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História Rejecting Love - Capítulo 79


Escrita por: SleepingTriz

Capítulo 75 - Capítulo 79


Fanfic / Fanfiction Rejecting Love - Capítulo 79

​Melissa

 

Fiquei encarando a porta atônita.

Eu não queria cair na real, mas era preciso.

Senti uma lágrima cair e começar a escorregar pelo meu rosto, mas rapidamente o enxuguei, sentindo a raiva tomar conta de mim.

"Vai se ferrar!" Gritei, explodindo. "Sabe o quê mais? Eu não preciso de você!"

Na verdade eu precisava.

Olhei para o chão e suspirei, balançando a cabeça negativamente.

"Não, eu não preciso desse arrogante de merda." Murmurei baixo apenas para mim.

Então virei-me de costas e comecei a ir embora.

Eu ia pegar um táxi, ir para casa e esquecer o que aconteceu aqui.

Andei até o final da rua, onde ela era mais movimentada, parei na calçada e comecei a dar sinal para os táxis. Nenhum   

parava, ou porque já estavam cheios ou porque hoje o universo estava contra mim.

"Agora só me falta um cachorro vir mijar nas minhas calças!" Resmunguei, olhando para o céu.

Por coincidência, no momento em que eu falei, havia um cachorro passando por mim na calçada.

"Nem pense." Alertei, fuzilando-o com o olhar. Ele apenas balançou o rabo e continuou andando, ignorando-me completamente.

Finalmente avistei um táxi vazio, aproximando-se e comecei a chacoalhar as mãos, fazendo sinal para ele parar.

"O que diabos você pensa que está fazendo?" Uma voz, que eu bem conhecia, falou atrás de mim. Virei-me e lá estava Zayn,  encarando-me com uma expressão de curiosidade, como se nada tivesse acontecido. O amaldiçoei mentalmente por ser tão sínico.

"Indo para casa, não é óbvio?" Murmurei, engolindo em seco e  evitando olhá-lo nos olhos.

"Porque?"

Ri secamente e balancei a cabeça negativamente.

"Você disse não, Zayn." 

"Eu não disse não. Eu não disse nada." Respondeu, com a maior naturalidade.

"Você simplesmente entrou em casa e me deixou do lado de fora com cara de bocó."

"Eu fui pegar uma coisa."

"A sério, Zayn? Você realmente acha que aquele era o melhor momento pra você pegar uma coisa?" Perguntei sarcasticamente.

"Na verdade, eu acho que era o momento perfeito, porque eu queria pegar isso." Explicou calmamente, enquanto retirava algo do bolso da calça.

Enruguei a testa em confusão e quando vi o que era, a minha boca entreabriu-se em choque. Era uma pulseira com um pingente em forma de cavalo.

"É lindo..." murmurei, analisando a pulseira de boca aberta.

"Já faz algum tempo que eu comprei isso pra você, mas eu nunca tive a oportunidade de te entregar, até agora." Falou, enquanto tomava a liberdade de a colocar em meu braço. "Combina com o seu colar."

Eu não sabia o que responder, eu estava tão surpresa, feliz e confusa, mas ao mesmo tempo tinha uma coisa que eu queria saber.

Eu já tinha visto essa cena em algum lugar...no filme que nós assistimos naquela noite, é claro!

"Você disse que não se lembrava!" Exclamei, dando um tapa em seu braço.

"Hey! Não me lembrava de quê?" Perguntou, arqueando as sobrancelhas e encarando-me confuso.

"Daquela noite em que você estava bêbado! Você mentiu!"

"Não, não menti. Eu não me lembro, porque?"falou, soando sincero.

"Hm, então de onde você copiou essa cena?" Lancei-lhe um olhar suspeito e ele riu.

"Ah, então você percebeu. Droga, era para parecer original. Eu vi isso ontem, em um filme."

"Casa comigo?" Perguntei, escondendo o riso.

"Uow, isso aqui está indo rápido de mais." Brincou.

Gargalhei, jogando a cabeça para trás.

