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História Redenção. - Vulneráveis.


Escrita por: UchihaTenshi

Notas do Autor


Notas finais. ><

Capítulo 18 - Vulneráveis.


 

Assim que Naruto voltou de Suna Hinata percebeu que algo havia acontecido, bastava olhar para o semblante do loiro e perceber que algo estava muito errado. O Uzumaki passou a sair com mais frequência e sempre voltava mais machucado e com mais pessoas fugidas das vilas ao redor de Suna.

A guerra finalmente eclodiu.

Não era apenas uma batalha por poder, era uma luta incansável pela sobrevivência, a cabeça de cada pessoa naquela caverna valia dinheiro e o próprio Shikamaru alertou sobre uma possível traição, todos estavam sujeitos a morte e única coisa que parecia fazer Naruto ainda temer algo era a morena e o filho que ela carregava em seu ventre.

- Precisamos ser cautelosos. – Sasuke falou enquanto Gaara permanecia em silêncio encarando o mapa sobre a mesa.

- Nosso grupo está ficando grande e fica difícil mantê-lo em silêncio. – Shikamaru falou enquanto Naruto os encarava em silêncio.

- Teremos de nos mover. – Gaara falou enquanto Sasuke assentiu ainda em silêncio.

- Temos que separar os grupos para que as pessoas possam ficar seguras, todos os escravos que querem lutar estão vindo para o mesmo lugar. – Shikamaru falou.

- Não podemos abandona-los. – Naruto falou fechando a mão em punho, a imagem do garoto na arena de Suna ainda o atormentava.

- Não abandonaremos ninguém. – Gaara falou olhando para o Uzumaki.

- Temos que proteger as pessoas que estão aqui. – Hinata falou parada a porta chamando a atenção dos demais, o loiro a encarou. – Não temos mais lugares para todos e nossa infra estrutura está comprometida. Nossos recursos não estão suficientes.

- Em um possível ataque teríamos muito mais perdas do que se nos organizarmos. Não temos um exército, a maior parte das pessoas aqui sequer sabem segurar uma espada ou já viram uma. – Temari falou suspirando.

- Não adianta tentarmos dar abrigo a todos que baterem a nossa porta quando não podemos garantir sequer nossa própria segurança. – Ino encostou o ombro na porta e encarou as pessoas na sala.

- Entendo. – Naruto abaixou a cabeça com o semblante sério.

- Temos que dividir nosso grupo e coordenar pessoas capazes de atravessar o deserto com elas, existem rumores de que na vila da névoa as pessoas estão conseguindo proteção com uma nova organização. – Hinata falou se aproximando de Gaara e apontando no mapa.

- Posso levá-las. – Um rapaz de cabelos castanhos tomou a frente e os demais assentiram. – Sou bom em aprender e sei que posso atravessar o deserto. – Hinata o encarou e o rapaz sorriu. – Sou da vila da névoa, o anjo nos protege lá.

A crença de cada pessoa era um pedaço tão pessoal e admirável que Hinata sempre foi fascinada pelo assunto, porém em momentos de guerra você percebe que a crença ou fé em algo é muito mais, ela move e salva pessoas e não importa em quê você acredite, importa o que sua crença te leve a fazer.

O pigarro de Naruto fez com que os presentes o encarassem enquanto Sasuke balançava a cabeça em negativa.

- Você vai acompanhado de outros capazes de lutar, existem grupos de buscas de Orochimaru que estão atrás da nossa gente e isso pode resultar em uma luta e mortes desnecessárias. – O loiro falou enquanto Gaara assentiu.

- Reúna as pessoas na cúpula principal e se organizem. Partiremos antes do alvorecer.

 

O medo que se via nos olhares perdidos pareciam sair de desenhos de horror, cada pessoa temia pela vida, a maior parte temia pela própria vida, mas não passava despercebido a maneira como as mães abraçavam mais forte seus filhos ou como o silêncio parecia ser uma dolorosa despedida enquanto as pessoas formavam pequenos grupos para sair da caverna.

Shikamaru acompanhava cada grupo com uma espécie de binóculo que haviam pilhado em uma das idas a cidade. Os grupos seguiam separados sobrando apenas o principal que passaria a noite para sair da caverna antes do amanhecer, Gaara conseguia estar ainda mais fechado que o normal e mesmo Ino mantinha determinada distancia do ruivo nesses momentos, Temari caminhava nervosa de um lado para o outro enquanto Shikamaru parecia vigiar os passos que a loira dava, Sasuke e Sakura organizavam o suprimento de medicamentos e Hinata pilhava os mantimentos com Naruto, uma carroça havia sido providenciada para carregar as coisas mais importantes e Shikamaru seguiria por ela com Ino para não chamarem a atenção já que Gaara e Naruto tinham a cabeça com um prêmio alto o suficiente para chamarem atenção. Hinata seguiria com eles devido a seu estado e com os protestos de Naruto decidiram que o outro grupo seguiria por fora da estrada de maneira que os encontrariam em seguida.

