— Por que você quer isso Noi? — Shin indagou, sem entender o motivo de estar prestes a comprar o produto em sua mão. — Não vejo serventia e ainda é bem caro! — Adicionou a sua fala.
— Ora senpai, eu achei bonito! Você foi promovido semana passada, sei que está com dinheiro sobrando, por favor! — implorou, pegando o sutiã e colocando-o para tocar no bojo macio.
— Tudo bem. — Ele bufou, ainda achando algo totalmente desnecessário de adquirir.
— Obrigada, senpai! — A albina exibiu um belo sorriso e abraçou-o.
— Se me permite dizer — O moço do caixa começou a falar —, vai ficar divino nela! — Completou a frase.
Ele embalou o produto, colocou numa bela bolsa rendada — assim como o sutiã — e entregou para Noi.
— A bolsa é um brinde — falou, vendo os dois saírem da loja.
Noi andava pelo shopping feliz com a nova peça que havia ganhado, foi para um quiosque de sorvete animada e comprou uma casquinha, iria oferecer para o loiro e então notou sua cara emburrada e perguntou:
— O que aconteceu?
— Acabei de perder 140 reais em uma calcinha e um sutiã, me pergunto se eles eram feitos de ouro… — Shin respondeu, irritado.
— Não se preocupe senpai! — Ela respondeu. — Se depender de mim… ainda vou usá-los muito… — Apontou para a bolsa em sua mão.
— Só queria saber para o quê! — Ele exclamou, como se tivesse um quebra-cabeça em sua mente.
— Acho que breve você irá descobrir. — Noi disse.
— Acho bom mesmo! — Acabou se exaltando. — Desculpe, mas por favor, poderia me mostrar para que serve?
— S-Sim, cla-claro. — Sentiu seu rosto ficar quente e as bochechas tomarem uma cor avermelhada.
[...]
— Senpai? — A mulher de cabelos platinados chamou.
Ele estava lendo um livro grosso e de letras pequenas, parecia bastante vidrado na leitura, ao ponto de que nem notou a presença da amiga em sua frente. Olhava para aquelas páginas de forma cautelosa, foi aí, que observou Noi a sua frente.
— Não vai querer assistir nenhum filme hoje? — A albina indagou.
— Sim — Ele fechou o livro, e finalmente ela pode ver o título “Festim dos corvos” —, faz muito tempo que você está aí?
— O suficiente para saber que você está viciado nessa coleção de livros. — Noi respondeu.
— Desculpa — Ele pediu —, agora sou todo seu, tudo bem? — Levantou-se da cadeira.
Indo até a mulher a sua frente, abraçou-a rapidamente; era maior do que ele, mas não deixava de ser feminina por causa da altura ou pela cintura que não era fina, Noi era linda aos seus olhos — mesmo que não admitisse para ela.
— Agora — Ele começou —, pode me mostrar para que serve aquilo? — Shin pediu.
— A-Aquilo?? — Mais uma vez ficou vermelha.
— Sim, aquele sutiã vermelho — respondeu, calmo e o mínimo discreto possível.
As vezes ela duvidava se ele era assim tão lerdo e ingênuo ou fingia, há anos moravam juntos e o máximo que conseguira do loiro fora um beijinho na bochecha — após muito sacrifício dela. Eram melhores amigos desde sempre, Noi não conseguia lembrar de como era sua vida antes de conhecer Shin e vice-versa, mas ser amiga dele era doloroso.
— Senpai, vire-se. — Noi falou, subitamente.
— Virar? — Shin estranhou, mas fez o que ela pediu.
Enquanto Shin ficava de costas para a cama de casal em seu quarto, Noi cuidadosamente retirou a camisa que usava, o short de academia e as meias, quase desnuda, ela olhou para o lado rapidamente — onde estava um espelho de parede — e observou todas as partes de seu corpo. Seios fartos, barriga um pouco saliente, cintura grossa, pernas longas, altura bem maior que a dele, a cada olhar ela notava mais defeitos.
Deitou-se na cama dele um pouco receosa, encostou a cabeça na cabeceira e tentou manter um olhar firme e decidido, mas ao mesmo tempo que queria os olhares do loiro sobre si, a vontade de sair dali e passar o resto do final de semana em seu quarto era definitivamente grande.
