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História Relationship - Me chamo Stefan


Escrita por: cellytuitas

Capítulo 4 - Me chamo Stefan


Fanfic / Fanfiction Relationship - Me chamo Stefan

Point Of View: Stefan Salvatore

Andava de um lado para o outro completamente irritado, minha vontade era de enfiar uma estaca bem no peito do meu irmão, onde ele estava com a cabeça quando decidiu atacar aquele garoto? Eu o avisei no momento em que pisamos em Beacon Hills que ele devia se controlar e não brigar com ninguém, e tudo que ele fez foi fazer totalmente o contrário disso.

Se alguém descobre o que nós somos estamos ferrados, não podemos fazer inimigos por aqui, por isso que sempre digo que devemos evitar ao máximo os humanos, isso que acontece quando temos contato com eles, sempre resulta em sangue.

-- Stiles você tem noção do que você fez hoje? Tem noção de que quase matou aquele garoto na frente de toda a escola?! -- digo com o tom de voz elevado.

Respiro fundo tentando me acalmar. Passo a mão pelo meu rosto e me apoio na parede. Isso não devia ter acontecido.

-- Eu já pedi desculpas, ok? Eu tentei me controlar, juro que tentei mas quando ele começou a insultar a Lydia eu não me aguentei. E para ser sincero, minha vontade é de ir até ele e terminar o que comecei. -- diz Stiles, sentado no sofá.

Seus olhos pareciam soltar faíscas de raiva, quando ele disse o que aquele garoto babaca havia feito com Lydia.

Me sento e respiro fundo, não podia acreditar no que havia acabado de ouvir. Olho seriamente para Stiles e digo:

-- Você está brincando comigo? Eu acabei de te explicar o tamanho da merda que você fez e você me diz que sente vontade de fazer de novo? Tudo por causa de uma humana? De uma garota Stiles? Nada do que eu te disse sobre vampiros e humanos não serem uma boa combinação não adiantou em nada? O que você está querendo? Ser descoberto? Derramar sangue? Morrer queimado e apodrecer no inferno?! -- digo passando as mãos pelo meu cabelo, em um gesto de total descontrole.

-- Eu não tenho culpa de estar completamente louco por ela, ok?! Não tenho culpa disso! -- grita Stiles, claramente irritado.

Arregalo os meus olhos e o olho espantado.

-- Como assim louco por ela?

-- Eu quero conhecê-la melhor, eu preciso Stefan. Eu sei que para você isso é como quebrar uma regra muito importante sobre nós vampiros e eu juro que mesmo que eu nunca tenha entendido essa regra e muito menos a aceitado eu sempre fiz o máximo para cumpri-lá, mas agora as coisas mudaram, meus sentimentos mudaram. E não me diga que vampiros não possuem sentimentos, só porque você diz não ter, o que eu duvido muito que seja verdade. O fato é que eu penso nela na maior parte do tempo, ela é tão linda e eu não quero só poder a admirar de longe nos corredores do colégio eu quero me aproximar, eu preciso estar perto dela e a proteger, eu nunca a machucaria, porque eu gosto dela. Eu posso ser um mostro, como você diz que somos. Mas se tem uma coisa que eu aprendi durante esse tempo é que nem todos os monstros fazem coisas monstruosas. -- ele diz com os olhos perdidos, parecia está tão perdido quanto eu.

Suspiro e me levanto, pegando uma taça e colocando um pouco de vinho.

-- Você sabe dos riscos. Se algo acontecer e se formos descobertos a culpa será sua. Se eu souber que você agrediu alguém novamente vamos embora de Beacon Hills. -- digo por fim, nada que eu dissesse o faria mudar de ideia.

Eu não sei o que essa garota está fazendo com o meu irmão, só sei que não é nada bom, mas eu não posso o impedir de nada, já está bem grandinho e sabe muito bem o que faz. Quando ele perceber que eu estava certo, quando acontecer, ele vai me dar razão. E quem sabe assim entenda que tudo o que eu faço é para o proteger e impedir que mais pessoas se machuquem.

-- Eu prometo que isso não vai se repetir. -- diz ele tentando conter a vontade sorrir.

Como pode sorrir com tanta facilidade? Stiles não merecia ser um vampiro, não mesmo. Acho que ninguém merece se tornar uma aberração.

-- Espero mesmo que não. -- digo, acabando de beber o vinho.

 

Stiles então assente, se levantando e vindo até onde eu estava e me abraçando forte, me pegando desprevinido e me deixando um pouco surpreso.