"Eu estou falando do filme. O nome é casa comigo."

"Eu não sei, não quis saber. Nem era tão legal..."

"Tem certeza? Você pareceu adorar quando nós assistimos ele."

"Nós já assistimos ele?"

"É o que eu estou tentando dizer. Foi o filme que nós dois assistimos naquela noite e você não parava de dizer o quanto ele era engraçado. Aliás, foi você quem o colocou."

"Foi a bebida, eu juro."

"Ah tá. Admita que você gostou, tanto que você copiou uma cena." Desafiei.

"Tudo bem, talvez exista uma possibilidade de eu ter achado um pouco legal." Disse, revirando os olhos e eu ri.

"EU NÃO TENHO O DIA TODO! VOCÊ VAI ENTRAR NO TÁXI OU NÃO?" De repente, alguém gritou e nós dois levamos um susto quando vimos o táxi que eu havia chamado estacionado logo à trás e o taxista era quem gritava, aparentemente nervoso.

"Eu esqueci que havia feito sinal para ele parar." Murmurei para o rapaz de cabelos castanhos.

"Então...você vai?" Zayn perguntou, arqueando as sobrancelhas para mim e olhando-me no fundo dos olhos.

Sorri timidamente e disse:

"Eu não vou a lugar nenhum. Vou ficar aqui, com você." Enfatizei o 'com você' e ele sorriu.

"CARA, BEIJA A GAROTA E ACABA LOGO COM ISSO!" O taxista nervoso berrou.

Virei-me para ele e mesmo de longe, o fuzilei com o olhar.

"Cara, eu não vou entrar no táxi!" Gritei.

Ele resmungou algo que eu não entendi e arrancou com o carro.

Balancei a cabeça negativamente; é cada coisa louca que me acontece. Quanto a Zayn, apenas gargalhou.

"Ele tem razão." Falou, logo em seguida. Eu me fiz de desentendida.

"Sobre o quê?" Perguntei na cara de pau e dei um passo à frente.

Ele tentou esconder um sorriso malicioso e deu um passo à frente também.

Nem ele, e muito menos eu, precisamos dizer mais nada. Bastou apenas um contato visual e nós já sabíamos o que ambos queríamos.

Então, para a minha felicidade, Zayn tomou a frente e colocou um braço ao redor da minha cintura, puxando-me para ficar perto de si.

A essa altura minhas pernas já tremiam mais que vara mole, mas eu não estava nem aí. Eu só queria sentir os seus lábios mais uma vez.

E como se ele pudesse ler meus pensamentos, Zayn selou seus lábios nos meus, fazendo com que uma onde de arrepios atingissem-me.

Nossos olhos se fecharam e era só isso que faltava para que nos entregássemos em um beijo apaixonado e repleto de saudades.

Quando a sua língua tocou na minha, eu fui parar nas nuvens. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e entrelacei meus dedos em seus cabelos, puxando-os de leve.

Era um beijo suave e doce, mas ao mesmo tempo também era intenso.

Quando nos separamos, Zayn me encarou, e eu consegui ler em seus olhos uma espécie de olhar de culpa. Ele ia falar alguma coisa, mas eu o impedi, colocando meu dedo na sua boca.

"Shh..."murmurei."Vamos combinar uma coisa?"

"O quê?"

"Não vamos falar sobre as desavenças que aconteceram entre nós. Vamos apenas esquecer e recomeçar, a partir de agora." Sugeri, realmente disposta a fazer aquilo. Eu não queria perder mais nenhum segundo discutindo ou fingindo  não ter sentimentos pelo rapaz que estava a minha frente. Pelo contrário, eu queria que ele soubesse. Eu queria que ele parasse de pensar que o amor não existia e ao invés disso, queria que ele me amasse, da mesma forma como eu o amava.

Sim, eu amava Zayn.

Talvez fosse cedo para isso, ou talvez não. Amor não escolhe data. Simplesmente acontece.