— Pode virar… — Ela falou, tremendo e olhando para o lado mais uma vez.
— Noi? — Quase não reconheceu a mulher ali a sua frente.
Ela estava linda, não que nos outros dias não estivesse, mas vê-la daquele jeito despertou algo em Shin, talvez há muito tempo não a visse apenas como uma amiga, porém nunca tinha percebido a realidade. Fitou sua face inexpressiva, as bochechas gordinhas e pálidas, o modo como a roupa destacava-se na pele branca e macia dela, como a renda vermelha parecia ser um belo desenho em seu corpo sexy.
— Shin… — Ela finalmente foi de encontro com os olhos dele. — Irei me retirar, peço que esqueça o que acabou de ver — disse, de forma tímida e calma, nem parecia ser a garota com quem convivia.
— Espere — O loiro sentou-se na cama, impedindo-a de se levantar —, e-eu… E-Eu queria que você ficasse, Noi… — falou, ainda mais tímido.
— E-Eu posso te abraçar? — indagou, como uma criança que pede colo.
— Claro. — Shin respondeu, puxando-a para seus braços e apertando-a com força.
Seus corpos estavam colados, a respiração dos dois era pesada e os batimentos cardíacos podiam ser ouvidos de longe, a única coisa que os impedia de ficarem ainda mais íntimos era a presença das roupas.
— Senpai... — Noi disse, colocando os lábios no lóbulo da orelha dele e mordendo levemente — eu quero você — Finalmente confessou —, há anos eu só quero você.
Shin não fazia ideia do que falar, tinha medo e receio do que poderia afirmar e não desejava perder a amizade com a mulher, mas tendo em vista sua situação, respondeu:
— Eu também.
Os olhos avermelhados dela encontraram suas irises azuis claro, mesmo que não tivessem proferido nenhuma palavra, cada um sabia o que faria no momento seguinte. O desejo tomou conta de seus corpos e se materializou — nos primeiros momentos — em forma de beijo, leve e delicado, doce e suave.
As duas bocas aproveitaram o máximo que cada uma tinha para oferecer, mexiam suas línguas numa melodia calma e extremamente picante. Shin foi tirando sua camiseta aos poucos, com a ajuda da albina, finalmente retirou a peça de roupa definitivamente.
Ela rebolou em seu colo, com o máximo de flexibilidade que conseguiu e com aquele movimento, pôde senti-lo pulsando aos poucos. Shin foi em direção ao pescoço de Noi e distribuiu pequenos chupões e beijos que desceram até sua clavícula. Soltou alguns barulhos baixos e discretos, segurando-se ao máximo para não estar completamente entregue a ele, mas falhou.
Ao notar a timidez e o receio da parceira, prensou seu corpo com auxílio das mãos calejadas contra a parede, mesmas mãos que foram até o fecho do sutiã que usava delicadamente sentindo a renda contornar o corpo da mulher a sua frente. Em cerca de poucos segundos ele retirou a veste, deixando os seios pálidos de Noi desnudos e desprotegidos.
Moveu a mão até o pomo de forma brusca e direta, mesmo que trêmulo, ele sabia que ela desejava aquilo. Apertou-o sem delicadeza, calmo e aproveitando para fazer o mapeamento do local, subitamente, colocou um deles na boca e chupou sem pudor.
— Assim vai deixá-los vermelhos. — Noi avisou, contendo um gemido.
— Vermelhos? — Shin sorriu levemente, safado e libertino. — É exatamente esse o meu objetivo — respondeu, por fim.
Ao ouvir ele proferir aquelas palavras, ela corou, perguntou-se como ele havia ficado tão safado em tão pouco tempo — apesar de quê, estava claramente amando. Soltou gemidos baixos, grunhiu o nome do amante; e quando achava que não podia sentir-se melhor, ele colocou um de seus dedos na cavidade da platinada e arrancou ainda mais de seus deliciosos sons e barulhos eróticos.
