História Reflexo (Malec) - O inferno pode ser o paraíso

Magnus era pessimista.

Quando decidiu - aos 7 anos - aprender a andar de bicicleta, seu irmão quis o mesmo. Subiram nas bikes azuis e olharam a rua vazia com frieza. Diferente de Ragnor, Magnus já tinha formulado em sua cabeça uma queda cuidadosa, pois sim, ele já sabia que iria cair.

Ambos trocaram um olhar e Ragnor sorrio. Deram impulso e em menos de 5 segundos de felicidade do menino mais velho sumiram, em uma queda nada calculada. Magnus, que já estava pedalando, olhou para trás para ve-lo mas logo deu de ombros e continuou seu percurso para o fim da rua, que agora estava perto.

Ele havia conseguido andar de bicicleta por mas que imaginasse não ter essa habilidade tão cedo. Sorrio com a lembrança e se viu perdido novamente.

Queria realmente que algo desse certo em sua vida, mas ultimamente haviam tantas pedras em seu caminho que se juntasse poderia montar uma fortaleza, onde guardaria suas inseguranças.

O plano do asiático era ficar com a empresa de seu irmão e formar sua muralha lá, porem seu filho roubou seu lugar como um ladrão experiente, que talvez realmente fosse. Agora se via perdido com tanto dinheiro e amigos nada convencionais.

Girou a cabeça com seus olhos fechados e sentiu o músculo estralar. Passou a mão por de trás do pescoço e então ouviu a porta se abrir derrepente. Abriu os olhos com calma e viu Will bem posicionado no quase completo breu.

- Eu já disse que não. - Magnus disse em um tom firme. Will cruzou os braços e arqueou a sobrancelha em descrença.

- Qual é Magnus! - Resmungou - Estão pagando bem.

Magnus se levantou da cadeira e em um bater de palmas as luzes se acenderam e os olhos azuis de Will se tornaram visivelmente mais lindos.

- Quem está pagando?! - Questionou.

- É anónimo.

- Então nada de trato. - Disse por fim enquanto caminhava para a mesa onde se encontrava um copo de whisky. - Não trabalhamos assim. - E despejou o liquido na boca.

- Desde quando? Magnus, a gente já teve dezenas de clientes anónimo e isso nunca te incomodou..

Silêncio.

Magnus largou o copo novamente e caminhou calmamente até Will que balançou a cabeça negativamente.

- É ele.. - Will se flagrou com olhos serrados.

Magnus bufou e revirou seus olhos verdes.

- Óbvio que não! - Respondeu.

- Não minta pra mim. - Pediu chegando mais perto do asiático - Ele te deixa fraco!

Magnus arregalou os olhos e empurrou o moreno contra a parede e grudou seus corpos como imas, negativos.

- Não me questione! - Magnus gritou.

- Então prove sua lealdade e o mate.

Magnus suspirou e soltou Will.

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O computador em sua frente mostrava tantas letras que só de olhar cansava. Alec, que estava sentado em frente a mesa bagunçada de fotos, bufou.

"Magnus Bane; esteve no mesmo hotel que aconteceu o assassinato de Bella Tercy no dia 11/11, também no baile de mascaras de Kate Talles, igualmente morta, fantasia usada no suposto assassinato seria de pantera pois tinha outro envolvido com o mesmo trage e que ultimamente foi o acusado de tal tragedia. Cameras de seguranças; sem registros. Testemunhas; nenhuma. Magnus Bane por sua vez também foi o ultimo a ser visto com a ex namorada 'Camille' que já não está mais presente.

Pedimos para que analisem o caso com caltela.

Ass: "

Empurrou o notebook com cuidado e puxou uma das fotos que estava sobre a mesa. A imagem mostrava um homem maqueado e uma sobretudo roxo, saindo de um hotel.

- Eu vou te colocar na cadeia.. - Alec sussurrou para si mesmo.

Seu telefone tocou dentro de seu bolso, puxou e serrou o senho com o nome "Rafael" estampado.

- Alo. - Falou Alec com voz firme.

- Lightwood, qual é a dessa demora? - A tom de Rafael era desesperado. - Eu quero o material pra ontem.

- Trabalho bem feito leva tempo. - Respondeu dando de ombros.

- Espero que esse esteja impecável então, e quero amanhã na policia.

Alec abriu a boca e o barulho irritante de ligação finalizada interferiu. Balançou a cabeça negativamente e jogou o celular pra cima da mesa.

