História Re:Ending (Um começo diferente) - O encontro com o Santo da espada

―É água. Você pode beber?

Aceitando o copo oferecido a ele, Subaru cautelosamente bebeu a água, estava gelada e se espalhava como se estivesse encharcando sua boca ressecada da ponta de sua língua, aliviava seu humor sombrio até certo ponto.

―Aah, exatamente o que eu precisava. Obrigada. Você realmente é um cara legal, velho.

―Pare com isso. Não seria motivo de riso se você de repente desmaiasse na frente da minha loja, pareceria que meus produtos causaram isso. Aqui um para secar o sangue. Descanse na sombra até que você se acomode.

O homem respondeu sem um pingo de timidez e depois voltou para sua baia.

Subaru ainda estava sentado no chão perto da estrada enquanto observava o homem sair, então ele se encostou na parede de uma loja enquanto suspirava profundamente.

Aquele que o ajudará quando ele foi dominado pela tontura e estava prestes a desmaiar era o lojista que ele agora conhecia bem.

Apesar de sua aparência áspera, ele imediatamente preparou uma toalha molhada e um pouco de água potável uma vez que ele adivinhou que Subaru estava sofrendo de insolação, e percebeu que talvez o garoto estivesse privado de sono fazia semanas se não messes, sem contar deu a ele um lenço para seu sangramento, e então o trouxe para essa sombra para que ele pudesse descansar. Você realmente não pode julgar as pessoas pela aparência. Havia velhos musculosos e carecas que eram como vovôs bem-humorados, e mulheres sensuais que tinham prazer em matar.

―Eu pensei que meu estômago, braço e meus olhos estavam destruídos...

Ele sussurrou ao sentir suas pálpebras doloridas e cansadas, e mais uma vez confirmou que podia ver corretamente.

Naturalmente não havia nenhum ferimento em seu abdômen, e seu ombro direito estava com seu braço também perfeitamente saúdavel. Parecia que seus ferimentos haviam desaparecido completamente novamente, e talvez devido a alguma obsessão ele foi colocado na frente da baia do homem novamente.

"Mas mesmo assim... Isso foi... Muito ruim."

Ele tirou as mãos das pálpebras e olhou para elas.

Mesmo que seus dedos não tocassem em nada, eles tremeram levemente. Isso viajou por seus braços até que finalmente se tornou um calafrio terrível por todo o seu corpo.

Apenas pensar nisso fez com que seus dentes batessem enquanto ele se enrolava com a cabeça entre os joelhos, o horror premente tão intenso que até abafava a agitação ao redor dele enquanto seu corpo tremia.

Era repulsivo, estranho, avassalador, absurdo e a própria personificação do desespero.

Ele nunca foi exposto a tanta malícia, nunca experimentou tanta dor e violência, e nunca teve seu corpo destruído a tal ponto.

Ele e seus conhecidos haviam perdido a vida, o terror era tão dilacerante que tudo o que ele podia fazer era se encolher.

Foi quando se tocou de algo

"FELT, CÉUS. Será que ela está bem ? E se... aquela mulher-"

Seus pensamentos estavam mais uma vez em uma espiral descendente.

Seu tremor não parava, e seus pensamentos negativos continuavam andando em círculos enquanto ele perdia completamente qualquer esperança de vista.

O que ele deveria fazer e como ele deveria fazer para ter sucesso, tudo bem se ele ficasse parado e não fizesse nada, agora ele não conseguia entender nem a menor dica.

―Ei, como você se sente agora? Melhor?

Com o rosto espreitando para fora de sua barraca, ele fez essa pergunta atenciosa.

Apesar de suas tentativas de agir duro, a preocupação que ele demonstrou mostrou que ele era um bom homem de coração. Não adiantaria apenas confiar em sua bondade assim, Subaru pensou enquanto decidia deixar a área por enquanto.

―Ah, acho que me acalmei um pouco. Desculpe incomodá-lo.

Ele tentou não parecer fraco ao se levantar, e então devolveu o copo vazio. O lojista parecia querer dizer alguma coisa ao ouvi-lo, mas não insistiu no assunto.

―Eu definitivamente vou te pagar de volta algum dia.

―Isso é desnecessário. Mas se você ganhar algum dinheiro, venha comprar alguns appas.

O rosto de Subaru estava manso quando o lojista bateu levemente em seu ombro, após o que ele levantou a mão e voltou para sua loja.

Sentindo-se bem com a atitude descontraída do homem, Subaru respirou fundo e caminhou em direção à estrada. A multidão continuou a se mover da mesma forma que quando ele estava se encolhendo, e a rua principal repleta de barracas parecia mais brilhante do que nunca.

"Preciso encontrar Felt ela deve estar tão assustada, e se ela voltou para a casa de Saque ? Aaaaaah porcaria."

Quando ele levantou a cabeça e deu o primeiro passo, uma expressão de perplexidade deixou sua boca. Dentro de seu campo de visão ampliado, a multidão se movendo para frente e para trás parecia evitá-lo enquanto ele estava no meio da rua.

Havia uma figura alta com pele reptiliana, um homem-fera cuja altura atingia apenas a cintura de Subaru, uma jovem dançarina de cabelos rosados, um cavaleiro com seis espadas,

E uma garota em uma túnica branca, seu cabelo prateado esvoaçando enquanto ela andava.

A garota olhou para ele e então como que para evitar tocá-lo, ela se moveu para o lado e passou.

Seu cabelo enrolado balançava, e um perfume de flor permeou o ar e fez cócegas em suas narinas. Seus olhos de ametista de força de vontade já o haviam desconsiderado, eles tinham uma nitidez que só olhava para frente, para o caminho que ela deveria andar.

Sua atmosfera digna não havia mudado e aquela beleza cintilante não tinha a menor mancha, a garota que ele estava procurando estava andando bem na sua frente.

―Ei, espere... Espere... Por favor, espere...

Subaru usou sua velocidade a seu favor enquanto corria ao lado da meio-elfa de cabelos prateados.

―Por favor, espere,-Satella!

Uma vez que ele a parou, o que exatamente ele queria dizer?

No instante em que a resposta apareceu dentro dele, ele gritou o nome dela como se acabasse de se lembrar.

Seu grito atravessou a estrada barulhenta e chegou até a garota que estava se afastando cada vez mais.

A garota de cabelos prateados parou imediatamente.

Ele empurrou a multidão de lado para alcançá-la e colocou a mão em seu ombro esbelto.

―Por favor, não me ignore. Foi o meu mal por desaparecer, realmente. Mas também não entendo o que está acontecendo. Eu até voltei para a casa de saque para procurar por você, mas não consegui encontrá-lo...

Satella pareceu surpresa quando a mão dele pousou em seu ombro.

Quando ela se virou, tudo o que saiu de sua boca foram desculpas. Ele falou rapidamente, justificando-se como se tivesse medo de se machucar.

Talvez o olhar dela que parecia ver através dele fosse a causa.

No entanto, mesmo com esse olhar sobre ele, Subaru sentiu algum alívio além de sua ansiedade.

De relance, não parecia haver nenhum ferimento sério nela. Talvez ela também tivesse sido curada por alguém após o incidente da casa de saque. Também era possível que ela tivesse se curado, mas o importante era,

―Desculpe, eu só estava tagarelando sobre mim... Mas estou feliz que você esteja bem.

O fato de que eles puderam se encontrar novamente o deixou mais feliz do que qualquer coisa.

Pensando bem, o que mais o preocupava era o parceiro dela - a segurança de Puck. Subaru tinha muitas coisas pelas quais ele precisava se desculpar.

Ele não podia cumprir uma promessa feita de homem para homem. Esse era um pecado pelo qual ele deveria ser condenado.

"Vocês..."

Uma vez que Subaru parou de falar, Satella começou a falar como se quisesse preencher a lacuna.

Foram apenas algumas horas, e ainda assim parecia que ele não ouvia aquela voz de sino prateado há uma eternidade.

Ele podia vê-la parada diante dele, ele podia até estender a mão e tocá-la, ele finalmente a pegou, tais emoções fora do lugar brotaram dentro de Subaru. No entanto,

―O que você está pensando-?

Como Subaru sentiu essa sensação de alívio, Satella dirigiu um olhar irritado para ele.

Suas bochechas brancas coraram levemente, e ela torceu o corpo um pouco para se livrar da mão dele. Ela deu um passo para trás para colocar algum espaço entre eles, e seus olhos estavam cheios de hostilidade enquanto ela olhava para ele.

Sua reação inesperadamente dura fez Subaru engolir em seco e ficar em silêncio.

Mas pensando bem, era óbvio que isso aconteceria. Para ela, deve ter sido uma maravilha que ele se atreveu a mostrar seu rosto.

Ele aceitaria qualquer abuso que ela desejasse chover sobre ele. Essa resolução dele―

―Eu não sei quem você é, mas para se dirigir a alguém pelo nome de Bruxa da Inveja, o que você está pensando?!

Foi despedaçado por essa reação completamente inesperada.

Diante dessas palavras inesperadas, Subaru sentiu como se o próprio tempo tivesse parado.

O som da multidão havia desaparecido. Tudo o que ele ouviu foram as batidas de seu coração e a voz raivosa da garota de cabelos prateados.

Era como se todos os outros sons tivessem sumido... Não, eles tinham sumido.

―O que...?

Ele murmurou enquanto desajeitadamente virou a cabeça para olhar ao redor e percebeu.

Cada pessoa ao redor deles nesta rua cheia de barracas e pedestres agora estava focada nos dois. Todos estavam abalados e calados, como se até o menor movimento fosse proibido.

Era como se a conversa entre os dois tivesse dominado completamente a rua.

―Estou perguntando o que você está pensando. Fala.

No entanto, Satella não permitiu nenhuma hesitação apesar de sua perplexidade.

Seu tom era áspero, mas Subaru não respondeu, já que ele nem sabia por que ela estava com raiva.

Eles pareciam estar em comprimentos de onda completamente diferentes sobre qual era o problema.

―Vou perguntar isso mais uma vez. Por que você se referiu a mim pelo nome de Bruxa da Inveja?

―Não, quero dizer, me disseram...

―Eu não sei quem te disse isso, mas isso é de muito mau gosto. Você também tem culpa por concordar com isso. A Bruxa da Inveja, o símbolo de todas as coisas tabus, apenas mencionar o nome dela é desaprovado, pensar que você realmente chamaria alguém por esse nome.

Sua raiva claramente em exibição, Satella. A garota de cabelos prateados o mergulhou em um mar de confusão.

A multidão reunida ao redor deles assentiu com as palavras dela. O que quer dizer que eram a prova de que as palavras dela estavam corretas, e isso o confundiu ainda mais.

Ele não entendia o que ela estava dizendo.

Tinha acabado de dizer o nome dela.

E, no entanto, ela se ofendeu com isso, e as pessoas ao seu redor reconheceram que ela estava certa em fazê-lo.

Ele não sabia o que estava fazendo de errado, estava apenas sendo repreendido por estar errado. Não podia refletir sobre suas ações ou mudar seu comportamento.

―Se isso é tudo, estarei a caminho. Não tenho tempo para isso.

Ela disse quando Subaru abaixou a cabeça, ela então saiu galantemente, seu cabelo prateado esvoaçando. Subaru queria chamá-la, mas o nome congelou em sua garganta, como assim ela o esqueceu.