O fato é que, mesmo depois de tudo que passamos, de todas as coisas de ruim que ele me fez e vice-versa, depois de todas as lágrimas que derramei por causa dele, lá no fundo eu ainda me importava demasiado com ele, a ponto de querer que ele fizesse parte da minha vida, a ponto de querer construir uma história ao lado dele.

Se isso não é amor, então honestamente, eu não sei o que é.

Zayn olhou para baixo por um instante, como se estivesse pensando na proposta.

"Combinado?" Murmurei, arqueando as sobrancelhas.

Depois de alguns segundos, ele respondeu.

"Combinado."

E então eu envolvi meus braços ao redor do seu pescoço e o beijei, como uma forma de selar o nosso acordo.

Naquele momento, enquanto nós nos beijávamos pela segunda vez, eu percebi que aquele rapaz era insubstituível.

Não havia ninguém que fizesse o meu coração bater tão depressa da forma como ele fazia. Era besteira achar que eu simplesmente conseguiria esquece-lo de um dia para outro.

Por sorte, o Harry foi capaz de perceber isso antes de mim. A princípio eu não entendi quando o rapaz de olhos verdes disse que não poderíamos ficar juntos, mas agora eu o agradeço do fundo do meu coração, porque a explicação está aqui, diante dos meus olhos:

Sempre foi o rapaz dos olhos castanhos.

•••

"Então, qual filme nós vamos ver? Titanic ou como fosse a primeira vez?" Zayn questionou-me, com um tom de gozação, fazendo-me revirar os olhos.

"Hmm, eu estava pensando em sociedade dos poetas mortos." Murmurei, pensativa. "Não, espera. Sem chance." Zombei e foi a vez dele revirar os olhos.

Gargalhei.

"Acho que devíamos experimentar um filme que nunca assistimos."

"Uau, você é um gênio." Brinquei. "Talvez devêssemos mudar o gênero também. Se você não percebeu, todos os filmes que nós assistimos juntos são de romance."

"Com exceção de a sociedade dos poetas mortos, que por acaso foi escolha minha. Portanto, você é a culpada."

"Devo lembrar-lhe outra vez daquele filme que você me fez assistir naquela noite?" Indaguei, sorrindo em desafio.

"Eu estava bêbado!" Exclamou.

"Ontem você também estava bêbado?" Desafiei, pela segunda vez.

"Ah, vai se ferrar." Ele reclamou, pegando o controle da minha mão e a minha boca entreabriu-se.

"O que você disse?"

"O quê? Você também disse isso para mim hoje de manhã." Respondeu, encolhendo os ombros.

Ops.

"Uh, você ouviu, foi?" Perguntei, envergonhada.

"Sabe o que mais? Eu não preciso de você!" Falou, tentando imitar a minha voz. "É, eu ouvi."

"Uh, bem...então, estamos quites."

Ele olhou para mim e riu.

Depois de alguns minutos indecisos, nós resolvemos colocar o filme 'Sete vidas';

O que nos fez decidir? Simples, tinha quatro estrelinhas.

Em seguida,  Zayn colocou seu braço ao redor do meu pescoço e eu apoiei a minha cabeça em seu ombro.

Eram cerca de 5 horas da tarde quando o filme começou. Era uma trama muito misteriosa e o rapaz de olhos castanhos e eu ficamos o tempo todo a discutir sobre as teorias que poderiam se encaixar.

"Eu acho que esse cara é um anjo e ele está selecionando as pessoas que vão para o céu." Falei.

"Claro que não, se ele é um anjo onde estão as asas dele?" Retrucou, Zayn.

"Ele não pode usá-las quando está na terra, idiota."

"Pois Eu acho que ele fez alguma coisa de errado no passado e agora está tentando se redimir, ajudando outras pessoas." Ele disse convicto.

O pior era que a teoria dele, fazia sentido.

"Isso nem sequer faz sentido." Murmurei, pois era evidente que eu não ia admitir que concordava com aquilo.

