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História Relearning - Nada Fácil.


Escrita por: Manopoly e Cinthias19

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 7 - Nada Fácil.


Fanfic / Fanfiction Relearning - Nada Fácil.

 

Eram 07:00 quando Mônica chegou para buscar as crianças para o colégio. Segundo ela essa era uma das minhas funções, mas não sei mais dirigir então passei o papel.

Me despeço de Josh e Sophi com beijos e abraços rápidos. Ambos estavam com pressa para ir ao colégio.

Crianças. Humpf.

Peguei Harry pela mão e estava o levando em direção ao carro de Mônica.

-Mamãe. - Ele chama minha atenção.

- O que bebê? - Me abaixo para ficar a sua altura e olha-lo nos olhos.

- Não quero ir para escola mamãe. Quero ficar com você. - Ele diz fazendo o bico mais lindo que já vi na vida.

- Mas você tem que ir meu amor. Você não está com saudades do seus amiguinhos? - Nesse momento seus olhinhos encheram de agua e meu coração doeu.

- Não mamãe. Não tenho saudades de ninguém. Só de você. E se eu for para a escola você vai sumir de novo e eu não vou te encontrar nunca mais. - Nesse momento só me sinto como se estivesse sendo esfaqueada.

- Não, meu amor quando você voltar a mamãe vai estar aqui. Esperando você. Eu prometo. - Estamos os dois chorando.

- Então deixa eu ficar aqui com você mamãe. Assim você não se sente sozinha e não tem que viajar nunca mais. Por favor mamãe. Deixa eu ficar aqui. - O abraço chorando ainda mais enquanto ele soluça baixinho em meus braços.

- Escuta Monica. - A mãe do Simon estava na porta. Provavelmente veio ver a razão para tanta demora. - Acho que o Harry não deve ir a escola hoje.

- Não Âmbar. Ele tem que ir. Ele vai fazer isso todos os dias até se acostumar de que você estará aqui quando ele chegar. Se você ceder ele nunca mais vai ao colégio.

Eu sei que Monica tem razão, mas olho o pequeno chorando em meus braços e meu coração dói cada vez mais. Talvez eu possa ir com ele e sair enquanto ele estiver distraído.

Olho para Monica e ela me olha como se soubesse o que estou pensando e nos seus olhos estava escrito sem chances Âmbar, Harry está indo e você está ficando. Lide com isso.

- Josh. - Monica chama e meu filho vem correndo pela porta da frente. - Leve o seu irmão para o carro.

Sem cerimonias Josh pegou o irmão de mim que jogava os braços em minha direção e chorava cada vez mais. Fiquei de joelhos enquanto os via passar pela porta. Chorando tanto ou até mais do que Harry estava.

- Ate mais tarde Âmbar. - Monica falou fechando a porta.

Flash

Era o primeiro dia de aula de Josh. Estávamos eu, Simon e Josh em frente ao Blake. Me sentia muito nervosa e Josh estava animado.

- Escuta Simon, o Josh é muito pequeno. Acho que deveríamos voltar para casa e traremos ele no ano que vem. - Falei o que estava me incomodando desde o dia que minha mãe me falou que o Josh já estava em idade escolar.

- Concordo com você. Vamos voltar para casa. - Simon estava tão nervoso quanto eu e ficou aliviado com a minha proposta.

Quando nos viramos para voltar para o carro Monica estava bem atrás de nós.

- Posso saber para onde vão? - Ela nos olhava divertida.

- Ei, Monica! Onde está Sophi? - Tento distraí-la

- Ela está com Silvana, mas esse não é o ponto. O ponto é onde vocês estão indo com essa criança?

- Mãe. Nós tentamos okay? Ele é pequeno demais. Estamos levando ele de volta para casa. Ano que vem ele vai para a escola. - Simon teve coragem de falar.

- Não. Josh está indo para a escola agora. E você e Âmbar estão indo para a faculdade. - Ela falou firme e eu olhei para cara do Simon pedindo ajuda. - Venha com a vovó Josh. - Estendeu a mão e o meu filho a pegou sem pestanejar. - Dê tchau aos seus pais. Diga-os ate mais tarde. - Monica pegou a mochila de Josh em minhas mãos e passou por nós como se nada tivesse acontecido.