"Lavagem cerebral existe aqui ?"

O garoto não tinha mais a mínima ideia do que acabou de acontecer apenas os olhares da multidão ja o deixavam muito desconfortável, então entrou em um beco afastado.

"Preciso sair daqui, encontrar Felt, talvez ela saiba de alguma coisa e mesmo se não souber de nada, ainda sim vou ficar mais aliviado sabendo que ela está segura e longe daquela mulher louca. Preciso ter certeza"

Por enquanto ele deveria sair desse beco sem saída e ir em direção às favelas. Assim, ele se virou,

―... Você deve está brincando comigo.

Diante dele havia três figuras bloqueando seu caminho para fora do beco.

Eles eram um pouco imundos, e tinham uma aura áspera, como se sua natureza violenta tivesse se manifestado em seus rostos.

A essa altura, era uma dor até mesmo se incomodar em descrever os três que estavam em seu caminho.

Esses bandidos que fizeram dos becos seus campos de caça o encontraram pela terceira vez naquele dia. Parecia uma comédia mal feita.

― Mais que porra, vocês não tem mais ninguém para incomodarem. Apenas desistam já! Há um limite para a incorrigibilidade!

Subaru estava cansado de ver esses caras e chutou o chão em frustração.

Este foi o terceiro encontro deles, e foi mais uma vez um três contra um em um beco. Apesar do quão infrutíferas foram suas primeiras e segundas tentativas, eles ainda continuaram a persegui-lo, ele estava realmente surpreso com essa tenacidade. Se a situação não fosse como era, ele poderia até aplaudi-los pela persistência e teimosia.

―Eu não tenho tempo para vocês. Vou enfrentá-lo quando as coisas se acalmarem, então saia do meu caminho.

Ele estava um pouco inquieto, mas conseguiu vencê-los sozinho da última vez, então manteve a compostura.

Se ele os intimidasse um pouco, provavelmente haveria uma abertura. Isso é o que ele esperava, mas,

―Saia do caminho dele, hein? O que você diz que fazemos?

―Não gosto da atitude dele, nem um pouco. Parece que ele não entende quem vai dar as ordens aqui.

―Você pateticamente perdeu três à um, por que diabos vocês está tentando ser durões...? Mesmo o pior perdedor mostraria mais vergonha.

Para ser honesto, Subaru não podia deixar de se sentir um péssimo perdedor agora.

Em outras palavras, este lugar se transformou em uma reunião de perdedores derrotados.

―Isso é muito negativo! Eu pensei que eu era um personagem mais otimista!

―Não adianta, ele está completamente confuso. Decidimos atacá-lo por causa de sua roupa estranha, mas talvez isso seja...

Os homens começaram a conversar uns com os outros, claramente incomodados com seu monólogo alto. O de mãos vazias e o da nata pareciam estar perdendo o interesse em Subaru, mas a maior ameaça, o da faca, ainda tinha um olhar afiado.

Aqueles olhos pareciam ter desistido de seu valor como carteira, mas havia outro desejo sombrio oscilando cruelmente dentro deles.

O olhar do homem fez com que Subaru murmurasse internamente:

"Isso pode ser perigoso".

Tendo enfrentado eles duas vezes, Subaru concluiu que o homem com a faca era o mais problemático entre eles. Além de sua letalidade, ele também era aquele com o temperamento mais rápido.

"Esqueça a luta, seria sensato evitar chegar perto. Preciso me apressar e achar Felt"

―Entendi. Eu não vou resistir. Apenas declare suas demandas.

Subaru disse isso enquanto levantava as mãos, enfatizando que não tinha intenção de lutar contra eles. Ele havia abandonado completamente a atitude confiante que tinha e, em vez disso, mudou para uma de submissão.

A razão é que ele decidiu priorizar sair daqui e queria manter o homem com a faca calmo.

―Bem, havia também a infeliz possibilidade de que eles estivessem buscando vingança e o espancassem.

Se as coisas parecessem estar indo nessa direção, ele fugiria com tudo o que tinha antes que tivessem a chance de apunhalá-lo. Se ele conseguisse chegar à rua principal, eles provavelmente não seriam capazes de fazer nada de notável.

Enquanto Subaru formava planos vigilantes para garantir sua segurança em sua mente, as atitudes dos homens em relação a ele relaxavam.

Eles falaram como que para ridicularizar sua covardia por estar disposto a aceitar suas exigências,

―Vamos, se você estava com tanto medo, deveria ter feito isso desde o início. Esses seus olhos assustadores não ajudam muito se você for um galinha.

―Seu desgraçado. Você com certeza fala muito para um gato assustado.

―Isso não é ótimo? Você o ouviu dizer que não faria nada, certo? Que covarde.

Suas palavras o irritaram, mas Subaru forçou um sorriso e riu deles, ele estava com uma real vontade de mata-los. Ele encontrou alguma satisfação em chamá-los de 'Ton, Chin e Kan' em sua mente.

[TN: Ton chin kan = Tolo, irrelevante, babaca]

―Bem, só quero demandas que você pretende fazer desse idiota? Então passe tudo o que tem se não quiser se machucar.

―Vocês realmente foram e bateram a cabeça em algum lugar, não é?

Isso era exatamente o mesmo que eles falaram na primeira vez que ele os encontrou.

Talvez eles tivessem batido a cabeça, ou talvez os pobres coitados não tivessem a capacidade intelectual de sequer lembrar o que haviam dito antes, pode até ser que eles abusaram tanto do mesmo modelo que nem se lembravam para quem disseram.

Eles eram irredimíveis para o núcleo, mas sua atitude em relação a Subaru que uma vez os derrotou era estranha, considerando isso, havia mais uma possibilidade

"Tinha Felt também, parece que tem muitos que tem problemas de memória por aqui..."

―Não quer seguir suas ordens? Ou você não tem cérebro para segui-los?

―Vocês são os últimos caras que deveriam estar falando sobre cérebros...

Este último murmúrio parou em sua boca, e Subaru mostrou que estava disposto a fazer o que eles diziam. Enquanto ele se perguntava se deveria pelo menos tentar manter suas roupas, ou talvez lidar com todas de uma só vez agora que eles estavam mais perto, ele enfiou a mão na bolsa-

"Huh-?"

Ele franziu a testa, esta foi sua experiência mais perturbadora ainda neste mundo.

"Por que...?"

Ele murmurou como se gemendo, enquanto confirmava lentamente o conteúdo de sua sacola plástica. Nela estava seu ramen de xícara shoyu tonkotsu, sua carteira e telefone que eram muito incômodos para manter no bolso e, finalmente, um lanche dourado de um sabor que ele gostava muito.

Certo, o lanche dourado - O lanche com sabor de milho.

Foi a primeira coisa que ele comeu desde que veio a este mundo, e também provou ser muito útil para acalmar a raiva de Rom na casa de saque, após o que a maior parte deveria ser consumida.

―Mas agora, estava completamente cheio e de volta em sua bolsa. Como ?!

E, no entanto, havia retornado ao seu estado original. Não havia sinal de que a bolsa tivesse sido aberta. Era estranho, não importa como ele pensasse sobre isso.

O desaparecimento de suas feridas poderia ser explicado. Ele tinha visto a magia de Satella. Portanto, ele pode concluir que alguém os curou após as duas tragédias.

"Mas mesmo que ele suponha que um curandeiro de classe tão alta existisse, seria realmente possível restaurar algo que não existia mais?"

―Certo, magia de duplicação...

Lembrou-se de Rom mencionando algo do tipo.

Magia de duplicação. Magia que tornou possível não apenas copiar a aparência de algo, mas replicá-lo totalmente. Se alguém usou essa magia, até mesmo isso...

"Mas então e a abertura da bolsa. Não me diga que magia de cura pode até restaurar cola ou algo assim..."

Ele não achava isso muito realista.

―Por enquanto, nos de tudo o que você tem. Até aquelas roupas e sapatos estranhos. Você pode ficar com sua calcinha, afinal não somos demônios!

Uma veia saltou da testa de Subaru.

"Eles querem realmente morrer"

―Além do que vimos o showzinho que você fez minutos atrás na rua, você chamou aquela meio-demônio do nome que deviria ter mesmo.

―Foi hilário a cara de espanto daquela aberração de cabelos prateados fez.

― Certamente valeu a pena, ela deteve todos aqueles olhares de desprezo que mereceu.

O garoto rosnou baixo, aqueles caras realmente queriam humilhar o menino, mais ele não se importaria, porém humilhar 'Satella', era como se tivessem cruzado a linha tenua entre a calma de Subaru e sua fúria, se aproximaram cautelosos e rindo ainda, Subaru deixou sua calma assumir outra forma, raiva e ódio.

"EU POUPEI ESSES MALDITOS DUAS VEZES NÃO VOU FAZER ISSO UMA TERCEIRA NÃO VÃO FALAR ASSIM DELA."

Naquele mesmo momento ele engasgou, e sua cabeça se abaixou imponente, como se tivesse desmaiado em pé.

― Quem vocês pensão de são ?

Sua voz saiu irada, e baixa, aqueles homens se aproximaram mais.

―Como é garoto ?

―Eu disse- Quem vocês pensão que são.

Ele jogou o mais palido dos bandidos contra a parede, fazendo uma rachadura nela com a força do impacto aquela parede ficou tingida de vermelho sangue, no mesmo instante ele pulou em cima do cara com a faca, e estava o socando. O menor deles estava tremendo e paralisado e gritou em plenos pulmões por socorro.

―AAAAAAAAAAAAH

―AAH- SOCORRO UM DEMÔNIO É UM DEMÔNIO

Ele não tive tempo de reagir a fúria de Subaru que o derrubou também socando ate que não se movesse mais, o som de ossos se quebrando e gritos abafados foi brutal, o beco estava uma bagunça sangrenta.

"...Eles mereceram isso não é mesmo ?... Eliminados"

Aquilo não era Subaru.

A faca que antes pertencia a um deles tinha atravessado suas costas, ele rosnou de raiva e dor, possívelmente atravessou o pulmão.

― Isso ja não importa mais.

Aconteceu quando afundava o crânio do homem com a faca, ele o esfaqueou no seu desespero acreditando que isso pararia a explosão de fúria de Subaru ou diminuiria as sequências de socos que o garoto desferia, mais não adiantou nada. Ele arrancou a faca de suas costas.

"Pelo menos eles nunca mais vão falar assim de Satella novamente...- deveria ter feito com que sofressem mais... Ack"

Ele observou seu reflexo naquela lamina suja, e se assustou ao ver sua íris normalmente castanha assumir um tom vermelho vibrante perigoso.

Observou suas mãos e podia jurar que suas unhas não eram tão afiadas como as que estavam ali, eram garras agora, e como se não fosse o suficiente uma névoa negra o envolveu. Ele entendeu o motivo dos homens o chamarem de demônio, ele lembrava um agora, um monstro.

"Isso... não sou eu- o que ? Eu fiz-"

A dormência que se espalhou por ele como um choque elétrico cancelou seu grito. Ele caiu já estava muito além do ponto em que poderia suportar a dor ou tentar fazer qualquer coisa como gritar. Não havia mais nada que ele pudesse fazer.

O dano em suas costas parecia ter atingido seus pulmões em cheio.

