História Regeneration - Vento

{Dois dias depois de chegarem em uma pequena cidade perto da indústria Osborn}

Senta rapidamente na cama de casal e analisa alerto tudo em volta, descrevendo um quarto de hotel vazio, bagunçado e suavemente iluminado pelo sol, continha algumas garrafas em volta e roupas jogadas pelo chão também. 

Sua cabeça latejava ao tentar lembrar da noite passada. 

-Que merda... 

Esfrega seu rosto cansado e sente que estava nu por baixo das cobertas brancas. 

-QUE MERDA. 

Escuta um barulho de descarga vindo do banheiro e espera o sujeito sair dali, logo vendo Wade seminu na porta com um sorriso sacana. 

-Não, não é. Só dei um mijão mesmo. 

Anda até o menor, na qual tenta se cobrir totalmente com o pano, e se deita ao seu lado. 

-Você lembra de ontem?! 

Recua temeroso pela resposta, parte de si não desejando saber das merdas que fizera. 

-Mas é claro, Peterzinho... 

Wilson faz os dedos caminharem em seu braço coberto pelo tecido branco e lhe faz tremer. 

-Se não, quem ficaria sóbrio pra ver você bêbado? 

Levanta-se um pouco na altura da boca alheia, analisando os olhos medrosos do mais novo lhe encararem com preocupação. 

-Eu não fiz nenhuma cagada, não é?? 

Esconde seu rosto por baixo da coberta afim de não esboçar sua tremenda vergonha, o que aquece o coração do maior e o faz derruba-lo deitado na cama, ficando por cima do mesmo e o esperando tirar o pano do rosto. 

-Defina "cagada". 

Vê Parker tirar o lençol da cara e lhe encarar enfurecido. 

-O QUE MAIS SERIA UMA CAGADA, DEADPOOL?! 

Wade ri agraciado com aquela visão e em seguida se joga ao seu lado. 

-Você é tão fofinho quando tá puto~ 

Parker revira os olhos e se senta de novo. 

-Responde a minha pergunta. 

O segurança pensa por segundos e decide falar. 

-Pra mim, uma cagada é matar uma pessoa por engano, mas pra você seria algo mais como... 

Reflete com a atenção do menor. 

-Correr drogado com a metade da roupa por um campo de futebol. 

-Ah não ... 

Peter murmura penalizado e envergonhado ao massagear a cara cansada. 

-Não acredito nisso... 

-Ah, sem contar que você- 

-Espera, eu tava drogado?? 

Questiona alerta e desacreditado, sabendo que não havia só bebidas. 

-Sim, mas foi porque você quis. 

-Eu com certeza tava bêbado! 

-De qualquer forma eu não conseguiria te impedir, você veio correndo até mim dizendo que já tinha tomado. 

Ri no fim lembrando da empolgação do filho de Stark. 

-Foi tão engraçadinho, você tava igual um cachorrinho abandonando o rabo. 

-Você é péssimo em cuidar de pessoas. 

-Hey, não é minha culpa, eu tava ocupado cuidando de uma outra cagada sua. 

Se espanta. 

-Que outra cagada?! 

-Você tinha comprado duas cobras de uns caras estranhos, desconfio de que umas garotas te levaram lá. 

Fala pensativo. 

-E a onde você tava?? 

-Tava conversando com o gerente de um bar, me desculpando por ter brigado com um dos clientes dele e quebrado muitas coisas de lá. 

-Por que você tinha brigado com esse cliente? 

-Porque...assim... 

O maior fica levemente receoso em dizer aquilo, pois sentia que Peter talvez ficaria afetado com aquilo. 

-Você foi mijar no banheiro e me disse todo irritado que "eu sei mijar sozinho! Não preciso de ninguém!"... 

Parker cora desviando o olhar, havia parecido um garoto mimado. 

-Então eu fiquei no bar, porque tu tava muito puto com tudo, mas aí quando notei sua demora eu fui até o banheiro e encontrei o cara tentando tirar sua... camiseta. 

