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História Rehabilitation (VHope) - Ausência


Escrita por: TiadoscapopiK47

Notas do Autor


Che Gay, mirinhos 💜🎤

Sentiram falta da tia?!😘

Pois já tá mais que na hora da minha vida virar uma bola pra eu  jogar no lixo e atiçar fogo 🔥👌- pois é, olha meu ataque aqui🤤

🌙Mas, aproveitem o capítulo novo, que eu ando um montinho de ocupação esses dias, e está difícil até ter um momento só para mim, com faculdade, serviço e meus problemas em minhas costas😥

👉Mas, como eu amo escrever e sou fiel às coisas que começo, está aí mais um capítulo 👍

🙌Leiam as notas finais 🙌 Perdoem os erros ortográficos 👉👈

🗣️E prestem atenção nos detalhes🤓

🖖Boa leitura 📖💡!

Capítulo 9 - Ausência


Fanfic / Fanfiction Rehabilitation (VHope) - Ausência


"Para melhor apreensão acerca dos aspectos que fundamentam a vida terrena, é da maior importância ressaltar que as enfermidades mentais são efeitos e não causas..."


~Transtornos Mentais (Suely Schubert)



‡‡‡‡



Eu queria realmente saber quem 

inventou o "bom dia", o "boa tarde" e o "boa noite"!

O cara devia ser muito "pau na brecha" pra sair por aí dizendo que o dia dele estava bom pra se "gabar", caso os outros não tivessem!

"Ah que dia bom, seu "fuleiro", pouco me "fudendo" se o teu não tá, apenas diga a mesma coisa"; e a pessoa vai lá e diz "bom dia" pro "Sr. O Mundo Gira Em Torno Do Meu Pinto" - era exatamente isso que se passava em minha cabeça nesse exato momento

"O QUE TÊM DE BOM EM ACORDAR SEGUNDA FEIRA, CEDO, PRA OLHAR A CARA DE AMEBADO DE UM PSIQUIATRA, QUE ESTÁ GANHANDO UM SALÁRIO PRA FALAR CONTIGO?!" - uma bela análise minha, olhando em volta de mim, quando o ouvi limpar a garganta, chamando minha atenção

- Bom dia, Hoseok! - ajeitou os óculos no rosto, revirando alguns papéis sobre a prancheta - Como tens passado os últimos dias?

"Eu sei que é "dia", mas seria "bom" se eu estivesse em casa; especificamente, dormindo em minha cama" - revirei meus olhos

E mesmo que minha vontade fosse dizer : "enfia o bom dia no cú", apenas o observei fixamente, vendo-o ler algo no provável relatório que à mim pertencia, sem dizer o mesmo ( lê-se: não sou obrigado )

E realmente, não o dei importância, pois a cadeira ao lado da minha parecia emitir algo no ambiente que à mim surtia incógnitas sem respostas

Pois, ela se encontrava vazia!

- Hoseok?! - Namjoon chamou minha atenção - Se quer saber por qual razão seu colega de tratamento não está aqui, é porque ouve um imprevisto, e ele teve que ausentar-se!

- Que problema?! - indaguei rapidamente, encarando a cadeira solitária, enquanto minha mente concretizava milhares de prováveis acontecidos

- Digamos que ocorreu "algo" inesperado, e ele ficará alguns dias afastado! - o fitei fixamente, tentando entender suas variações - Mas, como apenas nos vemos uma vez na semana, diria que seu psicólogo iria lhe ajudar esses dias, já que Taehyung ficará afastado!

Permaneci quieto, já que não havia ido ao psicólogo oferecido pelo próprio Centro Psicossocial uma vez sequer, e nem dado atenção às prescrições do que haviam me ensinado

- Ah, sim! - ergueu os olhos em minha direção sério - É difícil lhe ajudar com suas ausências no psicólogo, já que ele está aqui para isso!

Continuei encarando aquele psiquiatra, cuja existência para mim era tão fútil quanto a minha, enquanto a inquietação de minhas mãos já faziam arranhões em meus joelhos com a fricção das unhas

"Ansiedade" - respirei fundo, baixando meu rosto, sentindo meus olhos arderem, tentando processar tudo que havia ocorrido nos últimos dias

- Sua mãe ligou para nós, e especificamente relatou que você anda "descontrolado" ultimamente, e que não está dando a menor importância pro seu estado! - o homem cruzou os dedos na altura do queixo, encarando-me profundamente - Acha que veio parar diante da minha mesa à toa, Jung Hoseok?! Acha que seu "silêncio" diante de mim, já não diz o suficiente para eu constatar que você tem problemas?!