Mesmo enquanto ele repetia suas respirações roucas e ásperas, seus pulmões não se expandiam e a respiração se tornava cada vez mais dolorosa.

A privação de oxigênio o estava afetando severamente, ele estava ficando tão fraco que parecia que logo perderia a capacidade de pensar.

Perdeu a sensibilidade nos membros e não sabia mais se estava virado para baixo ou para cima.

Mesmo que seus olhos não estivessem cortados desta vez, ele ainda não conseguia ver nada, pois sua visão ficou preta e hora ficava totalmente embaçada.

"O que você quer dizer com 'desta vez'?"

Era lamentável agarrar-se a uma ideia que ele já havia descartado como absurda. Que ele morreu e voltou.

Se ele ia se agarrar a isso, ele poderia muito bem fazê-lo ao máximo.

" Não pense na sua morte iminente. Antes de morrer, analise o mundo ao seu redor."

Seus olhos estavam quase mortos. Assim como seus membros. Tudo o que lhe restava eram o nariz e as orelhas. Sendo esse o caso, ele teria que fazer pleno uso deles. Qualquer tipo de cheiro persistente seria bom, ele não se importava em ouvir todos os tipos de absurdos fora do beco. O cheiro metálico crescente de sangue do massacre ali. Seu nariz acabou de morrer. Ele se foi. Seus ouvidos também estavam à beira da morte e mal funcionavam.

Passos foi o que escutou. Seus olhos que antes viam apenas um cenário preto começaram a uma última vez vizualizar algo, mesmo que ainda borrado ele viu um homem alto entrando no beco, correndo na direção dele.

"Os cabelos dele... pareciam estar pegando fogo... ah engraçado eu acho que ja o vi antes ? Não ?"

"―E...i.... garot.... o !"

Como estava quase morto, ele só podia ouvir agora sua visão definitivamente o deixou. Ele não sabia se iria se lembrar do que ouviu. Mais a voz que escutou era firme e era boa ao ouvidos.

"O que exatamente quis dizer, lembre-se... O que queria fazer mesmo ? Ah, Felt... será que ela está bem...?- "

Como se seguindo as partes que morreram primeiro, suas outras funções desapareceram constantemente e, no final, com o som de algo o puxando como se alguém estivesse o carregando, Natsuki Subaru perdeu a vida pela terceira vez.

Quando sua consciência voltou, Subaru estava na escuridão.

Percebendo que era uma escuridão de sua própria criação, ele gentilmente abriu os olhos - E os fez queimar pelo sol deslumbrante, fazendo-o gemer enquanto usava a mão para cobrir os olhos.

―Então, que tal o appa?

Uma voz familiar fez uma pergunta familiar bem diante de seus olhos.

Suas orelhas estavam bem. A agitação da rua era tão alta quanto de costume, completamente diferente do silêncio terrível que ele havia experimentado naquele beco.

Apesar do fato de que, se ele considerasse a distância, ele estava apenas a uma volta de distância.

"Eu não consegui nem passar por esta rua, muito patético..."

O dono da barraca com cicatrizes em cima de suas palavras de auto escárnio, no entanto, ele começou a franzir a testa, parecendo descontente por não estar recebendo uma resposta.

Subaru sabia por experiência própria que, embora parecesse intimidador, ele era na verdade um homem muito gentil. Naturalmente, o lojista provavelmente não se lembrava disso.

Enquanto ele pensava tais coisas, Subaru mais uma vez o encarou,

―Diga, quantas vezes você me viu?

―Quantas vezes, você é uma cara nova, cara. Eu não esqueceria um olhar tão conspícuo.

―Qual é a data de hoje?

―É o décimo quarto dia do mês de Tamuz.

―Obrigado. - Entendo, o mês de Tamuz, hein.

Ele não tinha ideia do que era isso.

Para começar, ele nem sabia como eles registravam o calendário deste mundo. ―Mas parecia que eles usavam dias e meses, e ele provavelmente poderia supor que eles usavam um calendário solar.

Provavelmente era de conhecimento geral, mas ele hesitou em perguntar sobre isso. Especialmente para alguém como o dono desta barraca, que estava completamente focado em vender seus produtos.

O dono da loja estava sendo muito paciente com ele, mas, como esperado, ele parecia estar pensando que estava perdendo tempo demais apenas para vender uma única fruta.

Segurando aquela maçã ou o que quer que seja na palma da mão, ele pediu pela enésima vez,

―Então, o appa?

Ele tentou o seu melhor para esconder sua raiva com um sorriso.

Sua cicatriz branca estava se contorcendo, e seu sorriso forçado parecia mais uma expressão que assustaria as crianças.

Em resposta, Subaru colocou as mãos nos quadris e estufou o peito,

―Desculpe, mas estou totalmente, absolutamente falido!

―Saia já daqui-!

Esse grito de raiva o fez recuar instintivamente, depois do que ele correu para longe.

Não posso voltar lá por um tempo, pensou ele, com dois significados em mente.

―Aí está minha carteira. E meu telefone. O potage de milho e ramen e outras coisas também são bons. Nenhum dano à minha camisa ou tênis também. E naturalmente...

Levantando sua camisa, ele virou a cabeça com grande esforço para verificar o estado de suas costas. Não havia cicatrizes no meio ou na parte inferior das costas, nem havia uma faca cravado em suas costas.

―Ufa, graças a Deus. Uma ferida nas costas seria uma vergonha, ainda mais eu que fiz Kendo. Realmente perdi a cabeça naquela hora não ? Acho que eu gritei com aqueles bandidos e eles me atacaram, mas... minhas mãos.. e olhos.

Ele mecheu nervosamente em seus dedos vendo que não havia garras como antes viu seu reflexo em uma armadura polida e reluzente seus olhos estavam normais como ele se lembrava, enquanto resmungava atento aos fatos que apareciam em sua própria mente. Ele viu seu cabelo comprido crescendo perto de seu ombro não estava em seu lugar e depois de muita luta, finalmente conseguiu coloca-lo em seu lugar e exalou.

―Então, basicamente, é isso. Mas é difícil de acreditar...

Ele soprou o cabelo com a respiração e colocou a mão agora vazia em sua mandíbula enquanto observava a rua. Ele ainda estava na mesma rua, perto das barracas e apenas uma curta distância da mercearia.

O proprietário de aparência sombria que havia alinhado vários frascos e pratos suspeitos olhou para Subaru como se ele fosse um incômodo, mas isso não teve efeito sobre o garoto que se inclinou contra a parede com os braços cruzados.

O sol estava alto e a brisa suave. A rua estava lotada e uma carruagem puxada por um lagarto ocasionalmente passava. Até mesmo Subaru estava começando a se acostumar com a poeira que eles levantavam a essa altura, e sua única reação foi gentilmente afastá-la de seu rosto.

Todos os vestígios de ferimentos haviam desaparecido de seu corpo, e seu lanche de batata de milho já comido estava fornecendo um excelente valor, pois poderia ser comido várias vezes. E sua mandíbula era completamente suave ao toque,

―Muito patético para mim, de todas as pessoas, esquecer minha habilidade especial principal. Além da percepção avançada e de minha velocidade eu tenho mais uma...Parece que eu retorno ao meu estado original quando eu morro.

E chegou à conclusão que ele havia anteriormente descartado como absurda.

―Retorno através da morte, hein...

Ele fez uma pausa olhando para o céu

―É como se a própria habilidade estivesse dizendo como sou um perdedor ou rindo de mim, esse mundo realmente me odeia ?!

Era limitado, mas isso poderia ser considerado o que se chamaria de viagem no tempo. Em suma, Subaru se tornou um viajante do tempo, algo que ele só podia sonhar antes.

Para ser honesto, a possibilidade estava girando em torno de sua cabeça até uns dez minutos atrás, mas ele se esquivou devido à condição de ativação severa. Ele também sentiu que era mais provável que houvesse algum supercurador errante que os encontrasse. E acima de tudo, a principal razão pela qual ele achava improvável,

― Para começar, mesmo que se possa sonhar em voltar no tempo, seria impossível fazê-lo de fato. Ou assim o senso comum sugeriria.

Mas não há o que dizer de uma convocação de mundos paralelos e aderir a qualquer tipo de bom senso, pois essa situação já é bem irreal mais aconteceu.

Pensando assim, seus sentimentos anteriores de rejeição obstinada também desapareceriam.

"Além disso, se eu realmente estou voltando através da morte, todas as coisas estranhas até agora de repente fazem sentido..."

Sua primeira morte, para resumir, foi quando ele foi a casa de saque com Satella.

Teve seu estômago rasgado e foi incapaz de gritar um aviso, e acabou envolvendo Satella nisso, um desenvolvimento absolutamente imperdoável.

Sua segunda morte foi depois que Rom foi assassinado, Elsa o matou a sangue frio, sua resistência completamente fútil mesmo sendo um gigante, ele conseguiu tirar Felt daquela situação mas no fim morreu para a lâmina de Elsa. Quando ele retornou pela primeira vez pela morte,assumiu que a discrepância no tempo significava que era um dia diferente ou que foi teleportado para o início por Satella, mas na verdade ele havia retornado ao ponto inicial.

Sua terceira morte acontecera recentemente, ele a experimentara uns dez minutos atrás.

Realmente era uma morte sem sentido, mas ele não conseguia pensar em uma mais apropriada.

Para ele realmente acabar sendo morto por alevinos aleatórios no início, era como se cada escolha tivesse um BAD END ligado a ela, e parecia um jogo de aventura mal projetado.

"Espere, eu morri três vezes em apenas meio dia...? O que aconteceu comigo na última vez ? Eu so lembro da raiva e de gritos da faca que foi cravada nas minhas costas, meus olhos estavam vermelhos e-... Não isso provavelmente foi um surto meu... quando as pessoas estão a beira da morte vem coisas que não existem, eu morri e imaginei isso... realmente patético ter morrido por bandidos Aah."

O fato de ele continuar sendo atraído para situações obviamente perigosas era provavelmente outro motivo.

"Pensando nas causas da primeira e da segunda vez... Provavelmente foi Elsa nas duas vezes."

A primeira vez, quem estava à espreita na escuridão da casa de saque provavelmente era Elsa, ele não teve tempo de reagir.

"Eu poderia deixar tudo isso de lado, afinal minha dívida não existe aqui, então eu posso usar meu conhecimento de outro mundo para contribuir com alguns avanços como tinha pensado, eu viveria uma vida de luxo... mais ainda sim"

Subaru abaixou a cabeça, e se lembrou de tudo o que aconteceu nos loops anteriores, as mortes suas ações, as pessoas que conheceu e brilhou em sua mente o sorriso da dama de cabelos prateados.

"Isso vai se repetir certo...? Elsa vai estar lá... e vai mata-los..."

Ele coloca as mãos no estômago sentindo um calafrio. Ele lembrou da maneira que "Satella" o tratou no último loop.

"Eu não vou desistir, se posso salva-los, então eu farei."

Ele falou sorrido

"Satella é um pseudônimo, precisava saber qual o real nome dela. Caramba, ela confiou tão pouco em mim ? Mas como posso acha-la- ?"

Ele deslisou pela parede dominado pela tontura e passou uma quantidade desconhecida de tempo apenas sentado tentando fazer com que as náuseas cessacem.

