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História Reino Perdido (Interativa) - Capitulo 15


Escrita por: lunablanca

Notas do Autor


Oi!
Mais um capítulo "surpresa"! Espero que gostem!
Sempre que possível, postarei mais de um capítulo por semana!
Boa leitura!

Capítulo 20 - Capitulo 15


O barco balançou…. As ondas estavam fortes naquela manhã. Uma tempestade estava se aproximando.

-Eu não aguento mais! - reclamou Maeve.

-Bem - disse Mya - estamos a apenas algumas horas no barco. Ainda tem o maior tempo de viagem.

-A não! Ainda bem que eu trouxe uns livros.

No outro barco,  Kendra continuava com a cabeça deitada no colo de Evanora, que acariciava seus cabelos, como uma mãe cuidando da filha doente. Mas então, o barco ficou mais uma vez sujo de sangue.

O ferimento dessa vez era nas costas dela. Profundo, se não fosse tratado, ela poderia sangrar até a morte.

-Tudo bem - murmurou Ray, enquanto fazia o curativo - dessa vez eles apenas escreveram “desistam, tolos”.

-Eu quero morrer - murmurou Kendra - não estou mais aguentando. Nora, tira essa dor de mim, por favor.

-Você é corajosa - disse Evanora - vai superar mais essa.

-Não tenho mais certeza… Tá doendo demais… Nunca tinha doído tanto assim.

-Uma grifinória não teria medo. Eu te prometo, minha linda, quando tudo isso acabar, você será muito, muito feliz.

-Eu espero que sim. A gaveta da alegria já está cheia de ficar vazia. E se a gente ficar presos lá para sempre, pelo menos estaremos juntos.

-Com certeza.

-Onde vocês estiverem, vai ser o meu lar. Vocês dois são a minha família.

Evanora não disse nada, apenas acariciou os cabelos dela.

*****

-Eles estão vindo! Eles estão vindo! - Mildred chegou gritando na sala da rainha.

-Mildred! - ralhou Apollo - Pare de gritar! Blanca não está se sentindo bem!

-È que eles estão vindo!
-Eles quem?

-Os Escolhidos!
-Como sabe?

-Eu os vi no espelho!

-Blanca, escutou a notícia? Logo teremos felicidade novamente!

-Venha cá, Milly - Blanca pegou a menina no colo - daqui a dois dias, nossos salvadores estão aqui. Vou precisar da sua ajuda.

-Pode falar!
-Preciso que arrume armas para todos eles. Pode fazer isso?

-Fui!

*****

Uma tempestade havia começado. As crianças e professores tinham se coberto com alguns cobertores, mas mesmo assim, a chuva os deixou encharcados.

-Estou com medo - Lira confessou para Tom.

-Não precisa - garantiu ele - eu te protejo, Raposa.

-Todos estamos inseguros - disse Davina - já pensou se esses barcos viram?

-Não vão virar - garantiu Oliver - se foram mandados pela rainha Branca, ela não irá permitir que algo de ruim aconteça.

-E se foram mandados pela Rainha Preta?

-Dai deu ruim. Mas acho que ela não ficará só na ameaça. Quando chegarmos lá, vai dar muita merda.

No outro barco, Aline, Bruna e Annabell estavam abraçadas debaixo de um cobertor.

-Logo vai acabar - disse Aline - pena que o James não veio junto! Ele estaria fazendo muitas piadas!

-Ou não - disse Annabell - talvez ele estivesse dormindo.

-Pois é.

-Bem - disse Bruna - pelo menos ele poderá contar nossa história se não voltarmos.

-Ele não sabe de nada.

-Ferro!
Thomas e Christian estavam abraçados, e Vitor tentava dormir.

-Eu não acredito que fiquei de vela - reclamou Vitor.

-Tinha outros barcos - disse Thomas - e a sua namorada?

-Não existe. Ainda.

-E a Maeve? Não curte ela?

-Ela é muito novinha pra mim! E ela mesma diz que não quer namorar.

-Entendo. Christian, está tão calado!

-É que eu tô pensando - disse ele - e se não voltarmos? O que será de nossas famílias? Saberão que morremos por uma causa nobre?

-Não sei - disse Vitor - imagino que não. Pensaram que fugimos por algo idiota e nos perdemos no mar, para sempre.

No outro barco, Noah conversava com Rid e Tristan.

-Então - disse Noah - quer dizer que esse problema de aritmancia é fácil assim e eu que tava procurando o caminho mais difícil?

