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História Redemption - Capítulo XXVIII - Sadistic Relationship



Notas do Autor


Boa noite! ♥
Mais um capítulo pra vocês! Esse capítulo está escrito há uns três anos, e finalmente estamos postando ahuehauehe'
Aqui vos trazemos a maneira que OkiKagu existe em Redemption. Aproveitem pra rir e se divertir bastante; a partir do próximo as coisas começam a ficar cada vez mais tensas.
Esperamos que gostem!
Boa leitura! ;)

Capítulo 30 - Capítulo XXVIII - Sadistic Relationship


Fanfic / Fanfiction Redemption - Capítulo XXVIII - Sadistic Relationship

Era perto das sete da noite do domingo, quando voltava do jardim dos fundos da mansão na qual agora seu ex-chefe vivia, e ainda decidia o que iria pedir para as garotas da cozinha fazerem pra ela. Mesmo depois de alguns dias, era meio difícil assimilar que Gintoki era dono de uma mansão, mas ela até que estava indo bem. Principalmente quando se tratava em tirar proveito da hospitalidade do lugar, já que isso era um dos pontos mais admiráveis do povo de Aokigahara. Estava hospedada na casa do ex-samurai há menos que quatro dias completos, mas era tratada pelos empregados com absoluta competência e disposição. Gostava disso, tinha que admitir.

Com esses pensamentos em mente, nem mesmo havia percebido alguém a chamando, o que acabou ocasionando em um leve susto com o grito seguinte.

— China! — chamou pela terceira vez, já irritado por não ser atendido.

— Ah, é você — desdenhou ao ver que era o Okita.

— Estou chamando desde quando você entrou! Onde estava com seu cérebro? Se é que você tem um — ironizou, o que a fez sentir algumas veias saltando em seu rosto.

Ainda assim, contou até dez e se segurou para não atacá-lo.

— Não te interessa absolutamente nada do que eu estava pensando, seu sádico nojento — respondeu malcriada. — E o que é que você quer?

— Eu perguntei se você viu o Souichiro, mas provavelmente não, considerando o tipo de mãe que você é — provocou somente para irritá-la ainda mais, o que ele admitia adorar fazer.

— É claro que eu sei onde ele está! — ela rugiu de volta. — Ele está... está lá no... — Tentava pensar rápido em algum lugar onde o filho, que não via desde o almoço, poderia estar. — Ele está lá com a Dango!

— Lá aonde?

— Lá... Lá no... Ora, por que você quer saber onde ele está agora?!

— Mãe desnaturada — insultou sem pensar duas vezes, prestes a voltar a caminhar, mas fora impedido pelo puxão em seu rabo de cavalo.

— O que você disse, seu desgraçado?! — xingou, pegando o mais velho pelos cabelos, fazendo-o já agarrar os braços da garota para afastá-los.

É, não tinha situação ou tempo que desse jeito, eles jamais conseguiriam passar um minuto de conversa sem se espancarem. A rivalidade nutrida ia muito além da força ou mesmo da paternidade/maternidade, eles simplesmente não se suportavam e talvez o único momento em que não estivessem se xingando, fosse enquanto eram acertados pelos golpes um do outro.

Não, espera, tinha uma outra hora.

Depois de se engalfinharem por alguns instantes, Sougo, cansado daquela briga inútil, apenas resolveu interrompê-la da forma como aprendera a fazer nos últimos anos.

Num gesto muito rápido, imobilizou os braços de Kagura e a empurrou contra a parede do corredor, não se demorando a tomar-lhe a boca. A jovem, por sua vez, depois de tentar empurrá-lo e não conseguir sucesso, desistiu de tentar resistir ao ato.

O beijo então começara devagar, com ela ainda imobilizada pelo policial. A intensidade e a urgência do ato, contudo, foram aumentando gradualmente. Assim, logo alcançaram um ponto no qual ele a pressionava pela cintura contra si mesmo e a parede, com sua mão esquerda ali pousada enquanto a direita tomava-a pela nuca, e ela pousava uma de suas mãos sobre o peito do jovem.