Ele queria ser conhecido por desvendar quem era o tal filho de Dudael, mas toda vez que seus dedos passavam pelo teclado para que escrevesse orgulhosamente "Alec Lightwood" eles travavam e sua mente doía. Decidiu deixar pra lá e fechou o computador.

Se levantou pegando o casaco de detrás da cadeira e o colocou enquanto pegava o celular e o colocava no bolso novamente. Eram 23:40, Magnus Bane daqui a pouco estaria no pandemonio, provas nunca são de mais.

Ao entrar no carro não pode não pensar em quem seria o alvo desta vez, quem teria o terrível azar de cruzar com Magnus Bane. Infelizmente era ele mesmo, por mas que não fizesse ideia.

O lugar o deixava zonzo. Se ele não tivesse a obrigação de frequentar esse local, nem chegaria perto.

Se escorou numa parede qualquer e apenas observou, como sempre fazia. Alec sentiu seu celular vibrar e o puxou da calça.

"Alec, me ajude estou trancada na area vip, acho que vão me executar. Izzy "

Arregalou os olhos e não pensou duas vezes em correr para o enorme homem que a porta guardava. Ele o olhou de longe e serrou a mão com raiva.

- Me deixe entrar! - Alec gritou por cima da musica. O homem negou com a cebeça e apontou para pista - Sou amigo de Simon e Magnus, pode perguntar depois! Mas agora me deixe entrar - Estava desesperado.

O homem pareceu pensar por um momentos, bufou e deu espaço para que Alec passasse.

As mãos de Alec encontraram a maçaneta e ao empurra-la as luzes se desligaram, seus olhos piscaram em camera lenta enquanto abria a boca.

- IZZY!? - Chamou.

Ouviu a porta se fechar em um estrondo e levou um pequeno susto. Caminhou em passos lentos no local que agora se encontrava em um completo breu.

- Alexander Lightwood.. - Era a voz de Magnus, Alec sábia.

Engoliu a seco e suspirou.

- Magnus devolva a minha irmã! - Sua garganta já doia de tanto gritar, mas não se importava.

Ainda não enxergava Magnus, porem sabia que estava no canto do comodo.

- Me de a chave de sua casa para que posamos destroir as provas e então poderei entrega- la. - Disse calmamente - Nós dois ganhamos.

Assentiu rapidamente, por más que ninguém conseguisse ver, e então tirou o objeto do outro bolso. O barulho chamou a atenção de Magnus que sorrio e estralou os dedos para que as luzes ligassem. Alec que olhava pra frente, teve que girar a cabeça para ver Magnus sentado no sofa que fazia a volta no cómodo inteiro. Virou a cabeça novamente e viu Will caminhar em sua direção e arrancar a chave de sua mão com brutalidade.

- Obrigado. - Will pediu falsamente.

Magnus apontou para a saida e Will seguiu o caminho. A porta abriu e se fechou novamente.

- Agora quero a minha irmã. - Exigiu.

Magnus riu alto e se levantou passando a mão no cabelo com pontas azuis.

- Ela não está com a gente - Alec serrou o senho - , bem, ela está num encontro com Simon, não te contou? - Tinha deboche no tom. Alec negou mordendo o lábio- Imaginei.. Enfim, Simon pegou o celular dela e enviou essa mensagem. Pensei que fosse mais esperto, me enganei.

Alec avançou ferozmente em direção de Magnus e o socou bem no rosto. Magnus cambaleou pra trás e respirou pesado.

- Filho da.. - murmurou sentindo a boca doer. - Você não tem medo mesmo né?!

- Não sou eu que mato e me escondo em um lugar sujo que chamam de balada.

Magnus encarou Alec e estralou os dedos com facilidade. Alec fechou o punho e o clima ficou tenso.

Magnus avançou em direção aos olhos azuis e o acertou em um lado do rosto, em seguida no outro. Alec deu um passo a trás e gospiu sangue, momento seguinte deu uma rasteira, o jogando no chão e distribuindo varios socos. Em um desses socos Magnus conseguiu segurar e torcer o braço do outro, Alec acabou indo para o lado e nessa oportunidade foi Magnus que ficou em cima. O asiático colocou as mãos de Alec pra cima e o segurou fortemente.

Seus olhos se cruzaram em meio a respiração desconpaçada. As bocas sangravam e a raiva era mútua.

- Até que você não luta mal, sombra.

Alec não respondeu pois estava mais preocupado tentando puxar os braços, porem sem perder o contato.