- Tchau mamãe. Tchau papai. - Meu filho se afastava de mim sorridente enquanto acenava sendo puxado pela avó pela outra mão.

- Simon. Faça alguma coisa. - Encontrei minha voz atrás do bolo que estava em minha garganta e depois solucei começando a chorar.

- Ela tem razão, meu amor. - Ele disse enquanto me abraçava.

Não sei quanto tempo fiquei abraçada a Simon, mas após um tempo ouvi a voz de Monica novamente:

- O que vocês ainda estão fazendo aqui? - Me soltei de Simon e peguei Monica pelos braços um pouco desesperada.

- Onde ele está?

- Ele está na sala, devidamente apresentado aos colegas e brincando com todos. Ele estará pronto as 11:30 quando EU, ouviram bem, Eu vier busca-lo. - Ela se solta, me vira e vai me empurrando ate o carro enquanto Simon nos segue. - Agora vão, entrem nesse carro e cheguem na faculdade o mais rápido possível. Vocês já perderam a primeira aula.

Ela se encosta no próprio carro enquanto Simon um pouco atordoado abre a porta do carona para mim.

- Isso foi interessante. - Ele fala após colocar o carro em movimento.

- Fomos uns bobos, não fomos? Ele vai ficar bem. - Falo limpando minhas lágrimas.

- Um pouco, mas é a primeira vez que levamos nosso filho para a escola. Porra, eles crescem tão rápido.

- Nao se preocupe. Na vez de Sophi não contaremos a ela onde nossa pequena vai estudar. - falo dando risada. Espero que esse momento não chegue nunca.

Flash off

~-~-~-~-~-~-~

Me jogo para o lado e encosta a cabeça no sofá. O relógio marca 07:20. Vai ser uma longa manhã.

~-~-~-~-~-~

Delfi chega ao restaurante pontualmente às 12:00, eu já estava lá à esperando.

-Como veio? Não vi seu carro. – Delfi falou largando sua bolsa.

- Taxi. Eu não sei dirigir. – A lembro.

- Bobagem. Dirigir é como andar de bicicleta. No momento em que pegar o volante será no instinto. – Ela pode ter um ponto, pondero. O garçom chega e fazemos nossos pedidos rapidamente.

- Acho que você tem uma história a me contar. – Falo quando o garçom se afasta.

- Certo. Vou começar. Qual a sua última lembrança? – Ela me pergunta.

- Que roubei o carro do meu pai para ir à festa do Michel. Não me lembro nem de ter chegado lá. – Confio em Delfi.

- Você chegou sim. Vamos lá. Cerca de um ano depois estava tudo bem, você já estava com o Simon e nós quatro eu, você, Simon e Gastón saíamos muito juntos. Quando voltamos das férias do meio do ano a escola estava recebendo dois novos alunos, vindos da Itália, Matteo e Nina Bálsano. Na hora do intervalo, no primeiro dia, Luna já estava amiga dos dois, nessa época não estávamos mais tão juntas, embora você estivesse namorando o irmão dela, Luna não queria sair com a gente por ser a única solteira. Em um mês Luna estava namorando o Matteo e melhor amiga da Nina, meu relacionamento até esse ponto tão perfeito começou a desandar. Nunca quinta-feira após a aula Gastón terminou comigo, disse que nosso relacionamento não estava mais fluindo tão bem e que precisávamos de um tempo longe um do outro. – Delfi derramava algumas lágrimas e eu estava de boca aberta com tantas informações. – Eu concordei porque eu também achava a mesma coisa, mas na segunda-feira da outra semana quando cheguei ao colégio Gastón e Nina estavam se beijando. Estão juntos até hoje. Você ficou furiosa, tentou bater em Gastón, mas Simon não deixou. Você e Luna me apoiaram bastante e eu e ela nós reaproximamos, até que um tempo depois ela deixou escapar que foi ela que os apresentou, “eu nunca achei vocês tão perfeitos assim, mas eles dois foram feitos um para o outro.” Foram as palavras dela, eu não vou conseguir descrever o que senti nesse momento, mas a minha amizade com a Luna acabou neste instante.