Após uma rápida interrupção para recuperarem o fôlego, seguiu-se mais um beijo. Kagura então sentiu-se ser erguida pelos braços masculinos, circundando dessa forma com suas pernas a cintura  dele. As mãos do capitão da Shinsegumi já invadiam sem pudor a lateral do vestido da yorozuya, que por sua vez já desenrolava o cachecol, que o outro costumeiramente usava quando não estava fardado, com sua mão esquerda, enquanto a direita passou explorar o peito definido escondido pelas roupas, arranhando-o com as unhas bem feitas.

Pressionado-a ainda mais contra a parede, Sougo aprofundou o beijo, tornando-o ainda mais quente e intenso. Ambos já haviam percebido aonde aquilo iria dar e que era melhor encontrarem um lugar, que não fosse o corredor da casa, para o terminarem. Por sorte, também sabiam que na próxima porta havia um quarto de hóspedes no térreo — o único, sendo que todos os outros eram no andar superior. Dessa forma, ainda concentrados no beijo, seguiram para o cômodo próximo, com Sougo a carregando, e lá terminaram o que começaram.

Eles tentaram parar, de verdade tentaram depois que Souichiro nasceu. Kagura não queria de jeito nenhum passar por nove meses daqueles de novo e cometer o pecado de colocar mais um Okita no mundo — seu filho era perfeito e ela o amava, mas ter o sobrenome daquele sádico era uma maldição a se carregar. E Sougo também não queria ser mais uma vez linchado por todos os conhecidos dele e da ruiva por terem continuado quando tinham um ótimo motivinho de olhos azuis para nunca mais se encontrarem daquele modo.

Mas a verdade era que àquela altura dos anos, os dois já haviam aprendido duas coisas: 1) por mais que se odiassem, esse não parecia ser o caso de seus corpos; e 2) usem camisinha, jovens. Desde a primeira vez que haviam cedido — com ambos completamente bêbados, vale ressaltar — à tensão sexual que passara a circundá-los após alguns anos, aquela situação acabara se tornando mais frequente do que queriam admitir para si mesmos e só começou a diminuir depois da chegada de Souichiro.

Outro motivo, além do menino, seria não quererem chamar qualquer atenção de terceiros, pois se qualquer um de seus amigos ou conhecidos ficasse sabendo, eles enfrentariam novamente a lenga-lenga de assumirem a responsabilidade, serem adultos e darem uma família completa para Souichiro. Apenas pensar nisso os cansava.

Era tão difícil entender? Por mais que algumas vezes após brigas rotineiras, acabassem na mesma cama, cedendo aos mais diversos desejos, após satisfazerem-se eles terminavam se xingando e entrando em outra briga. Eles não se amavam romanticamente, não queriam ficar atados um ao outro para o resto da vida daquela maneira e principalmente não queriam arrastar Souichiro para o meio disso, sendo que o garoto lidava tão bem e estava acostumado com toda a situação, não vendo por nenhum ângulo sua família com eles sendo “incompleta”.

Eles jamais saberiam definir que espécie de relacionamento possuíam — ou se existia algum; o importante era que haviam aprendido a ceder aos seus desejos quando esses batiam à porta e, ainda mais importante, a se precaverem de maiores acasos.

Pra dois indivíduos como eles, provavelmente já era um passo e tanto.

(...)

Já estavam quase todos na mesa, com exceção de Hijikata, que fumava em uma das varandas, Okita e Kagura, que não faziam ideia de onde estavam. O fato era que Mayah ordenara às meninas para que o jantar fosse servido há apenas alguns minutos, quando Gintoki deixara claro que não estava a fim de esperar os retardatários aparecerem para comer.

Sendo assim, todos conversavam banalidades enquanto Kinana e Kaya dispunham os pratos preparados à mesa. Mayah dava atenção aos hóspedes, enquanto Gintoki estava distraído com as filhas mais velhas lhe contando a aventura que tiveram no dia anterior com um cachorro de rua, não sabendo se ria ou se bronqueava as duas.