Ri desassossegado ao relembrar da cena em que o mais novo se encontrava sentado no chão do toalete inconsciente, era nojento pelo piso estar todo sujo porém era engraçadinho. 

-Você tava tão desacordado que eu pensei que ele tinha te socado, mas não tinha ficado nenhum machucado, então você só tava muito bêbado no começo do rolê. Depois disso eu briguei com o cara e tive que ficar um tempo no bar pra me desculpar, mas quando vi, você já tava em outra festa sem a camiseta. 

Sorri divertido com a noite, tentando transpassar tranquilidade ao menor mas não conseguindo. 

-Você é um sujeito muito enérgico, Peterzinho. 

Parker revira os olhos estressado, em seguida pensando no motivo dele estar nu. 

-E por que eu tô todo pelado? 

Wade lhe olha tampando a boca e contendo o riso que saía abafado, avermelhando as bochechas e fazendo Parker corar junto, se desesperando aos poucos, o que ele tinha feito? 

-Você perdeu no jogo da roleta de copos. 

Solta uma gargalhada ao se sentar animado. 

-Pra quem é inteligente, você foi muito burro! 

Parker esconde seu rosto atrás das mãos e reflete no quão inconsequente fora. Não estava ali pra festejar, estava ali a trabalho. 

-O TRABALHO! 

Levanta-se com tudo mas tropessa no lençol, dando de cara no chão e sentindo a dor por todo seu corpo. 

-Cuidado. 

O segurança finge se preocupar, o que revolta o menor na qual corre nu pro banheiro, tentando não se importar com a presença do outro. 

-CADÊ A MINHA ESCOVA?? 

Grita do banheiro meio aberto. 

-Você jogou na privada do outro quarto. 

Peter aparece na porta com cueca e fuzilando Wilson com os olhos. 

-Você não sabe cuidar de ninguém bêbado?! Por que você não me parou já no começo?! E por que não me acordou antes?! 

Solta esgotado. 

-Porque- 

-Esquece! 

Fecha a porta afim de não escutar mais nada vindo do agente. Peter sabia que estava errado, não era culpa de Wade e somente dele mesmo. Contudo, queria alguém pra culpar naquele momento caótico. 

-Vamos. 

Em ligeiros minutos, os dois estavam na frente do hotel tentando pegar um táxi na rua extremamente movimentada de segunda-feira. 

-A gente vai pegar esse táxi amanhã. 

O mais alto comenta desviando o olhar por temer a fúria de Parker. 

-Sugere o que então? 

Sem perceber, o filho dos Stark já estava montado em uma moto enquanto abraçava desesperado o segurança animado. 

-QUANDO VOCÊ CONSEGUIU ESSA MOTO?! 

Peter pergunta gritando por conta do som alto do vento e trânsito. 

-QUANDO VOCÊ TAVA RESOLVENDO A NOSSA ESTADIA E ARRUMANDO AS MALAS. 

Wilson retruca sentindo o vento bater em seu corpo e rondar sua pele, era úmido mas por enquanto não sentiam calor. 

-VOCÊ TEM LICENÇA PRA ISSO?? 

O mais novo aperta mais a cintura do sujeito a sua frente, na qual sorri com a sensação boa e satisfatório que Peter realizava. 

-NÃO TENHO NÃO. 

Diz maldoso para que Parker o agarrasse mais ainda. 

-VOCÊ É MALUCO. 

Peter afirma antes de sentir seu corpo levitar e perceber que passaram por uma elevação na rua, parecia que estavam voando por curtos segundos. 

-ME DIGA ALGO QUE EU NÃO SEI! 

O segurança gargalha sem perder o controle do guidão, ele nunca disse nada para o mais baixo mas já havia feito várias aulas de motocross e participado de muitas competições ilegais, principalmente no exterior. O motivo de não ter dito nada era porque assim Parker ficaria mais agitado e eufórico, vivendo a adrenalina em seu sangue acanhado, podia até ouvir Tony agradecer por isso. 

