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História Remember - Paulicia - Capítulo Único


Escrita por: lia00

Notas do Autor


Boa leitura💓

Capítulo 1 - Capítulo Único


"A gente vai, mas volta. A gente manda ir para o inferno, mas vai junto; diz que acabou, mas sempre é um começo. Se exalta, diz besteiras, mas o coração sabe que a gente é da gente, e apesar de tantos pesares, o nosso lugar é um do lado do outro, sempre aprendendo um pouco mais a amar."

                                  - vulgarizei



- Paulo, por que que você me chamou aqui? Você não entendeu que eu quero distância de você? - dizia, ou melhor, gritava Alícia com lágrimas nos olhos.

Os dois estavam em um bosque, no meio de todos o concreto que tinha em Santos,  existia aquele "pedaço do céu", onde tudo era verde e calmo, com passarinhos cantando e borboletas voando livremente. 

- Paulo, eu te fiz uma pergunta. Responde! - a morena continuava gritando, ao contrário de Paulo que estava virado de costas para ela, evitando que ela visse ele também quase chorando.

- Você se lembra daqui? Você se lembra do que aconteceu aqui? - ele perguntava virando para ela. Ela apenas negou com a cabeça, mas ambos sabiam que ela se lembrava muito bem. - Então eu vou te ajudar a recordar. Há quatro anos atrás, quando nos tínhamos apenas treze aninhos, bem ao lado dessa árvore, nós nos beijamos pela primeira vez. - ele dizia pegando ela pelas mãos e a levando até a grande árvore verde. - Recorda agora? - ela balançou a cabeça afirmando e dando um risinho. Lembrava exatamente daquele dia.

Ela estava zoando com as meninas na embaixo da árvore, enquanto Paulo estava com os meninos do outro lado, mas do nada ele apareceu na frente dela e  lhe tascou um beijo digno para ser o primeiro dos dois. A turma toda comemorou quando aconteceu, apesar de não entenderem muito bem o por quê do Paulo ter feito aquilo assim do nada.

- Paulo, por favor, nós dois não temos mais nada para falar. Acabou. - ela dizia se desprendendo dele. 

- Calma, Alícia. Por favor. - ele continuou se afastando um pouco. - Está vendo aquele parquinho? - ele apontou para um parque onde tinha criancinhas correndo felizes. Ela balançou a cabeça afirmando novamente. - Foi lá em que a gente se conheceu. Você só tinha quatro anos e eu cinco. Mas desde daquele momento eu sabia que era você. 

- Você vai ir para a Europa fazer seu mochilão e eu vou ficar aqui com a minha mãe. - dizia a morena com os olhos marejados. A situação da mãe era muito difícil.

A mãe de Alícia, Marcela. Tinha um grave câncer, a doença atacou primeiramente o fígado, devido ao grande consumo de álcool que ela tinha como hábito. Começaram com tratamentos intensivos, como a quimioterapia, o que causava muitos efeitos colaterais na mulher, isso fazia com que a filha tivesse que ficar em casa para cuidar dela. Mas nada acabava com a doença, até que descobriram que a doença se espalhou e a mulher jovem de apenas quarenta e cinco anos foi dada como paciente terminal. Alícia se recusava sair do lado dela, saia só para ir para escola, nada além disso. Sua vida virou a mãe.

- Ali, apenas me deixe continuar, está bem? - ele disse e ela assentiu. - Você já percebeu que os grandes marcos do nosso relacionamento foram aqui nesse parque? Tipo, ali naquele coreto nos nós declaramos um para o outro. - dizia ele apontando dessa vez ao lindo e grandioso coreto um pouco longe deles. - E ali, perto daquele lago você me pediu em namoro. - os dois riram. - Nós sempre fomos diferentes, até nisso.

- Convenhamos, Guerra. Você era um babaca, que nunca me pediria em namoro, ou eu tomava iniciativa ou eu tomava iniciativa, digamos que eu não tinha muita opção. - os dois riram com a declaração da garota. - Eu lembro que depois um ciclista perdeu o controle e nos jogou dentro do lago. - eles continuaram rindo.

- Foi um dia memorável. - ele sorriu de lado. - E você está vendo esse lugarzinho que estamos em pé conversando? - ele dizia se referindo ao pequeno bosque com um riacho que estavam. - Eu vou, ou melhor, espero que aqui se torne memorável também.