Respirei fundo, sentindo um latejar em minha cabeça, diante às palavras diretas do médico, que parecia enveredar minhas expressões

- Você têm um quadro complexo, e estamos aqui para lhe ajudar à resolver... Assim como sua mãe também quer! - falou pausadamente, fazendo gestos com as mãos - Estamos tentando evitar o que ocorreu no seu tratamento passado, no antigo psicológo, ou quer que lhe lembre?!

Minha respiração pausou, enquanto sacudi a cabeça diversas vezes negando, tentando não lembrar de nada que o mesmo parecia querer trazer à tona

- Ótimo! - baixou os olhos novamente à prancheta - Não quero lhe entupir de remédios, como a maioria de meus pacientes Hoseok, acredito que você possa seguir sem eles, se resolver parar de beber e usar coisas que não vão lhe levar à lugar nenhum... Ou, simplesmente focar no tratamento e ajudar à si mesmo!

- Eu sou humano! - o alertei - Sou jovem, preciso de um pouco de liberdade!

- O seu conceito de liberdade é ficar à beira da morte?! - me encarou fixamente, sério - Devo dizer que me surpreende ainda estar vivo, jovem! Pois, observando as coisas que você faz, junto ao seu diagnóstico, devo lhe dizer que nada vai impedir sua permanência à curto prazo de cavar um buraco de seu próprio túmulo... - ergueu-se, colocando as mãos na mesa, inclinando seu corpo - e com suas próprias mãos!

- Que brincadeira é essa?! - ergui-me, enfrentando-o

- Invés de você focar em algo que lhe ajude... - andou até à um armário de metal ao lado - A única coisa que faz, é alimentar seu lado negativo; por isso você continua depremido, sem dormir, com esse vazio dentro de você, reclamando de tudo, com a paciência à um fio, sendo explosivo e vendo o lado ruim de tudo!

Encarei a mesa por algum tempo, assimilando suas palavras, vendo certo sentindo, mas sem abandonar o fato de que ele ainda era "suspeito" para mim

Quando o vi abrir a porta do armário, mexendo em algo, logo voltando-se à mesa, colocando duas cartelas de comprimidos diante de mim

- Vai me dar medicamentos?! - o olhei, sacudindo a cabeça - Não! De novo não!

- Não irei dá-los à você, se é o que pensa! - sacudindo-os no ar - Já ouvi o bastante do seu último psicológo à respeito disso, e sei que você sempre faz coisas boas tornarem-se ruins, Hoseok!

Entreabri a boca, sem conseguir respondê-lo

- Estou apenas querendo seu bem! - apertou os olhos - Mas, você não facilita! Por isso, devo lhe administrar esses remédios! Já tenho o bastante nesse relatório formulado pelo seu antigo psicólogo, e usarei as informações nele para seu diagnóstico, julgando que o antigo não tenha usado de má fé as informações!

- Eu não vou tomar remédios de novo! DE NOVO NÃO! - bati as mãos na mesa

- Então quer continuar com suas crises? Quer continuar chorando sem razão? Quer continuar com o descontrole? - engoli em seco - Vá em frente Hoseok, continue se arrependendo das coisas que você faz, sem perceber!

- Você não sabe de nada! - avisei, vendo-o lançar-me um sorriso fraco

- Sei o bastante para seu diagnóstico de depressão, para seu excesso de "manias"*, para todo esse caos que você emana... - pegou as cartelas, em mãos - A queatiapina* e o escitalopram* vão lhe ajudar muito, para tratamento de seu quadro, e vão ficar em posse de sua mãe, para administrar as dosagens!

- Quê?! - minha mãos em punho, ditaram minha fúria

- Acalme-se, Jung! - exclamou - Acho que você não quer passar pelo mesmo desastre que eu tive conhecimento! Você não é muito confiável para eu colocá-los em sua posse!

Mesmo que eu odiasse o fato de provavelmente ter de ficar dependente de medicamentos, não podia negar que era a pessoa menos indicada para tê-los em minhas mãos - o passado me condenava!

