Na procura de moveis para o meu apartamento, entrei em uma loja de antiguidades.
Entre tantos objetos, um mais ao fundo chamou-me a atenção. Meus passos guiaram-me até lá e puxei o pano que o cobria. Era um grande e lindo espelho.
Esperançosamente, me dirigi ao balcão. Porém meu entusiasmo foi ao chão quando a dona informou-me que não estava à venda. Perguntei o motivo e ela disse-me que, diferente de como todos queriam ver, ele não mostrava o nosso exterior, e sim, o nosso interior.
Ri com tal absurdo. Entretanto, como se acostumada, ela pegou um pano e acenou para que a seguisse.
Ela limpou o espelho, pois de tão empoeirado não dava para enxergar nossa imagem. Ao terminar, me chamou. Inabalável, parei em frente a ele, apenas para ver minhas crenças caírem por terra.
Vi a verdade que eu escondia atrás das mentiras. Vi aquilo que negava a tudo e todos. Vi a mim mesma mais nova, triste, machucada, chorando agachada. E em seus olhos apenas uma simples pergunta: “por quê?”.
Saí da loja abalada. A verdade nunca antes jogada na minha cara fazendo lagrimas correrem por meu rosto. Um único pensamento em minha mente: “O que fazer para mudar aquela imagem?”.
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