-Exatamente - disse Tristan - acontece. Mas então, vocês já viram a Rainha Branca? Eu já!

-Ela é bonita?

Tristan não respondeu.

-Ela deve ser muito bonita - Rid tentou quebrar o gelo - afinal de contas, é uma rainha. Ouvi dizer que ela tem cabelos negros… Mudar de assunto? Tá bom…

Maeve, Pandora e Mya  estavam jogando um jogo em que elas ficavam conversando mas não podiam falar “sim” ou “não”, quem falasse tinha que contar um segredo constrangedor.

-E aí - disse Maeve - vocês acreditam que a tia Minnie me deixou de castigo um mês, só porque eu virei uma Animaga?

-É a cara da Minerva - disse Pandora.

-Com certeza - concordou Mya - conta mais, Maeve.

-Sim… Ops… - Maeve pensou em um segredo - uma vez eu tava correndo na rua, minha mãe gritando que eu ia cair e eu caí no meio da rua.

-Bem feito! - as outras duas falaram juntas.

Nenhum novo ferimento havia aparecido no corpo de Kendra. Mas a chuva tinha feito mal a ela. A febre havia aumentado e Ray começava a duvidar que ela sobreviveria.

-Eu vou morrer, não vou? - perguntou Kendra - Não mente pra mim, Ray.

-Vai sim - disse ele, segurando com força a mão dela.

-Vocês dois ficarão comigo até o fim?

-Estou aqui.

-Eu também - disse Evanora - fica, Castanha. Bora buscar força aí dentro do seu coração. Pensa na sua filha, ela não ia querer te ver sofrer. Ela ia querer te ver sorrir, viver sua vida intensamente.

-Bem, eu acho que intensamente eu já estou vivendo.

-Fecha os olhos - disse Ray - pensa em coisas boas. Dorme um pouquinho, vai te fazer bem.

-Tenho medo - murmurou Kendra, se aconchegando nos braços de Evanora - de dormir e não acordar mais.

-Não fica com medo, minha linda.

Mas Kendra não fechou os olhos nem por um segundo.

A tempestade foi se acalmando aos poucos. E então, o mar tinha voltado a estar calmo.

O primeiro dia de viagem tinha acabado.

A noite caiu mais uma vez, todos estavam extremamente cansados, querendo parar os barcos, deitar e dormir. Mas não podiam.

A maioria caiu no sono, inclusive Kendra. Ficaram apenas Rid e Davina acordados, cuidando dos outros.

-Acha que iremos perder alguém? - perguntou Davina.

-Não só acho - disse Rid - tenho certeza.

-Por que?

-Hoje mais cedo tirei um cochilo. E no meu sonho, uma garotinha me dizia “dezenove chegaram no Reino Xadrez. Um encontrará aqui seu lugar para viver. Mas apenas dezessete voltarão para casa”. Então, um de nós ficará morando no reino. E o outro…

-Talvez fique também! Talvez sejamos eu e Tristan! Talvez a profecia tenha errado.

-Não chore, Davina. Eu acho que sei quem morrerá.

-Quem?

-Eu.

-Não! Rid, pense na Vivi! Ela precisa de você!

-Sabe guardar segredo?

-Uhum.

-Eu sinto algo a mais pela Pandora Malfoy. É realmente muito estranho, eu sei. Por isso, eu sei que na guerra, alguém aponta uma arma para ela. Mas, o tiro perfurará o meu coração, não o dela.

-Primeiro: você ama uma aluna?

-Não, não amor de namorado. Amor de pai. A amo como se ela fosse a filha que eu nunca tive.

-Entendo.

-É a mesma coisa que Evanora deve sentir por Kendra. Um amor de irmãs. Amar não é sexo. Amar pode ser muita coisa. Amar é cuidar, querer bem, colocar as necessidades da pessoa acima da sua, fazer tudo pela pessoa. A diferença do amor de pai e do amor de marido ou namorado, é que o amor de namorados inclui a relação sexual. Eu não sinto esse desejo por Prim. Desde que a conheci, eu só quis proteger ela e chamá-la de “filha”.

-Isso foi muito profundo. Tipo, profundo pra caramba.

-E será mantido em segredo, até que eu decida revelar. Jura?

-Juradinho.

A viagem ainda duraria vinte e quatro horas.

Mas afinal, eles eram os Escolhidos.

Estavam prontos para qualquer coisa.

 


Notas Finais


E então? Gostaram?
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