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História Redemption - REDEMPTION - Especial III



Notas do Autor


Boa noite! E olha nois aqui com mais um especial. Um pouco de risada em meio a essa tensão toda do momento atual da fic. XD
Espero que gostem, minna! Boa leitura! ;)
~Marima
*~*~*~*
Saudações amantos de todas as idades!
Mais um especialzinho pra adoçar o bico no meio dessa tensão é o q trazemos hj
Ao som de Latino e Perla - Selinho na Boca.mp3, espero q vcs tirem muitas lições desse capítulo (mesmo q não tenha nenhuma)
Boa leitura!
~Ginko
*~*~*~*
Olha só, olha só, quem diria que uma ceninha que eu escrevi só pra brincar viraria parte de um capítulo nessa maravilha de fic!
Aproveitem e boa leitura ^-^
~Nina

Capítulo 34 - REDEMPTION - Especial III


CUIDADO COM O PRIMEIRO BEIJO, POIS ALGUNS AMIGOS NÃO POSSUEM BENEFÍCIOS, JÁ OUTROS POSSUEM ATÉ DEMAIS

Era noite no distrito Kabuki. O bar da Otose sempre fora movimentado, mas naquela noite um bando de idiotas resolveram se reunir para aproveitarem o tempo que a família Sakata estava na cidade, para férias de uma semana. Os adultos bebiam (alguns mais que outros), Satoshi se envolvia na bagunça dos mais velhos enquanto suas irmãs mais novas preferiam ficar mais quietas perto de Otose e Tama; mas todos, sem exceção, aproveitavam aquela noite.

Com tanta bagunça no estabelecimento e álcool no sangue da maioria, ninguém reparou quando, entre 23:00 e 00:00, duas figuras saíram do bar abafado.

O ar fresco em comparação ao interior do bar atingiu os dois em cheio, parecendo aliviar os jovens e tornar seu caminho até a pracinha próxima mais prazeroso ainda.

Estava tudo deserto, mas mesmo assim o lugar ficava todo iluminado por conta dos postes de luz. Eles podiam enxergar perfeitamente o caminho pelo qual andaram tantas vezes (ou não; às vezes ir pela grama era mais rápido), os brinquedos nos quais brincavam e mesmo o laguinho onde já haviam caído (ou empurrado um ao outro) milhares de vezes.

O distrito inteiro (mais, até) era como uma grande caixinha de recordações para eles, e aquele parquinho não era exceção. Não importava aonde fossem por aquelas redondezas, Dango e Souichiro estariam sempre envoltos por lembranças. Envoltos por provas de sua amizade.

À frente do laguinho, os dois não fizeram mais do que observar a água; as memórias voltando.

Uma hora, acidentalmente, ambos se viraram um para o outro ao mesmo tempo.

O mais fantástico? Mesmo apenas olhando um nos olhos do outro, as lembranças não deixavam de vir.

Eram tantas para rever... Afinal, já se conheciam há quinze anos. Literalmente. Naquele dia, 10 de Outubro e aniversário de Souichiro, completavam também quinze anos que o Okita e a Sakata se conheciam.

Uma amizade realmente duradoura, e que esperavam que durasse muito mais.

Se isso já fora declarado alguma vez, com certeza foi em tom de deboche, mas toda "brincadeira" tem um fundinho de verdade e a verdade deles é que um não saberia o que fazer sem o outro em sua vida. Mesmo à distância; apenas a existência desse laço era necessária para eles.

Realmente, se amavam.

— Eu ainda não te dei seu presente — Dango declarou do nada, virando-se de corpo inteiro para o garoto agora.

Sem dar sequer tempo para o Okita perguntar o que seria, a albina se aproximou um passo, ergueu um pouco o rosto e no segundo seguinte, seus lábios estavam colados aos de seu melhor amigo.

... E foi horrível.

Os lábios de Souichiro estavam muito secos, ficaria difícil de fazer qualquer movimento se ela o quisesse e ele mesmo estava parado feito uma estátua. Após os que foram os três segundos mais desconfortáveis e esquisitos de sua vida, Dango finalmente se afastou e seu único consolo para a vergonha é que Souichiro também parecia ter fechado os olhos durante o beijo. Quando ele pareceu notar o fim da pressão sobre seus lábios, abriu novamente os olhos e safiras se encontraram com amêndoas.

