História Remix of suffering - Los Angeles, Parte 2 - Essa é a...

Natsu – Porra! Jude seu velho desgraçado! – Resmungava ferozmente, enquanto saia da varanda e retirava a camisa molhada do corpo a jogando em qualquer canto do quarto. – Eu sabia que tinha algo de estranho nessa porra de quarto! – Continuava resmungando e agora tirava sua calça.

Ele realmente não acreditava que Jude armou pra cima dele! Sendo sincero ele preferia que tivesse uma fucsina bomba no quarto, prestes a explodir e mata-lo. Do que ser vizinho da Lucy! Era praticamente como jogar uma roleta russa só que com o revólver totalmente carregado.

Se aquela garota já o infernizava na escola, quem dirá agora? Sendo sua vizinha por uma semana! E para piorar ele teria que redobrar os cuidados com o Ashen One, do jeito que aquela loira maldita era poderia invadir seu quarto a noite e encontrar as roupas do Ashen One.

Mas existia uma dúvida que não se calava... Porque diabos Jude fez isso? O que demônios ele ganharia colocando-o ao lado de Lucy? Claro além de diversas reclamações dos moradores do prédio com as gritarias que teriam entre os dois... E provavelmente teria que ir na delegacia, porque tinha grande chance de um deles matar o outro.

Natsu – Inferno! – Revirou os olhos, enquanto sentava-se na cama apenas com sua cueca toda molhada. – Vou trocar de quarto com o Gray... Não tem jeito! – Cruzou os braços e olhou para a porta – É... Ele não pode me negar isso – Deu um tapa na cama e levantou-se, indo até a porta.

Ele estava tão furioso que nem se importava de ir para o outro lado do corredor apenas de cueca... Até porque o andar em que estava era formado praticamente pelos seus amigos. O preocupante seria se Mirajane o visse de cueca, já que né, ela poderia ataca-lo no corredor mesmo.

Assim que chegou até a porta, abriu-a na hora... Mas antes que pudesse sair dela, foi impedido por um vulto loiro que literalmente invadiu seu quarto. Nem preciso dizer de quem era aquele “vulto loiro”, certo? Infelizmente não era uma assombração... Pelo menos não uma morta.

Lucy – O que diabos você tá fazendo aqui, Dragneel! – Exigiu uma resposta, enquanto permanecia de costas para Natsu.

Natsu – Mas que porra você tá fazendo? Sabe que esse quarto é meu, né? – Indagou fechando a porta e se virando para ela.

Lucy – Foda-se! – Se virou para o garoto – O que diabos você tá fazendo nesse andar? E porque diabos meu pai te colocou aqui! – Bateu ferozmente o pé contra o chão. – Você só tem 5% da gravadora e ele simplesmente te enfia num quarto que custa mais que a tua vida? – Apontou para Natsu que apenas deu de ombros.

Natsu – Eu juro que eu queria ter uma resposta para isso, mas nem eu mesmo sei – Cruzou os braços – Vai por mim, se eu pudesse ia preferir dormir na praia do que ficar do teu lado – Revirou os olhos, enquanto passava pela loira e sentava-se na cama.

Lucy – Pois não seja por isso! Podemos ir agora na recepção e mudar tudinho – Cruzou os braços assim como Natsu e ambos ficaram se encarando ferozmente.

Natsu – Céus... – Passou a mão pelo rosto – Como você é irritante, Heartfilia – Olhou incrédulo para Lucy. Como uma pessoa poderia ser tão irritante como ela?

Lucy – Digo o mesmo! – Fez o mesmo gesto que Natsu – Só de pensar que vou ter que passar uma semana sendo sua vizinha, já me dá ânsia de vômito – Colocou a mão na barriga, fingindo que ia vomitar.

Natsu – Só isso? – Riu, levantando-se da cama e ficando cara a cara com ela – Só de imaginar ser seu vizinho por uma semana, me dá vontade de pular aquela varanda e cair direto no Inferno. Porque até o Capeta é melhor que você! – Cutucou o peito de Lucy e viu a mesma ficar com uma veia saltando na testa, enquanto trincava os dentes.

Lucy – Ora seu... – Na hora que ela ia pular em cima de Natsu para tentar enforca-lo até a morte, acabou sendo impedida pela porta do quarto que acabou sendo aberta novamente.

Natsu – Pronto... Pelo visto meu quarto virou puteiro, todo mundo entra – Revirou os olhos, enquanto observava uma mulher parada na porta. A mesma tinha um semblante severo e uma sobrancelha arqueada. – Quem é você? – Indagou se virando para ela, assim como Lucy.