Duas horas depois, o filme chegou ao fim e eu estava em choque. Engoli o choro porque não queria ser motivo de chacota para o Zayn, que acha que eu sempre choro no final de qualquer filme. Isso não é verdade!

Afinal de contas, uma de nossas teorias estavam corretas.

"Eu tenho que ir para casa." Murmurei preguiçosamente, enquanto me arrastava para fora do sofá.

"Já?"

"Já são sete horas, faz exatamente doze horas que eu sai de casa."

Zayn levantou-se do sofá e veio até mim. Ele colocou os braços ao redor da minha cintura e murmurou contra a minha orelha:

"Fica comigo essa noite."

"Eu não posso, não quero deixar meu pai preocupado." Expliquei, virando-me de frente para ele e dando-lhe um rápido beijo nos lábios.

"Tem uma coisa que eu quero te mostrar. Vem." Falou, caminhando em direção à cozinha e eu o segui, curiosa.

"O que é?"

"Você vai ver." Respondeu, escondendo um sorrisinho. Ele começou a remexer nas gavetas a procura da tal coisa e então, tirou de dentro um caderno e começou a folhe-a-lo.

"Achei." Disse, retirando uma página e entregando-me a mesma. Enruguei a testa confusa.

"Um papel?"

"Lê o que está escrito." Disse a revirar os olhos e eu fiz.

Meus olhos se arregalaram quando eu percebi do que se tratava e eu não aguentei e comecei a rir.

           Sopa azul

Ingredientes:

1 tablete de manteiga

300 g do caule do aipo picado

2 cebolas picadas

2 batatas picadas

1 taça de vinho branco

2 copos de água

1 tablete de caldo de legumes

1/2 copo de leite

Sal e pimenta a gosto

Corante alimentício azul

"Onde você encontrou isso?" Perguntei, dando uns pulinho de alegria.

"Em um blog na internet." Respondeu, encolhendo os ombros.

"Não acredito que você ainda se lembra disso."

"Como eu ia esquecer? Não é todo mundo que sonha em experimentar uma sopa azul." Ele zombou, fazendo-me rir.

No impulso, o abracei.

"Obrigada."

Talvez ele achasse que eu estava agradecendo pela receita da sopa, mas não. Quer dizer, em parte também era por isso porque eu realmente tinha essa curiosidade estranha desde quando assisti o Diário de Bridget Jones, mas eu o agradecia por mais: Por ele dar importância à coisas que eu já lhe falei que pareçam ser insignificantes, mas que no entanto, ele não age como se fosse.

Louis estava certo quanto a dizer que Zayn me conhecia, talvez até melhor que todos, porque ele sempre me escuta, até mesmo quando eu acho que não, como aconteceu hoje de manhã quando o xinguei por impulso.

Quando me afastei do abraço, falei:

"Nós temos que fazer essa sopa."

"Nós?" Perguntou, arqueando as sobrancelhas.

"É claro, você está nessa comigo." Sorri.

"Está bem...e onde vamos achar todos esses ingredientes?"

"No supermercado(?)" Falei, como se fosse óbvio e ele revirou os olhos.

"O que diabos é aipo picado?" Retrucou.

"Eu não faço a mínima ideia, mas no supermercado tem de tudo. Vamos lá, amanhã?" Sugeri.

"Eu não posso, tenho que trabalhar."

"Pelo amor, Zayn, amanhã é domingo." Bufei.

"É, mas as 160 redações em cima da minha mesa não vão se corrigir sozinhas até segunda."

"Eu ajudo você!" Exclamei, abrindo o maior sorrisão.

"Você?" Ele riu.

"O quê? O quê tem de engraçado?" Fiz careta.

"O que você iria fazer?" Perguntou-me, arqueando a sobrancelha em desafio.

"Eu não sei...eu poderia separar as redações por turma, escrever a nota ou, hm, posso dar a minha opinião se ficou bom ou não!"

Zayn continuou rindo, mas depois disse:

"Ok, talvez você possa ser a minha estagiária." Ele zombou e eu mostrei-lhe a minha língua.

