História Relações Perigosas *Em revisão* - Minha vida pela sua

(Taylor POV)

Eu me senti um lixo essa madrugada, me senti totalmente usada, ela fez exatamente o que eu fiz com ela na Suécia, fez amor comigo e me dispensou, mas tudo bem, se é assim que ela prefere eu não vou me importar, porque eu sei que esse orgulho dela não vai longe. Eu cheguei irritadíssima no quarto do hotel, joguei o celular e a chave do carro e me deitei. O John lógico que se assustou e levantou da cama dele e veio ver o que houve.

- Antes de você falar qualquer coisa eu já sei que rolou sexo os cabelos molhados não negam.

- Sem piadas John. Óbvio que a gente transou.

- Tá bom. Posso fazer uma pergunta?

- Pode!

- Por que você veio embora? Suponha-se que depois que as pessoas transam elas durmam juntas.

- Pelo simples fato dela ter me dado o troco do que aconteceu lá na Suécia, não tem outra explicação.

- Mas como foi? Ela te chutou da cama e mandou você embora?

- Quase isso. A gente estava no chuveiro e ela saiu primeiro e quando eu sai, as minhas roupas estavam em cima da cama e ai ela começou a falar que a namorada poderia aparecer qualquer momento.

- Ok, mas pelo menos rolou e eu suponho que tenha sido ótimo.

- Ótimo é lógico que foi, mas olha bem pra minha cara e vê se eu tenho vocação pra ser amante.

- A questão não é ser amante ou não, para e pensa Tay, vocês transaram e ela não ofereceu resistência alguma, usa isso ao teu favor. Já parou pra pensar se a namorada dela realmente chegar a ver vocês duas? Seria término na hora.

- Eu não tinha pensado nisso.

- Eu sei que não, porque você é bem inocente.

- Exagerado. Tá, mas e ai como eu faço? Não vai me dizer que você quer que eu arme um plano pra ela ver a gente na cama.

- Não seria uma má ideia, mas por enquanto você só vai se manter presente, vai mandar mensagem, vai continuar insistindo dizendo que a ama e que adorou ter feito amor com ela mais uma vez e espera a resposta dela.

- Ok, eu vou fazer isso e essa mulher vai voltar pra mim quando ela menos esperar.

- Isso mesmo coisinha, mas agora que a irritação já passou fala pra mim como foi essa noite mulher.

- Foi maravilhosa amor. Ela estava com aquele jeitão dela bem orgulhosa, me tratando mal e quando eu ameacei ir embora e ela levantou, me puxou e ai resto você já pode imaginar.

- Ai que tudo. Nada a ver vocês separadas ainda. Essa volta está mais perto do que você imagina.

- Assim espero, não aguento mais!

Eu e o John continuamos conversando, mas logo me deu sono e eu mais do que depressa dormi, pois daqui duas horas eu acordo pra gravar.

(Laura POV)

Com certeza não foi só a Tay que se sentiu mal essa noite que passou eu também me senti totalmente esquisita de ter feito isso com ela, apesar de ter sido merecido. A única coisa que eu preciso é que a Lexa volte logo, porque eu não consigo ignorar a Taylor sozinha, com ela é muito mais fácil porque ela simplesmente nem deixa eu chegar perto dela. Eu me levantei da cama tarde e fui até a cozinha, peguei alguma coisa pra comer e me sentei no sofá. Eu peguei meu celular e liguei pra Terasa, ela sempre foi minha confidente, eu preciso desabafar e contar o que aconteceu mesmo correndo o risco dela contar pra Lexa.

- Oi Lau!

- Oi Tê. Tudo bem?

- Sim e você amiga?

- Bem também. Está sozinha?

- Agora sim. Hoje pela manhã eu fui até o hospital dar uma força pra Becky e pra Lexa.

- Entendi e como elas estão? Eu ainda não liguei hoje pra Lexa.

- Bem desanimadas. O pai delas continua na mesma.

- Ai que pena, espero que ele saia dessa logo.

- Mas você não ligou pra falar da Lexa porque senão você tinha ligado pra ela direto. Está tudo bem por ai mesmo amiga?

- Você sempre sabe quando tenho alguma coisa pra falar né?

- Sim Laurinha. Fala logo o que houve.

- A Tay veio aqui em casa ontem.

- Claro. Ela está em LA gravando também e deixa eu adivinhar, vocês transaram.

- Sim. A Lexa ter voltado pra NYC foi péssimo porque eu não consigo evitar a Taylor sozinha. Eu até me fiz de durona e tal, mas não deu, ainda tem amor em mim.

- Isso é óbvio né Lau? Mas você deveria ter sido um pouquinho mais pulso firme e não ter transado com ela, ainda mais porque teoricamente você e a Lexa estão namorando.

