O som de seus passos ecoavam sobre o grande e branco local
- Senhor Kujo... Vejo que chegou bem cedo. - um dos médicos do local parecia surpreso
- Bom dia. Meu avô também foi chamado aqui? - decidiu ir logo ao assunto
- Sim, mas parece que ainda não chegou, mas já que está aqui, notamos sinais de recuperação vindo do senhor Noriaki. Talvez possa se recuperar essa semana. Suponho que disseram isso ao senhor ontem.
Jotaro apenas acenou com a cabeça, sabia e não queria negar que veio correndo para esse lugar para ouvir boas notícias
...
O quarto estava frio e apenas se ouvia o som do ar condicionado
Ver o corpo de seu amigo naquela cama era uma cena que parecia nunca ter fim, se imaginava nos seus 40 anos e provavelmente continuaria a visitar Kakyoin
☆Flashback☆°
Enquanto acompanhava seu avô ao caminho do hospital, Jotaro imaginava que conseguiria encontrar Polnareff, mas Kakyoin realmente poderia ter morrido
Se pensasse muito nisso, acabaria se culpando, pois foi tudo por causa que não o deixou morrer no começo, mas mesmo se ele tivesse morrido pela semente de carne, teria sido morto pelo Dio de qualquer forma
Mas por qual motivo o salvou?
Era apenas um adolescente que jurou lealdade ao Dio, ele quis o matar, mas por algum motivo ele não viu maldade em Kakyoin
☆Flashback☆•
- Senhor Kujo? - Jotaro voltou ao presente ao ouvir a voz do doutor
- Ah, sinto muito.
- Bem, eu estava falando que por termos reconstruído o estômago de Kakyoin, nos primeiros dias de alta dele obviamente terá dificuldades para caminhar. São notícias velhas, mas é bom relembrar esse detalhe.
- Sim.
Jotaro continuou olhando Kakyoin e um profundo sentimento de felicidade preencheu seu peito
//Jotaro
Ele vai sair daquele lugar, depois de 10 anos, eu finalmente verei ele vivo novamente
Eu odeio esse sentimento de ansiedade
Esses anos sem o Kakyoin, apenas me fizeram ficar mais e mais obcecado por ele
.
.
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Abro a porta de casa, coloco meu quepe em algum lugar e vou direto para o quarto, eu preciso do caderno, agora
Procuro ele debaixo de vários livros, sempre guardo ele no caso de Jolyne encontrar e rasgar, nisso tudo furo meu dedo num pequeno arame que nunca lembro de tirar ele de lá
Abro o caderno e começo a olhar os desenhos
As páginas do tal caderno estão quase no fim, o lápis vermelho que desenha os fios de seus cabelos está com a ponta quebrada como de costume
O trabalho me estressa tanto, quando Jolyne não está aqui para me acalmar com sua doce risada causada por comentários bobos, desenhar Kakoyin me acalma bastante
Pego uma tela e faço um simples esboço que lembra seu rosto de lado
Meu dedo que ainda sangrava, misturava sangue com a tinta cor vermelha que estava na paleta de tinta
Começo a pintar somente seu cabelo e seu típico uniforme escolar que sempre usava, que já era o bastante para me lembrar dele
Quando termino dou um sorriso e abraço a tela de forma que não suje minhas roupas
Desde a sua morte, dias se passaram e eu sempre desenhava ele no tempo livre, telas que ficavam escondidas numa parte do quarto na qual era trancada com chave
De tanto amar fazer aquilo, não percebi que a tinta havia acabado faz tempo
E que toda a tinta usada para colorir seu cabelo, não passava de sangue
Uma faca sempre ficava ao lado do balcão das tintas, sendo usada para cortar meus braços e utilizar para pintar minha paixão
[TO BE CONTINUED...]
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