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História RelaTivos - Codinome


Escrita por: _Neptune_3H

Capítulo 12 - Codinome


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— Onde você estava ontem de madrugada? — Aizawa simplismente soltou no café da manhã — Chegou só pela manhã, isso não me parece do seu fetio — Franziu o cenho ao notar pequenas rugas se formarem na testa de Sakura.

— Saí, ora!— Pelo olhar do mais velho, aquela resposta não seria o suficiente — Deu vontade de andar por aí, estava sem sono e não tinha muito a perder — Justificou — Além do mais, sei me cuidar.

— Quanto à isso, eu sei muito bem, no entanto, nunca deixe esse tipo de pensamento lhe induzir, nós nunca sabemos o que pode acontecer — Instruiu. Observou ela desviar o olhar, havia alguma coisa que a garota não estava lhe dizendo.

— Dá pra parar? — Se referiu ao moreno lhe encarando acusativo — E, aliás, como você sempre sabe quando eu saio se está dormindo o tempo todo? — Tentou mudar de assunto e o outro disse algo como "anos de experiência como professor".

— Sakura Haruno Aizawa, você estava com alguém? — Ah, ele havia usado o sobrenome.

Não foi tão complicado para que Shouta conseguisse a guarda de Sakura já que o processo teve toda uma intervenção do diretor da U.A, contudo, algumas leis japonesas ainda eram rigorosas na questão do sobrenome para assegurar que o novo responsável não abandone a "criança" tão facilmente caso mude de opinião. Por isso, em alguns papéis a rosada foi registrada com o sobrenome do herói depois do seu, inclusive o seu nome na matrícula está como "Sakura H. Aizawa", mesmo assim a maioria ainda está com o nome de seu clã.

Quando a garota descobriu isso, ficou genuinamente agradecida pois não seria qualquer pessoa que daria seu sobrenome a uma estranha principalmente na situação dela. Claro que ainda preferia o nome de seu clã junto ao seu, mas aquele gesto do moreno tinha muito peso na consideração de Sakura pelo mesmo, afinal, ele lhe deu moradia e mais que isso, ele havia à acolhido como família.

Já ele não costumava lhe chamar assim pois além de soar estranho em sua opinião, lhe dava esperanças insignificantes. Entretando, tinha consciência da importância que Sakura dava para isso.

— Não — Respondeu simplista ao questionamento.

— Está mentindo — acusou — Se não estivesse, teria feito piada com o assunto, o fato de você negar concretiza minhas dúvidas — Ela, boquiaberta, não notou quando o gato subiou na mesa e furtou sua panqueca — Já conversamos sobre isso, nada de namoro antes dos vinte e um!

— Pelo amor de Deus, Shouta, vinte e um? — Revirou os olhos — E por acaso acha que vai estar responsável por mim até lá?

— Se depender de mim! — concluiu. Sakura ao tentar mordiscar sua panqueca, deu com o prato limpo e um gato em outro canto da mesa com um olhar maquiavélico — Ele roubou sua panqueca — Disse rindo.

— ESSE GATO ESTÁ MERECENDO UNS CASCUDOS!

— E você uma denúncia — Brincou.

— Ora, nunca cheguei a bater nele!

— Mas ameaça fazer isso todo santo dia!

— O fato de eu não fazer isso com ele, anula que eu o ameaçe! — Querendo tornar sua palavra à última, levantou-se e foi fazer outra panqueca — Mudando de assunto, a aula de amanhã vai ter algo de especial? Ouvi você comentando sobre.

— Ah sim, queria falar com você sobre isso — Mesmo depois de concluír a refeição, permaneceu na mesa — Amanhã serão escolhidos os nomes de herói já que aqueles que receberam propostas das agências vão trabalhar — Aninhou o felino em seu colo afagando a pelagem macia — aqueles que não se destacaram tanto, podem escolher uma agência menor ou um herói que aceita alunos da U.A.

— Oh, entendi, eu acho que vou escolher alguma clínica que auxilia heróis ou algo semelhante — Comentou despreocupada — Talvez possa até trabalhar com Recovery girl como de costume mesmo sabendo que a renda é pouca.

— Já te passou pela cabeça escolher algo diferente? — Ela negou — Sabe, Sakura, ultimamente você vêm usando bastante sua individualidade de força e ela cai muito bem em combate, não acha que dessa vez é melhor se aprimorar um pouco mais nisso?

— Você quer dizer escolher uma agência que trabalha com lutas diretas? — Coçou o queixo pensativa. Não parecia ruim, afinal — Você falando agora, de fato seria bom me especializar um pouco nessa área — Sorriu — Vou pensar sobre!

— Okay, mas e seu codinome? — A cara de desapontamento foi impagável — Eu nunca fui bom com isso, tanto que o meu nem ao menos foi eu que escolhi.

— Por que isso parece tanto algo que você faria? — Riu vindo a mesa dessa vez com novas panquecas — Eu listei alguns com Daiki lá no templo, mas ainda não sei... quer ouvir as idéias?

— Bom, vamos lá — Gesticulou para indicar que estava prestando atenção — Talvez você seja até mais ruim que eu.

— O primeiro sugerido foi "Konohana" — dedilhou a mesa como se escrevesse o nome — "Konoha" para homenagiar minha vila e "hana" por conta do meu nome, essa foi minha idéia.

— Hum, estranho para um nome de herói, não tem nada mais "inovador"?

— Bom, o segundo quem sugeriu foi Daiki — Explicou — "Méd-nin" Uma abreviação de médica ninja, mas sinceramente não gostei muito.