Parecia que eram apenas alguns minutos, mas também parecia que poderia ter sido uma hora. Independentemente de qual fosse a resposta, tudo o que Subaru podia dizer era 'eu não sei'.

"Devo apenas passear por esta rua procurando por ela...? E só espero que meu radar de beleza funcione"

Ou talvez seu sensor de cabelos prateados fizesse todo o trabalho, mais ele apenas queria encontrar um jeito de salvar todos na casa de Saque e ajudar"Satella".

―Aaaaaaaaaaaah que dor de cabeça infernal

Seus arredores mudaram constantemente para uma atmosfera com a qual ele estava familiarizado, fez o antigo caminho até as favelas enchendo-o de pensamentos como;

"Uau, parece que meu sensor está funcionando bem como sempre?! Me lembro desse caminho"

E então ele de repente percebeu acabou saindo da rua e agora estava entrando em um beco estreito.

"Não foi aqui que eu a conheci...?"

Parecia muito semelhante, mas ele não tinha certeza.

Não era tão diferente do caminho para as favelas em termos de atmosfera, além do qual ele só havia estado no beco do encontro deles no primeiro mundo, e nunca mais o revisitara desde então.

A segunda vez foi claramente em um beco diferente, e pensando na terceira vez, esse foi mais um beco sem saída. Mesmo que Felt roubasse a insígnia de Satella fosse um evento fixo, o beco que ela encontraria depois do fato parecia variar dependendo da situação.

Talvez tenha sido o mesmo nas duas primeiras vezes, mas na terceira vez as coisas pareciam ter mudado um pouco devido à presença de Subaru.

Tendo pensado até aqui, Subaru de repente percebeu o quão superficial seu processo de pensamento era.

Talvez ele pudesse encontrar Felt ou Satella agora que estava em um beco familiar.

No entanto, isso também significava a possibilidade de um reencontro diferente. Resumidamente,

―Estou tão cansado de ver você, Ton, Chin, Kan!

Subaru virou-se farto e encontrou os suspeitos de sempre bloqueando seu caminho.

Não houve diferença na aparência, roupa ou semblante. Seu objetivo e equipamento eram provavelmente os mesmos, nenhum progresso. Era natural, já que ele estava de volta no mesmo lugar.

"Mesmo que eu esteja tendo tanta dificuldade em encontrar 'Satella' e Felt."

A razão pela qual ele não conseguiu encontrá-los foi provavelmente porque suas ações dependiam de muitos fatores independentes dele.

Por outro lado, a razão pela qual ele continuou encontrando esses caras foi provavelmente porque eles estavam mirando nele desde o início.

É por isso que ele continuou a encontrá-los, apesar de seguir um caminho diferente a cada vez.

―Agora o que exatamente vocês querem? Não estou com tempo para suas gracinhas agora.

―O que diabos esse cara está murmurando?

― Ele provavelmente não entende o que está acontecendo aqui. Que tal irmos em frente e ensiná-lo?

Mesmo esta conversa entre Ton e Chin seguiu exatamente o modelo, o que fez com que o humor de Subaru afundasse ainda mais. No entanto, ele também sentiu que não poderia levá-los de ânimo leve só porque estava cansado de lidar com eles. E novamente uma raiva começou a borbulhar dentro de seus ossos.

As condições claras para o encontro de Ton Chin Kan não eram tão exigentes, mas não era como se ele tivesse 100% de chance de romper. Afinal, eles foram a causa de sua terceira morte mesmo que ele não se lembrasse bem.

Talvez 'Satella' o salvasse como na primeira vez, ou talvez pudesse vencê-los sozinho como na segunda vez, mas não tinha garantias e ele precisava ganhar tempo.

As coisas correram muito bem na segunda vez, mas desta vez não necessariamente aconteceria da mesma maneira. Havia também uma grande chance de que houvesse um grande evento esperando por ele depois disso, e não queria se machucar, ou dificultaria sua próxima luta contra uma assassina formidável.

"Por outro lado, eu também não gostaria de escapar entregando minhas coisas, eu poderia usá-las para negociar."

O ideal seria sair daqui sem sofrer nenhum prejuízo, como fez da segunda vez.

E se ele pudesse evitar perder tempo como da primeira vez, seria o melhor de tudo.

Subaru cruzou os braços e inclinou a cabeça, imaginando se havia alguma maneira de escapar deles.

Por outro lado, talvez pensando que a atitude de Subaru significasse que ele os estava ignorando apesar de sua posição aparentemente superior, as expressões de Ton Chin Kan estavam tingidas de hostilidade. Pelo menos tinha que tomar uma decisão antes que eles sacassem suas armas. Não queria ter que usar a percepção avançada, e se tentasse usar a velocidade poderia acabar sendo esfaqueado.

Enquanto ele lamentava a falta de paciência deles, Subaru imaginou que teria que fazer um ataque surpresa depois de tudo - De repente, ele se lembrou do momento de sua terceira morte, alguém entrou no beco após os bandidos gritarem.

"Alguém entrou lá... ?"

Enquanto estava deitado à beira da morte, tudo o que podia fazer era ouvir.

Naquela época, so lembrava de um borrão vermelho e uma voz firme o chamando. Seu cérebro não podia compreendê-lo naquela época, mas deveria ser possível agora que quem adentrou o beco fosse um guarda.

-Sim, é isso.

Ele limpou a garganta e;

―GUARDAS !!!

Os homens foram pegos de surpresa por seu súbito pedido de ajuda, fazendo-os pular.

O volume era tal que quebrou o silêncio do beco, e até rasgou a azáfama da rua principal.

Sua sensibilidade absurda era bem conhecida quando ele praticava Kendo, e há muito o havia despojado de qualquer vergonha quando se tratava de gritar.

Algo como gritar por socorro não prejudicou nem um pouco seu orgulho, afinal ele sabia muito bem que poderia dar uma surra naqueles caras, ele precisava de tempo.

"Isso terá que servir, não gosto de depender de alguém para me ajudar, mais nesse caso, preciso poupar tempo."

―Bastardo... Não brinque! Você está falando sério em um momento como esse?!

―Você deveria nos ouvir se não quiser se machucar, é assim que deve ser! Você não pode simplesmente fazer isso sem ouvir nossas demandas!

―Cale-se! Quem se importa com o que normalmente acontece, esse bastardo chamou atenção agora.

"Que rezem pelos deuses que acreditam, ou vou mata-los"

Parecia que as pessoas na rua simplesmente faziam vista grossa, mesmo sabendo que ele estava sendo roubado. Os ignoravam.

"Não virá ninguém. Ah que coisa, pelo visto me enganei"

Ele sentiu seus olhos arderem, não por lagrimas ou alguma poeira ali, mais por raiva. Aqueles caras realmente não sabiam no que estavam se metendo provocando ele. Parecia que sua aura reagiu a seu estado emocional, isso fez com que os bandidos dessem alguns passos para trás por medo, o que segurava a faca estava tremendo.

Subaru decidiu brincar um pouco antes de bater neles ate que ficassem deformados.

―Por que você é o único sem uma arma? Não tinham dinheiro para comprar um ?

―Cale-se! Eu sou mais forte sem um! Subestime-me e eu vou bater em você até a morte, seu maldito pirralho!

―Se ao menos eu tivesse uma gravação da segunda vez, adoraria mostrar a você.

Por outro lado, sua situação agora era tão ruim que sua mente continuamente alertava para o perigo, mas ele sabia que o único problema ali é aquela faca.

Eles já estavam em posição de ataque reduzindo bastante suas chances de sucesso.

Esqueça escapar sem nenhum ferimento ou perda, ele nem tinha certeza se conseguiria sair de lá inteiro, mais certamente levaria aqueles homens consigo.

―É o bastante.

Essa voz claramente rasgou a tensão no beco. A aura intimidadora de Subaru se dissipou. Seu tom digno não tinha o menor indício de hesitação ou misericórdia aos ouvidos do jovem de cabelos negros era;

"Que voz familiar..."

Todos os que a ouviram ficaram impressionados com sua presença esmagadora e naturalmente inclinados a obedecê-la.

Subaru levantou a cabeça, e Ton Chin Kan se viraram. Havia um jovem parado ali.

A primeira coisa que atraiu a atenção de seus olhos era seu cabelo ruivo que era como um inferno em chamas.

"Aquele homem... era ele, eu ja tinha visto ele antes."

Na sua segunda vez quando derrotou os 3 bandidos ele por um momento olhou para trás enquanto corria pela rua e viu de relance o mesmo homem de cabelos vermelhos mais não se deteve a atenção, pois queria chegar logo a casa de Saque, e na sua terceira vez ele chegou ao beco mais quando Subaru foi esfaqueado.

Logo abaixo estavam brilhantes olhos azuis que só poderiam ser descritos como ousados.

Sua extraordinária boa aparência apenas amplificava ainda mais sua presença inspiradora, e um único olhar era o suficiente para dizer que ele era alguém de grande importância.

Ele era alto, esbelto e bem proporcionado, e usava roupas pretas bem cortadas. Em sua cintura a espada de cavaleiro que, apesar de sua aparência simples, exalava uma atmosfera anormalmente intimidadora.

―Independentemente das circunstâncias, não permitirei mais violência contra ele. Você foi longe o suficiente.

Como ele disse isso, calmamente passou por Ton Chin Kan e ficou entre eles e Subaru,

Tanto Subaru quanto os homens ficaram sem palavras por esse ato excessivamente majestoso.

"Oow que legal"

Mas parecia que eles tinham razões diferentes para o silêncio.

Subaru ficou em silêncio de surpresa, e porque ele estava esperando ansiosamente para ver como este desenvolvimento nunca antes visto iria progredir, mas os Ton Chin Kan eram diferentes, seus rostos estavam ficando pálidos.

―D-De jeito nenhum...

Queixo apontou para o homem, seus lábios ficando roxos enquanto tremiam,

―Cabelos ruivos e olhos azuis como o céu... E a bainha daquela espada com a garganta de um dragão gravada nela.

Subaru não entendeu o por que de tanto espanto e medo, ele espiou pelo ombro do ruivo os olhos horrorizados dos bandidos.

"Por que tanto medo ?... quer dizer ele é bem intimidador... mais parece ser alguém legal. E basicamente está me salvando de maus lençóis"

―Reinhardt... O Santo da Espada Reinhardt?!

―Parece que não vou precisar me apresentar... Esse título é um pouco demais para mim, no entanto.

O jovem chamado Reinhardt murmurou de maneira autodepreciativa, e um brilho triste por alguns segundos se manifestou, mais logo deu lugar a um olhar severo.

"Espera ele ficou tiste ? Tem um título certo... mais ele não gostou de ser chamado assim."

Com seu olhar perfurando-os, os homens recuaram como se estivessem sobrecarregados. Eles se entreolharam como se decidissem quando correr, mas,

―Vou deixar por isso mesmo se vocês fugirem. É melhor vocês sairem para a rua. Mas se quiserem usar a força, eu serei seu oponente.

Ele se virou para Subaru que sorriu feliz com seus olhos brilhando de admiração. Ele deixou um sorriso escapar antes de voltar sua atenção aqueles três homens.

―Seria três contra dois nesse caso. Em termos de números, vocês teriam a vantagem. Mas como cavaleiro vou enfrentá-los.

―V-Você está brincando! De jeito nenhum !

