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História Refúgio - Cap. Único


Escrita por: lotusflower

Notas do Autor


Eu sou a rainha dos one-shots.... Hahahahah! Adoro mesmo!

Essa é só mais uma one swanqueen, inspirada numa música que eu amo (Teatro Mágico - Refúgio), pra falar e desmitificar essa coisa de "cada panela tem sua tampa". Isso não existe!
Ok, espero que gostem, boa leitura!
Beijas

Capítulo 1 - Cap. Único


Depois de um final de semana muito agitado no mundo das histórias não-contadas, procurando por alguma pista, algum indicativo do que estava prestes à acontecer em Storybrooke, mas sem sucesso, Regina, Hook, Emma, Henry, David e Snow voltaram para a sua cidade no Maine esgotados e abalados. A vida de quebrar maldições o tempo todo era cansativa e instável –psicologicamente falando-. Tinker estava na porta do Granny’s esperando por eles, mais especificamente por Hook.

- Vai lá, garanhão... – Emma brincou com o novo casal de Storybrooke. Por alguns segundos na Terra do Nunca achou que seu amor verdadeiro fosse Killian, e por algum tempo acreditou nisso, mas assim que chegou no submundo para tentar salvá-lo, soube que faria aquilo por qualquer amigo, e na tentativa de dividir seu coração com Killian, do mesmo jeito que seus pais fizeram tempos atrás, ela não conseguiu. Seu coração estava duro como pedra. Desse modo, os dois entenderam que aquela era uma relação de amizade, amizade muito forte talvez, mas só amizade. Emma conseguiu trazer o Hook de volta para Storybrooke e quando os dois pisaram na cidade sãos e salvos, depois de todo o grupo em excursão pro Submundo, Tinker se declarou aberta e ensandecidamente por Hook. E enquanto eles se acertavam, Regina sentia um alivio imenso que não era capaz de ser acobertado, pelo simples fato de Emma ter voltado e ter estado bem. Quando a loira abraçou seus pais, irmão e seu filho, sentiu-se feliz. Mas quando Regina veio abraça-la, o que nunca havia acontecido antes, Emma então se sentiu em casa. E foi nesse momento que ela percebeu que seu coração se partiria em mil pedaços por Regina se fosse preciso. Ela era seu porto seguro. À partir desse evento pelos 8 meses à frente, a amizade entre Killian e Emma parecia dar muito mais certo do que qualquer relacionamento que tentavam nutrir antes e a loira descobria um sentimento inusitado com Regina, que acabou por superar alguns medos e se entregar à xerife.

- Nós vamos jantar, vocês não vão? – Snow perguntou enquanto pegava o garotinho de um ano do colo de Ruby, que aparecera do lado de fora, já irritada com o menino travesso que puxava seus cabelos vermelhos sem dó à mãe.

- Não... vamos direto pra casa. Até amanhã. – Emma deu um sorriso tímido e continuou seu caminho de mãos dadas à Regina, ambas acompanhadas por um calado Henry, até o fusca amarelo estacionado na esquina. Estacionou em frente ao casarão e Henry foi o primeiro à descer. Provavelmente ia querer tomar um banho rápido e ir procurar pela namorada. Emma desceu e Regina acompanhou-a até o portão de entrada.

- Que foi? – Emma perguntou, quando a morena parou subitamente.

- Eu preciso... fazer uma coisa. Logo eu volto. – Regina explicou. Sua voz perdera um pouco a cor, mas Emma sabia que a rainha não gostava muito de dar satisfações e Emma não era a mãe dela, não queria cobrar nada daquilo, então sorriu, depositou um selinho terno nos lábios pintados de vinho da prefeita e entrou na casa. Regina esperou Emma entrar no casarão e seguiu andando por dois quarteirões, até chegar no cemitério.

Próximo ao seu cofre, uma lápide em mármore negro reluzia sob as nuvens cinzas carregadas de gotículas de água que esperavam o momento certo para cair. Uma placa em bronze indicada quem ali jazia e ela olhou por alguns instantes aquele monumento mórbido antes de se sentar num tronco polido em frente. De suas mãos, flores brotaram como mágica.

- Desculpe não ter vindo antes... Mas eu jamais teria esquecido, você sabe, não sabe? – Ela também tinha agora nas mãos um pequeno vidrinho com um pouco da poção de Mérida, a qual ela jogou em respingos todo o líquido ali contido sobre a lápide.

Sua voz parecia um sussurro e sua pergunta parecia uma súplica. Até que sentiu uma brisa leve ao seu lado e a imagem turva e fantasmagórica de Daniel apareceu, sentando-se do lado dela no tronco polido.

- Eu sei que você não esqueceria. – Ele sorriu terno.

- Daniel... Eu... sinto tanto a sua falta. – Ela tentava segurar as lágrimas, mas estas eram fugitivas e algumas tomavam seu rosto. Por mais que ansiasse vê-lo novamente do fundo do seu coração, Regina ficou pasma com a visão dele.

- Eu sinto muito a sua também. Queria muito que tudo tivesse dado certo pra nós dois. Mas... veja quem se tornou. Eu tenho orgulho de você.

- Orgulho de mim? Eu só causei o mal pra todos que me cercavam...

- É verdade. Mas você soube se redimir, e tem um filho lindo. Eu fico feliz por isso. E orgulhoso.