— Lembre-se que você pode se chamar assim pelo resto da vida — Ela assentiu — Eu estava pensando em "physcian strong", o que acha?

— Não é tão ruim de tudo, mas não sei se combina comigo — Ele deu de ombros. Aquilo estava sendo difícil — E se fosse... "Byakugirl"?

— Muito sem sentindo — Opinou se revirando na cadeira que começava a ficar desconfortavel por ficar muito tempo na mesma posição — Pense em um mais criativo!

— Me ajuda então!

— Por que você não escolhe algo que não remete as suas individualidades? Uma coisa nova que tem mais à ver com você ou sua história, também pode ser conveniente — Ficou sério — As vezes, um nome que faça jus à algum acontecimento importante da sua vida pode até mesmo lhe inspirar  — Ela encarou o prato limpando o canto da boca e revirou a idéia em seus pensamentos até algo lhe vir à mente.

— Já sei! — comemorou — Escolhi qual vai ser!

— E qual é?

— Você descobrirá na aula — Sorriu de canto ao notar a cara de curiosidade do outro — Olha, não é tão criativo mas talvez funcione!

— Não vejo à hora de descobrir — Fingiu desânimo. Ela podia ser bem alternativa quando queria.



— EU VOU TE MATAR! — Bakugou declarou mortalmente ao senhor de idade ao seu lado.

— NÃO, SEU IDIOTA — Sakura lhe distribuiu um cascudo — PARE DE SER TÃO SEM NOÇÃO!

O que acontecia era que diante dos acontecimentos do festival muito recentes, a cara de Bakugou estava em quase todos os lugares, até mesmo em cartazes pelo metrô. O loiro não demorou a ser reconhecido pelos passageiros que se juntaram ao redor do adolescente o questionando sobre tudo, o que normalmente o estressou principalmente depois de um senhor aleatório o perguntar o porquê do garoto ser tão burro na hora do ataque.

Se Sakura conhecidentemente não houvesse — Outra vez — pegado o mesmo veículo que ele, o senhorzinho poderia ter passado maus bocados.

— MERDA, HARUNO — Estava decidido a tirar as mãos da outra de si que lhe arrastavam pelo chão sem muita dificuldade — MALDITA, EU VOU TE ARREMESSAR PARA FORA DESSE CARALHO!

— Não vai fazer isso também — Sem paciência, o jogou sobre um acento qualquer — Poxa, Bakugou, não são nem oito da manhã e você já está mais irritado do que Musutafu inteira, isso faz mal pra saúde, sabia?

— Escute sua namorada, ela parece ser mais inteligente do que você! — o mesmo senhor disse e involuntariamente fez Bakugou tomar um leve rosado em suas bochechas — Com uma garota tão bonita, como pode ser raivoso desse jeito?

— Mas nós não somos namorados! — Disse Sakura apressadamente — Longe disso, não passamos de colegas de classe! Por que diabos todo mundo fica insinuando essa droga? — Deu as costas e sentou-se ao lado do outro já que o metrô não estava tão cheio — Isso é chato.

— Tsc — Estalou a língua em resposta.

O garoto não disse mais nada o resto do caminho até a escola, mesmo diante das provocações de Sakura ele respondeu de qualquer jeito, do mesmo modo quando essa questinou sobre a familia do loiro não recebia nada mais que um "hum" ou "hurum". Ele parecia chateado e isso a deixou com uma pulga atrás da orelha, "Esse lunático se incomodou com algo que eu disse?"

Ela se limitou a ficar calada também até chegar na U.A e rumar para seu armário se separando dele.

Dentro da classe, os alunos tinham suas vozes elevadas enquanto se alegravam pelo festival, já que muitos estavam sendo reconhecidos pelas pessoas. Sakura trançava distraída três pequenas mechas do cabelo de Deku enquanto sorria contagiada pela animação de seus amigos.

Esses saudaram Aizawa que entrou na sala fazendo o mesmo com sua típica "animação" matinal.

— O professor Aizawa 'tá sem as bandagens, kero~ — Percebeu Asui — Isso é bom!

— Felizmente ele parece ter alguém responsável para fazer isso — Disse Sakura convencida.

— Oh sim, é o que parece, Senpai!

— Hum, a velha da cura também acelerou o processo — Escondeu o fato de que grande parte disso foi por causa da rosada — Mas acabando com o papo furado — Se pôs em frente à turma olhando para os rostos dos alunos — Hoje há uma aula especial de informática para heróis.

— Yeah! — Sakura comemorou sendo observada pelos seus colegas. Ela parecia ser a única que sabia o real intuito daquela aula, o resto achava se tratar de uma prova.

— Codinome, hora de criar seus nomes de heróis — Aizawa disse não muito empolgado, diferente da turma que vibrou de alegria — quietos! — Ordenou e foi atendido na hora — Como eu dizia, isso está relacionado com as proposta dos heróis e suas agências e... — Explicou detalhadamente cada umas das informações disponibilizadas à si para sua classe — Aqui estão os números dos que receberam propostas — Mostrou alguns nomes dos que participaram do festival e os que mais se destacavam eram os de Todoroki e Bakugou.

— Midoriya não teve nenhuma por conta desse jeito louco de lutar — Zombou mineta— Ficaram com medo de...

