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História Reformatório B.B. - Capítulo XX


Escrita por: gabi_moro

Notas do Autor


Meu Deus!! Capítulo 20!! AAAAHHH CAPÍTULO 20!

Aproveitem!

P.S.: Lembro do dia ue eu escrevi esse capítulo, haha. Já passava da 1 da manhã, e eu descrevi o sono da Jade conforme o meu sono, hahahah.

Capítulo 20 - Capítulo XX


 

Senti me mexerem bruscamente. Nem abro os olhos. O sono está tomando conta do meu corpo.

– Jade! – gritam no meu ouvido.

Respiro fundo e abro um pouquinho dos meus olhos.

– Hum? – pergunto. Quem é que está estragando meu sono?

– Você dormiu. – falou.

Não consegui identificar a voz. Alguém falou que eu dormi? Eu quero dormir, caramba! 

Parece que eu pisquei.

– Hum. – resmunguei

– Vamos! Nós temos que trabalhar em equipe. – falou.
Onde eu estou? Abro um pouco mais meus olhos, e reparo que estou numa cozinha. Ah... Lembrei.

Me espreguiço, gemo, bocejo, passo a mão nos olhos, e dou um gritinho de raiva.

– Mas eu não quero. – resmungo voltando minha cabeça para a massa.

– Mas você tem que. – falou me puxando da cadeira.

– Que horas são? – pergunto sem forças para contar na minha cabeça.

– Relaxa, você não dormiu nem por minutos. – Uma voz fala.

Estou com muito sono para retrucar. Respiro fundo e olho para os carrinhos com pratos.

Merda. Minha visão fica embaçando e eu não consigo contar. Mas acho que tem 17. 

Suspiro.

– Vamos terminar isso logo. Estou com muito sono, e eu quero dormir. – falo. Pego um parto e começo a passar água, esfrego um pouco com a esponja para sair a sujeira, e entrego para alguém.

– Jade, está sujo. – fala.

– To nem aí. – retruco passando água num outro prato.

Passo um jato de água com o chuveirinho da pia, e entrego para acessos do meu lado. Faço isso por 40 minutos, até o meu carrinho acabar. Bem mais rápido e prático do que ficar esfregando com a esponja. Vou até os carrinhos, pego um e levo próximo á pia. Mais uma rodada, Jade...

Já eram 2:50 da manhã, e já tínhamos feito 6 carrinhos juntos. Eu fiz drama, reclamei, briguei... Eles não me deixaram tirar uma soneca de 5 minutos. Calma Jade, só faltam 10 carrinhos... 

– Franchesca, vai mais rápido! – George reclama.

Eles estavam secando os pratos, e não paravam de discutir, o que me deixava com mais raiva e mal-humor.

– Parem! – Tony grita. – Caramba, que saco vocês dois! – Ele leu minha mente? 

– Para, nada. Essa garota lesma fica deixando a maioria de pratos para eu secar.

– Da logo um tapa nela, e faz ela ir mais rápido. – murmuro.

– Eu daria se ela não fosse uma garota. – Tony retrucou.

– Ah, cala a boca, O'brian. Você me deu um soco na barriga. Não fale nada. – falei exaltada.

– Você deu um soco nela?! – George pergunta deixando brutalmente o prato na pia.

– Ei. – falei para ele. – Eu já revidei. Agora os dois, podem parar com essa briguinha de ciúmes idiota.


– EU NÃO AGUENTO MAIS! – gritei.

Eles me olharam cansados.

– Eu quero sentar, eu quero dormir, eu quero tomar um banho, eu preciso de massagem nas minhas mãos, eu preciso de um calmante, eu preciso tomar um café, eu preciso de descanso. – afirmei manhosa.

Ainda faltavam 6 carrinhos, e já eram quase 3:30 da manhã. Já estávamos nisso a quase 8 horas sem parar. É muito esforço físico e mental. Isso é trabalho escravo!

– Eu prefira lavar o banheiro do terceiro andar. – falei. – Quando eu sair dessa merda de reformatório, eu vou processar esse velho idiota! – falei me sentando no chão, e esfregando minhas mãos nos meus olhos.

– Eu tenho dinheiro para isso. – Tony falou.

Olhei para ele com cara de "cala a boca".

Suspiramos ao mesmo tempo.

– Vamos parar. – A galinha falou. – Eles não podem nos obrigar a fazer isso.

– Eu dei essa ideia. – retruquei.

