História Reencontros - Cap - Quase separação (Natsu)

Cap 11 - Quase separação (Natsu)

Acordo e me espreguiço na cama, sinto falta de algo, ou melhor, alguém. Lisanna. Onde ela... ah, ela ficou na casa do cabeça de ferro.

Me sento na cama e olho ao redor. O quarto é todo decorado com quadros e mais quadros, chega a ser sufocante.

Me levanto e vou pro banheiro fazer minhas higienes. Depois visto um jeans preto, um coturno na mesma cor e jogo uma camisa azul marinho no ombro. Vou pra cozinha e faço uma tigela de cereais pra mim. Depois que termino de comer lavo e guardo tudo.

Saio de casa e entro no carro. Vou até um lago ali perto e fico sentado na beira, jogando algumas pedrinhas e gravetos na água.

Começo a refletir sobre o que vem acontecendo. Lucy voltou, está mais bonita que nunca, com um olhar mais maduro. Ela me fez lembrar de coisas que há muito eu havia enterrado. Ela me faz ficar louco com um simples olhar mas parece fugir de mim, parece que esconde algo. Agora ela tem uma filha, Nashi. Ela é bem parecida comigo mas... não, se fosse minha filha ela contaria. Não contaria? Bom, acho que sim.

Quando Lucy foi embora eu sofri muito. Eu amava essa garota. E ela sumiu. Sumiu deixando apenas uma mensagem. Ainda me lembro das palavras... "Natsu, eu te amo muito, mas não podemos ficar juntos. Espero que entenda". Eu a procurei por meses a fio, mas ela havia desaparecido. E quando as meninas ligavam pra ela... nem preciso dizer que por mágoa e orgulho eu me recusava a falar com ela.

Suspiro e me levanto, visto a camisa. Limpo a calça e vou em direção ao carro. Relacionamentos mal resolvidos são uma merda. Agora, quando resolvi dar uma chance a Lisanna e pensei que estava superando ela, ela retorna e começa a bagunçar minha mente. Aperto o volante com força, droga Lucy!

Ligo pra Lisanna e pergunto onde ela está. Ela responde simplesmente que saiu e está no shopping. Apesar de gostar muito dela, mantenho de pé a palavra de que enquanto ela não pedir desculpas a Lucy eu não vou deixa-la entrar no carro.

Dirijo até o shopping e a encontro lá com várias sacolas. Ela sorri e vem até mim, me dando um abraço e me dando um beijo. Retribuo meio envergonhado, tem tantas pessoas ao redor. Sinto a língua de Lisanna fazer carinho na minha e faço mesmo, ela parece satisfeita. O ar se faz ausente e nos separamos.

A abraço pela cintura. Meu Deus, o que eu estou fazendo da minha vida?

-Vamos pra casa?

A olho. A solto e pego a carteira no bolso. Dou uma nota de vinte a ela, que parece desacreditada.

-O que é isso, Natsu?

-Pra pagar o táxi. Eu não estava brincando com o que disse ontem.

-Natsu, você estava bêbado ontem!

-Mas não o bastante para me esquecer.

-Natsu Dragneel, eu não acredito que está fazendo isso pra mim! E tudo por culpa da maldita da Heartfilia! -Diz elevando o tom a um quase grito.

-Lisanna Strauss, pare agir como uma criança birrenta! Não tem nada a ver com a Lucy. E sim eu estou fazendo isso sim com você!

-NATSU VOCÊ NÃO PODE!

-Posso sim Lisanna. Agora por favor, pare de gritar, as pessoas estão olhando! -Digo sentindo meu rosto esquentar.

Olho ao redor e vejo várias pessoas vendo a cena. Ela me dá um tapa no rosto e eu dirijo meu olhar para ela rapidamente. Espantado. Ela não fez isso...

-Lisanna... acabou.

Ela arregala os olhos e começa a chorar. Dou as costas e saio dali quase que correndo. Nunca tive muito tato com garotas.

Entro no carro e vou pra casa de Levy. Chegando lá vejo Gajeel saindo.

-Tá indo aonde? -Pergunto parando o carro.

-Mercado.

-Entra aí, preciso conversar.

(Quebra de Tempo)

A campainha tocou e eu fui abrir a porta. Não foi supresa ver Lisanna ali. Os cabelos brancos bagunçados, os olhos azuis opacos, inchados e vermelhos. Parecia destruída. Ela me abraçou.

Retribui, ficamos abraçados por um tempo até ela levantar a cabeça e me olhar com uma cara estranha.

-Natsu... eu sei que sou uma pessoa difícil. Sei que temos brigado muito. Além da conta! E sei que isso começou antes mesmo de Lucy sonhar em vir pra cá. Mas Natsu, por favor, me perdoa. Eu prometo que vou melhorar. Estamos juntos a um ano e quatro meses. Não a catorze dias! Por favor, por tudo que a gente viveu, por todos os momentos bons que passamos, por favor me dê uma última chance.

Fico sem chão. Eu não sei o que fazer. Tenho sim sentimentos pela Lisanna mas agora tudo está tão confuso...

A afasto e seguro o espaço entre o nariz e a testa.

-Lisanna... tudo bem. Não iremos terminar. Mas, eu quero um tempo. Preciso ficar um tempo sozinho para organizar os pensamentos.

-Certo. Eu... obrigada. Vou passar uma semana na casa de Mira e Laxus. Por favor, pense rápido! -Diz um pouco mais aliviada e então entra para pegar suas coisas. A observo.

Cruzo os braços abaixo do peito e balanço a cabeça em negação. Já é a sétima vez que brigamos, só nesse mês.

  Após ela pegar roupa sufieciente pra uma semana ela se despede de mim com um abraço e vai embora. Uma semana é o tempo que tenho para decidir o que eu quero... vai ser difícil, acho.