Mayume, por sua vez, estava em uma conversa animada com Shouyou e Rose, que àquela altura já havia voltado do passeio, quando seus olhinhos passaram por Souichiro, que parecia debater animado algum assunto com Satoshi. Ao ver o Okita, ela se lembrou de algo que queria perguntar ao comandante. Desse modo, interrompeu a conversa com o professor e a governanta para se direcionar ao pai, que agora já terminava de dar a bronca nas duas pela travessura de antes.

— Né, tou-chan — chamou ao mais velho, no que ele virou-se para dar atenção à caçula. — Quando duas pessoas se beijam, elas são um casal, não é? Igual você e a mamãe, né? — externou o questionamento, querendo tirar a dúvida que a afligia desde mais cedo.

O samurai, embora tenha estranhado a pergunta, respondeu à pequena, sabendo que provavelmente ela não o deixaria em paz enquanto não lhe desse uma resposta satisfatória, sendo absurdamente curiosa como era.

— Tecnicamente sim. Pelo menos na maior parte dos casos deveria ser — ironizou todas as bizarrices que já vira na vida. — Mas por que a pergunta? — questionou, sentindo seu instinto paterno lhe dizer que provavelmente não iria gostar da resposta.

— Ah! É que eu não sabia que a Kagura-san e o Okita-san eram um casal! — exclamou animada, explicando sua pergunta.

Ao ver os ditos cujos no corredor mais cedo, enquanto voltava dos jardins para ir tomar banho, ficou bastante impressionada com a cena. Isso porque ela nunca imaginaria que aqueles dois, que viviam brigando e se batendo por todo lado, fossem um casal, mesmo que tivessem um filho juntos. Para ela, uma menina de 4 anos, curiosa e com a cabeça em contos de fada, que raramente via seus pais — o exemplo mais próximo e mais palpável de casal que ela conhecia — nem mesmo discutindo algo além das provocações diárias, tentar se matar a cada dois minutos não era uma atitude comum de casais. Exatamente por esse motivo é que ficou confusa e então perguntou ao pai, pra quem geralmente fazia todas as perguntas do mundo possíveis.

A reação de Gintoki, entretanto, fora sentir seu instinto paternal novamente lhe gritando que aquilo não podia significar boa coisa.

— Do que está falando, Mayume? — perguntou, por mais que soubesse que seu íntimo não desejava realmente saber aonde aquilo provavelmente daria, já com uma leve pulsação nas veias mais externas de sua testa.

Àquela altura, a mesa toda estava atenta à conversa; Souichiro totalmente confuso ao ouvir os nomes de seus pais na mesma frase que “casal”, e os habitantes de Edo apurando os ouvidos para escutar bem cada palavra da pequena e saber exatamente o que ela queria dizer — e se precisariam ou não dar uns puxões de orelha nos mais novos deles.

— É que quando eu ‘tava voltando do jardim pra ir tomar banho, a Kagura-san e o Okita-san ‘tavam no corredor. E eles ‘tavam se beijando. Um beijão! — explicou ainda animada pela descoberta, mesmo que repleta de inocência.

— Psss — Dango sibilou para o melhor amigo há três cadeiras de distância dela. — Você sabia sobre isso?

Mas os olhos arregalados, o rosto começando a se contorcer numa expressão de nojo e o fato de Souichiro sequer lhe responder com a cabeça já eram uma resposta por si só.

Naquele ponto, Gintoki já tinha entortado o garfo em sua mão direita; a pequena, entretanto, continuou.

— E acho que eles devem ‘tá no quarto até agora, porque não vieram comer ainda, né? — concluiu, fazendo Dango cobrir os olhos no rosto já vermelho e Satoshi se engasgar com o pedaço de carne que engolia, já que, muito menos inocentes que a irmã, já haviam compreendido o flagra que a mais nova havia feito sem saber.

— KAGURAAA — gritou, fazendo com que o grito provavelmente tivesse ecoado pela mansão inteira, se levantando num ímpeto de fúria. — E VOCÊ TAMBÉM, SEU SÁDICO DESGRAÇADO. VENHAM AQUI AGORA, SEUS MALDITOS INFELIZES.