E essa era a mesma razão que me fazia estar ali, ouvindo um médico psiquiatra

- Você ficará 10 dias em repouso e observação, farei com que o psicólogo vá o visitar pelo menos umas 3 vezes no espaço desses dias, para ver como você está! - não evitei espanto - Sei que deve achar estranho, mas esse remédio é forte,  e vai lhe deixar meio impossibilitado de várias coisas, por isso ficaremos de olho, até você apresentar melhoras!

- Então pra quê vou tomar ele? Pra piorar minha situação?

- Pelo contrário! - apontou-me o dedo, defendendo-se - Isso acontece porque ele está agindo, e atingindo seu sistema nervoso, o que é normal! - sorriu, ainda me encarando - Você ficará bem, Hoseok!

Não omiti o fato de ter visto certa tristeza em suas palavras, assim como uma fagulha de remorso em seu olhar ainda pensativo, por isso continuei com um "pé atrás" diante sua postura e ações à minha frente

- Pode entrar! - ergueu à voz, após parecer irritado, quando alguns sons de batidas ecoaram da porta - Lee, estou ocupado!

- Desculpa, senhor Kim! - a secretária adiantou-se, envergonhada - Mas, o senhor Park insiste em vê-lo urgentemente! Parece que ouve alguma coisa com "aquele paciente"!

Notei que a notícia dita pela secretária resultou em certo desconforto e espanto em Namjoon, que aprumou-se, logo olhando para mim

- É... - o homem parecia nervoso - Acho que já foi suficiente por hoje, Hoseok! Venha semana que vêm, estarei contatando a direção para entrar em contato com você! Com licença!

Namjoon andou à passos apressados em direção à porta, logo saindo desta

E rapidamente a solidão daquela sala enveredou meus pensamentos, desenterrando lembranças

"Remédios" - suspirei, não evitando sentir uma dor na cabeça ao lembrar de meu passado, do sufoco, do descontrole

- Que inferno! - sussurrei, olhando para os lados, sentindo as paredes à me vigiar, e um remorso alimentando-se em meu peito

E logo olhei para a cadeira vazia ao meu lado, sabendo à quem aquele meu estado era responsável

Me ergui, já cansado de estar ali, direcionando-me à porta, ainda atribulado com o que havia escutado, com meu passado e com o fato desconhecido do estado de Taehyung

E muito pior: "que talvez, aquilo fosse tudo culpa minha"

O marco de sua última estadia em minha casa, havia sido com seu descontrole, e sua fuga após enfrentá-lo - coisa que até hoje me deixava confuso

"Porque ele havia fugido?!"
"Porque ele ficou tão estranho após escutar uma música?!"
"Porque ele teria que ficar afastado?!"
E acima de tudo: "O que havia causado aquilo nele?!"
"O que ele realmente tinha?!"

- Filho?! - ouvi minha mãe, vendo-a sentada no sofá de espera, sacudindo seu pé, inquieta - Podemos ir?

- Acho que sim, mas...

- Senhora Jung! - ouvi a voz de Namjoon, logo vendo-o aproximar-se ao sair de uma sala ao lado, nervoso - Tome, os remédios contabilizados para 7 dias!

- Vocês irão me dar eles contados?! - minha mãe estranhou, encarando o médico

- Sim! Para termos um controle! - alertou, ajustando seu jaleco - Não queremos uma "surpresa", e a senhora sabe à que me refiro! - a mulher me olhou, logo confirmando - E, são remédios fortes, e ele deve tomá-los, antes de dormir e...

- NAMJOON! - ouvi alguém chamá-lo alto, meio desesperado, e logo minha atenção voltou-se para a porta da sala, de onde o mesmo havia saído à instantes - Será que podemos terminar nosso assunto?

Era um homem jovem, parado no patamar da mesma, com a face tão avermelhada quanto seus fios de cabelo, junto à roupas que - à julgar pelo conjunto - eram compradas em brechó

Era um jovem humilde, mas isso não condizia com sua simetria facial, que julgava ser perfeita; e rapidamente, uma familiaridade apossou-se de meus pensamentos ao vê-lo encarar o médico, tentando lembrar de onde o conhecia

- Senhor Park, depois nós resolvemos seu problema! Espere! - o médico foi suscinto, colocando as cartelas de medicamentos sobre a palma de minha mãe, que não parava de encarar o tal Park com superioridade

"Só poderia ser minha mãe" - balancei minha cabeça, envergonhado do porte egocêntrico de minha mãe

- Depois?! - ouvi o garoto dizer, bufando - Eu já perdi a conta de quantas vezes já lhe liguei essa semana! Lhe disse várias vezes que ele está estranho... - o garoto gesticulava inquieto, parecendo surtar - Eu não sei mais o que fazer! Ele não come, não sai do quarto, e os remédios pararam de fazer efeito... EU NÃO SEI MAIS O QUE FAZER!