Em seguida, a dupla atravessa a parte urbana da cidade e chega na rodovia cercada de árvores e matos. Logo, seguindo por mais alguns quilômetros, ambos avistam a grande estrutura da filial Osborn. 

-Nossa... 

Peter diz admirando o lugar ao notar a desaceleração do veículo, a propriedade era em tom metálico e com o grande nome verde acima. 

-Não quero cortar seu barato, mozão. Mas tem que mostrar sua chave de acesso aqui. 

Deadpool avisa parando a moto ao lado da cabine de estacionamento que permitia a entrada dos funcionários ou estagiários. 

-A-ah, okay. 

O estagiário apanha o crachá pendurado no peito e mostra para o trabalhador asiático, demorando alguns segundos para que os deixassem passar. 

-Temos só 5 minutos pra dar o horário! 

Após descerem da moto no estacionamento, Parker e Wade correm até a grande entrada e vê que precisavam passa pelo detector de metais. 

-Ah não, isso vai demorar. 

Olha pro segurança que sorri orgulhoso, ele tinha metal até no osso e aparentemente não aceitariam seu distintivo da SWAT (que dentro dela tem a Shield, só que poucos sabem dela então usam o distintivo da SWAT). 

-Não precisa disso, deixe ele passar. 

Um homem moreno com a mesma altura de Wilson e com um sorriso confiante manda mais a frente. Consequentemente, Peter ilumina o rosto lembrando do sujeito que já avistara nas redes sociais e revistas. 

-Harry Osborn! 

Ambos se aproximam e se cumprimentam complacentes, não se importando muito com a demora de Wilson nos detectores. 

-Já vi que não preciso me apresentar. 

O maior deposita a mão no ombro de Parker, na qual se toca do que deveria fazer em uma saudação normal. 

-A-ah! Meu nome é Peter Parker Rogers Stark! É um nome muito longo pra norte- americanos mas é um nome composto e meus pais acharam ele muito bonit- 

-Posso te chamar de Parker? 

Começam a andar deixando o segurança pra trás, que não gosta muito de ver o menor tão distraído com os gracejos de Osborn. Não podia dispensar também o agente do procedimento padrão? 

-Pode sim, é que me empolguei. 

Peter responde sentindo o braço do novo conhecido deslizar pelos seus ombros e se manter descontraidamente ali, o filho dos Stark se sentia bem-vindo. 

-Ótimo. 

O mais alto comemora ao começar a andar pelo corredor claro e silencioso da empresa. 

Era impossível não se conhecerem, pelo menos não pessoalmente, porque os dois eram filhos de gente importante e carregavam certo peso nas costas, como seus nomes e empresas renomadas, a diferença era que Parker não seguiria a carreira de empresário como Osborn na Oscorp. 

-Fiquei sabendo que veio por causa do novo projeto. Por que quis trabalhar nesse? 

O mais velho questiona interessado. 

-Bom, tem várias questões envolvidas... 

Ri nervoso ao desviar o olhar, intrigando mais ainda o outro homem. 

-Mas uma delas era que gostaria de participar de um projeto mais inovador e fazer parte dele. Além de enriquecer meu currículo. 

Tenta contagiar o maior rindo também, o que aparentemente dá certo pois logo vizualiza os dentes pontudo de Harry se esboçarem na lateral de seu rosto. O filho de Norman Osborn era mais bonito pessoalmente. 

-Entendo, mas quais são as outras questões? 

Fita os olhos do menor que enrubesce constrangido, estava o encarando demais. 

-B-bem- 

-Peter P. R. Stark! 

Escutam Wade correr atrás deles e gritar o nome abreviado do mais novo, provocando um suspiro em Peter. Queria ter conversado mais com Harry sem o segurança, assim se sentiria melhor para falar sério sem ter alguém querendo lhe fazer rir ou se estressar minimamente. 

-Olha, quem é esse? 

Osborn se distancia do menor e se aproxima curioso do sujeito corpulento. 