- Paulo nós já conversamos sobre isso. Por favor, chega. - ela dizia tentando ir embora e deixar ele "voar" pelo mundo. Mas sabia que isso era em vão, ele continuaria até se sentir que estava bom, Paulo era tão marrento quanto Alícia, se duvidar pior.

- Cala a boca, Alícia, e me deixa falar. - ela fez uma cara de abismada com o atrevimento dele. - Você não disse, mas eu sei o por quê de você ter terminado comigo sem mais nem menos, por uma simples mensagem de texto. Você não quer que eu fique aqui com você, não quer que eu fique "nesse fim de mundo" como você diz. - ele se referia a cidade em que moravam, lá eles não tinham muito futuro. 

- Paulo, é mais do que isso. - ela dizia se afastando. 

- Então é o que, Alícia? - ele dizia já perdendo a paciência. Ela apenas o ignorou. - Qual é a merda do motivo? 

- Não grita comigo, Paulo Guerra! Eu tenho meus motivos. - ela gritou pondo o dedo no meio do rosto do garoto. 

- Então fala, Alícia! - ele gritou tirando o dedo dela do rosto.

- Seu pai, Paulo! - ela simplesmente chutou o balde, não deveria falar isso para ele. Mas o medo de o perder de vez era maior do que tudo naquele momento. - Seu pai me chamou na mesma manhã em que ele te deu o dinheiro para fazer o mochilão, ele vai terminar de pagar o tratamento da minha mãe, para ela pelo menos... - ela deu uma pausa percebendo o que iria dizer. - Morrer feliz e bem. - ela murmurou essa parte.

- Ah, Alícia. - ele disse puxando ela para si. - Nós vamos dar um jeito, okay? As coisas não irão ficar assim. Mas você precisa me dizer o que te levou a aceitar.

- Medo, Paulo. Só medo. Eu resolvi usar a razão em vez da emoção, mas olha onde estamos agora. Seu pai nunca gostou de mim e eu achei que isso seria o certo. - ela disse se soltando dele. - Eu terminei com você, para terminar o tratamento da minha mãe, e eu ainda preciso do dinheiro. Então chega, okay? Vai viver sua vida e eu vou viver a minha.

- Sério isso? Como você consegue ser tão marrenta? - ele falou um pouco bravo, mas se contendo por causa da situação. - Alícia, eu iria do céu ao inferno por você, se precisasse eu abraçaria o capeta por você. Sabe por quê? Porque eu te amo. E não existe mãe, pai, irmã, tia, tio, gato, cachorro ou papagaio que vai separar a gente. Você pode não querer ou não aceitar, mas nós estamos destinados a ficarmos juntos e se depender de mim isso vai acontecer. E agora, só falta você para acontecer. Lembra quando eu disse que esse lugar marcaria mais uma coisa no nosso relacionamento? - ela assentiu, um pouco assustada com a aquela declaração. - Ali, eu sei que você está passando por uma fase muito complicada e também sei que você não vai conseguir passar por essa barra sozinha, e outra coisa que eu sei é que nós somos muito novos para dar esse passo. - ele disse pegando uma caixinha de dentro do bolso. Alícia fez cara de desespero, amava aquele cara, mas não sabia se estava pronta. - Alícia Gusman você aceita juntar as escovas de dentes comigo? - ele disse com olhos brilhando, logo percebendo que os dela também estavam aparecendo duas estrelas. 

- Paulo, eu não sei o que dizer. Eu não sei se estou pronta para isso, mas por você eu estou pronta para tudo, então, sim, eu quero juntar as escovas de dentes com você. - ele simplesmente atacou o lábios dele, ele obviamente correspondeu sem exitar. - E sobre seu pai? - ela falou se separando dele.

- Vamos mandar ele se foder. Devolve o dinheiro e nos vamos dar um jeito em relação a sua mãe. - ele falou rapidamente e voltou a beijar ela. 

Logo todos os amigos do casal chegaram, comemorando com eles e desejando sorte a eles.

- Você já percebeu que o nosso relacionamento é muito clichê, né? - a morena perguntou abraçada com Paulo.

- O melhor dos clichês. 


Fim...



Notas Finais


Então, história bem clichê para arrancar um "ownt" de vocês.
Tive a ideia em uma aula vaga que tive na escola e escrevi nela mesmo.
Lembrando, isso é uma oneshot então é apenas esse capítulo.
Não foi um dos meus melhores textos mas achei fofo.
Bjs😘


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