– Mas eu estou falando que, se a gente não fizer, eles não vão poder fazer nada. Eles podem chamar os guardas para nos levar até o nosso castigos, igual a Jade, mas nós podemos continuar sem fazer nada, e fazer eles gastarem o tempo deles atoa.

Olhei para ela com um sorriso falso.

– Até que para uma vaca você sabe pensar. 

Levantei, e sentei na minha cadeira, fechei meus olhos, e..

– Jade, vamos terminar. – George falou.

– Deixa ela dormir, besta. Eu vou fazer a mesma coisa. – ouvi Tony falar.

Senti um movimento ao meu lado, então pude ser livre para dormir.


– Jade. – ouvi cochicharem nos meus ouvidos.

– Hum. 

– Não quer ir para o seu quarto? – uma voz perguntou.

Levantei a cabeça sonolenta.

Era o George. Tony estava ao lado dele. Procurei com os olhos a caranguejo, e não a vi.

– Ela já saiu. – Tony respondeu minha pergunta.

– Hum. – sai da cadeira com um pouco de dificuldade, e fui até a porta da cozinha, e... Liberdade!

Andei para o meu dormitório igual á um zombi, e algumas vezes me apoiando nos armários ou em um dos garotos para não cair. De todos eles, eu era a que estava mais cansada. Nunca fui de dormir tarde. Pelo contrário, sempre procurei dormir mais cedo, pois eu odeio a sensação de cansaço na manhã. Mas agora, ir dormir quase as 4 da manhã, para acordar às 9:00, e ter que aguentar 7/8 horas de aula? Não, muito obrigada. Peguei a chave do meu quarto, e abri a porta. Os meninos se despediram, eu tirei meu sapato, e e me joguei na cama com essa roupa mesmo.


– Pi pi pi. Pi pi pi. Pi pi pi. – o despertador tocou.

Grunhi no travesseiro. Estiquei minha mão, e bati com toda a minha força nele. Voltei a dormir. Se aquele velho acha que eu vou ir para aula, ele está muito enganado.


Senti uma coisa no meu ombro. Abro os olhos cansada. Era o O'brian.

– Eu já disse que é para você parar de invadir meu quarto. – murmurei sem dar a mínima importa por ele estar no meu quarto.

– Você está péssima. – falou.

– Eu sei. – falei me virando. – Você quer que eu esteja linda e perfeita depois de ficar oito horas lavando e secando louças?

Ele riu.

– Você também não está um príncipe encantado. – retruquei. – Você está com olheiras e... – finalmente prestei atenção nele. – E o seu topete está bagunçado e feio.

Ele riu mais ainda, mas decidiu mudar de assunto.

– Você não vai para a aula?

– Não. – murmurei. – Agora me deixa dormir.

– Posso ficar com você? – pergunta.

Levanto minha cabeça do travesseiro. Ele estava de pijama. 

– Deita no chão. Na minha cama não. – falei voltando minha cabeça para o meu travesseiro.

Agora eu não conseguia dormir mais! Olhei para o relógio: 10:15. 7 horas de descanso. Que droga. Eu estava cansada, mas não conseguia dormir.

Sai da cama, e fui ao banheiro. Fiz minhas necessidades e escovei meus dentes, e voltei para a cama.

– Você vai continuar aqui? – perguntei.

– Sim. – respondeu sentando na minha cadeira. – Eu queria conversar.

– Hum. – falei esfregando minha mão no meu rosto.

Nem tinha visto minha aparência.

– Espera um pouco. – falei voltando para o banheiro.

Meu cabelo estava desgrenhado, tinham olheiras de baixo dos meus olhos, e perto da minha orelha, tinham marcas de travesseiro. Que linda que você está, Jade.

Dei de ombros. Não preciso ficar bonita.

Voltei e me deitei na cama.

– Pode começar a falar. – falei.

– Você sabe que o George está dando em cima de você, não sabe?

Suspirei.

– Sim. Descobri isso ontem.

– Que bom. Porque eu não aguento mais ver isso.

– Não sei qual é o problema de vocês! – falei estressada. – Parem de gostar de mim, ou sei lá o que vocês sentem! Eu só quero que vocês parem! Isso está me irritando demais.

– Eu não consigo parar. – ele falou. – Eu já te disse isso. Mas sabe o que eu acho, aquele tomate está querendo me irritar, e está te usando para conseguir isso. E odeio dizer, mas ele está conseguindo. Qualquer dia desses eu entro no dormitório dele o jogo pela janela.

– Se tivesse uma janela. – o lembro.

Ele concorda suspirando.