A declaração de Reinhardt os deixou em pânico, eles correram para a rua tendo esquecido até mesmo de esconder suas armas.

Eles estavam tão em pânico que não podiam nem fazer ameaças de despedida como fizeram da primeira vez. Isso por si só mostrou o quão extraordinário era o homem diante dele.

―Estou feliz que nós dois estamos seguros. Você está ileso?

Depois de ver os homens partirem, o jovem se virou com um sorriso.

―Ooh-

De repente, o ar de intimidação que cobria o beco desapareceu. Percebendo que mesmo isso era algo que o jovem havia manifestado conscientemente, Subaru não pôde deixar de ficar em silêncio. Acima de tudo.

"Ser tão legal depois de fazer tudo isso... Isso está além do nível de Ikemen. Esse cara é INCRÍVEL"

[Ikemen basicamente significa cara atraente, mas carrega certas conotações que indicam uma força gigantesca.]

Seu rosto, voz, comportamento e ações, todos eles estavam pontuando extremamente alto no índice Ikemen. Se ele também tivesse uma personalidade e pedigree para combinar, ele tinha que estar fazendo algo maligno nos bastidores ou o equilíbrio do mundo seria prejudicado.

―Sou muito grato a você por salvar minha vida, por favor, permita-me expressar minha gratidão. Eu, Natsuki Subaru, admiro seu espírito galante-

―Relaxe, você não precisa ir tão longe. Eles sentiram que tinham perdido a vantagem quando se tornou três contra dois. Teria sido diferente se eu estivesse sozinho.

―Não, a julgar pelo quão aterrorizados eles estavam, esqueceram três contra um, eles recuariam mesmo que fossem dez contra um...

"O que há com esse cara. Ele é realmente um Ikemen até o âmago, tanto de corpo quanto de alma. Acho que deveríamos ter nos encontrado no segundo loop, tenho certeza"

Seria realmente emocionante dizer que foi o destino assim como Satella. Enquanto ele pensava, Subaru mais uma vez deu uma boa olhada em Reinhardt.

―Hum, Reinhardt-san... Posso te chamar assim?

―Você não precisa ser tão formal, Subaru.

―Você... Uh, obrigado mais uma vez, Reinhardt. Você foi o único que respondeu ao meu pedido de socorro.

Considerando quantas pessoas tinham, não havia como ele ser o único que ouviu. Reinhardt baixou os olhos ligeiramente enquanto Subaru lamentou a falta de bondade humana,

―Eu realmente não quero dizer isso, mas para a maioria das pessoas, seria muito arriscado antagonizar esses sujeitos. A essa situação, sua decisão de chamar os guardas foi a correta.

―Pelo jeito que você está falando, você é um guarda? Sem querer ser grosseiro mais você realmente não se parece com um.

―Eu ouço isso com frequência. Bem, hoje é meu dia de folga, então não estou de uniforme, essa é provavelmente uma das razões.

Quando Reinhardt abriu os braços com um sorriso tenso, Subaru retrucou internamente.

A principal razão pela qual ele não parecia um guarda era porque ele parecia a coisa mais distante da imagem um tanto não refinada que o termo sugeria.

―Eu acredito que eles te chamaram de algo como 'Santo da espada'...

"Porcaria eu acho que não deveria ter falado isso"

―Minha família é um pouco especial, você vê. Todo dia parece que o peso de suas expectativas poderia me esmagar.

Ele deu de ombros de uma forma alegre, parecia que ele tinha senso de humor também, mas ocultava o olhar triste.

Já não havia nenhuma dúvida de que ele era um Ikemen de corpo e alma. Subaru não conseguiu esconder sua admiração por este homem cuja existência era Ikemen, mas Reinhardt olhou para ele atentamente,

―Você tem cabelo e roupas incomuns, e isso vale para o seu nome também... De onde você é? Com que propósito você veio à capital de Lugunica?

―É um pouco difícil responder a essa primeira. O cenário típico de um pequeno país a leste teve alguma reação, então... E-Que tal mais a leste, então-

Subaru pensou que parecia uma resposta bastante segura. Mas a reação de Reinhardt foi mais forte do que o esperado.

―A leste de Lugunica... Certamente você não quer dizer além da Grande Cascata, algum tipo de piada, talvez?

―Grande Cascata?

Subaru inclinou a cabeça para este termo desconhecido.

Ele imaginou que fosse algo como uma cachoeira, mas ele era completamente ignorante quando se tratava da geografia por aqui. Para começar, ele nem sabia o tamanho da capital. Até onde Subaru sabia, este lugar de Lugunica consistia apenas em uma rua comercial, alguns becos e a favela.

Essencialmente o mesmo nível de seu velho mundo, que consistia apenas em sua casa, seu quarto e a loja de conveniência.

―Pensando dessa forma, estou basicamente sendo um recluso mesmo em outro mundo, isso já se tornou uma parte inerente de mim... Para falar bem a verdade esse lugar e novo para mim, sinto muito não conseguir explicar minhas origens.

―Não parece que você está tentando me enganar, então vamos deixar por isso mesmo. De qualquer forma, parece que você não é daqui. Você deve ter tido um motivo para vir aqui, certo? Lugunica está atualmente em uma situação um pouco complexa. Posso ajudá-lo, se desejar.

―Não, não, é seu dia de folga, certo? Você não precisa jogá-lo fora só para me ajudar, você já fez mais do que o suficiente... e eu sou muito grato por isso.

Ele balançou a cabeça para a proposta de Reinhardt, e então levantou o dedo como se tivesse acabado de se lembrar de algo. Reinhardt assentiu casualmente, dando-lhe sinal verde.

―Eu não sou bem versado nos acontecimentos do mundo, então não tenho certeza se serei capaz de responder.

―Bem, o que estou perguntando se refere a uma pessoa que estou procurando, então tudo bem. Então, você viu uma garota de cabelos prateados em uma túnica branca por aqui?

Tendo examinado a rua principal várias vezes, ele percebeu que as roupas de Não-Satella se destacavam. Seu cabelo prateado era raro muito parecido com o cabelo preto de Subaru, e é claro que havia seu manto com o falcão bordado nele.

Pensando bem, aquele manto branco parecia caro à sua maneira. Considerando que ela tinha uma insígnia com uma joia incrustada, ele imaginou que sua linhagem devia ser de prestígio.

―Uma túnica branca e cabelos prateados...

―Além disso, ela é super linda. E muito gentil, bem e uma usuária de espíritos. Isso é tudo o que posso dizer sobre ela, você ja viu alguém com essas descrições ?

Não haveria dúvida de que era ela se o espírito do gato também combinasse, mas como geralmente ficava escondido em seu cabelo a maior parte do tempo, provavelmente era pedir demais.

Mencionando sua beleza, ele acabou pensando que ela e Reinhardt, eram muito bonitos.

"Mirei em uma elfa linda e encontrei um cavaleiro bonito, acho que meu radar de pessoas bonitas funciona muito bem. Se eu continuar a encontrar pessoas tão encantadoras terei problemas. Aah"

―...O que você está planejando fazer quando a encontrar?

―Vou encontrar algo que ela perdeu, ou melhor, seria algo que ela está procurando? De qualquer forma, vou encontrá-lo e entregá-lo a ela.

Claro que Subaru não estava com ele agora, e era até possível que ainda não tivesse sido roubado.

Reinhardt estreitou os olhos com a resposta de Subaru e contemplou por um momento.

―Não, desculpe. Eu realmente não sei. Eu poderia ajudá-lo com sua busca, se desejar, no entanto.

―Eu não posso impor a você assim. Está tudo bem, eu vou encontrar de uma forma ou de outra.

Subaru levantou as mãos quando Reinhardt ofereceu sua ajuda, e então decidiu que iria passear pela rua principal por enquanto. Se as coisas corressem bem, ele poderia avistá-la na rua como fez na terceira vez.

Se possível, seria bom parar o Felt na parada e evitar totalmente o roubo.

Pensando no que poderia acontecer depois, ele sentiu que esse seria o melhor caminho e ficou ainda mais impaciente.

―O problema é como pará-la com essa agilidade dela... Saltos laterais repetidos assim para bloquear a estrada, uma defesa de zona?

Ele acabou falando em voz alta um de seus pensamentos como se tentar pegar Felt envolve-se um jogo de quimada e Reinhardt acabou se interessando.

―Que movimentos inusitados. Para qual propósito?

― É uma ação defensiva de um jogo para pressionar o adversário e roubar a bola. Apesar da aparência, é uma defesa bem estabelecida. Mais tarde, você acaba participando de uma posição em que não tem nenhum efeito na bola, é esse tipo de jogo de estratégia bom para situações reais.

Subaru era alguém que, quando participava de queimada, simplesmente ficava na linha de forma que você não sabia se ele estava no campo interno ou externo, não dava para saber se atacaria ou interceptaria a bola. Não era incomum para ele ir jogos inteiros sem tocar na bola uma única vez, ele sempre se saia bem em qualquer esporte.

―De qualquer forma, é melhor eu ir para a rua comercial primeiro.

―Você está saindo?

―Sim, eu vou indo. Você realmente me ajudou. Eu definitivamente vou retribuir você algum dia amigo... Posso encontrá-lo na estação de guarda ou algo assim ?

―Acho que sim, basta mencionar meu nome. Caso contrário, nos dias de folga, geralmente estou vagando pela capital.

―Eu realmente não gostaria de vagar pela cidade nessas circunstâncias mais nos veremos embreve Rein, e não será sendo assaltado Otome.

Ele respondeu com uma piada.

―Ah caso encontre ela pode por favor avisa-la para que não se aproxime da casa de Saque, eu vou trazer o que ela perdeu.

―Claro Subaru

Ele em resposta levantou a mão, ao que Reinhardt respondeu

"―Cuidado"

"legal até o fim"

Como se essas palavras estivessem dando-lhe um empurrão para frente, Subaru saiu com sucesso do beco sem sofrer ferimentos ou perdas. Nunca percebendo que olhos azuis estavam nele, avaliando-o.

Retornado à rua comercial, Subaru imediatamente começou a tentar ao máximo localizar "Satella" ele não tinha noção do tempo aquela altura e não sabia se Felt ja havia roubado a dama dos cabelos prateados.

―Ei, velho.

―O que, garoto falido.

De pé diante dele estava o dono da loja de frutas, claramente irritado que Subaru ousasse mostrar seu rosto novamente enquanto ele respondia.

Verdade ou não, essa foi uma maneira bastante dura de dizer isso, pensou Subaru enquanto forçava um sorriso, e sem desanimar,

―É verdade que estou quebrado, então não vou negar, mas... Tem uma coisa que eu quero te perguntar, meu velho. Houve um incidente de batedor de carteiras por aqui?

―Você tem coragem de fazer perguntas sem nem comprar nada... Além disso, é uma pena, mas esse tipo de coisa não é nada incomum.

―Serio ?!

Subaru não pôde deixar de levantar a voz em surpresa com essa resposta mesquinha. Mas não era como se ele não entendesse. Para começar, a casa de Saque era um local onde se reuniam itens roubados de toda a capital. Havia roubos suficientes para encher aquele armazém gigante, o que dava uma ideia do nível de ordem pública por aqui.

―Isso significa que estou sem sorte...?