Por uns instantes, ficaram assim sem falar ou fazer nada, até que um sorriso meio esquisito (tentando disfarçar o nojo) começou a crescer em seus rostos. Quase juntos, como se tivessem ensaiado, ambos declararam:

— Sem chance.

As risadas não demoraram a escoar depois disso, logo se transformando em gargalhadas enquanto os jovens sentavam-se à margem do lago.

— Fala sério, isso foi horrível.

— Ô se foi — Souichiro concordou com uma careta. — Pior. Primeiro beijo. Da história.

Agora a expressão de Dango mostrou leve surpresa.

— Foi seu primeiro também?

O Okita pensou um pouco e deu de ombros.

— Seria, mas eu estou pensando em descontar.

— Por que? — Não pôde evitar de ter seu orgulho ferido agora.

— Justamente porque foi horrível, ué.

— Ah, qual é! Não foi tãaaao horrível à esse ponto.

— Ah não? Eu ‘tô até com vontade de vomitar. — Ele apertou o estômago e se inclinou um pouco pra frente, colocando a língua pra fora.

Dango não conseguir não rir, mesmo que um pouco, mas não por isso deixou de dar uma leve cotovelada no ombro de Souichiro. Porém, quando o garoto começou a ficar verde e de fato cobriu a boca com uma das mãos, sua preocupação começou a crescer.

— Eu vou vomitar mesmo. — Foi o último que disse antes de um jato com toda a comida daquela noite misturada em suco gástrico escorrer goela à fora.

— Eca! — Dango levantou-se na hora, seu estômago também revirando só de pensar que, há menos de um minuto, estava beijando aquela boca.

Definitivamente, ela e Souichiro iriam descontar aquele primeiro beijo...

 

Mal sabiam eles que estavam sendo observados por um segundo casal no parque, mas esse, de fato, era um casal.

Após ver Tsukuyou pegando por engano a garrafa de sakê ao invés da de refrigerante que tomava, Gintoki imediatamente pediu licença da mesa, tomando Mayah pela mão e saindo sem qualquer outra explicação do bar. Ele definitivamente não estava a fim de ter que lidar com a cortesã bêbada na frente de sua esposa. Embora ele tivesse quase certeza de que Mayah iria apenas gargalhar com vontade enquanto assistia ele sendo assediado e — quase — assassinado, preferiu não arriscar; sua mulher estava em dias bastante imprevisíveis. Dessa forma, abandonou o estabelecimento ainda arrastando a morena pela mão.

— Gintoki, o que está fazendo? — questionou meio confusa, meio puta por estar sendo arrastada, quase sendo obrigada a correr.

— Fugindo do perigo eminente de ser assassinado por uma bêbada ou pela minha esposa, em pleno aniversário — respondeu perto do mal-humor, parando de andar tão rápido, já que já tinha conseguido sair da rua de Otose.

— E por que eu iria querer te matar? — perguntou desconfiada.

— Nada, nada — negou, percebendo tarde demais que não deveria ter dito aquilo. — Também saí pra te salvar. Tinha uns velhotes estranhos te olhando demais. Agradeça por você não ter que acabar num quarto com velhos bêbados e brochados. — Não demorou muito a sentir o murro forte na base de sua cabeça. — Ai! Sua maluca desvairada! O que pensa que está fazendo?! — xingou.

— Não mude de assunto com esses comentários absurdos, idiota! — devolveu o xingamento irritadiça. — E quem você está chamando de velhote bêbado?! — Preferiu então soltar o ar e largar o tom irritado. — Você acabou de completar 46 — debochou com sarcasmo.

— Mas eu não estou bêbado! — irritou-se agora ele. — E nem brochei!!!

— Quem te disse isso? — debochou fazendo pouco caso, sequer olhando pro esposo.

Gintoki, por sua vez, sentiu as veias pulsarem em sua testa, pronto para xingá-la novamente.

— Não era o que parecia na última noite enquanto você gem-!