- E eu? Por que me afastei dela? – Perguntei.

- Depois de descobrir o que ela fez comigo você também cortou relações com ela, Simon a pressionou um pouco e você decidiu tentar novamente, afinal era a irmã dele. Era um encontro duplo você e Simon e ela e Matteo. No dia aconteceu algo que eu não me recordo e você não pode ir. Alguém da escola estava na lanchonete que vocês haviam marcado e te avisou que seu namorado estava por lá em um encontro triplo. Já que você não iria, Luna resolveu convidar uma colega da aula de teatro e Gastón e Nina. No outro dia a colega da Luna estava na porta te esperando, eu estava com você. Ela disse para você que o encontro dela com o Simon foi maravilhoso e que a Luna tem o dom de juntar casais. Você ficou furiosa, foi atrás da Luna e a estapeou. Quando Simon te tirou de cima da irmã dele, você terminou com ele. Eu poderia ter impedido você, mas me senti de alma lavada com os tapas que você deu nela. – Dou risada dessa parte, Delfina já não chora mais.

- E como eu acabei voltando para o Simon? – Perguntei.

- Em dois dias você estava um caco, parecia um zumbi. Não comia, não dormia, nada te animava. Simon não estava muito diferente de você. Estávamos em minha casa à noite e você decidiu dar a volta por cima e que íamos para a balada. Mandei uma mensagem para Simon falando onde íamos, estava cansada da sua festa de piedade. Cinco minutos depois de chegarmos ao clube ele chegou atrás de você. Vocês brigaram, beijaram, brigaram mais um pouco e foram embora juntos. Que eu saiba nunca mais se separaram. – Ela me respondeu.

- Como nos deixou ficar juntos depois de tudo da primeira vez? – Fiz a pergunta que queria fazer desde que estava no hospital.

- Depois de roubar o carro do seu pai para ir à festa, lá vocês conversaram e deram uma trégua, ele dirigiu o carro do seu pai até a sua casa e você não levou uma bronca por ter pegado o carro, seus pais só descobriram que fez isso anos depois. Na segunda vocês eram melhores amigos, a escola toda ficou sem acreditar. Quando o Benício te traiu Simon bateu nele, mas você nem ligou. Uma noite estávamos no meu quarto e você assumiu que estava afim dele há algum tempo e que foi por isso que você não se importou quando Benício te traiu. Em uma festa à fantasia no Roller quando te procurei vocês estavam se beijando, começaram a namorar não muito tempo depois. – Ela parou quando nossas comidas chegaram.

- Aqui está senhoritas. Carne para a loira e peixe para a morena. – O garçom falou galante. Ele estava flertando conosco.

- Aí esse sangue que atrai garçons que só nós temos. – Delfi brincou.

- Por que diz isso? – Perguntei estranhando.

- Simon trabalhou de garçom no Roller enquanto estava na faculdade, Pedro também foi garçom no mesmo tempo e sempre que saímos juntas só as duas o garçom sempre dar em cima de uma de nós. Costumávamos brincar muito sobre isso. – Ela me explicou entre uma garfada e outra.

- Delfi como era minha relação com Simon? Digo atualmente, nos casamos porque engravidei eu suponho, mas só consigo pensar que vivo conformada. Não consigo ver outra forma de eu ter continuado com aquele babaca. – Desabafo.

- Não se engane Âmbar. Você não se casou porque engravidou e também nunca se conformaria com nada menos do que merecia. Eu não vivia com vocês, mas acho que você sempre me contou sobre tudo. Vocês eram felizes, muito felizes. Pelo o que me contou estavam até pensando na possibilidade de um filho número quatro. Não acho que se sua vida fosse ruim como está achando, você que sempre foi muito responsável, colocaria uma criança extra na equação. – Ela fala.