―Mas, eu me lembro da comoção agora mesmo, já que era incomum. Houve duas ou três rajadas de magia, você vê. Dar uma olhada.

Ele se inclinou para fora de sua barraca e apontou para a esquerda, para uma barraca a cerca de quatro espaços de distância. A linha de visão de Subaru seguiu e,

―Uau, incrível.

―Esses pingentes perfuraram aquela parede como flechas e deixaram aquele dano. Eles desapareceram imediatamente, no entanto.

Bem ao lado da baia estava a entrada de um beco estreito, e uma de suas paredes tinha buracos.

Havia quatro deles, e cada um era do tamanho de uma moeda de 500 ienes. Desde que eles foram capazes de remendar uma parede de pedra, o pensamento de sua velocidade e poder no momento do impacto enviou um calafrio na espinha.

―Isso não é como aquelas pedras de gelo que ela atirou antes ?... eu me pergunto se ela está mais irritada desta vez.

Se ele se aproximasse dela descuidadamente, ele poderia acabar sendo atacado com eles. O pensamento disso fez com que um suor frio se formasse em sua testa.

―Mas isso significa que eu cheguei tarde demais desta vez também.

Deixando de lado sua imaginação assustadora, ele enxugou o suor da testa enquanto murmurava isso. Então o ponto crucial era a localização de Felt.

No momento, ela provavelmente estava correndo desesperadamente para se livrar da "Satella". Claro que não era como se ela pudesse correr para sempre, então ele imaginou que deveria ser possível pegá-la em algum lugar, mas tal coisa seria extremamente difícil para Subaru, que estava ainda menos familiarizado com a capital do que uma pessoa comum.

―Devo confiar no retorno através da morte e apenas usar essa tentativa para investigação...?

Certamente parecia uma estratégia eficaz, mas Subaru balançou a cabeça e a rejeitou imediatamente.

Primeiro, tendo experimentado a morte três vezes, ele não achava que poderia tomar a decisão de jogar sua vida fora para tentar novamente. Todas as três mortes foram literalmente tão dolorosas. Se ele pudesse resolver as coisas sem provar a morte, então ele preferiria apenas experimentá-la no final, em seu leito de morte.

"Pensar muito está me dando sono hmmm..."

Ele bocejou e esticou os braços se alongando, estava bem cansado, pensamentos como "Eu deveria ter dormido", "Não estou conseguindo manter meus olhos abertos" ou "minhas pálpebras doem" passavam pela sua cabeça.

―Tudo bem, muito obrigado, velho. Eu vou embora agora. Definitivamente vou comprar alguns appas da próxima vez.

―Sim, você seria mais do que bem-vindo como cliente. Trabalhe duro, garoto falido.

―Com certeza. Eu realmente estou rezando para ter algum dinheiro na próxima vez que eu aparecer aqui.

O lojista apaticamente o viu quando ele começou a correr.

―Onde Felt mora, hein? Siga duas ruas por ali, é à frente.

―Muito obrigado, você é um salva-vidas, irmão.

―Não há problema, irmão. ― viva forte?

O homem de meia idade disse com um sorriso fraco enquanto desaparecia na porta rangendo.

Pensando em como o sorriso tenso do homem estava cheio de simpatia do começo ao fim. Talvez por estar sujo de lama e cheio de poeira, o menino acabou caindo em uma galeria aberta, a água não dava para falar que era potável, mais o problema foi a poeira e a lama que grudaram no garoto.

―Deveria ter prestado mais atenção aah- eu vou precisar de um banho depois disso.

Ele ja sabia exatamente onde Felt poderia estar, batendo a poeira e tirado a lama que tinha grudado em suas pernas, apenas teria que esperar a garota. Ele caminhava distraidamente até acabar esbarrando e quase derrubando alguém, ele caiu no chão quando caminhou para trás.

―Ah, me desculpe. Você está bem?

―Estou bem, estou bem, sinto muito por ter-...

Subaru levantou o rosto para fingir, mas não conseguiu terminar sua frase quando viu com quem estava falando. Ouvindo sua voz aguda, a mulher de cabelos negros deu uma risadinha.

― Quase derubado você...

―Você é uma criança divertida, não é. Você está realmente bem?

Ela escovou o cabelo cobrindo sua orelha. Mesmo esse gesto era de alguma forma sexy, e Subaru pensou consigo mesmo que cada ação dela era tão erótica quanto de costume.

Uma beleza sexy que se comportava de maneira erótica. Alguém que ele absolutamente não queria conhecer.

―Você não precisa ter tanto medo, eu não vou fazer nada com você. Parece que está com raiva também.

―M-medo? Não é como se eu tivesse medo de alguma coisa? E por que acha que eu estou com raiva eu acabei de quase derruba-la senhorita, seria você que deveria estar irritada não é ?

―Seu cheiro...

Ignorando sua tentativa de agir duro, seus olhos se estreitaram em um sorriso doce.

Subaru inclinou a cabeça para isso, e em resposta ela usou seu nariz bem formado para cheirar, ele apenas se curvou para trás, assustado com a ação repentina da assassina.

Entendeu então, fez com que seu nervosismo sumisse, e tentou a todo custo mascarar sua raiva com um sorriso genuíno.

―Bem sinto muito se foi essa a impressão que causei senhorita. Mais não eu não estou com medo, apenas com raiva de demorar para chegar em casa, por estar atrasado.

Aquilo foi uma ótima desculpa, e o garoto sempre sabia como moldar a face quando precisava, isso fez a assassina sorrir de orelha a orelha.

― Você é um garoto muito interessante mesmo... bem querido, aprenda a esconder sua hostilidade, isso vai ajudar muito você.

― Obrigado pelo conselho, mais preciso ir andando.

―Certo, nos veremos alguma outra hora criança.

Sacudiu a capa com um sorriso saudoso enquanto desaparecia na escuridão do beco. Depois que ele a viu literalmente desaparecer, Subaru sentiu a exaustão correr por ele enquanto se encostava na parede.

―Isso... Foi um encontro inesperado, sério. E pensar que ela estava rondando por aqui antes de ir para a casa de saque...

Esse encontro inesperado quase rasgou seu coração.

Em termos de preparação mental, isso foi muito mais chocante do que o encontro com "Satella". Ele queria rezar para que este fosse seu último encontro com ela, se possível, mais sabia la no fundo que não seria possível.

―O lugar de Felt deveria ser por aqui, eu acredito... Mas certamente não é possível que Elsa já o tenha destruído...?

Ela era uma pervertida que se afogava de prazer quando cortava a barriga das pessoas.

Não seria estranho se ela dividisse algumas pessoas para matar o tempo antes do compromisso. Além disso, agora que ele estava indo mais fundo nas favelas, ele não podia deixar de imaginar todos os tipos de horrores.

―E-está tudo bem, provavelmente. Não há cheiro de sangue, nem vejo nenhum, talvez.

O lixo e o cheiro podre tornavam impossível discernir o cheiro de sangue, e estava escuro demais para confirmar se havia manchas de sangue ao redor, mas definitivamente não havia sangue. Era isso que ele queria pensar. A barraca diante dele era mais ou menos do tamanho de dois daqueles banheiros químicos que se viam em canteiros de obras e afins. Parecia que alguém estava realmente colocando em prática o ditado 'meio tatame para ficar de pé, um tatame para dormir'.

―Isso é definitivamente o que você chama de lugar para dormir, então acho que está certo.

Mesmo assim, a ideia de uma menina tão pequena morando em um lugar como este o fez sentir alguma pena. Sentiu que podia perdoá-la, que sua ambição e ganância não podiam ser evitadas.

―Ela está enrolando seu corpo já pequeno e vivendo em um lugar como este. Acho que essa situação não poderia ter ajudado que sua personalidade. Simplesmente não poderiam ajudar essas pessoas ? Deve haver no mínimo muitas mais crianças que vivem assim aqui...

―Você está indo longe demais, é nojento. Eu não posso acreditar que você está olhando ao redor do quarto de outra pessoa assim.

Quando ele estava entrando em seu modo simpático, uma voz atrás dele o fez se virar.

Diante de seus olhos estava uma pequena garota loira olhando para ele com desgosto-Felt. Ela não parecia particularmente diferente de seus encontros anteriores, mais estava bem isso fez o garoto suspirar aliviado.

"Eh realmente, ela não está ferida mais, parece que 'Satella' não deixou barato o roubo"

Suas roupas um pouco sujas agora estivessem mais sujas do que o normal era provavelmente um sinal de que a perseguição foi muito mais intensa desta vez.

―O que há com essa expressão cada vez mais compassiva? Você está me desprezando só porque eu sou uma garota e um pouco suja?

―É um sentimento diferente, mas... Acima de tudo, estou feliz que pudemos nos encontrar.

Ela não fez nenhuma tentativa de esconder seu descontentamento, e Subaru instintivamente baixou os ombros em alívio.

Ele estava realmente feliz por ter encontrado a garota que estava procurando. Estava preocupado com o que poderia ter acontecido depois de seu quase acidente com Elsa, mas parecia que as coisas estavam bem, afinal.

Em resposta ao seu murmúrio, ela bufou:

―O que, um cliente

Ela olhou para ele, ainda cautelosa,

―Já que você veio até aqui, suponho que você tem algum negócio comigo? ... A julgar pela sua aparência, você não é daqui.

―Oh. Para ver que eu não sou um de vocês, você tem bons olhos.

Como sempre, ela sempre teve um retorno - o fez querer retratar sua simpatia anterior.

Felt ignorou seus sentimentos internos, mesmo quando suas veias estalaram, e deu um passo para trás, "Bem?"

―O que você quer? Se você quer algo roubado, vou precisar de pagamento adiantado. Dependendo do alvo, posso pedir mais depois do fato.

―Roubos encomendados... Este é um negócio ganancioso que você está administrando. Você está orgulhoso de seus atos ? Mesmo sendo uma criança...

―Eh você também é uma criança. Não fale assim de mim.

―Eu sou mais velho que você Felt-

Ele percebeu que não deveria ter falado daquela forma, parecia que ele ja a conhecia e Subaru não queria passar desconfiança a Felt.

―É assim como eu permaneço viva. Se não fosse por isso, eu teria que vender meu corpo. Então, o que será? Ou talvez você tenha algum outro negócio? Dependendo do que for...

Felt rapidamente moveu os dedos para mostrar sua destreza. De repente, uma pequena faca apareceu em sua mão como por mágica. Provavelmente um aviso de que, dependendo do motivo de ele estar aqui, ela o usaria para se defender.

Falando praticamente, se ele acabasse lutando com ela agora teria chance de vence-la, mais não era o que queria. Ela simplesmente desapareceria de sua vista com aquela velocidade dela, Subaru percebeu que ela estava correndo para trás dele e antes que ele percebesse, ele completaria a rota

'Esfaqueado até a morte em um beco: BAD END 2', e ele não queria algo assim se repitindo, então interceptou a garota, segudando seu braço e fazendo com que engasgase de surpresa.

―O que eu quero é apenas uma coisa. - Eu quero comprar a insígnia que você roubou aqui e agora, não vim aqui para brigar nem nada do tipo.

―Como você sabe que eu roubei uma insígnia? Eu não imagino que aquele que pediu teria vazado, e eu apenas roubei. Certamente não é o tipo de coisa que você ouviria por acaso.