-Ele é o meu seguran- 

-Agente Deadpool, da Shield. 

Interrompe Parker ao erguer a mão (afim de cumprimentá-lo) e intensificar a voz, o que Peter estranha após ver os dois apertarem as mãos. 

-Por que tá falando desse jeito? 

O mais novo questiona com uma sobrancelha arqueada. 

-Que jeito? 

Continua engrossando a voz e não largando a mão de Harry, fazendo Peter conter o riso ao colocar a mão sobre a boca. 

-Por favor, para. 

Wade desiste e conclui que não funcionaria. 

-E quem é você? 

Questiona o bilionário que solta sua mão e o encara contrariado por breves segundos, o segurança sabia quem ele era mas queria ferir seu ego, jogo que não dá certo pois Osborn rapidamente compreende suas intenções. 

-Harry Osborn, dono da Oscorp. 

-Hum? 

Wilson sorri parcialmente, desconfiado. 

-E porque está numa filial daqui? Não tem várias por aí? 

Atrás do bilionário, Peter surta silenciosamente por presenciar tal ofensa realizada pelo seu segurança, que não deveria dizer nada e somente apenas lhe proteger. 

-Aqui será o início e o foco do projeto Regeneration, um dos trabalhos mais importantes da empresa que influenciará tudo que vemos e acreditamos, claro, se der certo. 

Sorri vencedor, respondendo uma pergunta grosseira com respeito, se for pra revidar que seja o menos ignorante possível, como sempre queria demonstrar superioridade. 

-Portanto, gostaria de ficar aqui e ver de perto a evolução, afinal, eu também estudava biomedicina na faculdade de Harvard. 

Dá as costas e deposita novamente o braço nos ombros tímidos de Parker, esgotando a boa vontade do segurança que deveria os seguir sem dizer mais nada. Deadpool sentia o cheiro de maldade nele, mas o que diria sem nenhuma prova? 

-Então, Parker... 

Os três entram no elevador. Harry já sabia pra onde Peter iria. 

-Está gostando da Tailândia? 

Pergunta já sentindo a caixa metálica subir. Por conta da festa do dia anterior, o mais novo fica nervoso e tenta responder o mais normal e responsável possível, não queria passar uma imagem errada. 

-Com certeza, aqui as pessoas são bem calorosas e humildes. 

Ri lembrando de seu país. 

-Totalmente diferente dos norte-americanos. 

Osborn ri e se sincronizam divertidos. 

-Concordo, até achava estranho esse comportamento. 

Chegam no andar e as portas se abrem, esboçando um vasto salão branco com várias pessoas trabalhando em suas mesas e, no centro de tudo, possuía um enorme tanque com um grande lagarto no meio, seus traços eram quase humanos. Fato que faz o novo estagiário se encantar e se aproximar aos poucos. 

-Esse é o modelo 011? 

Osborn anda até seu lado com um sorriso orgulhoso. 

-Sim, espera, como soube disso? 

Ao notar que fora pego, o filho dos Stark morde a língua e coça a nuca. 

-Eu conheço algumas pessoas bem informadas. 

Harry sorri e coloca sua mão no ombro alheio, desejando passar cumplicidade. 

-Vai ser bom ter você nesse projeto. 

O mais novo retribui com um sorriso animado. 

-Obrigado! 

Fala ao ver Osborn se distanciar e provavelmente voltar para seu posto. 

-Isso não é demais?? 

Parker olha novamente o enorme lagarto do tanque e sente o segurança caminhar até ficar ao seu lado, ele estava quieto demais. 

-Isso é muito estranho. 

Deadpool retruca observando a experiência. 

-Eu diria interessante. 

O mais baixo tenta mudar seu modo de vista. 

-Estou falando desse Osborn. 

O maior explica se voltando, dessa vez, para o colega. 

-Hum? Por que? 

Peter não entende. 

-O dono da Oscorp na Tailândia? E com você aqui? 

Parker franze a testa tentando compreender a situação. 