- Estou pensando em pedir o divórcio. – Falo rápido. Preciso desabafar.

- Âmbar! Mas por que? – Delfi estava em choque. Como se eu tivesse planejando um assassinato. – E o Simon? E as crianças?

- Delfi eu não consigo continuar com ele, eu o odeio... – Começo, mas ela me corta.

- Não, Âmbar. Você não o odeia, você ama ele. Mais que tudo nesse mundo e eu sei disso porque você já me contou isso um milhão de vezes. Você só está confusa. – tento falar, mas ela me para. – Me escute, não tome uma decisão precipitada que você possa se arrepender depois. Se a Âmbar de um ano atrás te ouvisse falar assim já teria lhe dado uns tapas. Vamos pagar a conta e sair. Te deixo em casa, eu tentei tirar uma folga, mas vou ter uma reunião daqui a pouco.

~-~-~-~-~-~

Já passam das 16:00 quando meu pai chega. Liguei pedindo para que ele viesse até aqui. Preciso que ele me ensine a dirigir.

-Oi minha filha. Como está você? – Ele fala me abraçando.

- Preciso de um favor, que me ensine a dirigir. – Peço.

- Claro minha filha, mas por quê eu? – Ele perguntou confuso.

- Foi o senhor que me ensinou na primeira vez, não? – Falo.

- Na verdade não. Foi o Simon. Ainda não me acostumei com sua falta de memória. – Ele fala e congelo. É só mais uma coisa que envolve o Simon. – Mas vamos lá. No meu carro ou no seu?

- No meu. Vou ter que dirigir com ele mesmo. – Pego a chave indo até a garagem.

Delfi estava certa, foi instintivo. Depois de trinta minutos eu já estava dirigindo melhor do que antigamente segundo meu pai. Voltamos para casa e estamos agora tomando café na cozinha. Meg havia acabado de ir embora.

- Papai, como era minha relação com a Luna? – Meu pai é um homem sincero e ponderado. Nunca mentiria para mim, embora possa diminuir o problema.

- Vocês já não eram amigas á um tempo. Quer dizer, a relação de vocês é boa, não me leve a mal, mas é uma relação de cunhadas e não de amigas. Eu não sei bem qual foi a briga, mas sei que você tomou o lado da Delfina e quando Daniela apareceu na equação você cortou relações com ela. Voltaram a se falar graças ao Simon, mas nada voltou a ser o que era antes. Ela é madrinha do Harry porque sua segunda opção era a Jazmin e como na época você estava morrendo de ciúmes do Simon com a Jazmin por ela gostar dele que você aceitou a Luna. – Meu pai fala. – Desculpa se estou falando muito, mas quero lhe dar informações suficientes para que consigo assimilar a história.

- Preciso disso pai, mas como sabe de tudo isso? E quem é Daniela? – pergunto a ele.

- Estou passando de volta para você coisas que você mesma me falou. Daniela era colega de teatro de Luna no Blake, você estava namorando com o Simon há um tempo nessa época e vocês marcaram um encontro duplo para você voltar às boas com Luna, te coloquei de castigo e você não pode ir, Luna levou Daniela em seu lugar e quando você descobriu ficou furiosa, terminou com o Simon e declarou guerra a Luna. Não me pergunte o que aconteceu porque você não me contou, mas três dias depois estava namorando com ele de novo. – E não pude evitar, mesmo não gostando do Simon, minha raiva da Luna estava me sufocando.

- Você gosta do Simon? – Pergunto pensando em minha conversa com Delfi.

- Claro. Ele é ótimo. Sempre foi um bom marido, um bom pai, você sempre pareceu e me falava que era muito feliz. Nenhum cara nunca foi digno da minha filhinha, mas Simon sempre esteve em um bom caminho. - Ele fala.

- Ainda acho estranho sabe? Quer dizer eu o odeio, não consigo entender como acabei aqui doze anos depois casada com ele e com três filhos. – Desabafo com ele. Sempre preferi conversar com meu pai do que com a minha mãe. – Almocei com a Delfi e conversei um pouco com ela. Falei em divórcio. – Olhei para o meu pai e ele tinha no rosto a mesma expressão de Delfi quando eu falei com ela.