- Acalme-se Park! - Namjoon o olhou fixamente - Já fazemos o possível, agora você só precisa ter calma e paciência! Sabe que o diagnóstico dele é complexo!

- É... - minha mãe intrometeu-se, olhando o tal "Park" com desdém - Já estamos indo doutor, não quero atrapalhar e... Tenho algumas coisas para fazer!

"E tais coisas à fazer deveria referir-se ao fato de que seu cartão havia liberado o crédito, e seu débito havia caído no dia anterior... Ou seja, mais dinheiro para ela gastar com bolsas de couro raras, roupas, cujo valor podiam alimentar a nação e sapatos caros e ao mesmo tempo tão ridículos quanto o 'escândalo' que usava agora"

- Ah, sim, senhora Jung! Entendo... Mas, tome esse papel! Aqui indica tudo à respeito das dosagens, horários e possíveis efeitos do remédio! - o homem me olhou firme - E tente ser rígida com o horários!

- Sim, irei ser! - a mulher sorriu para o homem, que também sorriu, exibindo suas covinhas

Não evitei revirar meus olhos, olhando para o garoto que mexia em seus cabelos inquieto, como se aquilo fosse uma mania

E encarando seu porte pequeno, - já que era mais baixo - percebi suas bochechas naturalmente avermelhadas, seus cabelos laranjas, caindo sobre seus olhos, enquanto o mesmo encarava seus sapatos desgastados

Era fofo, devo dizer, se minha mãe não ouvesse passado em minha frente fazendo ecoar o som de seus saltos caríssimos no piso, como se ditasse que meu inferno era eterno

- Vamos, Hoseok! - exclamou, me fazendo revivar os olhos, assim que observei os olhos negros do tal Park direcionados à mim, assim que saí na direção de minha mãe, com sua bolsa Prada sacudindo em sua mão, como um saco de bosta pronto para ir em minha direção caso não atendesse seus gritos

- E então, Namjoon!?!- ouvi ao fundo, olhando por cima do ombro o menor encarar o altivo médico com os punhos cerrados - Eu não tenho dinheiro pra comprar os remédios do Taehyung! Vai me ajudar ou continuar enrolando?

"Taehyung?!" - parei, vendo o médico dar as costas para o alaranjado, que o seguiu como um carrapato ao seu encalço

E enquanto meus batimentos cardíacos ditavam os movimentos dos meus pés, senti uma mão à puxar meus pulsos

- HOSEOK, EU NÃO TENHO TEMPO! - ouvi o grito de minha mãe, antes de ela sair puxando meus braço, em direção à saída

"Remédio do Taehyung?!" - pensei, ainda olhando para trás, mesmo que a sala de espera já estivesse longe naquele corredor - "Ele toma remédios?!"

"Isso explicava muita coisa" - continuei raciocinando - "Talvez ele só estivesse sobre o efeito de algum naquele dia!" - pensei melhor - "Ou talvez, tenha sido só uma recaída!"

E mesmo que meus pensamentos estivessem soltos como minhas certezas, enquanto andávamos em direção ao carro, nada me ditava uma razão apropriada para tamanha confusão

"Mas, pra que problema ao certo ele toma medicamentos?!" - analisei o banner do Centro de Assistência Psicossocial, sentindo um beliscão em meu braço, encolhendo-me de imediato

E ali estava minha mãe, jogando a bolsa furiosa dentro do carro, logo me empurrando

- Hoje sua cabeça deve estar no nono anel de Saturno... Lerdo! - bateu a porta do carro - Invés de me ajudar, fica aí com essa cara de "apombado", pensando em besteira! - voltou à andar em direção ao prédio - Vou ter que ir pegar seu retorno e a data, já que você não ajuda em nada!

- Mas... - à acompanhei, vendo-a girar em seu salto

- NÃO! FICA AÍ! DE "EMBRULHO" JÁ BASTA SEUS PROBLEMAS... - puxou a barra da porta - FICA AÍ!