"A melhor estagiária que você respeita." Afirmei, fazendo-o rir mais ainda.

•••

No dia seguinte, fui almoçar com meu pai, Samantha e Jessy em um restaurante de espaguete no shopping.

Foi divertido, pois era um dos poucos momentos em 'família' que tínhamos, mas eu estava mesmo era ansiosa para me encontrar com Zayn. Nós Havíamos combinado de nos encontrarmos no supermercado para comprar os ingredientes da sopa e depois íamos para a sua casa.

Assim que sai do restaurante, meu pai e Samantha despediram-se e foram para a sua sessãozinha romântica de cinema.

Quanto à mim e Jessy, compramos dois milkshakes tamanho família e em seguida fomos para o ponto de ônibus. Ela ia se encontrar com o Louis na casa dele.

"Bem, agora que estamos só nós duas eu posso fazer um comentário." Disse, Jessy.

"Que comentário?"

"Eu adorei a sua pulseira. Pelo jeito, o Zayn tem bom gosto." Ela piscou um olho para mim e gargalhou quando me viu a fazer careta.

"Como você sabe que foi ele?"

"Eu deduzi. Ontem você passou o dia fora de casa com 'um amigo' e quando chegou, logo reparei que essa pulseira é nova." Ela disse a se achar a detetive, com um sorriso estampado na cara.

"Sério, você precisa parar de criar essas teorias."

"Eu estou errada?" Perguntou, arqueando a sobrancelha em desafio.

"Não." Retruquei e ela riu.

"Então, Vocês dois estão juntos ou alguma coisa assim?" Perguntou na lata.

"Alguma coisa assim." Falei, sorrindo internamente.

"Fico feliz por você, Mel. Você merece." Ela disse, mostrando-me um sorriso e acrescentou: "E fique sabendo, que estou aqui para apoiá-la no que precisar."

"Obrigada, Jess" agradeci sabendo que eram raríssimas as vezes em que a coração-de-gelo falava alguma coisa fofa.

Depois de algum tempo de espera, adentramos no nosso ônibus e eu fui a primeira a descer.

A parada era perto do supermercado, mas fui andando devagar, enquanto desfrutava do restinho do meu milkshake e dos poucos raios de sol, daquela tarde de domingo, que aqueciam-me. 

•••

"Eu não sei, essa coisa não está com uma cara boa." Zayn comentou com uma cara de nojo, enquanto analisava nossa obra-prima, fruto de minhas ideias malucas.

"É uma sopa azul!" Exclamei. "É bonitinha, admite."

"Não." Negou, fazendo-me revirar os olhos. "Eu não vou experimentar isso."

"Você é quem sabe, bom que sobra mais pra mim." Sorri, dando de ombros e em seguida peguei uma colher para experimentar a sopa.

Zayn ficou apenas me observando, ainda com cara de nojo.

"Você é tão fresco." Zombei, antes de colocar a primeira colher de sopa na minha boca.

A PRIMEIRA E A ÚLTIMA!

Tive vontade de vomitar, assim que experimentei. Estava horrível. Zayn provavelmente percebeu que eu não havia gostado por causa das minhas caretas e começou a rir.

"E então, uh? É bom?" Perguntou em tom de sarcasmo. É evidente que eu não queria dar a ele esse gostinho de 'eu sabia!', então fiz o que era óbvio.

"Você tá brincando? Isso é muito bom!" Murmurei, tomando mais uma colher." Hmm ó, uma delícia."

Ele riu mais ainda.

"Okay, pode parar com isso. Está estampado na sua testa que você detestou." Disse, confiscando a colher da minha mão.

Eu olhei para ele e soltei uma risadinha sem graça.

"Deve ter sido algum ingrediente que nós colocamos errado." Falei, tentando encontrar uma explicação para o porquê daquela sopa estar tão anti-comestível, ela tinha uma cara tão bonitinha.

"Agora que você já realizou o grande sonho de sua vida..." Zayn começou a falar, claramente me zombando." Então agora você vai me ajudar a realizar o meu."