-Ele já disse que está aqui porque está interessado nesse projeto, para de ver coisas a onde não tem, Wade. 

Dá as costas e vai até a entrada do lugar, onde via as áreas que atuaria naquele trabalho. 

Wilson sabia o que Peter queria, ele desejava se afastar dos problemas de sua família e ser alguém normal, sem ter que se preocupar em ser morto ou ser usado por terceiros. Então tentaria não estragar isso como no dia anterior, porém ainda investigaria. 

≪◄••××××××× • ✠ • ××××××ו•►≫ 

-Terminamos. 

O filho dos Stark fala se espreguiçando ao andar em direção a saída, pelo que parecia era o único estagiário que havia ficado no laboratório escuro pela noite. Contudo, antes de sair, sente a falta de alguém. 

-Wade? 

Busca o segurança por todos os lados até pousar os olhos numa figura sentada, ele estava dormindo esparramado na cadeira cravada na parede. Olha o relógio de pulso e caminha cuidadosamente até o mesmo, não querendo acorda-lo de supetão. 

-Wadee... 

Chama-o como um soar de uma música lenta, analisando a expressão calma e neutra do mais velho enquanto levava sua mão até quase toca-lo na bochecha, ele era muito mais atraente quando ficava quieto. 

Seu pulso é pego repentinamente. 

-Que susto, quer dizer, que surpresa. 

Wilson diz lhe soltando e sorrindo novamente brincalhão. 

-Não levaria um susto de um rostinho tão bonito assim. 

Fala levantando e se aproximando do menor, na qual se envergonha e volta pra saída, adentrando o elevador. 

-Como sabia que eu estava perto? 

Peter pergunta ao ver seu segurança se posicionar ao seu lado e apertar o botão da descida. 

-Sei lá, só senti, qualquer um sentiria. 

-"Qualquer um" quer dizer meu pai, ne? 

Wade arregala os olhos. 

-O Capitão América? Que legal!! 

Bate palminhas animado. Muitos admiravam Rogers e Deadpool era um deles. 

-Nada de surpreendente vindo do chefe da SWAT! 

-Meu pai não é uma pessoa que relaxa muito. 

Parker sorri minimamente ao lembrar das pessoas que amava, não poderia reclamar de nada sobre a criação de seus pais, até porque tinham se esforçado muito. 

-Verdade, ele parece ser muito sério... 

O maior comenta pensativo, chegando em uma questão. 

-É por isso que você ainda mora com eles? 

Peter se volta novamente para o mais velho. 

-Eles se sentem mais seguros quando estou por perto e a casa tem toda a segurança possível. 

Sorri se esforçando em não transparecer inquietação. 

-As vezes não é fácil ser o filho de Anthony Stark e do Capitão Rogers. 

Solta um riso e se apoia na parede no elevador, logo recordando do dia anterior e em como se divertiu. 

-Olha... Wade... 

Pensa chamando a atenção do mais alto. 

-Me desculpa por hoje cedo, você me ajudou bastante ontem. 

Ri sem jeito ao pôr seu olhar no rosto do segurança, na qual acelera seu coração e ganha uma extrema vontade de abraça-lo. 

-Ooh~ Meu Peterzinho é tão fofo~ 

Abraça o menor rapidamente até tirá-lo do chão, gostando da sensação de aperta-lo sem se conter. 

-Eu não... consigo... respirar... 

Solta-o ao ver que Parker reclamava sem fôlego. 

-Desculpa. 

Diz abaixando a cabeça culpado, o que faz o estagiário se compadecer do mesmo. 

-Você pode me abraçar, só que não tão forte. 

Abre minimamente os braços mantendo o sorriso convidativo, logo recebendo o maior contido e gostando do contato, ambos gostavam de abraços só que Wilson levava tudo mais a sério. 

As portas se abrem e vêem Harry do outro lado, o que faz Peter se enrubescer nervoso e o segurança ranger os dentes sem separar o abraço. Tinha que ser naquele momento? 

-Espero não estar atrapalhando algo. 