-- Obrigado por me entender. -- ele diz batendo forte em minhas costas.

Reviro os olhos, o abraçando com a minha mão livre. Já que com a outra eu segurava minha taça de vinho.

-- Acho que já pode me soltar.

-- Tudo bem. -- ele diz e me solta, com um sorriso bobo no rosto.

Tudo por causa de uma garota. -- penso e respiro fundo.

Precisava sair um pouco. Esfriar minha cabeça.

Saio de casa e vou em direção a minha moto preta, coloco meu capacete e ligo o motor, dando partida pela extensa rua deserta. Nossa casa ficava isolada das de mais, era melhor assim. Eu sei que isso deu o que falar por aqui, pelo fato da casa ter sido abandonada a muito tempo. As pessoas falam demais as vezes ao invés de cuidarem da própria vida.

Ligo o rádio e me deixo levar pela música, enquanto sentia o vento gelado bater contra o meu corpo. Estava com uma jaqueta de couro, que me protegia do frio que fazia ao anoitecer.

Momentos como esse era um dos poucos que me faziam me sentir como um adolescente normal, por mais que eu não fosse nenhum dos dois.

I know you've got the best intention ( Eu sei que você tem as melhores intenções)

Just trying to find the right words to say ( Apenas tentando encontrar as palavras certas para dizer)

Promise I've already learned my lesson ( Prometo que já aprendi minha lição)

But right now, I wanna be not okay ( Mas agora, eu quero não estar bem)

Dirigia em direção ao cemitério, não havia quase carros na rua.Me sentia livre, me sentia livre.

So let me just give up ( Então me deixe apenas desistir )

So let me just let go ( Então me deixe apenas deixar ir)

If this isn't good for me ( Se isso não é bom para mim)

Well, I don't wanna know ( Bem, eu não quero saber)

Minha mãe costumava me dizer, que enquanto sentíssemos o vento bater e o sangue pulsar, estaríamos livres e vivos de verdade, enquanto fossemos capazes de sentir algo, por mais besta que fosse, a nossa humanidade estaria ligada e por um momento, nos sentiríamos humanos capazes de amar sem machucar.

******
 

Depois de um tempo, cheguei no cemitério e estacionei minha moto em frente.Tirei meu capacete e comecei a andar com as mãos no bolso sem saber ao certo para onde seguir.

Point Of View: Elena Martin

Olhava para o nome da minha mãe naquela lápide e só conseguia pensar em como ela fazia falta. Todos os dias eu chamo por ela e espero ouvir a voz dela, mas a única resposta que recebo é o silêncio.

As vezes parece que a dor nunca vai diminuir. A cada dia ela parece aumentar mais e mais, e então o meu único refúgio é o meu diário. Onde eu me abro e passo para o papel tudo o que eu sinto, isso não faz a dor diminuir, mas a alivia e me ajuda a me acalmar e ter novamente o controle sobre mim mesmo. Não tocamos nesse assunto em casa. Lydia odeia falar sobre isso, ela não deixa que ninguém veja como ela se sente. Ela quer parecer forte e eu sei o quanto ela é, mas eu consigo ver nos olhos dela a dor e a angústia presentes ali. Ela se fecha no seu próprio mundo e não permite que ninguém entre nele, nem mesmo eu. Então eu preciso ser forte por nós duas e esse lugar, o cemitério, é o único jeito que eu encontrei de me sentir mais próxima dos meus pais. É como se eles me dessem força para continuar.

Por isso eu costumo sempre vir aqui, porque todo dia eu tenho a sensação de que vou desabar, e então venho aqui, tentar encontrar forças para continuar.

Encosto em uma árvore que ficava bem ao lado da lápide da minha mãe e em seguida a do meu pai. Abro o meu diário e decido escrever pala primeira vez no dia.

Querido diário,

Ultimamente meus dias tem sido bastante confusos, difíceis e emocionantes. Hoje mesmo dois garotos quase se mataram no colégio, eu pude ajudar um e me senti feliz por isso, por mais idiota que ele fosse, acho que ninguém merece morrer, a dor da perda, da morte devia ser considerada a pior coisa do mundo.

E sim eu não exagerei quando disse acima que ele quase morreu, ele definitivamente poderia morrer se não chegasse alguém para tirar o outro garoto louco de cima dele. As vezes tenho a certeza de que vai chegar um momento em que as pessoas vão começar a se matar, umas as outras por pura diversão. A violência só aumenta e já perdi a esperança de que talvez em algum momento ela diminua.