Sua boca fora tampada antes de concluir a frase, porém. Ele a olhou raivoso, mas tudo que viu foi a morena olhando em direção ao lago no parque — que estava a uma certa distância deles —, com a boca ligeiramente aberta. Esquecendo-se da vontade de xingá-la, o samurai olhou na mesma direção, buscando o que havia causado a surpresa na morena. E então a primeira coisa que enxergou foi sua filha mais velha, em meio a um beijo com o filho de Kagura; sua expressão fora exatamente a mesma que a de sua mulher.

Após poucos segundos ali, eles viram os dois se separarem, com expressões bem estranhas pra quem havia acabado de se beijar.

— Mas que diabos...? — foi tudo o que ele conseguiu dizer quando viu Souichiro curvar-se para frente.

A cena que eles assistiram em seguida foi o ponto culminante para que ele fizesse uma careta exagerada de nojo, ainda que tentasse conter o riso; e também para sentir Mayah se agarrando a ele, escondendo o rosto no vão de sua nuca, tentando não rir alto, mas balançando os ombros enquanto ria incontrolavelmente.

Somente depois de alguns minutos tentando conter o riso que o casal finalmente conseguiu se controlar.

— Vamos, acho melhor deixarmos eles em paz — Mayah convidou, ainda segurando a risada, pegando na mão do esposo e caminhando em outra direção.

— Oe — o prateado chamou depois de alguns passos em silêncio. — Que história é essa de que eu brochei?

Mayah sorriu debochada.

— Obviamente você não é tão eficiente como antes — provocou, somente para voltar a ser xingada e xingar de volta ao fim de cada comentário vulgar.

E daquele modo, com ela o provocando de propósito, xingando e sendo xingados, eles decidiram voltar para o quarto em que estavam hospedados para acabarem com aquela discussão lá. Não esquecendo-se, é claro, de concordar com os dois jovens: Aquele fora, sem dúvidas, o pior primeiro beijo da história e deveria ser completamente descartado. Eles, no entanto, jamais deixariam Dango esquecer daquilo.

 

(…)

Ele sabia que já estava tarde, que ele já havia beliscado três vezes desde o jantar e que nada naquela enorme e cheia geladeira que estava assaltando era dele... mas de que servia ter uma amiga rica se você não pode ser de casa e pegar o quanto quiser quando quiser?

Já com as mãos cheias de frios, dois ovos e algumas carnes, Souichiro se esticava para tentar alcançar a maionese no fundo da geladeira quando a pergunta veio da porta.

— Tá procurando o que?

Satoshi acabava de chegar ao cômodo quando enxergou o amigo de sua irmã mais velha enfiado no grande eletrodoméstico. Pretendia ir buscar mais bebida, já que mesmo que o time de basquete favorito dele e seus amigos tivesse sido arrasado no jogo, obviamente o mesmo não acontecera com a vontade deles de beber.

Souichiro mostrou os mantimentos que tinha em mãos.

— Só umas coisas pra um lanche. — Antes de fechar a geladeira, sem a maionese mesmo. — Quer um?

— Não, valeu — Satoshi respondeu, não podendo evitar em torcer a cara ao ver a mistureba de ingredientes do Okita. — Só vim pegar umas bebidas.

— Mais? — Souichiro ergueu uma sobrancelha em surpresa, recebendo um estalar de língua de Satoshi.

— Qual é, vai ficar chato que nem a Dango agora?

— Oe, não joga praga pra cima de mim não! — Os dois riram da gozação. Satoshi pegou uma quarta garrafa e ofereceu para Souichiro, que aceitou. Enquanto abria, ele continuou a falar. — É, ela tem esse jeito de ser pior que mãe, mas eu não vivo sem ela. É o que acontece quando se tem uma melhor amiga.

O albino sorriu em resposta, lembrando-se dos próprios amigos. Sem dúvidas, também não conseguia enxergar sua vida sem Kari e Misha presentes nela, praticamente 24 horas por dia.

— Entendo bem como é isso, — Sorriu divertido e em seguida voltou a sacanear. — a diferença é que os meus são o completo oposto da sua. — Riu.

Souichiro riu também.

— São mesmo.

— E que eu transo com a minha.

— É, é, verda- É O QUE?! — Os olhos do Okita quase saltaram a processar a frase do albino.

Esse, por sua vez, não conseguiu evitar a risada com gosto que viera ao enxergar a expressão pasmem na cara do outro.

— Desculpe — pediu, enquanto tentava parar de rir —, mas sua cara é impagável.

