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História Remember Me - Newtmas - Almost there


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S,

Agora sim chegou a semana da minha mudança de casa e estarei off, ok?
Happy Easter!

B o a L e i t u r a!
LadyNewt

Capítulo 61 - Almost there


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - Almost there

Point of View of Teresa Agnes

 

O “grande dia” chegou.

Ao menos é isso que a desgraçada da cabeça de fósforo da Lydia está gritando à todos desde a hora em que levantamos.

- Você não parece nem um pouco animada. Aconteceu eu alguma coisa? – Moonlight questiona empolgada na fila do banheiro.

Graças a generosidade de BOSS, o cretino cedeu uma das suítes para agilizarmos o processo de banho e troca de roupas, Lydia passou agora a pouco aqui deixando nossas fantasia, frisando que temos que ficar lindas para o baile. Sonya está no banheiro com Harriet e a maluca da Lemonade num canto do quarto secando seu cabelo.

- Não aconteceu nada, garota. Você e sua amiga azeda que estão animadas demais para essa grande festa de bosta. – sibilo emburrada.

- Você podia ser uma pouco mais positiva, né? – a loira me desafia.

Puxo seu braço com tudo, afasto sua blusa de manga longa e exponho diante de seus olhos a cicatriz que tem no pulso.

- Não me venha falar de positividade quando você passa uma navalha no seu pulso. – cuspo as palavras na cara dela.

Monnlight se encolhe e percebo a loirinha engolir a seco, sei que fui muito dura com a menina, mas fazer o que se eu sou assim? Não é como se eu me importasse com sua vida, eu não me importo nem com a minha... Mas quando noto os olhos dela cheios de lágrimas, percebo que fiz merda.

- Me desculpe, ok? – levanto o rosto dela, sendo sincera nas minhas palavras.

- Tudo bem... – Taissa murmura, esfregando o indicador na marca do pulso.

- Quer falar sobre isso? – aponto para o corte.

- Não fui eu quem me cortei. – ela balança a cabeça negativamente e eu franzo a testa em resposta.

- Como não? – estou um tanto quanto chocada com a revelação.

- Foi meu padrasto. – ela diz calmamente, voltando a olhar nos meus olhos. – Quando minha mãe trouxe ele para casa, eu sabia que ele era encrenca, mas ela estava cega de amor por ele, assim como ficou cega de amor pelos tantos outros homens que passaram lá no nosso lar após meu pai falecer.

Encaro ela com meu melhor olhar compreensível.

- No começo ele era bacana, fazia as coisas para ela, me levava para a escola, tentava ser um cara legal, até que um dia ele me trancou no porão de casa enquanto minha mãe estava trabalhando e você sabe... – Taissa suspira pesadamente antes de prosseguir. – Ele passou a me trancar todos os dias lá, onde divertia-se me batendo e me violentando, eu não aguentava mais e dizia que ia contar tudo para ela, que assim que ela soubesse, mamãe o botaria para fora de casa, até que teve um dia que eu contei.

- E ela não acreditou em você. – digo triste.

- Não acreditou em partes, ela ficou bem confusa com o que havia lhe contado, dando mais razão a ele do que a mim. Lógico que o canalha se defendeu, disse que eu estava mentindo, que eu era uma vagabundazinha oferecida. Eu ameacei ir na polícia e todo aquele blá, blá, blá que de nada serviu, até que no dia seguinte ele me trancou novamente no porão, me obrigou a escrever uma carta de suicídio e cortou meus pulsos, como se eu estivesse arrependida de tudo que fiz para a minha família.

Tudo que faço diante da sua história é abraça-la, com força, mostrando que ela pode contar comigo, sempre.

- Por que nunca nos contou isso?

- Porque é muito mais fácil todos acreditarem na história que ele criou.

- Mas como você veio parar aqui?

- Depois que fui levada ao hospital, minha mãe decidiu me internar num sanatório. Ou era ficar maluca pelo resto da minha vida trancada num hospício, ou era fugir, que foi o que eu fiz. Na estrada conheci tudo quanto é tipo de gente, foi onde uma suposta agenciadora de modelos disse que estava encantada comigo e com a minha beleza e ofereceu um emprego em uma boate, como garçonete. Precisava de dinheiro, então aceitei. Passei alguns meses lá trabalhando e dividindo espaço com outras garotas, até cair no conto da carreira no exterior. Hale apareceu lá e escolheu algumas meninas para supostamente trabalhar na Europa e aqui estou, tão fodida quanto você.

