeon não hesitou em se declarar quando percebeu seus sentimentos, sendo negados pelo mais velho. Não se passou muito tempo e ele voltou atrás, quase chorando pelo coelho.
E com Jeongguk, Taehyung aprendeu que, de fato, as melhores pessoas são as loucas.
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