Shin não parava de chupá-la, quanto mais forte gemia, mais sentia desejo de friccionar seu corpo contra o dele; sugar os mamilos durinhos dela e sussurrar o quanto amava aquele momento. Noi era linda de todas as formas possíveis, não só pelo corpo invejável, mas a sua personalidade era de fato a coisa que mais agradava o loiro. Perguntava-se se realmente merecia ter aquela mulher linda daquele jeito, e ela, nunca iria admitir aquilo, porém naquela noite pertenceu somente a ele.
Só de sentir o toque em sua derme, o dela já estremecia, contudo, nessa noite, sentia os céus descerem e aos poucos ia ao paraíso. Nada ao redor deles importava, o tempo havia parado, o sol não parecia mais tão quente, as estrelas perdiam seu brilho se fossem comparados a Noi. O efeito era o mesmo de serem os últimos sobreviventes na terra, se alguém chegasse naquele local, esperaria sentado que um dos dois tivesse a audácia de sair daquele momento prazeroso.
Noi gemeu um pouco mais alto, de forma demorada e manhosa ao sentir que seu líquido escorria aos poucos pelos dedos de Shin. Com cuidado, o loiro removeu a calcinha que ela usava e desferiu um tapa contra as nádegas da parceira, esta que grunhiu de agrado e deu mordiscadas de leve no pescoço do loiro, que logo ganhou a cor arroxeada.
Sem esperar muito, a albina foi até a bermuda que ele usava e retirou as pressas, o volume dele era aparente e ao tirar sua cueca, pode finalmente encarar seu membro. Não pensou duas vezes antes de colocar na boca de uma vez, fez movimentos de vai e volta de forma rápida. Depois, com mais calma, lambeu desde a glande até a base, passando a língua de forma cuidadosa pela cabeça de seu pênis.
Shin soltou um grunhido de leve, passou as mãos pelos cabelos platinados da companheira, talvez devesse puxá-los, mas apenas alisou os fios com a mão. Noi não sabia direito como fazer aquilo, sentia um enorme medo de decepcioná-lo, porém o gosto dele em si, estava fazendo com que tivesse ainda mais vontade de experimentar. Ela chupava com cuidado, lambendo e batendo tudo que podia em sua garganta e apesar da vergonha, olhava direto para os olhos dele, o que o deixou ainda mais excitado.
Observar Noi de cima era algo enlouquecedor, ela fazia questão de seguir o olhar dele a cada piscada, estendia a língua em sinal de que estava gostando e mordia os lábios leve. Colocando as mãos no queixo na maior, Shin puxou sua cabeça e abaixou novamente, sentou-se na cama e pressionou o corpo de Noi contra a parede mais uma vez.
O beijo deveria ter sido calmo e rápido, mas tornou-se algo eufórico e violento, de modo que as línguas travavam uma batalha perigosa e ágil, movendo-se de forma rápida e sem piedade. A albina mordeu os lábios do menor, apenas para sentir um pouco de seu gosto da boca dele.
Estavam ansiosos para fazer aquilo, ela levantou um pouco e ergueu o membro duro de Shin embaixo de si.
— Tem certeza? — O loiro indagou, com medo de causar algum arrependimento nela.
— Absoluta. — Foi a resposta que obteve.
— Quer que eu pegue uma camisinha?
— D-Devo ter umas pílulas aqui… — Ela respondeu.
Sem mais delongas, encaixaram. Ainda sendo prensada contra a parede, Noi se sentava e quicava nele de forma brusca, seus seios foram rapidamente apertados pelas mãos grossas e grandes de Shin, que adorou ouvir a sinfonia própria de gemidos que ela produzia.
— Senpai... — Noi chamou, não de forma animada ou infantil, seu tom era mais maduro e calmo, proferindo cada sílaba de forma calma e nítida entre seus grunhidos. — Pode ir mais rápido.
E foi exatamente isso que ele fez, deu estocadas mais fortes e rápidas, a gentileza havia evaporado de sua face. Noi beijou a face do amado em sinal de afeto, dessa vez lentamente, aproveitando cada parte da boca de Shin, derretendo em seus lábios e mostrando que ele tinha total controle sobre ela.
Eles eram o início, o meio e o fim; Shin era como o mar cheio de ondas, alguém distante e solitário, mas Noi poderia ser facilmente comparada a um surfista atencioso, pois esperou muito tempo para finalmente surfar em suas ondas.
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