- Pensei que essas coisas só aconteciam em filme... – deixo escapar, preocupada com a burrice dela em acreditar nesse papinho furado do Hale, mas não há como julgá-la, acredito que qualquer pessoa na pele dela teria caído nisso facilmente.

- O drama das duas está muito lindo, mas nós temos que ir logo para esse baile e vocês continuam feias como vieram ao mundo! – Lemonade corta nosso papo, indicando que Harriet e Sonya desocuparam o banheiro.

- Quer dividir o espaço comigo? – lanço para Taissa com um sorriso sincero.

- Você fala sério? – a garota parece não acreditar na minha oferta.

- Claro! Vem, vamos nos arrumar juntas. – digo puxando seu braço comigo para dentro do banheiro da suíte.

Após o banho ajudo a garota a se vestir e solto a dica para ela:

- Não tente chamar atenção no baile, se Jorge encanar com você, você já era Taissa.

- O cara é tão escroto assim? – parece não acreditar nas minhas palavras.

- Sim, ele é. – digo escovando seus cabelos e prendendo-os num rabo de cavalo – Jorge é um porco sádico que tortura seus garotos e garotas. Aris quase morreu quando transou com ele.

- Ok, acho que entendi. Não chamar atenção e ficar longe de Jorge.

Moonlight termina de se arrumar e permanece sentadinha na pia, observando minha maquiagem. Passo um batom clarinho e muita sombra preta nos olhos, mantendo minha marca registrada quando o assunto é make up. Ao chegar no quarto encontro as garotas nos aguardando. Harriet e Sonya mantendo a linha comportada e a maluca da Lemonade vestida de deusa Indiana, com mais da metade de bunda pra fora.

- Você não aprende, né? – sibilo ao passar por ela.

- Tá com inveja só porque estou uma diva nessa fantasia e você parece um pepino ambulante! – debocha.

- Eu sou Luige, parceiro do Mario Bross. – puxo Sonya para meu lado, abraçando-a – Penino vai ser o que você vai sentir entrando em todos os buracos do seu corpo essa noite por ter feito a escolha errada de roupa. Boa sorte, Vanessa, você vai precisar!

Digo seguindo para o primeiro andar, onde os garotos nos aguardam. Todos estão com o peito desnudo, como BOSS queria. Aris é um comissário de bordo, Caçarola um enfermeiro sexy, Minho está uma gracinha com sua roupa de bombeiro segurando seu machadinho com tanto amor... Scott está irresistível vestido de Tarzan, expondo seus músculos, causando um pequeno frenesi na dona Sonya.

Lydia me surpreende ao surgir vestida de Dama de Copas em um vestido curtíssimo, Argent está se achando numa roupa de arqueiro, Justin parece que virou um pirata debochado e sua irmã Ren está exatamente igual, porém com um corpete que parece que vai explodir com a garota dentro. Não encontro nem Parrish, nem Derek e muito menos Janson, o que me frustra e me deixa preocupada. Primeiro porque queria mesmo ver a roupa que os três mosqueteiros vão usar e segundo, sempre que Janson some, é sinal de problema.

Meus pensamentos evaporam quando meus amigos começam a rir sem parar. Desvio meu olhar perdido sobre a roupa bem costurada de Lydia, descobrindo o real motivo de tanto riso: Nick e Matt, claro. Matthew levou mesmo a sério a história da roupa de rena do Papai Noel e preciso confessar que ele está simplesmente maravilhoso nela. Já Nick me surpreende ao surgir vestido de Aladim, com um turbante amarelo na cabeça, uma calça roxa em um tecido brilhante, escrito bem na frente do seu membro: me esfregue.

Esse garoto é hilário!

Quem está com a cara no chão é MagicMin, parece que o asiático detestou a roupa do crush. Sim, eu sei que eles são crush um do outro.

- Bom, suas pestes, como vocês já estão arrumados e alguns de vocês com penteados e acessórios bem peculiares... – Argent dá um tapinha na minha boina verde do Luige – Não irão para o baile encapuzados, já que decidi socar todo mundo no furgão, portanto mexam-se, temos muito trabalho a fazer antes que o baile comece.