— Gintoki! — Mayah interviu, também se levantando. — Se acalme! — pediu já prevendo o que sabia que não daria em coisa bonita.

— EU VOU ACABAR COM AQUELES DOIS. — Continuou exaltado, ignorando-a, enquanto se direcionava à sala de estar, seguido de perto pela esposa, que ainda tentava contê-lo.

Os presentes à mesa não sabiam se iam atrás dos dois para ajudar Mayah ou se preferiam permanecer ali sentados, correndo do perigo eminente.

— Eh? Por que o papai ‘tá tão bravo? — Mayume voltara a se pronunciar, totalmente confusa com a situação.

Satoshi ria abertamente e Sayuri ria de forma contida, tentando não rir, mas sem sucesso. Dango tentava chacoalhar Souichiro, na tentativa de fazê-lo reagir, mas o cérebro dele parecia ter travado.

— Mayume, você é a melhor! Eu te amo por isso, maninha — o gêmeo declarou enquanto sentia sua barriga começar a doer por conta das gargalhadas e Sayuri desistia de tentar conter o riso.

— Por que estão rindo? O que eu fiz? — A pequena permanecia completamente perdida.

— Você acabou de provocar o assassinato da Kagura-san e do Okita-san. Foi isso que você fez — o garoto respondeu ainda em meio aos risos.

— Satoshi-kun! — ralhou Rose, sabendo que a caçula iria levar a afirmação a sério.

— Eh? Por quê?! Eu não fiz isso! — retrucou atordoada. — Eu fiz, Rose? — desesperou-se ao imaginar que seria responsável pela morte dos dois jovens.

— Não, Mayume-chan — a governanta interviu. — Já disse para não levar sempre a sério o que seu irmão diz.

— Mas é verdade! — Satoshi defendeu-se, diminuindo as risadas. — Ou você acha que o papai não vai matar os dois? — Voltou a gargalhar com gosto, acompanhado da gêmea.

— Are! Vocês dois são terríveis! — ralhou novamente a mais velha.

— Então o papai vai mesmo matar a Kagura-san e o Okita-san por minha culpa? — Voltou a questionar, com os olhos já marejando.

— Não se preocupe, Mayume-chan. — A voz tranquila de Shouyou se sobrepôs às risadas dos outros herdeiros de Gintoki. — Tenho certeza de que não vamos deixar isso acontecer. — Sorriu gentil para a pequena, levando uma de suas mãos até a cabeça dela, afagando de leve os cabelos prateados. — Então não precisa ficar triste, certo? — concluiu, fazendo-a então fungar para conter o choro e sorrir de volta, acreditando nas palavras do professor.

— Como a Kagura me apronta uma dessas? — Shinpachi lamentou, levando a mão ao rosto, não sabendo se sentia vergonha da companheira ou se conformava-se com a inconsequência da ruiva.

Ao contrário do que Kagura e Sougo pensavam, ele, Otae, Hijikata e Kondou sabiam muito bem que o casal de sádicos continuava a se encontrar, apenas haviam escolhido ignorar o fato para não mexer no que estava começando a entrar nos eixos.

— Souichiro! — Perdendo a paciência, Dango estralou um tapa na bochecha do amigo. O que o fez finalmente acordar e sua careta de nojo, crescer.

— Eu só tenho uma coisa a dizer: eca.

— Bem, se queremos impedir esse assassinato, acho melhor irmos ajudar a Mayah-san — Kondou se pronunciou, tendo como resultado Shouyou se levantando primeiro, seguido de todos os outros.

Só tiveram tempo de pôr os pés no cômodo amplo, antes de presenciarem a contínua explosão de Gintoki, enquanto Kagura e Sougo apareciam na sala, sem entenderem exatamente o que estava acontecendo.

— SEUS INCONSEQUENTES. O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO NA CASA DOS OUTROS? — Era absurdamente óbvio que ele só não tinha avançado sobre os dois ainda, porque Mayah o segurava pelo braço.

— Do que está falando, Danna? — Sougo respondeu com outra pergunta, ainda sem saber o que estava ocorrendo.