―Agora que você mencionou, isso foi muito impaciente. Eu sou tão malditamente descuidado!

―... Você não pode negociar com ninguém se você mostrar sua mão tão facilmente. Você desmoronou muito facilmente para um pouco de pressão.

Como Subaru estressou sobre seu erro impensado, a hostilidade deixou o rosto de Felt.

Subaru se agachou com a cabeça entre os joelhos e Felt se ajoelhou para encontrar seu olhar enquanto ela falava:

―Bem? Então você quer comprar esta insígnia, o que é isso? Você não está com a mulher que fez o pedido, certo? Um rival de negócios ou algo assim?

―Acho que você poderia chamá-la de rival de negócios. Mais ela é bem mais do que um rosto bonito, vai por mim.

―Eu não entendo. Bem, eu realmente não me importo com isso de qualquer maneira.

Enquanto Subaru agonizava sobre como se convencer disso, Felt parecia indiferente enquanto ela ria. Ela então extraiu a insígnia dracônica de seu peito. Em sua mão estava a insígnia, a joia dentro dela brilhando em vermelho. Ela o balançou diante dele como se quisesse exibi-lo,

―Vou vender para quem puder me oferecer o preço mais alto. Essa mulher provavelmente ficará brava se eu recusar o pedido dela.

―É até possível que ela fique louca, mas- Não importa, estou apenas falando comigo mesmo.

Deixando de lado essas palavras que só complicariam as coisas, Subaru mais uma vez limpou a garganta e vestiu uma expressão séria,

―Então, você vai me permitir negociar por isso?

―Eu vou ouvir qualquer um desde que eles possam me trazer algum lucro. Não é óbvio?

―Fale sobre uma vontade forte... Eu vou oferecer um item que vale mais de vinte moedas de ouro sagradas. Eu gostaria de usá-lo para comprar sua insígnia.

―Ah, entendi. Você está oferecendo bastante, hein. Isso certamente recompensaria meus esforços... Mas seu rival está oferecendo muito também, sabe?

―Okay, certo. O negócio era dez moedas sagradas. Muita ganância vai te matar, sabe? Seriamente.

Praticamente falando, ele achava que provavelmente foi por isso que o primeiro massacre aconteceu. Causa da morte: Ganância.

Como ele sabia o número exato, ela deve ter pensado que seus truques não funcionariam. Depois que seus olhos se arregalaram um pouco, ela coçou a cabeça em resignação,

―O que, você sabe tanto assim? ... Isso mesmo, eram dez moedas sagradas de ouro. Mesmo assim, uma vez que ela descobre que tem um rival, é obrigada a oferecer mais, não é?

―Isso é verdade, sabe?

As bordas dos lábios da garota de quinze anos se curvaram para cima.

Ela com certeza é astuta, como Subaru sentiu um certo grau de admiração por sua ousadia, ele também estava animado com a perspectiva de negociar de uma posição superior como essa.

―Eu não suponho que você ouviria se eu pedisse para fazer o acordo aqui e agora?

"Eu queria tanto que você me ouvisse e fosse negociável aqui e agora... mais se bem que, se Elsa chagar la e Felt não estiver com a insígnia ela pode mata-la, como fez com Rom no 2 loop, mais talvez ela apenas reclame por ter perdido e va embora."

―Obviamente. Quero dizer, as coisas que você disse antes são bastante suspeitas também. Eu definitivamente não entendi mal, e o que você disse não foi que você tem vinte moedas de ouro sagradas, mas sim algo que vale muito. É injusto que apenas um lado saiba quais cartas estão sendo jogadas em uma negociação, certo?"

―Acho que o que realmente importa em uma negociação é o quanto você pode se preparar de antemão, mas... suponho que também seja verdade que você não pode tomar uma decisão sem saber o que eu tenho.

Ele não queria perder tempo com ela resmungando.

Tomando uma decisão, ele tirou do bolso do paletó o item chave da negociação, seu celular.

A visão desta pequena engenhoca fez Felt erguer a sobrancelha ligeiramente, mas foi isso. Como sempre, ela realmente não se importava a menos que houvesse uma conexão clara com o dinheiro.

―Isso deveria valer vinte moedas de ouro sagradas? Não parece diferente de um espelho de mão ou algo assim para mim.

―Vocês chamam isso de Meteoro. Bem apenas veja o que esse 'espelho' e capaz de fazer.

Uma luz branca encheu o beco, e quando a luz a cobriu, Felt reagiu aos sons e flashes com um grito nada feminino.

Subaru estava feliz por ter obtido uma reação melhor do que da última vez, e rapidamente colocou a tela na frente dela quando parecia que ela queria reclamar. Seus olhos vermelhos se arregalaram de surpresa.

―Este é o poder deste meteoro. Ele pode produzir imagens requintadas dessa maneira. E se você me deixar acrescentar alguma palestra de relações públicas, é a única desse tipo neste mundo. Então, que tal? Ele vale bem mais que vinte moedas sagradas.

Quando Subaru olhou para ela com orgulho, Felt cantarolou em resposta. Ela examinou o telefone na mão dele de perto, e uma vez que ela olhou, ela assentiu em compreensão.

―... Não parece que você está mentindo. Mas isso deveria ser eu? Você disse que produziu uma imagem clara do mundo, mas acho que sou mais bonita do que isso.

―Bem não me culpe se meu meteoro retrata a realidade.

Ele a provocou desnecessariamente, mas a atitude de Felt parecia favorável.

―Mas então, esses moradores de favelas não concordassem facilmente com os planos dos outros é um de seus pontos fortes.

Felt sorriu sadicamente com sua expressão orgulhosa,

―Eu admito que você tem algo incomum lá, mas ainda não está claro quanto vale, sabe? Deixe-me avisá-lo, eu não sou tão cabeça de vento a ponto de aceitar tudo o que a outra parte diz, eu não vou acreditar que essa coisa é fácil de vinte moedas sagradas assim.

―... Bem, isso é óbvio. Eu realmente não me importaria se seu cérebro fosse uma esponja, mas suponho que precisamos da opinião de terceiros.

Teria sido bom manter as coisas em andamento e resolver tudo aqui, mas ele esperava que isso não funcionasse. O problema agora era quem usar como terceiro,

―No fundo das favelas, há um lugar chamado casa se Saque. O lugar é como o nome sugere, acho que seria mais rápido perguntar ao velho estranho lá dentro. Ele avalia as coisas de forma justa, sabe? Ele tem alguma experiência, então ele deve ser capaz de julgar um meteoro também.

―Chega a isso, afinal... não tem como evitar...

Ele também esperava que ela acabasse sugerindo isso.

De sua perspectiva, a casa de saque era o lugar onde ela deveria encontrar Elsa, e também um lugar que tinha um guarda-costas em quem ela podia confiar caso as coisas ficassem violentas.

Quando você também adicionou a avaliação do meteoro, não havia outra escolha. Apesar disso, Subaru realmente queria resolver isso antes de chegarem à casa de saque.

―Eu estou bem em deixar o velho dar uma olhada, mas...

―De repente você está chamando ele de velho mesmo nunca tendo conhecido ele, você pode acabar se arrependendo disso, sabe? Ele é realmente muito assustador se você for rude com ele.

―Embora ele pareça adorar uma certa garota desbochada, dando-lhe leite e outras coisas...

Isso era claramente irrelevante, mas Subaru sentiu como se Rom estivesse adorando sua neta.

Independentemente disso, o problema não era a pessoa, mas a localização.

―Você não pode chamá-lo aqui ou algo assim? Você pode usar meu telefone se quiser.

―Mesmo se você me perguntar, não tenho ideia do que devo fazer.

―Isso é verdade, não é.― Eu só tenho família e outras coisas aqui, de qualquer maneira.

E para preencher sua lista de contatos solitários, ele também tinha a delegacia de polícia, corpo de bombeiros, ambulância, serviço de aviso de tempo, boletim meteorológico etc. Era como uma solidão orgulhosa.

―Eu não sei qual é o seu problema, mas se você estiver com pressa, vamos para lá imediatamente. Havia uma coisinha que eu queria fazer, no entanto.

―Algo que você queria fazer?

―Ah, a dona foi muito mais persistente do que o esperado, foi uma dor muito grande fugir, então eu quis sabotá-la. Dê a eles um pouco de dinheiro e os caras por aqui farão isso com prazer.

―Tudo bem, vamos, agora, imediatamente, em um piscar de olhos!

Quando Felt começou a andar, Subaru começou a empurrar seus ombros por trás e a apressou em direção à casa de saque.

―Que diabos?

Ela fez beicinho quando Subaru a apressou, tentando evitar danos desnecessários.

"Estou tentando salvar sua pele, Aaaah por favor pegue a dica, inferno."

Para tentar atrapalhar 'Satella' enquanto ela estava perseguindo sua insígnia, havia um limite para o quão longe você poderia ir por um pouco de dinheiro. Se isso significava ser atingido pelo gelo e se contorcer de dor, provavelmente era melhor ficar em casa segurando seus estômagos vazios.

―Mas vamos fazer com que ele olhe rapidamente e depois selar o acordo na hora.

―Cara, por que você está com tanta pressa? Você está ficando muito suado, viva forte.

―Parece que todo mundo por aqui diz isso, é um slogan ou algo assim?!

Subaru achou que deveria ser revisto para 'viver teimoso'.

Deixando essas impressões para trás, ele foi para a casa de saque pela terceira vez, neste quarto mundo.

Subaru entrou após Felt dar a senha e ficou aliviado pelo velho estar bem.

"Ainda bem"

Após entrar Rom estranhou a maneira tão casual de Subaru como se ele ja conhece o lugar para ele não era nada novo, ele nem sequer foi surpreendido pelo gigante ranzinza.

―Parece-me que você conhece esse lugar, mas... O que você quer?

―O que eu quero pedir é uma avaliação, basicamente. Eu gostaria que você colocasse um preço neste meteoro que eu trouxe e garantisse seu valor para Felt.

Os olhos cinzas de Rom ficaram sérios quando a conversa se voltou para os negócios.

Ele olhou para Felt para confirmar isso, e voltou seu olhar para Subaru depois que ela assentiu.

Seus olhos sugeriram que ele queria ver o item, e Subaru o tirou do bolso.

O que primeiro chamou sua atenção foi sua aparência metálica. Parecia um brinquedo em suas mãos enormes enquanto ele o manuseava gentilmente.

―Isso é um meteoro, hein. Mesmo eu nunca vi um antes.

―Provavelmente só existe uma coisa dessa no mundo. Além disso, é muito delicado, então manuseie-o com cuidado. Se quebrar, terei que morrer seriamente.

Significando uma nova tentativa.

Enquanto apalpava seu exterior, ele gentilmente abriu o telefone flip. Seu som inicial foi o que o surpreendeu primeiro, e o papel de parede foi a próxima surpresa.

―Esta foto é...

―Eu pensei que era o momento perfeito, você vê. Para mostrar o quão eficaz isso é, decidi usar uma cena da época de Felt como papel de parede.

O papel de parede do telefone tinha sido ajustado para uma das fotos de Felt que ele havia tirado recentemente.

Ele escolheu o que achou mais bonito, e a qualidade da imagem também era decente, então ele achou muito bom de se ver.

Rom comparou a foto com o verdadeiro Felt que estava bebendo leite bem ao lado dele.