- Âmbar! Você enlouqueceu? – Meu pai estava realmente surpreso.

- A reação dela foi igualzinha a sua. – Tento deixar o clima mais leve.

- Não se precipite filha. Eu acho que você só está passando por um momento de confusão. Você nunca, nem uma vez se quer, falou em divórcio, nem se quer uma briga séria que possa ter ocorrido. Nenhum de vocês são fáceis Âmbar, mas sempre pareceram na mesma sintonia. – Ele fala enquanto agarra minhas mãos em cima da mesa.

- Sério? – Falo com um pouco de dúvida.

- Âmbar se estivesse tendo essa conversa com você mesma há um ano atrás, depois de te estapear, você diria a você mesma que estava mais perto sua mãe e eu nos divorciarmos do que você e Simon. – Nem se meu pai estivesse conversado com Delfi eles teriam opiniões tão parecidas. Meus pais nunca se divorciariam, meu pai é louco pela minha mãe e ela por ele. Ouço um carro chegar e olho o relógio que marca 18:30.

- Mamãe! – Ouço Harry gritar.

- Cozinha. – Grito de volta. Meu pai sorri. Em segundos estou em volta de seis braços que estão me sufocando.

- Digam olá ao seu avô. – Tento e então meu pai está coberto pelas crianças. Simon entra na cozinha, é a primeira vez que o vejo o dia inteiro e depois de toda a defesa que ele teve de Delfi e meu pai eu estou na defensiva.

- Olá Simon. Como vai? – meu pai levanta para cumprimentá-lo.

- Vocês crianças vão tomar banho para jantar. – Falei com eles.

- Você cozinhou, mãe? – Josh perguntou. – Estou com saudades da sua comida.

- Não. Foi a Meg, mas tenho certeza que está uma delícia. Eu provei. – Pisco para ele. É a segunda vez que alguém fala da minha comida.

- E você, Gary. Fica para jantar? – Simon pergunta ao meu pai.

- Eu adoraria, mas Silvana me mataria. Ela está me esperando para levá-la a um novo restaurante que abriu. Eu tenho que ir. Tchau Simon. – Ele acena indo até a porta. – E Âmbar não se precipite e tome uma decisão que você pode se arrepender depois. Ouça o seu pai, ele sabe das coisas. – Ele beija minha testa e sai. 

- Do que ele está falando? – Simon me pergunta.

- Nada que seja da sua conta. – Falo ríspida. Ainda estou chateada pela sua legião de fãs que pelo visto eu fazia parte antigamente. – Vou esquentar o jantar.

~-~-~-~-~-~

Os próximos dias passaram rapidamente, eu e Simon entramos em uma constante. Toda vez que estávamos em um mesmo lugar ele e eu discutíamos e o clima da casa estava sempre pesado e desconfortável. Continuava tendo flashs de alguns momentos, mas tudo continuava parecendo desconectado. Algumas coisas voltaram a rotina normal como, por exemplo, levar as crianças para a escola. Mônica só vai buscá-las. Meg vai sair de férias daqui a quatro semanas e ainda não sei o que fazer, mas hoje é o meu primeiro dia de volta ao trabalho.

~-~-~-~-~

Vamos lá. concentre-se. Você consegue está na hora de destruir o adversário. Mando aquele olhar de desdem...

Isso!

Estou na minha sala de trabalho em minha primeira e produtiva manhã. Nesse exato momento, por exemplo, estou ajudando uma maravilhosa família de aves a destruir os malditos porcos verdes.

É. Eu estou jogando Angry Birds pelas ultimas duas horas. Delfi está muito ocupada para me mostrar o que devo fazer, então fui informada pela mesma que deveria tirar esse tempo para conhecer novamente a agência.

Levei exatos 30 minutos para fazer isso, com todas as saudações de funcionários que recebi achei até que foi rápido.