— Você está bêbado, Gin-chan? — Kagura fora quem questionara, não sabendo o perigo de vida que corria.

— Não se façam de idiotas vocês dois! — bradou. — O que pensam que estão fazendo se agarrando pelos corredores, seus irresponsáveis?! EXISTEM CRIANÇAS QUE MORAM AQUI, SEUS MALDITOS PERVERTIDOS.

Com a afirmação feita, os dois murmuraram um “ah, é isso”, finalmente compreendendo a situação. A reação que os dois tiveram, entretanto, não os ajudara em nada, pois fez exatamente o que não deveria fazer: irritar ainda mais o dono da mansão.

— Não me venham com “ah, é isso”!! Por acaso não aprenderam nada da primeira vez?! — Referiu-se a Souichiro. — E se querem se agarrar, pelo menos tenham a decência de fazer isso num quarto! E NÃO NO CORREDOR DA MINHA CASA, SEUS MALDITOS FEDELHOS.

— Mas foi o que fizemos, Danna. Ao menos a maior parte. — O policial deu de ombros, fazendo Kondou levar as mãos ao rosto e Kagura irritar-se juntamente com ex-chefe, avançando sobre o jovem.

— O que você pensa que está falando, seu desgraçado nojento?! — bradou enquanto tentava socá-lo e ele se defendia com sua espada.

— A verdade — respondeu ao seu modo de sempre.

— Urgh, eu não quero ouvir isso — Souichiro comentou tapando os próprios ouvidos, enquanto ainda assistia os dois jovens se engalfinhando novamente.

A briga não durou mais que alguns instantes, porém, pois fora interrompida por algo ligeiro cortando entre seus corpos, fazendo-os se afastarem instantaneamente e encararem pasmados a espada, que agora fincava na parede do cômodo.

— Gintoki! — Mayah exclamou perplexa, voltando a puxar pelo braço do marido. — Por Deus! O que você pensa que está fazendo, seu idiota?!

— Tentando assassiná-los — respondeu prontamente, ainda prestes a voltar a explodir, seus olhos ardendo em ira ao mirarem em Sougo. — Principalmente você. De quantas filhas minhas você quer arrancar a inocência até estar satisfeito, heim?!

— Gin-san! — Shinpachi se meteu no meio, já entrando em desespero, porque ele realmente parecia sério quanto ao desejo de matar os dois atrevidos. — Assassinato é crime. Você vai acabar preso se cometer duplo homicídio! — alertou o ex-yorozuya.

Esse, por sua vez, sorriu de forma bastante assustadora.

— Sou eu quem decide as penas criminais aqui — lembrou ao otaku de forma sarcástica.

A áurea negra que o homem passou a exalar dali em diante fez o mais novo se arrepiar e começar a se preparar para arrumar as coisas do funeral duplo que provavelmente teriam.

— Oe, Yorozuya. Não precisamos falar de mortes aqui, não é mesmo? — Kondou interviu, rindo nervosamente.

— Ah, precisamos sim — devolveu, a áurea ainda sendo exalada. — Dois pervertidos irresponsáveis pondo em risco a inocência dos meus filhos, dentro da minha própria casa. Isso pra mim parece ser um caso de pena de morte — ameaçou, sorrindo.

— Seus filhos não têm absolutamente nada de inocentes, Danna — Sougo retrucara, lembrando-se do quanto Satoshi, por exemplo, era pior que ele próprio.

— A Mayume é. Então vocês definitivamente merecem pagar pelo crime — o garoto, por sua vez, recebendo um olhar frio de Dango por conta disso, se pronunciou com a cara de quem estava adorando assistir seu pai prestes a matar o policial, embora ele devesse sentir dó de Kagura; ele até que gostava dela.

— F-foi a Mayume-chan que nos viu? — Kagura finalmente parecia demonstrar algum tipo de vergonha pelo flagra.

Gintoki então deu alguns passos em direção aos dois, no caminho tomando em mãos sua outra espada, que estava por ali, e a desembainhando.