- Isso foi uma traição então?

- Sim amiga. Se vocês decidiram começar a namorar isso foi uma traição.

- Eu não sinto que trai ela assim como eu não sinto que namoro com ela. Eu vim pra cá por impulso, na hora da raiva, mas não sei se vou continuar com essa história de namorar com ela.

- Bom isso só você pode decidir. Ela quis ajudar você e eu não acho que ela seja tonta a ponto de querer esperar que você a ame e que sejam um casal feliz.

- Ela disse que não espera nada disso, mas nunca se sabe. Eu já amei essa mulher, mas isso foi há anos atrás hoje a única coisa que dá pra sentir por ela é tesão.

- Eu sabia que essa historia não ia dar certo desde a primeira vez que vocês decidiram dormir juntas. Você vai falar pra ela o que aconteceu ontem com a Taylor?

- Não pretendo. Ainda mais agora que ela está num momento péssimo, eu não sei se ela ficaria muito confortável em saber da gente.

- Realmente não é o momento, mas Lau eu quero que você me prometa que vai falar pra ela o que houve e também vai terminar esse namoro fictício de vocês antes de algo pior acontecer.

- Prometo amiga.

- E outra coisa, se não tem jeito é a Taylor que você ama mesmo eu torço pra que vocês se acertem e voltem, porque pelo visto amiga vocês se amam e o destino quer vocês duas juntas, por mais que ambas fizeram mal uma pra outra.

- Ai é que tá, eu começo a lembrar de tudo que rolou e me bate um desanimo muito grande, mas quando começo a lembrar das coisas boas que a gente passou e vivenciou eu fico louca de vontade de correr atrás dela.

- Amiga dê tempo ao tempo. Resolve essa situação com a Lexa primeiro e depois volte sem medo pra Taylor, se der certo deu, se não deu é porque realmente não era pra ser.

- Você tem razão Tê, mas me ajuda amiga, o que eu faço? Eu falo pra Taylor me esperar que eu vou resolver essa situação com a Lexa assim que der?

- Não Lau, deixa tudo como está. Se ela te questionar alguma coisa você fala. Só que eu acho que você deveria respeitar a Lexa independente de terem sentimento uma pela outra ou não. O que você acha de dar uma segurada nessas recaídas?

- Sim. Eu não vou encostar na Taylor enquanto não resolver a minha situação com ela.

- Isso amiga, você não perde por fazer o certo.

- Eu sei. Obrigada pela força amiga e por sempre me entender e me apoiar em tudo.

- Não precisa agradecer. Amigas são pra isso!

- Verdade. Vou tomar um banho, depois nos falamos mais. Obrigada pelo papo. Beijo

- Não foi nada. Beijo!

Como eu amo falar com a minha amiga, ela sempre me fala aquilo que eu quero ouvir e ainda me dá os melhores conselhos. Após esse papo esse maravilhoso eu decidi subir tomar um banho e pensar no que eu posso fazer hoje pra não morrer de tédio aqui LA.

(Taylor POV)

Eu gravei a manhã inteira com dor, essa maldita cólica renal aparenta estar querendo acabar com a minha raça novamente. Na hora do almoço eu tive que ir embora porque eu não estava aguentando.

- O que foi Tay? - Disse o John se levantando da cadeira que estava acompanhando eu gravar

- Estou com muita dor novamente, não aguento mais gravar, preciso me deitar, me leva embora pro hotel.

- Claro meu amorzinho, vamos sim, mas não é melhor irmos direto para o hospital?

- Talvez amor, mas primeiro vamos sair daqui porque eu não estou me aguentando em pé.

- Tá bom, vamos.

Eu e ele fomos para o carro e ele foi dirigindo, na metade do caminho ele perguntou se eu queria ir para o hospital e eu achei melhor ir resolver isso logo, pelo menos eu tomo um remédio qualquer e logo volto pro hotel. Engano meu. Eu cheguei ao hospital quase impossibilitada de andar de tanto que a dor piorou no caminho. Assim que a gente entrou me levaram as pressas para um quarto, me aplicaram medicação e eu me contorcia na cama de dor. 

- Calma Tay. Quem tá começando a passar mal sou eu, aguenta firme meu amorzinho, vai passar.

- Não vai passar. Eu não estou aguentando. - Disse quase sem fôlego

O John estava muito nervoso e decidiu ligar pra Laura e eu nem impedi porque eu realmente não tenho condições. Pouquíssimo tempo depois ela chegou, afastou o John que estava perto de mim e se aproximou.