— CALE A BOCA E DÁ O FORA! — Sakura, dando um pontapé no mais baixo foi elogiada por Mina — Ei, não se preucupe tanto com isso, afinal tem mais agências que aceitam alunos da U.A mesmo não sendo tão grandes quanto essas no quadro — Deku assentiu agradecendo pelas palavras da amiga e ajeitando a mine trança que a mesma fez seu cabelo — Tenho certeza que muito de seu potencial ainda vai ser reconhecido.

— Espero que sim, Sakura-Senpai! — Se virou para vê-la melhor com um sorriso reconfortante — Mas e você, como vai fazer em relação à isso?

— Talvez eu vá para uma dessas agências menores mesmo que elas ofereçam pouca experiência — Disse pensativa — No menor dos casos, também posso ir em alguma clínica ou herói de suporte.

— Entendi, você é mesmo muito habilidosa — Elogiou.

Enquanto Aizawa terminava de dar as informações, Midnight entrou praticamente desfilando pela sala e avisou que ela garantiria que os nomes fossem adequados. O outro se arrastou até o canto da sala entrando em seu saco amarelo fazendo Sakura revirar os olhos. "Tenho que me livrar disso qualquer dia desses"

Os nomes eram dos mais criativos possíveis e alguns até fofos como "Froppy", "Pink" ou "Uravity", também houve casos como o Todoroki e Iida que decidiram ficar com seus próprios nomes. Bakugou ficou sem nome por ter sido rejeitado em todas as suas sugestões. Na opinião de Sakura teve até uns legais, mas muito soberbos, conhecendo Midnight, claro que ela não deixaria que esse fosse o caso.

— Minha querida Sakura, Sua vez, Meu bem! — Chamou enquanto gesticulava alegre. Ela nunca falara muinto intimamente com ela, mas com certeza Sakura era uma das garotas mais bonitas que já vira — Mesmo seu caso sendo um pouco complexo como minha colega de trabalho e também aluna, é necessário que escolha seu nome, já pensou em um?

— Sim, eu pensei! — Foi até a mesa da mais velha — "Heroína  Supermundane"— Anunciou enquanto seus colegas tentavam descobrir a origem do nome. Aizawa mesmo do chão a olhou com uma sobrancelha arqueada e um sorriso ladino.

— Uou, que diferente, há algum significado por trás dele, querida?

— Sim, uma coisa muito importante aconteceu na minha vida há algum tempo, onde meu mundo mudou completamente — Os outros mal imaginavam que aquilo era bem mais que uma metáfora — Por isso, eu quero mostrar o quanto sou forte mesmo com essa mudança, mesmo com esses dois mundos!

— Nossa, Querida, isso é espetacular! — Bateu palminhas — Então contamos com você, Supermundane!

— Obrigada! — Foi até sua mesa guardando a plaquinha com seu nome. Ela tinha muitos agora.

— Ainda não posso imaginar que você escolheu esse nome — Comentou para Midoriya sentada em cima da mesa do esverdeado cruzando as pernas, mas o outro não parecia se importar com isso — Mas gostei do que ele simboliza pra você, torço pra que consiga dar a ele o significado que espera, Deku!

— Sakura-Chan, o seu parece bem forte, imagina se um dia ele for anunciado no jornal por algum feito seu? — A Uraraka segurava um estojo de lápis imitando um microfone, essa estava acomodado na cadeira da Haruno — "Hoje a grande heroína Supermundane salvou várias pessoas de um prédio em chamas e garantiu de cuidar de todos os moradores com a ajuda de sua parceira, Uravity que fez a evacuação com o herói Deku!" — Os três riram da atuação da colega.

— Mas agora falando sobre outra coisa — Sussurrou — Vocês notaram como o Iida-san 'tá estranho? — Olhou para o azulado disperso em sua mesa — Mesmo agora que o professor autorizou uma pausa na aula, ele não veio falar com a gente.

— Ah, isso — Deku, desanimado contou a história que soube sobre o irmão do outro — E aparentemente esse é o motivo, falei com ele hoje pela manhã, tinha algo estranho em seu semblante.

— Então é isso — Inquiriu Sakura — Eu fiquei até mal por ele agora, deve ser muito difícil ver o próprio irmão nesse estado — Midoriya e Ochaco proferiram um "hurum" sincronizado em concordância com ela.

— Ei, Sakura! — Ouviu seu nome ser chamado e ao olhar na direção notou o garoto da 1-C escorado no arco da porta de sua sala.

— Shinso? — Se despediu dos amigos indo até o mesmo com um sorriso.

O garoto parecia corado e até hesitante em ter ido até alí chamá-la, mas se tranquilizou com a aura receptiva que ela transmitiu mesmo que de longe ainda. O que incomodou foram os olhares dos colegas dela minados em si cheios de curiosidade, inclusive os de Midoriya, seu oponente no festival.

— Eu não queria aparecer assim na sua sala e tudo mais, mas preciso de sua ajuda — Coçou a nuca envergonhado — Fui na enfermaria atrás da Recovery Girl, mas ela estava ocupada então...

— Ah, tudo bem — balançou a cabeça concordando — Não se preucupe com isso, podemos ir agora — Se virou para a vice-presidente de classe — Yaoyorozu, pode dizer ao professor que eu precisei ir na enfermaria?

— Claro — A morena se limitou a responder enquanto anotava algo em seu caderno.

O caminho até a enfermaria foi silencioso excerto por quando Sakura tentava puxar assunto sobre qualquer tópico inane ou perguntava sobre o outro. A verdade é que ficar calada por muito tempo lhe fazia pensar demais e quando esse era o caso, sua mente ficava confusa em como deveria agir, principalmente perto de Shinso. O garoto era intimidador, adimitia, mas sua curiosidade não deixaria que passasse um tempo sozinha ao lado dele sem ao menos descobrir mais um pouco do mesmo. "Mal hábito".