- Onde está Janson? – pergunto como quem não quer nada.

- Está curiosa sobre o paradeiro dele, Blue? – Lemonade está incomodada com a minha pergunta.

- Estou. – dou de ombros afirmando.

- Ele está ocupado, assim como Derek e Jordan, portanto andem na linha e façam essa festa acontecer dentro da normalidade esperada. Um deslize de qualquer um de vocês e ó... – o loiro faz um sinal na própria jugular, como se a estivesse cortando.

 

 

Point of View of Newton Brodie-Sangster

 

Esse dia anda muito estranho, sério.

Thomas está calado, carinho, minha irmã mal apareceu aqui no quarto, assim como Galileu e os outros. Tommy se negou a sair para almoçar fora comigo e tampouco me deixou chegar perto da sacada do quarto. Nem o café da manhã consegui tomar no restaurante do hotel.

Tudo foi pedido na suíte, com a desculpa que ele estava se sentindo indisposto e queria descansar até o baile, o que saquei ser uma mentira deslavada, já que Thomas foi um dos primeiros a se negar a ir nesse evento idiota que Janson está promovendo.

- Você está escondendo alguma coisa... – sibilo espreitando cada ação dele, que parece minimamente calculada.

- Você anda assistindo muito filme de ação. – Tommy aponta para a televisão do quarto, passando algum filme do 007.

- Desde que acordamos você não sai desse celular e desse computador. – observo.

- Estou apenas ajeitando alguns detalhes do nosso plano de fuga. – ele admite.

- Esse que seria quando?

- Em breve, loirinho. Escuta, você não tem que tomar um banho e se arrumar para a festa? – lança ele sem desgrudar os olhos do celular.

Reviro os olhos e sigo até o banheiro, tomando um banho demorado, matutando na minha cabecinha o motivo de Tommy estar tão desligado e alheio as coisas no dia de hoje, sem contar o fato de ter se tornado muito mais protetor comigo. Chego no quarto encarando a cama com nossas fantasia jogadas sobre ela.

- Por que eu tenho que ser o Salsicha? – murmuro vestindo primeiro a camiseta verde da personagem.

- Queria ser quem, o Scooby? – O’Brien questiona soltando o aparelho.

- O Fred!

- Nem vem, eu sou o Fred e sua irmã a Daphne. Dê graças a Deus que o Galileu topou ser a Velma e Alby o Scooby.

- Estou ansioso para ver Poulter com uma saia! – digo sorrindo, colocando o restante da roupa.

Thomas desliga o computador e caminha até onde eu estou, correndo seus olhos pela minha fantasia, sua mão brinca com meus cabelos até ele segurar meu queixo, depositando um beijo molhado em meus lábios.

- Você está lindo, Salsicha!

- Então vá ficar mais lindo ainda, Fred. – sorrio empurrando seu corpo para dentro do banheiro.

Thomas não fecha a porta mas assim que ele entra no box e liga o chuveiro, caminho sorrateiro até onde ele largou seu celular sobre a escrivaninha, destravo ligeiro a tela, desejando acessar seu whatsapp e ultimas chamadas efetuadas para tentar descobrir o que está acontecendo.

- O que está fazendo? – giro violentamente para trás, escondendo o aparelho nas minhas costas, constatando um O’Brien nu, molhado, gravando minhas ações.

- Nada, só caminhando pelo quarto. Eu posso caminhar, certo? – brinco rindo, depositando discretamente o aparelho novamente na escrivaninha sem que ele veja.

- Esqueci meu telefone, pega pra mim, por favor. – ele pede molhando todo o piso entre o banheiro e o quarto.

- Claro! – entrego um sorriso amarelo pegando o aparelho. – Precisa dele até no banho? – indago entregando o mesmo.
- Estou esperando uma ligação importante, só isso, Pudim.

Thomas me beija e volta para o chuveiro, deixando o celular bem ao seu lado na pia, onde seus olhos fazem a vigilância dele.

Sei que ele esconde algo, ou tenta me proteger de alguma informação. Em todo caso O’Brien deve saber o que faz e eu confio nele, afinal, eu tenho que dar um voto de confiança, já que está aqui se arriscando para salvar a mim e meus amigos.

Ao menos é o que eu espero que ele faça.



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