Descobri que ao sair da faculdade Delfi, Jazmin e eu decidimos criar nossa própria agência de publicidade e que passamos por vários perrengues nos primeiros meses, quase a ponto de fechar, mas conseguimos nos reorganizar e hoje contamos com um brilhante quadro de 12 funcionários e diversos contratos com clientes importantes. Quem diria ein?! Eu sou importante.

-Vamos lá, Âmbar! – Delfi abre a porta. – Vou te explicar o trabalho, vamos almoçar e durante a tarde você vai em três reuniões, duas comigo e uma com a Jazmin. Estamos precisando de você.

~-~-~-~-~-~

O resto do dia passou como um borrão, cheguei em casa e mal fechei a porta quando a campainha tocou. Era Luna. A evitei nos últimos dias e pelo visto hoje não tenho como fugir.

-Boa tarde, Âmbar. Finalmente te achei. – Ela fala.

- Oi Luna. Entra. Fique à vontade. – Falo indo até a sala a seguindo. – Tudo bem?

- Tudo sim. Vim para conversarmos. – Eu sabia.

- Certo. – Confirmo.

- Âmbar. Eu sei que provavelmente você já conversou com Delfi e tirou suas próprias conclusões, mas eu quero te dar a minha versão de qualquer jeito. – Ela fala sem preâmbulos e eu gosto. Não quero enrolações. – Por onde eu começo? – Ela pergunta a si mesma.

- Que tal pelo início? – A ajudo.

- Certo. As coisas começaram a acontecer quando você e o Simon ficaram melhores amigos. Nosso trio praticamente se desfez, com Delfi namorando o Gastón e você e o Simon inseparáveis eu me sentia meio isolada. Não leve a mal, mas quando você estava com o Benício e Delfi e eu não gostávamos dele nós estávamos mais próximas e você sempre abriu mão dele para ficar conosco, com o Simon isso não aconteceu. Eu detestei que você estivesse com o meu irmão, parei de chamar vocês para irem na minha casa porque você só ficava com o Simon. Quando vocês começaram a namorar as coisas ficaram piores, mas Simon sempre tentava nos unir novamente. Foi nesse período que Matteo e Nina chegaram e eles me acolheram e me encheram de atenção. Em pouco tempo percebi que Nina e Gastón tinham muito em comum e apresentei os dois. Não pensei em Delfi e sinto muito por isso, mas eu tinha razão e eles estão juntos até hoje. Estávamos em uma festa do pijama que foi uma ideia do Simon e acabei contando a vocês que fui eu que juntei os dois. Vocês ficaram umas feras e foram embora no mesmo momento. Nossa amizade acabou nesse dia. – Ela contava, mas nesse momento ela para.

- Continue. – A incentivo. Estou esperando a parte interessante.

- Quase um ano depois você ainda estava com Simon e o convenci a marcar um encontro duplo. Não pergunte como ele fez porque não sei, mas você concordou em ir. No dia você ligou desmarcando e eu fiquei furiosa, convidei a Daniela e carreguei o Simon comigo. No outro dia, nem vi você chegando só que você me estapeava, Simon te tirou de cima de mim e você terminou com ele. Agora ele estava furioso comigo também. Depois que vocês voltaram, engravidaram e casaram nós voltamos a conviver, mas você nunca mais conversou comigo de novo. E é isso. – Ela finaliza.

- Eu conhecia a história e você não me falou nada que eu já não soubesse. Preciso ver o que Meg fez para o jantar. – Estou tentando dispensa-la e ela não pega a deixa.

- Pensei que agora nós poderíamos voltar a tentar ser amigas. – Ela me segue até a cozinha. – Eu sinto sua falta, Âmbar. – Suspiro.

- Escuta Luna, nosso tempo já passou. Eu estou tentando me adaptar novamente a minha vida e não quero ficar tentando outras coisas em paralelo. É demais para mim. Espero que entenda. – Soltei direta.

- É uma pena. – Ela parece triste. – Simon está chegando. Vou esperá-lo na sala.

- Tudo bem.

 



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