Seguir pelo deserto de Suna levaria a vila da névoa porém o objetivo de Gaara era o extremo oposto, o príncipe por direito de Suna queria recuperar a liberdade para o seu povo e a diplomacia não se fazia presente onde eles se encontravam, para tal era necessário derramamento de sangue e o ruivo deseja que fosse o de Orochimaru a colorir de camersim a areia que cobria a cidade.

 

Toneri andava de um lado para o outro enquanto um comandantezinho de merda relatava mais um ataque do que com certeza era o grupo de Naruto na costa do país do fogo, mas ele sabia que o loiro não iria longe, não... Kurama não deixaria seu precioso país e aquele bando de escravos pra trás, mas isso tinha um lado muito bom. Hinata não iria pra longe daquele escravo maltrapilho e isso o agradava.

Quando pequeno o pai de Toneri sempre o alertava sobre seu gênio forte, quando o albino se decidia com algo tornava-se impossível dissuadi-lo de sua ideia. Quando ele queria algo movia tudo para que conquistasse e como o próprio pai havia dito, aquilo seria sua ruína, pois o general Otsusuki nunca quis tanto algo como queria Hinata, a escrava de olhos perolados.

- General. – Um guarda do exercito adentrou a sala esbaforido e fez uma reverência ao comando que ali se encontrava. – Encontramos a caverna, mas está vazia, conseguimos interceptar um pequeno grupo, mas a grande parte fugiu pelo deserto.

As mãos do albino se apertaram em pleno ódio enquanto o corpo parecia gelar.

- E ela? – Perguntou baixo e calmamente.

- Acreditamos que o grupo em que ela está foi para a cidade. – O guarda continuou encarando o general.

- Eles estão aqui? – Um brilho tomou o olhar de Toneri enquanto o guarda assentia.

 

 

Naruto estava inquieto, por mais que de fato se movessem pelos arredores da cidade de modo a se manter sempre ativo o loiro sabia que aquela calmaria era estranha, já havia se passado mais tempo do que era esperado e os meses corriam sem que eles se dessem conta. Os guardas da cidade pareciam organizados demais e o próprio Shikamaru os havia alertado que algo estava acontecendo, as rebeliões continuavam e haviam notícias periódicas de fugas em massa ou de senhores mortos por seus escravos e ao mesmo tempo em que isso era animador, era arrasador saber o quanto as pessoas sofriam e quantas morriam nesses combates já que os escravos eram em sua grande maioria pessoas sem armas, sem instrução e fracas pela falta de alimentação, aquilo fazia com que o pequeno grupo perdesse o sono e mesmo em meio a tanto sangue, o desejo de liberdade movia todos em um único objetivo.

Temari ficava inquieta, era de sua natureza ser útil e estava no sangue o gosto pela luta, não se importava com o que pensavam e mesmo em meio aquela carnificina a loira sentia raiva pela recente descoberta a cerca de si mesma. Desde sempre fora criada para ser invulnerável e seu pai a ensinou bem sobre a capacidade que os homens tinham para mentir, enganar e se aproveitar de mulheres indefesas, mas o próprio pai só soube dos abusos que o mestre de boa conduta e disciplina praticava consigo depois. Nunca ninguém havia desconfiado.

Ninguém a viu chorar enquanto sangrava na cama real quando ele a forçou pela primeira vez. Mas ela nem sempre fora durona como agora, antes era só uma menina boba que tinha medo da própria sombra, até que Gaara começou a praticar com a princesa as coisas que aprendia na aula, Temari não perguntou se ele sabia de algo, não perguntou o que ele pensava quando a entregou um punhal pela primeira vez.

“ Primeiro, devemos governar a nós mesmos.”

E pensar que ele era seu irmão caçula.

Quando encontraram o corpo do mestre sem vida no jardim da casa principal enquanto Temari ainda o golpeava houve um alvoroço sem fim, mas ninguém ficou sabendo. Rasa, o rei, pediu desculpas a própria filha em um apelo de que ela lhe falasse qualquer coisa que acontecesse e sabia a falta que uma mãe a fazia, mas Temari apenas pediu para acompanhar Gaara.

- Onde quer acompanha-lo? – O pai questionou.

- Aonde ele for. – Gaara nunca questionou, a ajudou a treinar e a loira jurou a si mesma que cuidaria dele, mesmo que na maior parte do tempo ela tivesse certeza que era o contrario.

 

A loira respirou fundo afastando a lembrança e o motivo de sua raiva se materializou a sua frente.

- O que você tem? – A voz de Shikamaru era grave e reconfortante.

- Não te interessa. – Respondeu com raiva e o ouviu bufar dando de ombros antes de se virar.