— Sei que é chato pedir desculpas toda hora — Proferiu assim que chegaram na enfermaria — Mas eu não sei o seu sobrenome, por isso que eu chamei pelo primeiro — Justificou temeroso no caso da colega ter achado o gesto um tanto desrespeitoso. No entanto, ela nem havia notado.

— Não me importo — Disse olhando para o azulejo no chão levando um tempo considerável vizando os formatos congêneres — Pode continuar chamando se quiser, antigamente poucos eram os que me chamavam pelo segundo nome, que aliás é Haruno — Juntou as mãos atrás do corpo estalando os dedos. "Por onde começar? Sendo descontraída, talvez" — Saberia dele se tivesse prestado atenção no outro dia, eu me apresentei na sala — Seu tom era quase penal, caso Daiki à visse no momento, chamaria ela de exagerada. Acabou que soou mais rude do que engraçado.

— Hum, eu costumo me distrair fácil — Estava tenso, então soltou uma frase retórica sem saber de onde ela vinhera — Mas voltando ao assunto; Eu vim pedir ajuda com meu ombro, ele tem estado dolorido de uns dias pra cá, até mesmo antes do festival esportivo — Explicou gesticulando com as mãos esperando que Sakura pudesse entender sobre o que aquilo se tratava.

— Okay, vamos dar uma olhada nisso — Higienizou as mãos — Sente-se na cadeira, por favor — Ele obedeceu se acomodando no assento apontado pelos dedos da garota — Preciso que me diga onde dói.

— Essa área em questão — Deu um tapinha indicando o local — Ela não estava tão forte, mas vem aumentando — Concluiu vendo ela anotar algo em um caderninho.

— Levando em conta a área dolorida nós podemos ter algumas razões comuns — piscou algumas vezes listando as possíveis causas — Você na verdade pode ter uma dor em uma área próxima como a coluna e ela acaba indo para seu ombro ou seus tendões podem estar inflamados — Explicou — Isso no menor dos casos, mas para ter um diagnóstico mais preciso, eu necessito avaliar melhor — Juntou seu cabelos em um coque desarrumado em seguida ajustando a altura da cadeira onde o outro estava — Tire a blusa.

— Tudo bem... — Franziu o cenho tirando a parte de cima de seu uniforme. Sakura, mantendo um postura digna de uma profissional, tentou não se mostrar envergonhada, afinal seu trabalho era aquele — Sabe, eu não fui à um hospital antes por cogitar primeiro você, ou a Recovery Girl, tanto faz — Terminou de tirar a blusa enquanto Sakura tinha seus olhos fixados na prancheta.

— Agora deixe eu... MEU DEUS! — Quando encarou pela primeira vez o ombro do outro, se assustou ao ver o membro deformado como se houvesse sido obrigado a ir para trás — Você não tinha percebido isso?

— Acho que não... — Pigarrou limpando a garganta — Olha, é que na verdade eu estava treinando para o festival. Minha individualidade não é totalmente útil pra lutas e tudo mais, então eu achei que se eu me exercitasse e fosse um pouco mais "flexível" eu poderia ir para a final — Suspirou após finalmente admitir — O que não deu muito certo, em um dos treinamentos eu caí por cima do braço e isso provavelmente deu um jeito no meu ombro.

Ele não era de sair dizendo seus problemas, pois em sua cabeça eles eram fúteis demais para os outros darem conta ou tentarem lhe ajudar. Quando entrou na U.A tudo piorou, as pessoas acabaram se afastando do cara com "individualidade de vilão" por medo caso o garoto a usasse nelas.

Por isso, se trancou para o mundo guardando e acumulando todo seu sofrimento sozinho, isso acabou se tornando parte de sua personalidade. Então mesmo ir à um hospital era complicado pra si, até no caso de ter seu braço deformado, era estranho compartilhar isso para um pessoa desconhecida. Foi aí que pensou em Sakura, só ele sabia o quanto havia torcido para a garota estar na enfermaria naquele momento.

Pra sua sorte, Recovery Girl estava ocupada demais para atendê-lo — Claro que se ele houvesse revelado o motivo, ela não teria medido esforços para curá-lo — Então ele foi até a sala dela decidido à pedir ajuda. Desde o dia que ela foi na sua sala e sentou ao seu lado tentando ser simpática — Demais até — Notou algo de diferente em seus olhos.

Os olhos de Shinso se resumiam em uma infinita escuridão púrpura, como um céu nublado dando abrigo a uma tarde chuvosa, aquelas em que você fica entediado dentro de casa olhando a tempestade pela janela como se o vidro deixasse-a ainda mais melancólica em sua visão. Na realidade, poucas eram os dias chuvosos e nublados que não carregavam aquela impressão de melancolia, como aquela antiga expressão "o céu está chorando".

Isso fazia uma diferença gritante com as íris esmeraldinas de Sakura. Seus olhos manifestavam vida pura em sua perfeita sintonia, dando um ar de raridade para o verde brilhante e esperançoso como um início de abril aquecendo a cidade e expulsando o frio de março. No entanto, eles também davam destaque à um tipo de experiência, como se já houvessem visto muita coisa nessa vida mas, mesmo assim, nunca perdendo sua chama acolhedora.

Era quase como se ela conhecesse ele. Talvez alguém que pareça com ele. Só sabia que tudo isso irradiava um comportamento fraternal dela consigo.