– Você gosta dele? – pergunta.

Eu reviro os olhos. Quantas vezes eu vou precisar dizer que eu não sinto nada?!

– Não. Não gosto dele. Eu já te disse, O'brian. Sou dificilmente conquistável. E se vocês estiverem tentado, está dando errado.

– Eu não estou mais tentando. – fala olhando para baixo. – Acho que agora eu estou mais preocupado em afastar o George de você.

– Ele mudou. – murmuro depois de um tempo.

– Ahn?

– O George mudou. – falo mais alto. – Antes, ele... Ele... era o meu amigo, sabe. Ele sempre fazia as coisas mais difíceis, sempre procurava me agradar, etc, etc. – faço uma pausa. – Mas quando ele disse que tentou milhares de vezes me conquistar, eu descobri que ele estava fazendo tudo isso para eu começar a reparar nele. Mas eu já reparava, mas como um amigo. Nada mais que isso. Para falar a verdade, eu nunca pensei em relacionamentos, porque eu sempre pensei que eu não era boa o suficiente para alguém.

Suspiro. Preferia os tempos de rua, em que a minha preocupação era ter o que comer. Bem, isso parece um problema bem maior do que o que eu tenho agora. Afinal, eu posso chamar isso de "problema"? Posso. Porque ter dois garotos gostando de você e fazendo de tudo para ter sua atenção é deplorável.

– Você é boa para mim. – Tony falou se sentando na minha cama. – Mesmo com essas olheiras, ou com as roupas largas que você usa, continua sendo perfeita para mim.

Sorri um pouco, e o abracei de lado. Ele era um bom amigo, mesmo eu sabendo que ele queria mais que isso.

Ele retribuiu o abraço de bom grado. Me apertando cada vez mais.

– Ahn... Não acha que está muito forte? – pergunto.

Ele me solta um pouco rindo.

– Quero saber o quanto você aguenta.

Olhei para ele. Irritante idiota. Ele estava me testando?

– Ok. Vamos ver o quanto você aguenta. – falei o abraçando apertado.

– Mais. – apertei mais forte. – Muito mais, Jade. Eu sendo um ídolo seu, sempre pensei que você era mais forte que isso. – aquilo me deixou com raiva. Apertei ele com todas as forças que eu tinhas, então ele gemeu.

– Ok, ok. Pode parar. – o soltei. Eu tinha usado todas as minhas forças, mesmo.

– Minha vez! – se empolgou me abraçando junto com meus braços, de uma maneira que me fez estremecer de tanta força que ele havia usado.

Qual é, Jade? Você já aguentou muito mais que isso!

– Mais. – falei com a voz um pouco embargada.

Ele, como mandado, apertou mais.

– Ok... Pare. – gemi.

Ele me soltou. Respirei ofegante, mas dei risada.

– Muito fraca, você. – falei fazendo bico.

Dei risada.

– Pôde-se falar o mesmo de você! – falei, o dando um soquinho no ombro.

– Nada a ver. – falou. 

– Hum... O George também está matando aula? – perguntei.

Ele enrijeceu os músculos, e ficou numa postura mais ereta. 

– Hmm, não sei... Acho que não. Ele é muito certinho para isso. – disse seco. – Você... Você está preocupada com ele? – perguntou sem nem me olhar.

– Não. Não! Era só por curiosidade. – me esclareci. – Afinal... – pensa logo em alguma coisa, Jade! – Como vamos roubar todos os salgadinhos e doces da máquina da biblioteca, com um "tomate" á solta? – a ideia me veio na cabeça, e eu nem pude pensar antes da minha boca já estar falando tudo isso.

Ele me olhou sorridente, e com um brilho diferente nos olhos.

– Você quer ir? – perguntou com uma sobrancelha levantada, e com um sorriso de lado.

– Não estou muito a fim de engordar, mas... Eu tenho uma academia ao meu dispor, por aqui. – falei me levantando.

Fui ao banheiro, e pus o meu unirem feio, mas fiquei só de meia.

– Porque você está de uniforme? – ele perguntou quando eu saí.

– Se o Diretor Adam nos pegar, falamos que estávamos indo na biblioteca pegar alguns livros. – falo indo em frente á penteadeira, e penteando meu cabelo. Olhei para as minhas olheiras terríveis. Depois olhei para as maquiagens que Clarisse deixou.

– Você sabe como usar uma "base"? – perguntei.

Ele me olhou com a sobrancelha franzida.

– Não! Você acha que eu sou um tipo de gay? – perguntou.