E à vi sumir, atrás da porta de vidro fumê, já livre do som do saltos, e de suas calças com estampa de onça, que só faltava abduzir meu cérebro de tamanho estilo "peruane"

- Doida! - resmunguei, impaciente

E antes que meus pensamentos voassem em direção à ausência do acinzentado, e de seus possíveis problemas, meus olhos captaram um carro antigo, parecido à um Santana de modelo antiquado, estacionado a uma vaga à frente

E rapidamente me veio à mente a cena de Taehyung entrando naquele carro à uns dias atrás, antes de pegar o celular das mãos de alguém, sem permissão

E esse "alguém" era o tal Park!

- Ele conhece o Taehyung! - passei as mãos em meus cabelos, sentindo uma rápida euforia que me fazia desejar adentrar novamente o prédio, em busca do alaranjado e de possíveis respostas

"Mas, porque tanta preocupação?!" - encostei-me novamente no carro, achando todas as minhas atitudes sem fundamento - "Talvez seja porque, a culpa é minha disso estar acontecendo"

"Ou não?!" - encarei novamente a porta de vidro - "Se eu não buscar respostas, nunca terei certeza"

E antes que meus pés fossem em busca de uma saída para toda minha inquietação, uma figura baixa saiu como um furacão pela porta, junto à uma pequena sacola em mãos

- Ei! - gritei imediatamente, assustado comigo mesmo, ao ver os olhos arregalados do mesmo em minha direção

Após andar até si, vendo o mais baixo apertar a sacola em mãos, me lançando um olhar desconfiado, respirei fundo, tentando me acalmar

- Você conhece o Taehyung, não é?! - o mesmo revirou os olhos, batendo o pé no chão ao cruzar os braços - Ele está bem?!

- O que é?! - ergueu uma sobrancelha, dando um passo à frente - Mais um curioso?! Te pagaram quanto? Minha vida não é palco de atrações, ok?!

Os olhos do alaranjado pareciam fumegar ódio, assim como suas mãos em punho, que me fizeram recuar diante à indignação quase palpável em seu tom de voz

- Não! - defendi, vendo-o franzir o cenho - Eu só estou preocupado!

O menor bateu palmas, diante do meu rosto, com um nítido sarcasmo em seu rosto

- Você?! Preocupado com o Tae?! - riu, irônico - Olhe para você... Com essas roupas de marca, com essa pose de rico... Acha mesmo que caio nessa?! Ninguém se importa com ele além de mim... Porque logo você iria?!

- Porque ele sumiu! - meu tom soou arrogante, fazendo o mesmo bufar - Eu estou sendo sincero!

- Eu também estou! - colocou a mão no quadril me apontando o dedo - E sei que toda pessoa que conhece ele, logo vira as costas, então me poupe de passar por isso de novo!

O mais baixo rapidamente continuou seu caminho em direção ao carro, inserindo a chave na porta, irritado, sacudindo a cabeça

- DÁ PRA PARAR DE ME JULGAR?! - andei até si, vendo-o erguer os olhos em minha direção, quando aproximei-me - Eu não tenho culpa de ter encontrado seu irmão... E na verdade, nem o conheço direito... Só estou preocupado, porque... Acho que isso, que aconteceu com ele, é tudo culpa minha!

Minha voz já estava embargada, e para minha surpresa, aquilo era imprevisível, já que rapidamente meus olhos marejaram, fazendo-me olhar para o lado, já envergonhado de mim mesmo

- Como?! - a voz assutada do garoto, expressava espanto - Você deixou o Taehyung daquele jeito?! - concordei, vendo-o sorrir debochado - Impossível!

- Ele estava na minha casa, e de repente ficou daquele jeito e...

- Na sua casa?! - cruzou os braços -  Mas...

- Sim, eu sou o "colega de tratamento" dele! - fiz aspas no ar, vendo o alaranjado fechar os olhos, logo passando as mãos no cabelo - Foi um acidente, eu não sabia que...

- Não acredito que eles fizeram isso mesmo! - interrompeu, e ao abrir seu olhos, o menor já me fitava com a respiração pesada - Faz quanto tempo?

- Um mês! - o mesmo andou para o lado, logo retornando pensativo - Eu também não acreditei quando ouvi, nunca havia visto o Taehyung na vida e...

- Claro... - passou as mãos no rosto, olhando para o céu - Se você o conhecesse, teria saído correndo!