— Ei, vocês viram como a Haruno-chan ficou toda feliz quando viu o cara que lutou com o Midoriya? — Kaminari comentou como quem não quer nada para Sero, Mina, Bakugou, Kirishima e Mineta — Eu também ouvi uma galera falando que os dois já sentaram juntos lá na 1-C!

— E você percebeu que ele se referiu à ela pelo primeiro nome? Bem íntimos — Mineta cochichou com um sorriso — E ele chamou ela pra enfermaria, mas será que realmente era por algum ferimento ou eles estão brincando de "enfermeira e paciente"? Eu já vi um filme que tem dessas coisas!

— Ham? Haruno-chan não parece alguém que faria isso — Disse o Denki coçando o queixo — Mas se bem que os dois sozinhos e trancados lá... é duvidoso mesmo.

— Duvidoso são vocês dois falando da vida alheia assim — O Hanta repreendeu metendo-se na conversa.

— Concordo com ele — Mina disse colocando o livro na cadeira de Kaminari — Agora me diz se já achou a resposta da B!

O assunto fora encerrado entre eles, menos nos pensamentos de Bakugou. Estava amaldiçoado de um jeito que chegou a imaginar cenas muito questionáveis. Balançou a cabeça tentando afastar aquelas pensamentos, nisso olhou para Kirishima que lhe encarava preucupado. Teve uma idéia.

— Ei, Cabelo-de-merda — Chacoalhou o outro pelo ombro — Quero treinar minha agilidade, ativa essa sua individualidade aí e tenta me acertar um soco com toda sua força, vou tentar desviar.

— Olha, Bakubro, aquilo que o Mineta disse é tudo fruto da mente pervertida dele, não precisa ficar tão agitado...

— CALA A BOCA E ME DÁ UM SOCO LOGO! — Rosnou autoritário.

— Tá bom cara, pra quê estresse? — Ativou a individualidade no braço apontando para Bakugou que sorriu insano — Mas você vai desviar né? — O sorriso aumentou.

— Vou.

Sakura mentalizou a distância de alguns passos entre eles. Havia terminado de curar o Hitoshi e de passar as instruções necessárias para que algo do tipo não chegasse a ocorrer de novo.

— Por que está me encarando tanto? — Soprou as palavras para ele.

— Então, Sakura — Era quase como se as sílabas se tornassem gélidas quando ele as dizia — Você gosta de perguntar bastante, não é?

— Não é isso, eu apenas...

— Não estou te repreendendo — Abanou o ar com as mãos — Mas não pude deixar de notar o quanto você parece insegura de falar sobre si mesma, quase como se tivesse medo do surgimento de alguma brecha para falarmos de você — Aquilo pesou em sua mente. Será que ele à invadira e ela nem ao menos notou? — Pessoas que agem assim, geralmente costumam guardar segredos — Levantou ficando de frente para ela deixando explícito a diferença de altura. Se antes ele a intimidava, agora era como se sua presença pudesse esmagá-la — É um bom truque, mas acho justo que eu também possa perguntar algo sobre você.

— Bom eu... na verdade... — Procurava as palavras ou qualquer desculpa apodíctica.

— Você age como se fossemos conhecidos, isso é intrigante — A tensão eletrizante rodeva os poucos centímetros que os olhos se capturavam e Sakura tinha um súbito medo de desviar os seus — Me diga, Sakura Haruno, qual o seu segredo?

Antes de se embolar toda nas palavras sem estar pronta para mentir para ele nessa situação, a porta se abriu num supetão, fazendo Sakura desviar seus olhos até ela, mas Shinso permaneceu da mesma forma, olhando para seu rosto. Na porta Bakugou ofegante com uma expressão pálida se segurava no batente quase como se fosse cair no chão.

— SEUS DOIS... SEM... VERGONHAS! — Gritou mesmo com a ausência do ar em seus pulmões — O que merda estão fazendo?

— O meu trabalho  — Sakura arrastou os lábios sorrindo. Sim, sorriso, pois Bakugou acabara de salvar sua pele. Ele gruniu — E você, o que está fazendo?

— Recebi um golpe na barriga — Disse massageando o local verdadeiramente dolorido — Forte, muito forte.

— Deite-se na maca — Disse à ele — E Shinso, isso é um pouco complicado, então quando tivermos outra oportunidade, podemos falar melhor sobre, tudo bem? — O colega nada disse e apenas vestiu suas roupas se despedindo antes de sair pela porta — Agora vamos tratar de você.

Shinso já na direção de sua sala, alisou o ombro, a dor havía passado, mas uma curiosidade tão intensa quanto tomou sua mente. Se não fosse pelo garoto explosivo, ele poderia ter descoberto algo até certo ponto, pois tinha certeza de que ela nunca diria aquilo para ele. "Droga" resmungou. Se os olhos de Sakura pareciam vida e os seus nebula, os daquele cara tinham o aspecto do caos.



— Ei, por que o idiota das olheiras estava sem blusa? — Juntou coragem para perguntar, mas não viu nenhuma sombra de nervosismo em seu rosto — Quando eu entrei aqui, você parecia amedrontada, se não fazia nada de errado, então por...

— Ele estava sem blusa porque eu precisava curar a área danificada, fazer isso por cima dos tecidos é muito difícil, eu poupo tempo — Justificou — Inclusive vai ter que tirar a sua também. E não se preucupe, não tenho intensão de abusar de você, ó jovem moça! — Proferiu com um humor solidamente sarcástico. Bakugou revirou os olhos — E quanto a terceira pergunta... bom, eu estava quase que encurralada, mas graças a você, eu consegui me desviar da situação.