Souichiro apenas continuou a olhar para ele com olhos bem abertos e boca escancarada, ainda tentando convencer-se de que ouvira errado. Limpou um ouvido com o dedo mindinho justamente para tentar confirmar essa teoria.

— Desculpa. Como é que é o negócio aí?

Satoshi deu de ombros, tomando mais um gole da cerveja.

— É o que você ouviu. Temos esse tipo de... — Parou pensativo, buscando a palavra adequada. — Relação? — concluiu, ainda duvidoso sobre o termo.

— Mas cara... como- quero dizer... Não, é isso mesmo: Como?!

Satoshi apenas ergueu uma sobrancelha, mas foi o suficiente para Souichiro notar sua expressão entediada e perceber o quanto havia soado julgador.

— Como você consegue ver a sua melhor amiga desse jeito. É isso que eu quero dizer.

Satoshi levantou a sobrancelha mais uma vez, mas dessa vez entendendo o que o outro queria dizer. Sorriu sacana.

— Se você é o que eu conheço de você, e tivesse a Kari como melhor amiga, duvido que iria conseguir não enxergá-la assim — brincou. — Ou vai ver eu não te conheço bem mesmo. — Deu ombros, tornando a beber.

Bastou pensar por dois segundos na garota com quem passara a última noite, para que um sorriso tão sacana quanto o de Satoshi nascesse sem qualquer controle em seu rosto. Ele negou com a cabeça.

— Não, você me entendeu certinho.

— Ae. — Erguendo sua garrafa, o Sakata e o Okita fizeram um brinde antes de beberem mais um gole.

Satoshi estava para dar-lhe tchau e dizer que estava subindo quando viu Souichiro fazer uma careta de nojo, quase como se fosse devolver sua bebida.

— Tá tudo bem aí?

—É... mais ou menos. — Ele balançou a cabeça, ainda um tanto enojado. — Com você e a Kari pode até dar certo, mas eu realmente não consigo ver a Dango assim.

O albino gargalhou com vontade.

— Totalmente compreensível. Você provavelmente a enxerga como eu, então isso é inadmissível. — Riu mais um pouco. — É quando eu paro pra ver o quanto eu e a Kari somos estranhos. — Parou momentaneamente pensativo. — Porque eu definitivamente a amo como uma irmã, que nem o Misha. Mas temos esse... extra? — divertiu-se. — Enfim, acho que o único que consegue enxergar a Kari sem qualquer tipo de segunda intenção é o Misha. — Riu.

Souichiro deu de ombros.

— Não sei se isso é sorte ou azar. — E riu também.

— E aí? Quer subir? — Pegou as cervejas dos amigos (além de mais uma pra ele mesmo), meneando a cabeça, ao que indicava o andar superior. — Vamos maratonar alguma coisa — informou já começando a caminhar. Parou um segundo à porta. — Eu deixo você aproveitar a companhia da minha querida amiga, na cama — gozou, encarando-o com diversão.

— Vish cara, talvez se você tivesse me avisado um pouquinho antes, hoje eu já tô meio cansado. — Souichiro disse fingindo tristeza, antes de gargalhar.

Satoshi apenas riu de volta.

— Vem logo, seu merda — chamou, voltando a caminhar, enquanto o outro ainda ria. E então partiram para o quarto, onde Misha e Kari já esperavam.


Notas Finais


Primeira cena, como dito, Souichiro tava completando 15 anos. Segunda cena Souichiro já tem por volta dos 22 à 23 anos, assim como Kari e Satoshi. ;)

E pois é, minha gente! O primeiro beijo dos dois melhores amigos foi esse e eles obviamente têm motivos pra descontar aheuaheuhaue'
Já Satoshi e Kari... Bem, o que posso dizer é q esses dois têm uma relação complicada de se entender e descrever. Mas basicamente: eles não têm nenhum sentimento romântico um pelo outro, mas a tensão sexual é enorme; então eles só se pegam mesmo e fim fjksdgfjksdg E isso não é segredo pra ninguém, aliás hehe'

Ah! A propósito, essa noite entre o Okita e a Kari existe e se vcs quiserem que algum dia eu poste, eu posto. XD

Espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo, no qual nós voltamos pra tensão XD


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