– Não. – respondi. – Só que eu sou uma garota que não sabe usar maquiagem. Só isso. – falei pegando meu celular na cômoda.

Digitei no Google: "Como usar uma base para cobrir as olheiras?"

Até que eu não sou tão ruim nesse negocio de internet, não é? Apareceu centenas de vídeos, e cliquei no primeiro que apareceu.

Tony sentou ao meu lado, e assistiu o vídeo comigo.

Depois que terminamos de assistir, procurei nas maquiagens para ver se tinha alguma base verde. Mesmo desconfiada de que eu iria parecer um E.T., eu passei como a menina do vídeo mostrava. E não ficou ruim!

Olhei para Tony e perguntei:
– Como ficou? 

– Sem sinal nenhum de olheiras. – ele falou me examinando. – Será que eu posso passar isso também? – ele perguntou vindo na penteadeira, e examinando o conteúdo da base contra-olheiras.

– "Esse produto não apresenta qualquer resquício de substâncias contra-indicadas para pessoas de sexo masculino." – ele leu com uma vozinha fina, me fazendo rir. – Gatinha, pode passar em mim. – ele falou se sentando na minha cadeira, e se virando para mim.

Passei a base nele, e teve o mesmo efeito do que eu. Ficamos com olheiras quase imperceptíveis.

– Pronto. – falei.

Ele se olhou no espelho, e olhei para mim com um olhar de "bom trabalho". Fiquei feliz com isso.

Fomos ao seu dormitório, e ele colocou o uniforme, então fomos além direção à biblioteca.
Na hora da escada, alguma coisa aconteceu com o pé quebrado, porque estava doendo um pouco, o que me fez ir pouco mais lenta, em vez de correr.

Chegamos a biblioteca, e fomos direto a máquina de doces. Olhamos para a velhinha que ficava na recepção. Ela não estava olhando para nós.

Tony me entregou uma ficha laranja, e eu o olhei sem entender. 

– Eu roubei do Henri. São para pegarmos coisas desta máquina sem precisar pagar. Você pode escolher 3 coisas  a cada ficha.

– Ah... – murmurei, enfiando minha ficha dentro da máquina de doces.

Ele me ensinou a usar corretamente a máquina, então eu pedi um pacotinho de "M & M's", um "Mentos", e uma barra de chocolate. Henri pegou três tipos de salgadinhos, e alguns refrigerantes. Ele tinha mais, e mais fichas dessas – Opa! Fichas que ele roubou do meu irmão –, então quase que acabamos com todas os doces, salgadinhos e bebidas que tinham nas máquinas. 

Saímos da biblioteca sorridentes como nunca. 

– O que vamos fazer agora? – pergunto quando chegamos ao quarto dele.

– Que tal um filme? – perguntou.

– Eba! – falei me jogando na cama de baixo da beliche.

– Qual o seu tipo de filme? – ele perguntou. – Por favor, romances não!

Fiz uma careta.

– E você acha que eu tenho cara de que, gosta de assistir filmes de romance? – perguntei.

Ele ficou olhando para mim por uns segundos.

– Acho que você combina mais com suspense. – falou.

Revirei os olhos e bati minha mão na cama, dando a entender que era para ele sentar lá.

– Que tal... Os Outros? – perguntei.

– Não. É muito chato. – fala. 

– E sobre o que que é? – pergunto.

– É meio estranho. É sobre uma família, que o pai está na guerra, a mãe é uma mulher viciada em religião e na educação dos filhos, e os filhos têm um problema com a luminosidade. Dai eles chamam uns empregados para cuidar da casa enorme, mas os empregados estão na casa para, especificamente, achar um túmulo ou algo do tipo... Mas fala basicamente sobre a garota que começa a "ver" pessoas/ fantasmas em sua casa... Mas no final, eles descobrem que estavam mortos, ou seja, eles eram almas... E os fantasmas que ela via eram humanos de verdade... Um pouco estranho.

– Você contou o final! – fali manhosa.

– Sim! Eu não iria ver de novo! Meu irmão ficou viciado nesse filme, e sempre que íamos assistir um filme, ele ficava implorando para assistirmos esse... Cansei!

– Você não me contou que tinha um irmão. – falei.

Ele me olhou como se tivesse falado algo que não devia. Depois ficou emburrado. Parece que não sou só eu que tenho problemas com a família...

 


Notas Finais


E aí? Gostaram? Bem, espero que simmmm, haha. Beijos <33333

Comentem, comentem, comentem. Favoritem, favoritem, favoritem.


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