— Aquele maldito estava te pressionando à alguma coisa? — Ficou sério, a ojeriza na sua voz foi trucidande.

— Nada do que esteja pensando — Segurou o ar, quase como se pudesse apertá-lo e juntá-lo em um monte dentro de suas mãos.

Bakugou tirou a farda superior assim como seu paciente antecessor fizera e se estirou pela maca branca. Era bem evidente o quanto ele trabalhava mais em seu físico do que o Hitoshi, com o abdômen perfeitamente definido. Sakura tentou disfarçar  a vermelhidão de seu rosto combrindo-o com o cabelo rosa e desviando suas orbes verdes para outro canto freneticamente.

— Quem fez isso com você? A pessoa ainda está viva? — Indagou encarando o roxo com tons de verde que se espalhavam por boa parte do flanco esquerdo. Ele não respondeu nada — Okay, okay, vamos lá.

Seus dedos desenharam um círculo imaginário pelo hematoma. Ela, usualmente não estaria tão corada, mas estava, ao ponto de sua cabeleira rosada não esconder, ao ponto de um sorriso crescer nos lábios de Bakugou. Estava encabulada, até seu toque era mais leve como se houvesse um medo eminente de danificar o corpo bem malhado do outro. Era uma péssima reação que ela não precisava. "Poxa lado profissional, me ajuda!".

Os olhos dele se viraram em sua direção, mas a calorenta e acolhedora luz impalpável abraçou o machucado e Bakugou lutou para reprimir um grunido de alívio quando a dor fora deixando seu corpo que também tinha sua cor natural agora. Ela já havia o curado uma vez antes naquela enfermaria. de alguma forma amena, ele gostava da sensação de sua individualidade. Só daquela, a outra era no mínimo preucupante.

— Sabe, hoje... você ficou estranho depois do metrô — Reuniu coragem para perguntar — Eu disse algo que não gostou?

— Por que liga pra isso?

— Porque somos... amigos, não somos? — Ele demorou a responder, analisando mentalmente aquela frase.

— Pensei que tinha dito que não passávamos de colegas — Cruzou os braços desviando o olhar — E pouco me importa.

— Se ficou magoado por conta disso, poderia ter me corrigido — Falou, mesmo sabendo que nem em cem anos o ego dele pudesse permitir tal coisa — Depois de ontem, achei que estavamos em um trégua, pelo menos por enquanto — Puxou a cadeira para se sentar tambem evitando encará-lo — Eu não costumo sair com amigos que não sejam na escola, não tenho muitos fora dela, não mais...

Aquela informação pareceu pairar ao redor de Sakura como um passarinho, até que ela era ressentida com aquilo. Ele arriscou perguntar.

— Onde eles estão? — "Onde eles estão" ela ao menos sabia?

— Não sei, perdi contato — Uma meia verdade.

— hum... — Silenciosamente, o desconforto ecoou como um canto. As vezes Sakura transparecia saudade — Quando eu era pirralho, eu costumava ter alguns zé-ruelas, mas não eram amigos, eram seguidores, eu meio que mandava neles — Quebrou a quietude e ficou mais amparado quando ela voltou sua atenção nele.

— Eu imagino um ditador terrível com menos de um metro de altura — Em um instante, estava rindo — Eu era bastante insegura quando criança, depois da intervenção de uma pessoa que eu aprendi a ser mais confiante.

— Ah, decepcionante, eu te imaginava como uma pivete mal-trapilha com mais testa do que tamanho — Ouviu dela um "Idiota" — Talvez você pudesse ter sido uma zé-ruela legal caso tivessemos nos conhecido.

— Impossível — Soltou, mas logo corrigiu — Digo, eu morava lonje.

Ele assentiu, aquilo era comum, ou então apenas um desvio. O que se passou na mente de Bakugou naquela hora? Ela não sabia.

O que passava na mente de um adolescente problemático que tinha seu maior objetivo sendo se mostrar melhor que o resto do mundo? Agredir Midoriya? Explodir um de seus colegas? Todas as sugestões que sua mente lhe indicava envolviam uma possível violência.

Algo realmente se passava em sua mente?

Ou alguém?

Bakugou mesmo sabendo, jamais teria coregem de adimitir o real fato pra ninguém, nem mesmo pra si em voz alta. Talvez temesse fazer até em seus pensamentos.

Ele se sentou na maca, ficando em frente à ela, dessa vez se olhando de verdade, percebeu seu franzir de sobrancelhas. Ele rezou para todos os deuses que sabia o nome para ela não fazer o biquinho inflando as bochechas bem alí, com uma distância limitada entre eles. No entanto, quando ela não o fez atendendo assim seu pedido mental, ele se decepcionou. Confuso, não é?

Então se prontificou a observá-la mais um pouco vendo ela fazer o mesmo. Aquilo era quase sempre assustador. De fato, confuso, tanto que podia rir igual à um sádico de uma forma que só ele fazia.

— Ei, Haruno — Sussurrou baixinho seu nome, com um chamado indiscreto.

— Sim? — Ela, por desventura, respondeu no mesmo tom, como se fosse um pecado alterar a voz alí. Isso era bastante difícil para os dois.

— Sua testa é maior ainda de perto — Caiu na gargalhada tombando na maca que rangeu.

— FILHO DA PU...