- Porque diz isso?! - perguntei, curioso

- Eles não lhe disseram o que ele têm?! - neguei com um menear - Ah, claro, eles são espertos demais... Bando de carniceiros!

- Mas... - sacudi a cabeça, cansado  - Não importa mais... Eu só quero saber se ele está bem...

O mais baixo riu, olhando novamente para o céu, antes de me olhar irônico

- Ele nunca vai ficar bem, jovem! - cruzou os braços - Taehyung já está em tratamento à anos, e provavelmente vai ficar nisso até morrer...

- Pare com isso! - bati o pé no chão, pois já havia escutado aquelas palavras de meu próprio pai, e agora vendo-as sendo emitidas novamente, alimentava o ódio em mim - Por que diz isso?! Ele é humano, tem falhas como todo mundo! Será que você não pode compreender que nem tudo é perfeito? Algumas pessoas possuem problemas, e alguns só precisam de paciência!

- É... - o mesmo arrebitou o nariz, sorrindo sarcástico - Você realmente não conhece ele para dizer isso!

E antes que eu pudesse brigar com aquele jovem, um grito me fez olhar para o lado, roubando minha linha de raciocínio

- HOSEOK! - ouvi a voz familiar, ao lado - QUE DIABOS VOCÊ FAZ AÍ?! VAMOS EMBORA!

Minha mãe permanecia próxima ao carro, com as mãos no quadris, com uma expressão de poucos amigos

- Eu estou ocupado com o... - ditei, vendo-a negar com a cabeça, aproximando-se - Quem é você mesmo?!

- Meu nome é Park Jimin! - olhei para as suas mãos, e logo percebi que a pequena sacola estava repleta de medicamentos - E sou irmão do Taehyung!


Continua...


Notas Finais


*Manias: Mania é um distúrbio mental definido como um período distinto, durante o qual existe um humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável - (Eu, a autora, tenho vários deles, que são extremamente seguidos de Euforia, inquietação, impaciência e falta de autocontrole)

*Quetiapina: é um medicamento que só é vendido com Receita Psiquiátrica (como uma tarja preta no caso) e auxilia no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar(episódios maníaco, misto ou depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato (TRADUZINDO, A AUTORA AQUI TOMA ELE À ANOS)

*Escilatopram: é um medicamento também cuja venda é prescrita apenas com receita psiquiátrica, e altamente forte, indicada para Tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão; Tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia; Tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG);Tratamento do transtorno de ansiedade social (fobia social);Tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC). (TRADUZINDO, A AUTORA TAMBÉM TOMA ELE À ANOS, PORQUE ERA O ÚNICO QUE COINCIDIA COM A MAIOR PARTE DOS MEUS TRANSTORNOS E DIMINIU A QUANTIDADE DELES 😘)


‡‡‡‡


"Feiticeira, feiticeira 🕳️💨🎵

Feiticeira é essa mulher 🎶
Que por ela gamei📣

Feiticeira, feiticeira🎧

Eu não posso negar o feitiço🎤
Que ela me fez"🦌🍻


👩‍💻 Informações direto do bar da esquina : Com essa semana de dia dos pais a cachaça vai ser tirana,🍻🎹 e a bagaceira vai rolar solta! UH, DEDO NO CÚ E GRITARIA! 


👉E a idiota aqui, não vai dormir!👍


🚫Gente, leitores do meu coração 😟, definitivamente eu tenho três transtorno, um distúrbio e várias "manias", então tentem entender que nem sempre estarei disponível para escrever, e que já sou uma Mulher adulta, com 20 anos nas costas 👍


📣Ah, VIEWS EM #EPIPHANY 😘 MEU BIAS SEOKJIN MERECE TUDO 🗣️


*DÚVIDAS, SUGESTÕES, RECLAMAÇÕES,TRAUMAS, ELOGIOS, AMEAÇAS, POR FAVOR, NOS COMENTÁRIOS; EU RESPONDO*


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👉Um beijinho, um abraço e um tapinha da bunda 😘👈


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Minhas outras Fanfics:

Nuance Effect (YoonMin) : https://www.spiritfanfiction.com/historia/nuance-effect--yoonmin-bts-12925828

Apaguem as Luzes (parcialmente hétero) : https://spiritfanfics.com/historia/apaguem-as-luzes-10208259

<3


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