Osborn deseja adentrando a caixa metálica e, ao ver os dois se separando, se posiciona entre eles. 

-Está. 

-Não está não. 

O mais novo contraria Wade, o que faz o bilionário rir contido. Wilson não entendia mas Parker via o empresário como uma perfeita chance de amizade. 

-O que vão fazer depois daqui? 

Harry questiona após apertar um botão. 

-A pergunta é: o que você estava fazendo nesse andar? 

O segurança retruca aproximando ameaçadoramente seu rosto do empresário. 

-A gente iria passar por alguns pontos turísticos, já que o país não é tão grande, dá pra ir em vários lugares. 

O menor responde a primeira pergunta afim de disfarçar a implicância do outro. 

-Interessante, conheço vários pontos mas hoje infelizmente não terei tempo pra te acompanhar. 

Ignoram o agente findando a conversa no térreo e se separando complacentes. 

-Não gosto muito dele. 

O segurança comenta ao andarem para a moto no estacionamento. 

-Você não precisa gostar. 

Peter fala pegando o capacete e o colocando, rapidamente pensando no que iria acontecer se brigasse com Wilson naquelas circunstâncias. 

-Por favor, não banca um de louco nessa moto. 

Wade ri sacana subindo no veículo. 

-Pensarei no seu caso. 

≪◄••××××××× • ✠ • ××××××ו•►≫ 

-Não reclama. 

Anthony fala com seu fone de ouvido enquanto dirigia pra casa. 

_Como não reclamar se o segurança que você sugeriu é maluco?_ 

Seu filho protesta após dizer que quase morreu no trânsito tailandês por conta de seu guarda-costas. 

-Peter Parker com raiva de alguém? 

Stark diz sorrindo sarcástico. 

-Pensei que você era igual ao seu outro pai, que vê a bondade em todo mundo... 

Escuta o suspiro do mais novo pelo celular. 

_Eu não odeio o Wade, só acho que ele é doido._ 

-Seu pai disse a mesma coisa de mim e olha como estamos. 

A chamada fica muda por longos segundos, dando oportunidade para o mais velho continuar falando. 

-Escuta, eu indiquei o agente Deadpool justamente por ele ser assim, porque desse jeito você faz mais merda, claro que não engravidando ninguém já tá ótimo, mas você tem que ser mais aventureiro e ousado. 

_Seu marido sabe disso?_ 

O engenheiro mecânico tosse nervoso ao lembrar de Steve. 

-Eu o convenci com outras palavras, okay? 

_Aham...sei..._ 

-Então vai me dizer que não está gostando da companhia dele? 

_Hum..._ 

Tony sorri sabendo o que seu filho diria. 

_Não...bom...eu não sei...na verdade eu fiquei mais revoltado porque vocês não me disseram nada._ 

-Viu. Eu disse que não era por causa do Wilson. 

_Verdade, é por causa de vocês, você também o contratou porque sabia que eu achava ele bonito, não é?_ 

-Hum ... 

Stark pensa ao parar no sinal vermelho, pensando se deveria falar a verdade. 

-Sim, é verdade. 

_Eu sabia! Nunca mais falo nada!_ 

Seu pai revira os olhos depois de ouvi-lo comemorar vencedor. 

_Vocês não tem medo de eu me apaixonar por ele?_ 

-Não sei, você vai? 

Novamente o silêncio toma conta da chamada, Anthony sabia que seu filho estava envergonhado, nem tinha pensado antes de falar. 

-Eu e seu pai pensamos nisso, mas sabemos que você sabe o que faz, confiamos em você. Então se você decidir CASAR com um cara maluco que provavelmente matou mais de 50 pessoas e já invadiu 17 agências de segurança, eu e seu pai aceitaremos sua decisão. 

O mais novo novamente suspira. 

_Vocês são pais estranhos._ 

Tony revira os olhos. 

-Então se é só isso, bye bye. 

_Esper- 

Desliga a ligação e volta sua atenção ao trânsito. Filhos são complicados.