- Queria que tivéssemos a oportunidade de termos nossos filhos.

- Eu também, embora eu sempre tenha desejado meninas. Garotos dão muito trabalho. – Ele riu, sem som. Regina olhava para o plasma em sua frente, mas sua vontade era de agarrá-lo. – As coisas aconteceram, Gina, e não tem nada que possamos fazer. Mas você está feliz agora, e eu estou em tranquilidade, acredite. E tento cuidar de você por aqui. Eu sempre penso em você, sempre olho por você e pelo que está fazendo. E por Henry também.

- Queria tanto que tivéssemos tido a chance de...

- Não sinta por isso. Não foi culpa sua... E nem de Snow. Ela era uma garota e queria o bem pra nós dois. Já lhe disse isso, mas hoje você pode entender melhor. Não era pra acontecer. O que tivemos ficou reservado ao passado e às lembranças. Tudo o que você tem agora é com Emma e é com ela que deve ser feliz. Você merece isso, Gina, depois de todo esse tempo.

- Então você já sabe sobre isso?

- Claro que sei. Como eu disse, eu sempre estou olhando você. E não consigo ficar mais feliz com a escolha. Ela é uma mulher ótima e te faz bem. Se não é comigo, então que seja com ela que a minha amazona preferida seja completa.

- Você concorda com isso? Eu... eu achava que...

- Regina, lembra quando você e eu selávamos os dois alazões e corríamos durante o entardecer inteiro até próximos do lago, e você me deixava vencer, para depois rirmos durante muito tempo? Eu via o seu sorriso, a sua risada. A melhor música que já pude ouvir, entende? E sentia a alegria do fundo do seu coração. Quando se vê o quanto sua alegria é bonita, Regina, acredite, nunca mais ninguém irá querer tirar isso de você. E é só alegria em seu coração que vejo quando está com Emma. Ela te faz sentir-se como um dia eu já fiz. Então eu posso sentir sua energia de novo, graças à ela. Graças à Emma que eu consigo te ver do jeito com que eu me apaixonei todos os dias da minha vida. Eu te amo tanto, e perceba que falei no presente, porque eu amei e amarei por toda minha eternidade, onde eu estiver, eu a amo tanto que seria egoísmo se eu quisesse ou pedisse que continuasse sua vida sem ninguém. Não. Você é independente e feliz sozinha, mas uma companhia boa lhe faz bem.

- Danial, eu te amo. Pra sempre. Emma nunca vai...

- Shh... Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu sei o lugar que tenho no seu coração e sei o lugar que Emma tem. Somos diferentes.

- EU te amo tanto...

- Eu também te amo. Eu morri amando você e sempre vou amá-la. E obrigado por me trazer flores todos os anos nesse “aniversário de morte”... Isso me traz algumas visitas bastante bonitas de alguns insetinhos por aqui. Eu faria tudo isso por você também. – Eu tenho que ir. Conversar assim com você consome muito da minha energia. Mas lembre-se: eu sempre estou com você e você sempre está comigo. Não se arrependa do que nunca fizemos, sinta falta do que já foi feito e lembre-se de mim com o carinho que eu tenho por você.

- Eu sempre faço isso.

- Até breve, Gina. – Daniel acenou com a cabeça e sumiu no ar, deixando apenas as flores sobre os túmulos e uma Regina emotiva e chorando sentada no tronco.

- Porque a moça bonita está chorando desse jeito? – A voz levemente rouca surge de trás da árvore, por entre a trilha a qual Regina tinha chegado até lá, e a prefeita tentou limpar um pouco das lágrimas. – Ah... – Emma acenou com a cabeça em sinal de entendimento sob a situação quando sentou-se do lado de Regina, o mesmo lugar onde a visão de Daniel estava há poucos segundos.

- Espero que não fique brava. É que eu não consigo... – Regina se embolou com as palavras.

- Não, não... Isso não é sobre mim, Regi. Isso é sobre você e sobre o seu amor verdadeiro. – Emma acariciou-a no rosto.

- Você entende... – Regina disse, soando mais como uma constatação.

- Entendo. Daniel é uma parte importante de você. Eu jamais vou competir com ele. E respeito a lembrança dele. Assim como Neal fez parte do meu passado. A gente pode seguir em frente, mas o que aconteceu lá atrás não tem como mudar, não é? E é isso que nos torna o que somos... Pelo menos, foi o que eu ouvi uma vez e fez muito sentido pra mim.

- Faz 36 anos que ele morreu. Hoje.

- Eu sinto muito.

- Eu precisava vir vê-lo. Consegui um pouco da poção de Mérida e...eu precisava vê-lo uma última vez.

- Deu certo?

- Sim, perfeitamente.

- Que bom. – Emma sorriu sincera. – Mas acho que agora seria bom voltarmos. Já está ficando escuro e você não está com uma das melhores caras.

- Obrigada, por entender. – Regina ficou em pé e deu a mão à Emma, que aguardava pela companheira. – Vocês... me disseram coisas parecidas.

- Sério?

- Sim.

Regina agarrou o braço de Emma enquanto saíam e depositou um último olhar sob a lápide negra.

 


Notas Finais


E aí? Gostaram? Concordam que não há um só amor verdadeiro?
Comentem, favoritem e falem comigo! Hihi, não mordo não!
Obrigada por lerem ♥
Beijas e utas


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