- Outra vez isso meu amor? - Disse ela pegando a minha mão

- Sim. Só que dessa vez está muito pior. - Disse chorando

- Mas vai passar. Aquela vez foi do mesmo jeito e depois passou, você precisa ter um pouquinho de paciência que o remédio já vai fazer efeito. Eu mais uma vez estou aqui e não vou sair do seu lado por nada nesse mundo.

- Obrigada meu amor.

A Lau me deu um beijo na testa e ficou do meu lado segurando a minha mão, me fazendo carinho.

(Laura POV)

E outra vez eu estava aqui em um hospital com a Tay sofrendo só que dessa vez parecia muito mais grave, porque em certos momentos até o folego ela perdia de tanta dor. No decorrer do dia o quadro da Tay só piorava, ela começou a vomitar sem parar e a perder um pouco de sangue. Eu comecei a ficar irritadíssima e preocupadíssima de ver ela sofrendo daquele jeito então eu pedi pra uma enfermeira chamar um médico imediatamente e quando ele chegou eu comecei a falar seriamente com ele.

- Olha aqui doutor, recentemente ela teve essa mesma crise, só que hoje está mil vezes pior. Essa droga de medicação já está quase na metade e ela não para de se contorcer de dor e agora pra piorar está sangrando. Faça alguma coisa e já que eu quero essa mulher bem o mais rápido possível. - Disse olhando fixamente em seus olhos

- Ok. Fique tranquila. Eu vou examiná-la outra vez!

O médico com a ajuda de uma enfermeira colocou uma outra medicação. A Tay passou a ter febre e calafrios e demorou muito até o medicamento aliviar um pouco as dores dela. Devido aos medicamentos serem fortes ela acabou dormindo um pouco e um dos médicos me chamou pra conversar e o John ficou do meu lado ouvindo.

- De acordo com os exames que a gente fez assim que ela chegou e observando o quadro clínico dela levando em consideração que ela teve essa crise e que provavelmente seja um problema desde muito jovem, sem sombra de dúvida ela vai precisar de um transplante renal o mais rápido possível.

- O que? É tão grave assim?

- Sim. Ela não sairá desse hospital sem ter recebido um novo rim.

- Meu Deus. Eu dou os meus dois se preciso for. Eu não quero que nada aconteça com ela, pelo amor de Deus Doutor, como eu posso saber se eu posso doar.

- Precisaremos fazer alguns testes de compatibilidade, mas o ideal é que seja alguém da família pra termos 100% de certeza  de que não haverá rejeição. O que você é dela?

- Namorada e ele amigo. A família dela é parte de NYC e outra parte de Boston. Ela está aqui a trabalho e teoricamente somos a única família dela aqui, portanto eu não vou esperar alguém pegar um avião e vir até aqui. Eu vou doar esse rim que ela está precisando.

- Ok. Começaremos a fazer todos os exames necessários e até a madrugada com certeza já teremos resultados, mas se não houver compatibilidade precisaremos de alguém da família com urgência.

- Ok. 

- Daqui a pouco a enfermeira vai te chamar pra começarmos a fazer os testes. Eu vou visitar outros pacientes e qualquer coisa mande me chamar.

- Tá bom. Obrigada Doutor!

- Com licença.

É lógico que eu não pensei duas vezes, eu vou doar esse rim que ela precisa, espero que eu seja compatível, eu quero fazer isso por ela. 

Eu me sentei numa poltrona próxima à cama e o John no sofá.

- Você jura que vai fazer isso por ela?

- Por que o espanto? Se tudo fosse tão simples eu mandava me abrir agora e colocar meu rim nela. É horrível ver a Tay assim, pela segunda vez eu me sinto impotente.  Ainda bem que ela conseguiu dormir um pouco. - Me levantei e fiquei acariciando a testa dela

- Eu estou muito preocupado com ela, eu não imaginei que era tão sério.

- Nem eu. Ela gravou hoje? Ontem a noite ela estava tão bem.

- Bem mesmo. Ela gravou hoje com bastante dor e na hora do almoço ela não conseguiu continuar.

- Entendi. John se eu for compatível com ela eu quero que você não fale pra ela por enquanto que o rim que ela vai receber é meu.

- Por que não Prepon? Tá nessa de orgulho ainda? Agora pouco você encheu a boca pra falar que ela era sua namorada e agora está pedindo pra esconder isso dela. Eu não vou esconder, ela tem que saber que você a ama, para com essa palhaçada, aproveita que talvez esse seja o melhor momento pra vocês duas.

- Você tem razão, esquece o que eu disse.

Quando eu me sentei a enfermeira veio até o quarto e pediu pra que eu a acompanhasse e eu rapidamente me levantei e fui. Agora é a hora da verdade, vou fazer todos os testes e exames pra saber se sou compatível ou não e espero que seja, porque eu faço qualquer coisa pra nunca mais ver a Tay desse jeito.