- Problemática.

- Você é um grande idiota sabia? – Falou levantando-se enquanto ele a encarava.

- É você que não aceita seus próprios sentimentos. – O moreno a respondeu e ela grunhiu partindo pra cima dele e socando seu rosto fazendo-o cambalear para trás.

- Eu te odeio. – Falou baixo com o rosto contorcido em raiva enquanto Shikamaru a olhava, a falta de expressão no rosto do moreno a deixava mais irritada ainda.

- Eu pensei que você fosse mais que isso. – Shikamaru falou finalmente dando um sorriso de lado. – A mulher que eu vejo em você não é a que você quer ser.

- Você não sabe nada sobre mim. – A loira bufou.

- Sei que é forte. – Shikamaru fechou o semblante novamente. – Mas que tem medo dos próprios sentimentos. – Ela estreitou os olhos – Você não finge quando está comigo.

- É só sexo. – Ela respondeu e ele mordeu a própria bochecha sentindo o gosto do sangue invadir a boca.

- Não é. – Falou vendo os olhos verdes vacilarem. – Você não finge quando geme meu nome, não finge quando me olha enquanto acha que eu já dormi ou quando cantarola achando que eu não estou te olhando. – A loira sentia o corpo tremer. – Não é só sexo Temari, mas se você quer que seja eu não quero isso mais.

A loira abriu a boca para revidar, mas nenhuma palavra saiu e o moreno caminhou pra fora do cômodo.

A postura de Shikamaru poderia ser despreocupada, mas o moreno vivia sobre a pressão de tentar estar um passo a frente e pelos deuses, ele sabia que estava atrás. Toneri estava se movendo e Shikamaru sabia que Hinata era seu alvo, mas a morena sequer saía de casa com aquele barrigão. Naruto estava uma pilha, Ino e Gaara eram um casal enquanto Sasuke e Sakura viviam em um silêncio de cumplicidade, mas o pior de tudo era Temari.

Porra! Temari era um teorema sem solução e fodia com a vida do moreno. No começo era sexo, muito bom por sinal, mas ele se apaixonou e literalmente se fodeu. Temari era prioridade em tudo, quando pensava em algo para se esconderem ou se protegerem, pensava na princesa, sabia que a amava, já conviviam a tanto tempo juntos e estavam naquela a o quê? Uns seis meses? Precisaria de bem menos pra amar a loira, mas ele esperou reciprocidade e o resultado? Se fodeu novamente. Teve de rir sozinho.

- Minha vida é uma sequência de acontecimentos em que eu me fodo. – Suspirou e entrou no cômodo que usava de quarto. A casa que usavam era grande quando comparada as demais, Shikamaru achou melhor não procurarem algo afastado, ao contrário do que imaginavam o moreno sabia que o exercito não procuraria nas residências maiores, afinal quem seria burro de se esconder na casa de algum senhor? Eles seriam, já que o senhor em questão estava morto e enterrado no próprio quintal.

A porta se abriu e ele não precisou olhar pra saber que o corpo quente que deitou ao seu lado era de Temari.

- Você me deixou vulnerável. - A voz da loira saiu baixa e o moreno permaneceu em silêncio. – Eu não gosto dessa sensação, mas eu gosto de amar você.

Shikamaru fechou os olhos se deliciando com as palavras da loira e sorriu quando ela se aconchegou em seu peito.

- Você é meu ponto fraco. – Ele sussurrou em resposta e ela mordeu o lábio. – O que aconteceu com você?

Temari respirou fundo tomando fôlego e palavra por palavra contou a Shikamaru sobre seus medos, sua vida e os sentimentos que negava a si mesma e ia aceitando enquanto Shikamaru lhe confortava. Não viu a hora que pegou no sono de fato ou quando o moreno a cobriu, acordou com as batidas fortes na porta enquanto Shikamaru abria os olhos sonolento.

- TEMARI! – a voz de Ino era inconfundível e estava desesperada. – Alguém me ajuda. A Hinata tá tendo o bebê.

 


Notas Finais


Primeiramente Fora Temer!
Descuuuuuuuulpem, sinceramente.
Os fatos foram: Meu apartamento passou por reforma no final do ano então fiquei na casa da mamãe, voltei pra casa apenas esse mês. Aí veio a questão de organizar o apartamento, coisa que ainda não fiz por completo. rs.
Enfim, voltei ao trabalho e ficou tudo acumulado. Por isso não consegui postar antes.
Falando da Fic, como tinha falado no começo da história, o final da narrativa foi decidido quando tive a ideia de começa-la, tenho outros projetos e acho que vou ficar velha postando sobre Naruto ainda, rs.
Muito obrigada por não abandonarem a fic, por não desistirem e pelas mensagens, isso me anima muito.
Espero que estejam gostando.


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