Nezu, fechou os olhos massagendo as têmporas enquanto olhava pela vigésima vez aqueles papéis obrigando sua mente a se recordar de algo. O que acontecia era comum na escola, porém, dessa vez esse não era o caso.

Em todos os bimestres o terceiro ano — Geralmente o 'C — Pregava um trote na escola, tanto que já virara uma tradição que normalmente era algo que não o preucupava mais. Dessa vez eles fizeram uma pegadinha muito normal por alí; Invadir a sala onde guardavam as imagens das câmeras e depois publicavam elas em algum lugar. A maoria das vezes eles nem olhavam direito as filmagens e apenas escolhiam-nas aleatoriamente, vezes ou outra revelando casais se beijando ou até o zelador dançando um música antiga qualquer no seu horário de serviço.

No entanto, dessa vez uma filmagem muito importante — E possivelmente comprometedora — Sumiu junto de outras cinco irrelevantes. Era a filmagem de uma das câmeras da U.S.J, especificamente a do dia da invasão. Dependendo do conteúdo exposto, a escola poderia ter sérios problemas, por isso, tentava se lembrar de qual filmagem se tratava, mas nada lhe surgia.

— Esses meus alunos! — Resmungou rindo sem humor tentando manter a calma.

Rumou até um pacotinho de seu chá favorito colocando dentro de uma xícara com água quente. No seu antigo mundo, muitas vezes não tinha oportunidade de tormar chá, e tinha que se contentar apenas com água morna nos dias de inverno. Soprou o vapor bebericando o líquido adocicado.

Só esperava que aquilo não se tratasse de nada preucupante e que logo aquela tormenta deixaria sua cabeça.

Já pela tarde, Sakura e Shouta andavam pelo mercado da zona leste com seu carrinho com uma roda solta escolhendo o que levariam para a feira de casa. Olhavam a listinha feita com a letra do Aizawa, já que a de Sakura era um garrancho para ele entender. Maneeou a cabeça para a rosada indicando o a seção dos produtos de limpeza, precisavam urgentemente de detergente, Sakura gastava muito quando lavava a louça.

O que eles não sabiam era que estavam sendo observados por três pares de olhos curiosos que olhavam a cena com incredulidade.

Mineta, Denki e Ashido só faltaram virar para trás quando viram Aizawa sorrindo verdadeiramente para à aluna que retribuia de forma visceral. As mentes férteis dos adolescentes lhe insinuavam as mais variadas coisas, mas a única que tinham em comum era: Sakura Haruno estava saindo com o professor.

Os três já estavam no mercado à um tempo quando se esbarraram, Denki e mineta estavam juntos e acabaram encontrando Mina, foi quando notaram a dupla incomum adentrar o estabelecimento. Os queixos cairam assim que perceberam o que — possivelmente — estava acontecendo.

— Gente, eu nunca imaginei isso — A alienígena disse chocada — Deve ter um engano.

— Não, não tem, olha! — Os dedos curtos de mineta apontaram pra quando Sakura segurou a mão do mais velho o guiando para outro corredor — Ela gosta de caras mais velhos!

— E ele de garotinhas mais novas — O loiro do grupo reverberou — Gente, isso é meio errado.

— Meio? — A garota inquiriu relutando.

Eles praticamente vigiaram os dois durante os vinte minutos que ficaram lá. Aparentemente não vinheram em nenhum veículo, por isso foi mais fácil seguirem os dois durante o percurso até uma casa bonita rente à uma esquina onde Aizawa tirou uma chave de seu bolso e abriu o portão para que a mais nova passasse.

Ainda passaram mais um tempo escondidos entre alguns arbustos mas logo foram para suas casas.



Achou que fosse paranóia de sua cabeça, mas à medida que caminhava para sua sala, sentia os olhares de todos os alunos que via sobre si cobrindo-a com um manto de julgamento. Escondeu-se com um suspiro frustrante e, finalmente chegou ao lugar que pretendia, mas até mesmo alguns de seus colegas insistiam com aqueles olhares.

Percebeu então que Mina repreendia Mineta por algo, nada de incomum, mas pelo que ela disse, talvez houvese ligação com o fato de todo mundo decidir encará-la hoje.

— Seu boca grande! não tinhamos combinado que isso ficaria entre nós?

Ela saiu de seu transe pensativo e sentou no seu lugar de costume. Bakugou olhou para ela com uma sombra de decepção, foi estranhamente torturante, mas logo desvivou o rosto para o quadro. Deku se virou, ele era um dos poucos que não parecia estranho consigo.

— Sakura-Senpai, o Mineta nos disse algo muito grave hoje mais cedo — Foi direto ao ponto mas sua voz ainda era suave — Disse que ele, Kaminari e Ashido te viram muito intimamente com o professor ontem pela tarde.

— O QUÊ? — Sakura gritou indignada, o maldito anão havia entendido as coisas erradas e agora passava uma imagem sua tão distorcida quanto para o resto da escola — VOCÊ ESTÁ MALUCO? — Sua voz estrondou pela sala quando se referiu ao cabeça de uva — QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA PARA SAIR DIZENDO COISAS ASSIM SOBRE MIM? — Socou a mesa do mais baixo vendo o ferro estourar.

— M-Ma-Mas Haruno-Chan, nós realmente te vimos entrando com o professor na casa dele ontem — Denki buscou defender o amigo mas se arrependeu assim que os olhos dela cairam sobre si, se soltassem veneno, estaria agonizando no chão nesse exato momento — E-E no mercado vocês dois... — Tentou e tentou para perceber que só piorava as coisas.