―Que surpresa. Acho que não há nada por aí que possa produzir uma imagem tão excelente.

―É um meteoro que sela um momento no tempo, entende? Um humano não poderia desenhar nada nem perto disso, certo? Eu poderia até fotografá-lo, se você quiser.

―Estou interessado, mas também é um pouco assustador. Isso não encurta sua vida nem nada, certo?

―Independente da idade e independente do mundo, olhar uma foto traz à mente esse tipo de superstição, hein...

A reação de Rom parecia ter vindo de antes do período Taisho. Ao lado dele, as orelhas de Felt se levantaram quando começaram a falar sobre expectativa de vida. Subaru os tranquilizou respondendo: "Você viverá até os oitenta anos muito bem, mesmo se for fotografado", e então usou a função de câmera para fotografar Rom.

Rom cantarolou enquanto olhava para a foto.

Fazer isso diante de seus olhos provavelmente foi suficiente como demonstração das habilidades do telefone.

―Isso é definitivamente algo incrível. Se eu estivesse vendendo isso, levaria pelo menos quinze... Não, vinte sagradas moedas de ouro ou mais. Isso é o quanto vale a pena.

Talvez seu espírito de contrabandista tivesse sido estimulado, seus olhos brilhassem.

Ele negociava com bens roubados, Subaru se perguntou se tal ocupação era realmente algo para se orgulhar, mas ele ainda estava aliviado por receber o selo de aprovação de Rom.

Subaru virou-se para Felt, suas narinas dilatadas enquanto seu rosto se enchia de orgulho.

―Bem, isso é o que estou oferecendo a você. Assim como eu disse, um item que vale mais de vinte moedas de ouro sagradas. Eu gostaria de trocar isso por sua insígnia.

―Parece que você faz essa cara com frequência, é irritante.

Talvez infeliz que as coisas tenham saído como ele esperava, a expressão de Felt era de desagrado. Mas ainda assim, isso não mudava o fato de que isso significava que ela tinha uma sorte inesperada vindo em sua direção.

Seu olhar se moveu para o celular na mão de Rom,

―Bem, estou definitivamente feliz agora que tenho a garantia de que essa coisa pode me render algum dinheiro. Parece que também não preciso duvidar de sua reivindicação de vinte moedas de ouro sagradas. Tudo bem, eu aceito o cartão que você está jogando.

―Bem então negócio fechado né ?

―Espere um momento. Por que você está com tanta pressa?

―Não é como se eu estivesse com pressa ou algo assim? A-Além disso, seu rosto está muito perto pode se afastar.

―O que, você é do tipo que fica tímido quando uma garota se aproxima de você?

―Nah, você provavelmente não toma banho há vários dias, então está com esse fedor terrível.

Ela golpeou sua mandíbula diretamente abaixo com um chute. A dor de morder a língua Subaru quando ele recuou.

―Você com certeza não pega leve com as garotas, hein?!

―E você, não aguenta uma piadinha?! Porcaria odeio esse gosto de sangue.

O corte em sua boca era bastante profundo, e o gosto metálico trouxe de volta alguns sentimentos desagradáveis, memórias de mortes.

O rosto de Felt ficou vermelho e ela cobriu o rosto com o cabelo na altura dos ombros.

―Eu realmente cheiro tanto assim...

―Eu só disse isso para esconder meu constrangimento, eu não gosto que ninguém se aproxime de mim assim. Apenas não faça mais isso, a propósito otimo chute.

Ele ignorou o sangue mais Felt começou a se sentir mal.

―Bem que tal nos concentramos em acabar com isso por favor.

―Mais sua boca-

― Isso não é nada okay, não se sinta mal por um cortezinho desses.

Ele disse limpando todo o sangue com a manga da blusa.

―Óbvio que não estou preocupada com algo tão idiota como isso. Se você aprendeu sua lição, leve nossa conversa mais a sério. Bem, voltando ao nosso assunto, vou perguntar novamente, por que você está com tanta pressa?

Ela extinguiu a raiva de sua expressão e parecia tão fria quanto podia ao perguntar isso.

Rom leu o clima e permaneceu em silêncio, para que não pudesse pedir ajuda a ele. Subaru encolheu os ombros em resignação,

―A vida não dura para sempre. Cada segundo é precioso, não quero desperdiçar nenhum...

―Ah, certo, certo. Isso é o suficiente disso. Ei...

Subaru tentou encobrir as coisas, mas Felt o impediu.

Seus olhos vermelhos se estreitaram, e com uma atitude imparcial ela finalmente perfurou o cerne da questão.

―Para começar, por que você quer essa insígnia?

Eles viram a respiração de Subaru ficar presa, e ele percebeu o erro que havia cometido.

Este era o lugar onde ele precisava acabar com as coisas com uma piada casual como ele estava fazendo, mas em vez disso sua completa falta de habilidade de comunicação o fez exibir sua fraqueza para todos verem.

Em uma negociação, não havia nada que pudesse fazer você perder sua vantagem mais do que expor sua fraqueza.

Como resultado, as bordas da boca de Felt relaxaram em resposta ao silêncio de Subaru.

―A mulher que me contratou também não quis dizer nada, e parece que é o mesmo para você, hein?

―... O roubo é bastante imoral em si, então, naturalmente, qualquer pessoa envolvida nisso teria algum negócio obscuro acontecendo.

―Mas você é o mais obscuro aqui. Pensando bem, o que você está tentando fazer é roubar um item roubado solicitado por outra pessoa.

Com a crueldade de um gato brincando com sua presa, Felt atacou incessantemente a incompetência de Subaru.

Ela então se dirigiu a ele friamente com um sorriso sádico,

―O que é essa insígnia, afinal? A verdade é que vale muito mais do que parece. É por isso que todos vocês querem, certo? Em outras palavras, vale mais do que um meteoro.

―Espere, Felt. Essa maneira de pensar é realmente perigosa. Eu posso muito bem adivinhar o que você vai dizer a seguir, graças ao meu cérebro de jogador, mas... é melhor você deixar por isso mesmo.

Subaru viu seu medidor de avareza começar a se encher, e tentou mantê-la sob controle mesmo quando começou a suar frio. Nesse ritmo, ela continuaria aumentando seu preço.

Se isso acontecesse, a negociação se arrastaria e eles iriam direto para o BAD END esperando por eles.

―São mais de vinte moedas de ouro sagradas, apenas aceite o negócio! Não tente mais do que isso! El... Quem te contratou também não pode passar dos vinte! Você não vai conseguir mais!

- E por que você sabe disso?

"Ah... PELO AMOR DE DEUS. Estou pensando em apenas usar minha velocidade roubar de Felt e fugir... não... mantenha a calma e tenha paciência Subaru não é tão difícil."

Ele meditou por um tempo enquanto falava a si mesmo para ter "CALMA", mais sua vontade era de voar em direção a joia e pega-la e sair dali.

―Ela te pegou bem, garoto. Muito patético ser enganado por uma garota mais nova que você.

―É provavelmente por causa de como você a criou. Sua teimosia poderia me fazer chorar.

Se ele recorresse à violência, ele seria esmagado por Rom.

―Implorar não vai te fazer bem. Eu reconheço seu direito de negociar, mas não é justo terminar as coisas sem sequer ouvir a outra parte, certo? Mas seria uma questão diferente se você pudesse me dizer quanto essa coisa realmente vale e produzir uma compensação adequada.

Seus olhos prementes não continham o menor indício de misericórdia ou compaixão. E estavam completamente focados nele, esperando deduzir a verdade de seu comportamento. No entanto, não seria possível determinar o valor da insígnia, não importa o quanto ela começasse com ele.

Mas a razão pela qual ele queria a insígnia era diferente da de Elsa, ele só queria retribuir um favor.

Além disso, ele só sabia como era, que tinha uma joia incrustada, ele não sabia de nada que Felt não soubesse.

Assim, não seria possível para ele dar-lhe a resposta que ela desejava.

―A razão pela qual eu quero essa insígnia... é para que eu possa devolvê-la ao seu dono.

-Hah?

É por isso que, com toda a sua sinceridade, ele revelou a verdade

―Quero devolvê-lo ao seu dono. É por isso que eu quero. Isso é tudo.

Quando seus olhos se arregalaram, Subaru levantou a cabeça e repetiu sua declaração.

Seus olhos vermelhos estavam cheios de hostilidade enquanto ela olhava para ele, mas mesmo assim Subaru só podia permanecer em silêncio.

Ele não tinha liberdade para fazer piadas, ele sinceramente se ajoelhou e abaixou a cabeça.

―... Felt. Não parece que o garoto está mentindo.

―Não se engane, velho. Ele está claramente brincando. Devolvê-lo ao seu dono? Como se ele fosse pagar uma quantia tão grande para recuperá-lo da pessoa que o roubou, isso é um absurdo. Acabaria se ele trouxesse um guarda com ele para me prender.

Ele não podia fazer isso.

'Satella' não queria guardas envolvidos nisso.

É por isso que ele até recusou a oferta de ajuda de Reinhardt.

Se fosse algo inconveniente para ela, então Subaru não faria isso.

Isso era tudo que ele podia fazer, sua resposta sincera a ela por salvar sua vida.

―Você precisa pensar em algo melhor se quiser me enganar. Eu não vou cair nessa, não importa o quão sério você aja. Caso contrário, eu... Certo. Eu não vou cair nessa.

―Pense o que quiser eu apenas quero devover ao dono e isso não vai mudar.

A voz de Felt estava rouca, como se ela estivesse tentando tirar algo da cabeça. Rom parecia preocupado, talvez sua expressão de dor fosse porque ele entendia o que ela estava sentindo.

De qualquer forma, tudo que Subaru sabia era que sua atitude obstinada significava que ela não mudaria de ideia.

Em outras palavras, esta negociação terminou em fracasso.

―Quem está aí?

Naquele momento, a expressão de Rom mudou quando ele olhou para a entrada da casa de saque.

"OH NÃO, NÃO, NÃO, NÃO."

O olhar horrorizado de Subaru foi a resposta que deu, Felt que antes olhava severamente para ele, agora tinha uma expressão confusa, e voltou a raiva.

―Pode ser meu cliente. Parece meio cedo, no entanto.

Ela foi em direção à porta enquanto dizia isso, ela alcançou a porta com sua raiva ainda evidente em sua expressão.

Enquanto Subaru a observava por trás, de repente ele sentiu uma terrível sensação de desconforto dentro dele.

Seja quem foi bateu, cliente de Felt... Só havia uma resposta que se encaixava.

"...Elsa, mesmo sendo cedo, eu ja a encontrei antes não seria uma surpresa se ela tivesse chegado mais cedo"

―Não abra! Seremos mortos!!

Isso foi antes do esperado. O pouco de luz que entrava pela janela ainda era bastante brilhante, aquele tom alaranjado era brilhante demais para o sol se pôr.

Tanto no primeiro quanto no segundo mundo, o desespero veio depois que o sol se pôs.

Não era como se ele estivesse levando as coisas de ânimo leve porque achava que tinha tempo.

Mas mesmo assim, isso ainda era muito cedo.

―Matar vocês? Eu não faria algo tão drástico sem aviso.

Uma garota de cabelos prateados entrou na casa de saque com um olhar azedo no rosto.

― O que você está fazendo aqui !?