- Eu vejo em você o mau, Bane. - Rosnou - Meu problema é que sempre torci pro vilão.

Magnus derrepente atacou os labios de Alec de forma nada calma. Alec correspondeu depois de um tempo e então decidiu colocar a lingua na guerra. O gosto era de álcool e sangue e a sensação era como se eles estivessem brigando pra conquistar espaço. Foi nesse momento em que Alec notou que até em beijos eles não se acertavam.

Magnus com calma foi largando as mãos de Alec, que o surpreendeu quando encontrou sua nuca. Magnus em algum momento se mexeu no colo do mais novo, o fazendo gemer baixinho.

Magnus desceu as mãos para a barra da camisa de Alec e a puxou com força, fazendo o beijo ser interrompido, mas logo depois da peça ser retirada o beijo continuou.

As cabeças não chegavam num acordo e nem precisavam, estava bom assim.

Magnus puxou o lábio inferior de Alec e sorrio enquanto esse movimento fez outro corte no moreno. Derrepente voltaram a se encarar e Alec o empurrou.

Magnus caiu para o lado e Alec se levantou. Magnus se pós de pé e viu Alec correr para a porta, tentando abri-la futilmente.

- Eu preciso sair daqui.. - Alec sussurou pra si mesmo, encostando a cabeça na porta trancada.

Magnus sorrio de lado e limpou o sangue em sua boca. Caminhou com calma até Alec e beijou seu pescoço por trás. O corpo do moreno se arrepiou e os olhos se fecharam. A mão de Magnus escorregou pelo torço nu do mais novo e o ouviu ofegar.

Alec se virou e mirou a boca de Magnus como se aquilo fosse o pecado que queria provar, como se aquilo o levasse pro inferno mais quente e prazeroso que poderia encontrar na terra.

- Foda-se.. - Sussurrou e então atacou os lábios de Magnus.

As mãos de Magnus foram para as costas de Alec, até chegar na coxa, onde a levantou e viu o de olhos azuis se impulsionar pra cima e cruzar as pernas por de trás das costas dele.

O asiático carregou Alec até o sofá e o derrubou ali sem soltar os lábios famintos. Alec puxou a camisa de Magnus e então o mais velho aproveitou que as bocas se desgrudaram para desce-la para o cós da calça. Viu Alec jogar a cabeça pra trás e segurar a almofada, esperando o proximo passo.

- Bem vindo ao inferno, minha sombra. - Disse Magnus antes de puxar a calça e a cueca de uma vez só, liberando a extensão ereta.

Sem pensar duas vezes, abocanhou tudo. Chupando com força, sem dó alguma do que se contorcia em meio aos gemidos nada contidos.

A êxtase era tanta que Alec sentia que iria morrer de ataque cardíaco, estava transando com um assassino.. E isso nunca pareceu tão excitante.

Quando menos esperou, sem avisar, chegou ao epise e derramou tudo na boca de Magnus, que engoliu e sorrio vendo o alívio do outro.

- Vo, Você vai me matar. - Alec observou ainda em deleite. Magnus lambeu o lábio e sentou no colo de Alec - Você faz isso pro último prazer da vítima. - Não tinha medo na forma que falava, muito menos pesar.

- Nesse momento eu quero apenas te foder. - Indagou com a voz rouca que fazia qualquer um perder a noção. - Então fica quieto e apenas sinta.

Magnus se levantou e tirou o resto da roupa, mordeu o lábio inferior e sentou no sofá. Puxou Alec pela mão e o sentou em seu colo. Alec o beijou e Magnus sugou sua lingua com força enquanto sentia o moreno rebolar em seu colo nu. Alec então se levantou de leves e Magnus colocou seu membro calmamente na entrada, Alec sentou com calma e gritou de dor quando chegou no ponto.

Foi quando Magnus colocou suas mãos na cintura do outro e começou movimentos calmos, que derrepente ficaram frenéticos, sem cuidado nenhum, ia rapido e com forma enquanto Alec cavalgava.

Gemidos era tudo que se escutava, nem a música de fundo estava presente.

Magnus empurrou Alec pro lado e continuou estocando sem piedade nenhuma enquanto seu corpo pedia arrego. Quando viu se desmanchou e ambos reviraram os olhos em deleite.

E então Magnus lembrou.. Quando chegou no final da rua, não sabia freiar e quando viu, bateu de cara com um muro, o fazendo cair de uma forma pior que a de seu irmão.

Alec era o muro.