"E qual seria?" Perguntei, arqueando uma sobrancelha.

"Terminar a correção daquelas 160 redações ainda hoje."

Gargalhei.

''Ok, então vamos ao trabalho!''

•••
Depois que acabamos de corrigir as redações, bem, depois que Zayn acabou de corrigir as redações, já eram cerca de nove horas da noite e eu tinha que ir para casa.

Ele queria que eu ficasse e eu também queria ficar, mas eu tinha aula no dia seguinte e também não tinha nenhuma desculpa a dar para o meu pai.

Zayn concordou comigo, mas insistiu para me levar a casa. Agradeci mentalmente por ele oferecer, porque eu queria economizar e assim não teria que gastar meu dinheiro com táxi.

Quando chegamos a rua da minha casa, ele estacionou a alguns metros de distância e abriu a porta para mim, em um gesto de puro cavalheirismo.

"Obrigada." Agradeci, sorrindo timidamente.

Ele sorriu, dando um passo na minha direção e encurtando a distância entre nós. Depois pressionou o seu corpo contra o meu, fazendo com que as minhas costas ficassem encostadas na porta do carro e em seguida me beijou.

Eu sorri em meio ao beijo e passei minhas mãos levemente pelas suas costas, fazendo o caminho até chegar nos seus cabelos castanhos.

Quando nos afastamos, ele surpreendeu-me deixando um pequeno beijo na minha testa.

"Boa noite." Murmurou, afastando-se para eu passar.

"Boa noite, Zayn." Eu respondi e em seguida comecei a fazer o caminho até a minha casa.

Quando abri o portão, acenei para ele e logo em seguida o seu carro arrancou.

Assim que entrei em casa, escutei risadas vindas da cozinha e curiosamente, fui até lá.

Reparei numa mesa farta de comidas gostosas e ao redor dela estavam sentados: meu pai, Samantha, Jessy e Louis.

"Ora ora, o quê temos aqui?" Falei, fazendo a atenção deles se voltar para mim.

''Melissa, você chegou numa hora boa!'' Louis, folgado como era, foi o primeiro a cumprimentar-me às gargalhadas, fazendo todos rirem.

''Esse rapaz é uma figura.'' Meu pai comentou, bebendo um copo d'água para não se engasgar. ''Vem filha, junte-se à nós.'' acrescentou, fazendo um gesto para eu me sentar ao seu lado.

Assenti e o obedeci.

Nós comemos, bebemos um pouco de vinho, conversamos e também rimos muito. Em seguida, Jessy, Louis e eu fomos para a sala e ficamos os três deitados no sofá a conversar.

Jessy contou-me o quê Louis havia vindo realmente fazer em nossa casa, que era finalmente apresentar-se a Samantha como o namorado de sua filha, já que Samantha só o conhecia como um de nossos amigos. Eu ri quando ela disse que Louis havia ficado nervoso, mas ri mais ainda da resposta do meu melhor amigo.

''Ela é praticamente a diretora do colégio! Minha mãe ia querer me matar se eu fosse expulso.'' Disse ele, tentando encontrar uma desculpa para o seu 'momento de nervosismo'.

Jessy gargalhou e deu-lhe um tapa no ombro.

''Minha mãe não é assim tão cruel!'' Exclamou, fingindo-se de ofendida.

''É verdade, a cruela é gente boa.'' Concordei inocentemente e Louis gargalhou. Jessy lançou-me um olhar de reprovação e eu tratei logo de me desculpar quando percebi o quê havia dito.

''Desculpa, força do hábito.'' Murmurei, mostrando-lhe um sorrisinho sem graça.

O restante da noite passou-se assim: nós três de conversinhas idiotas e risadagem. É claro que eles estavam apenas esperando pelo momento oportuno para perguntar-me sobre o Zayn, mas eu não contei-lhes todos os detalhes. Afinal, ainda era muito cedo para sair dizendo qualquer coisa.

 

 



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