— Está com raiva por que nós descobrimos seu segredo para tirar boas notas? — O Minoru provocou.

Aquilo foi o estopim. Como poderiam achar uma coisa assim sobre ela? Eles realmente haviam acreditado nisso? Ficou com ódio como à muito tempo não ficava, sentindo o sangue fervilhante dentro de si, ela nem ao menos notou seu chakra aumentando assustadoramente concentrando-se em suas penas junto a sua individualidade. A cada passo que dava até o colega, o chão abaixo de si rachava como se fosse feito de ovos.

— O que está havendo aqui? — O moreno entrou no local estranhando a cena — Já foi estressante o suficiente todo mundo me olhando desde que pisei na escola apenas para chegar em minha sala e vê-la nesse estado!

— Por que não deixa esse verme te contar? — Sakura segurou a cabeça do arroxeado e o obrigou à olhar para Aizawa.

— Sabe professor, é que... — Respirou fundo sentindo as palavras arranharem sua garganta — Ontem vimos você e a Haruno-san entrarem em sua casa pela tarde — Diante das acusações, os alunos olharam para ele em busca de resposta.

— Isso é porquê ela mora na minha casa — Explicou, mas a frase pareceu ter causado ainda mais distorção na situação.

— Ma-Mas professor, isso é errado! — Kaminari outra vez se intrometeu, todavia, encolheu o corpo diante do suspiro cansado e da carranca de Aizawa.

— O que raios teria de errado em minha filha morar comigo? — E o resto da sala se calou.

Não algumas pessoas como geralmente ocorria, até mesmo Todoroki e Tokoyami se dedicaram a espantarem-se. Parecia até que Aizawa havia anunciado que uma doença mortal se espalhava pela escola ou dissera que o primeiro à falar perdia a língua.

— Não pode estar falando sério!

— Se ainda lhe resta um pouco de inteligência, leia isso — Vasculhou em sua bolsa a frequência com os nomes de seus alunos e mostrou não só a Mineta como à todas as pessoas que se aproximaram em curiosidade — "Sakura Haruno Aizawa, tendo como responsável oficial, Shouta Aizawa" — Leu em voz alta.

— Não brinca! — Kaminari parecia o mais envergonhado.

— O que vocês três acusaram não só a Sakura como também a mim, poderia ter nos prejudicado ao ponto de perdermos nossos empregos e não só isso, Sakura poderia ter sido expulsa e ficado com má fama com outras escolas — O mais baixo se arrepiou completamente quando os olhos do moreno fizeram-se em vermelho — Mais tarde conversaremos melhor, e pessam desculpas à minha filha!

Os três sujeitos curvaram-se pedindo desculpas a garota que apenas fez um gesto com sua mão mostrando indiferença.

— Mas Senpai, por que nunca nos disse que era filha do professor? — Perguntou quando ela passou por si.

— Nunca foi necessário, além disso, não queria ninguém insinuado que eu era privilegiada por conta do meu pai — Foi estranho quando disse isso, "meu pai", mas evitou o pensamento, ele realmente era rápido com desculpas Outro motivo é o fato de nós dois sermos funcionários da escola, precisamos ser responsáveis mesmo no mesmo espaço com familiares.

Exatamente Concordou o herói.

De qualquer forma, ele realmente agia como um pai em relação a ela, então deixou para ele esse título. Seu pai não era tão diferente dele, de como se comportava, o que não tinham de semelhante era que havía mais liberdade com Aizawa. Sem se preucupar tanto em medir ou evitar palavras temendo um julgamento ou até um desdém.

Na verdade, Shouta era de fato um bom pai.

— Nossa, agora que você falou — O loiro levantou-se outra vez da cadeira — Realmente se parecem!

— Ah sim — Sero disse lhe dando um tabefe — Posso jurar que o branco do olho é idêntico!

E assim a sala voltou a sua aparência normal com risadas e cochichos. A única diferença era o chão pisoteado que fez Aizawa resmungar só de lembrar que aquele custo era ele quem iria cobrir.

As orbes vermelhas se arrastaram pelas imagens totalmente contempladas. O homem esfregou os punhos inquieto vendo a forma que Sakura se movia sutil e ao mesmo tempo bruta. Soltou entredentes um muxoxo decepcionado. Pessoalmente foi muito mais assustador e excitante, mesmo assim agradecia por ter achado aquele vídeo num blog dos alunos da U.A.


Ela curou não só a si como ao Eraser Head e antes disso colou um membro arrancado no lugar. Foi intrigante, novo, até mesmo interessante. Ele não sabia como, mas precisava descobrir sobre ela, precisava ver aquelas habilidades de perto outra vez.

Ele estava decidido a isso.

E quando Tomura estava decidido sobre algo, não parava até conseguir.




Notas Finais


Neptune saindo de sua toca para lhes oferecer um capítulo gostoso e atrasadinho. Eu ouvi um amém?

Gente, e o Aizawa melhor papai dessa fanfic finalmente assumindo a paternidade? Sakura quase que meteu o louco no cabeça de uva por ter confundido as coisas.

Nós também tivemos a interação da Sakura e do Shinso que notou umas coisinhas a mais sobre ela e está disposto a descobrir o tal segredo da nossa Supermundane! Sim, é o nome de heroína dela, eu achei adequado para a situação já que passa a idéia dela ser de outro mundo e também "superior" em questão de abilidade.

E esse final com nosso querido  Shigaraki dando as caras outras vez? Esperem para ver.

É isso, espero que tanham gostado, bjs da Neptune🌸~


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