— Sim. Minha pequena, doce e inocente Mayume — reafirmou em um tom assustador, se aproximando de forma lenta.

— E-eu sinto muito, G-Gin-chan — a yato pediu ainda bastante sem graça, logo revertendo a expressão, contudo. — A culpa é sua, seu cobrador de impostos maldito! — xingou, iniciando a briga novamente, fazendo o comandante pausar sua caminhada por um instante.

— Nem vem com essa, sua coelha de boca suja! — devolveu, irritando-se de verdade pela primeira vez.

— Foi você quem me agarrou!

— Claro! E eu transei sozinho! — ironizou irritadiço.

— Socorro! Meus pobres ouvidos! — O grito de Souichiro interrompeu a discussão dos dois, que apenas agora pareciam reparar na presença do filho e assim, perdendo qualquer chance de voltarem a discutir agora. Se Souichiro estava ali, ele esteve ouvindo tudo, o que quer dizer que ele já sabia e isso era um assunto que eles nunca tinham pensado em como lidar. — Será que ninguém se importa com a minha inocência? Eu não quero uma imagem dessas na minha cabeça!

— Hai, hai. Vamos acalmar os ânimos aqui, está bem, Souichiro-kun? —
A voz tranquila de Shouyou ecoou, sorrindo para o aluno de um modo que dizia “não se intrometa que eu cuido disso”. — Todos nós — completou, agora direcionando-se principalmente para Gintoki, que ainda segurava a espada.

— Eu não vou me acalmar até conseguir matá-los.

— Ah, vai sim. — O professor foi até o Sakata e pegou a katana em suas mãos, logo a embainhando novamente. — Porque eu não estou pedindo para você se acalmar. — Sorriu da forma costumeira, fechando os olhos, fazendo com que um arrepio perpassasse a espinha do permanentado, como há muito tempo ele não sentia.

Estava claro que era uma ordem, a qual seria muito arriscado desobedecer.

— Tsc — reclamou, irritado por ser impedido de cumprir a pena que ele mesmo sentenciara aos dois jovens. — Vocês ainda me pagam por isso — expressou ameaçador, encarando sombriamente ao casal.

— Se ela é mesmo tão inocente, então não deveria nem estar entendendo o que estava acontecendo, não acha, Danna? Então não tem porquê ficar tão estressado com isso. — Deu de ombros.

— Sougo, você não ajuda. — Kondou suspirou frustrado.

— Ela não entendeu muita coisa mesmo não. Mesmo assim vocês puseram em risco a inocência dela. Já pensou se ela tivesse visto mais do que apenas vocês se agarrando no corredor?

— Satoshi, quer parar de cutucar onça com vara curta? — Dango pediu entre dentes, quase em desespero, observando as veias voltarem a saltar na testa do pai, o que fez o pequeno sorrir orgulhosamente.

Gintoki, porém, não respondeu de imediato. Apenas deu mais alguns passos à frente e então, sem aviso nenhum, pegou o policial pela gola do kimono entreaberto que usava.

— Você tem sorte dele estar aqui — referenciou-se a seu antigo mestre. — Mas eu ainda te mato, seu sádico desgraçado. Seja por ter feito minha filha correr o risco de sofrer um trauma terrível ou por estar se agarrando com a Kagura por aí. — Sorriu sarcasticamente, para logo em seguida bufar irritado e ir até a parede oposta pegar sua espada de volta, deixando Sougo num misto de diversão e agradecimento silencioso à Yoshida Shouyou.

Talvez agora ele devesse tomar mais cuidado com o ex-vagabundo, mas não iria gastar suas forças pensando nisso naquele momento. Olhando para o filho, que continuava a dar socos na própria cabeça para tentar apagar as imagens que imaginara, ele sabia que aquele assunto ainda não estava encerrado, mas que continuaria apenas mais tarde, entre ele, a China e o pirralho.


Notas Finais


E o domingo que era pra ser de paz e descanso pro Gintoki, se tornou um dia completamente propício para ele surtar e se estressar aheuaheuahue'
Pobre coitado, não tem paz! XD
Até o próximo, minna! ♥


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