As pessoas estão esquecendo que são humanas e cada vez mais agem como bichos, e isso é triste, isso é muito triste..

mas apesar de toda essa confusão, conheci um garoto, quer dizer ele me ajudou a me safar de uma pergunta um tanto quanto complicada feita pelo professor de história. Bem sou bastante grata a ele por isso, parece ser um cara legal, bem o acho diferente e um tanto quanto misterioso.

Enfim, essa semana foi estranha e ao mesmo tempo surpreendente, talvez isso seja um bom sinal.

Espero que seja...

Escuto o som de galhos se quebrando. Guardo o meu diário na minha bolsa rapidamente e logo me levanto. Passo a mão pela minha calça jeans a limpando e ajeito minha bolsa em meus ombros, para logo começar a andar para fora dali.

Será que havia mais alguém aqui? Estranho, na maioria das vezes me sinto sozinha por aqui, não acho que pessoas normais venham ao cemitério a essa hora da tarde, já estava prestes a escurecer. A não ser que elas sejam como eu e se sintam bem aqui, claro.

-- Atrapalho? -- pergunta uma voz rouca, me assustando.

Acabo tropeçando em um pedaço de madeira em minha frente. Por um momento imagino a minha cara contra a terra escura e úmida, mas me surpreendo e ao mesmo tempo arregalo os olhos quando sinto braços fortes me segurarem firme pela cintura, me impedindo de cair.

-- Tudo bem? -- pergunta próximo ao meu ouvido. Viro um pouco o meu rosto e meus olhos logo se encontram com um rosto um tanto quanto familiar, o garoto novo, claro.

-- Tudo. -- respondo um pouco aérea, não sabia se era por conta do susto ou pela tamanha proximidade do meu rosto com o dele.

Ele abre um breve sorriso, lindo por sinal. Seu rosto de perto era mais lindo ainda, nunca havia visto um cara tão lindo quanto ele, meu Deus o que estava acontecendo comigo?

-- Posso te soltar? -- ele pergunta de maneira gentil.

-- Ah sim, claro! -- respondo me recompondo e logo me afastando.

As vezes acho um pouco estranho o seu modo de falar. Me lembra uma época antiga, mas não deixa de ser fofo e encantador.

-- Me chamo Stefan.

-- Elena, prazer. Acho que temos aulas de química, física, matemática e geografia juntos. -- digo apertando sua mão, bem gelada por sinal, o que me faz estremecer um pouco.

-- De história também. -- completa sorrindo.

-- Claro, como eu pude me esquecer! Acho que te devo um obrigado por ter me ajudado aquele dia, não?

-- Não precisa, nem o próprio professor parecia saber o que estava falando. -- ele diz provocando risadas minhas.

Ele havia me livrado de uma pergunta daquelas! Respondeu a pergunta do professor de história no meu lugar e ainda tirou onda e surpreendeu todo mundo.

Acho que o professor deve está bolando um plano sobre como impedir Stefan de abrir a boca em suas aulas.

-- Você poderia dar aula no lugar dele. Pode ter certeza que eu faria questão de sentar na primeira carteira.

-- Não tenho dúvidas. Mas acho que as garotas prestariam mais atenção no meu físico do que nas minhas explicações sobre como o mundo se encontrava em 1992.

Se ele não fosse tão gentil poderia jurar que ele estava tentando se exibir, mas ele não se encaixava nesse padrão, como escrevi no meu diário, algo nele o tornava diferente e eu queria saber o que.

-- Não as julgaria por isso. -- digo quase como um sussurro.

-- O que disse? -- pergunta com uma expressão um pouco confusa.

-- Nada! Hãn, acho que preciso ir, já está escurecendo, Derek já deve está preocupado.

-- Posso te dar uma carona? -- ele pergunta me surpreendendo.

-- Carona? Que isso, não precisa. Eu não moro muito longa daqui.

-- Faço questão. Está muito tarde, nunca te alertaram sobre o perigo que guarda a noite? Ainda mais uma garota tão bela como você. -- ele diz e parece ficar um pouco envergonhado, acho que nem ele esperava dizer o que disse.

-- Isso foi fofo, confesso! Ele sorrir e estende a mão direita em minha direção, êxito um pouco mas acabo aceitando sorrindo. Ele me puxa de forma delicada até sua moto e me dar um capacete.

-- Preparada?

-- Sempre estive.


Notas Finais


Até o próximo, eu acho


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