Lucy – Pagura o que tá fazendo aqui? – Perguntou confusa. Natsu apenas olhou rapidamente para Lucy, antes de voltar seu olhar para essa tal Kagura.

Kagura – Bom... – Olhou para os dois – Acho melhor eu voltar depois – Disse enquanto fechava lentamente a porta.

Lucy – Ei! espera! O que tá rolando? – Deu um passo à frente, fazendo a mulher parar de fechar a porta na hora.

Kagura – Não é nada, senhorita – Abriu novamente a porta – Seu pai pediu para vim vê-los... Mas acho que os dois estão, como posso dizer... – Coçou o queixo rapidamente – “Bem íntimos” – Fez aspas com os dedos, enquanto olhava tanto Lucy como Natsu dos pés à cabeça.

No mesmo instante os dois arquearam a sobrancelha e se entreolharam, para logo em seguida desceram o olhar... Tanto para si como para o outro. O resultado? Os dois estavam tão raivosos um com o outro, querendo xingar e bater tanto que simplesmente esqueceram de uma certo detalhe.

Tanto Natsu como Lucy estavam praticamente seminus! Natsu apenas com sua cueca molhada que bom... Dava um belo destaque para sua parte intima. E claro deixou seu peitoral semi-definido a mostra.

 Já Lucy se encontrava com seu biquini de antes, que também estava completamente molhado o que acabou deixando visível o bico dos seus peitos... Ela saiu tão furiosa do quarto que esqueceu de colocar algo para tampar eles.

Quando ambos perceberam isso rapidamente levantaram a cabeça, se entreolharam, engoliram a seco e simplesmente...

Natsu/Lucy – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Gritaram ao mesmo tempo, enquanto corriam um para cada canto do quarto. Natsu foi rapidamente para o banheiro, pegando uma toalha e enrolando na cintura.

Enquanto isso a loira se jogou na cama do Dragneel, se enrolando entre os lençóis.

Lucy – Mas que merda, eu vi o seu pênis! – Se enrolou completamente nos lençóis e olhou incrédula para o Dragneel.

Natsu – E eu vi os teus peitos! – Respondeu no mesmo tom que a loira.

Natsu/Lucy – QUE VISÃO DO INFERNO! – Gritaram ao mesmo tempo, enquanto segurava a própria cabeça – COMO ASSIM VISÃO DO INFERNO? – Perguntaram se entreolhando.

Kagura – Céus... – Suspirou e passou pela porta, fechando a mesma na sequência – Pelo visto vocês dois realmente não se dão bem – Cruzou os braços, observando o quão genuíno era o ódio deles.

Natsu – Claro que não! – Se virou para Kagura – E aliás, dá pra dizer quem é você de uma vez? – Perguntou passando as mãos pelo rosto.

Kagura – Oh sim, me perdoe – Ajeitou sua roupa e em seguida se curvou para frente – Me chamo, Kagura Mikazuchi – Se levantou, ficando na sua postura normal – Sou uma das seguranças particulares do senhor Jude Heartfilia e de sua família – Juntou as mãos sobre sua barriga.

Natsu – Ah, agora entendi... – Olhou para Lucy que continuava toda engolida na cama, não acreditando no que havia visto – Então você a chamou pra me dá uma surra? Que nem você fazia na escola? – Apontou para ambas.

Lucy – Que? – Saiu do trance – Eu não fiz isso! – Se sentou na cama, ainda coberta – Se bem que não é uma má ideia – Coçou o queixo, analisando bem essa ideia do Dragneel que ficou com uma enorme gota na cabeça.

Kagura – Não, nada disso... Vocês entenderam tudo errado – Suspirou, chamando a atenção de ambos – Não estou aqui para bater em ninguém, muito pelo contrário. Estou aqui para evitar brigas – Olhou seriamente para a dupla que continuava sem entender nada – Em um breve resumo de tudo que está acontecendo aqui é simples... Seu pai, o senhor Heartfilia, quer que vocês dois se deem bem nessa viajem – Assim que ela disse isso viu ambos se entreolharam e na mesma hora rirem.

Lucy – Ele... Quer o quê? – Perguntou rindo junto ao Dragneel.

Natsu – Acho que... Que ele quer – Não parava de rir – Pera aí – Limpou uma lagrima que caiu do olho – Quer que a gente se de bem... Ver se pode – Voltou a rir junto a Lucy.

Kagura – Não estou vendo graça – Com essas simples palavras as risadas dos dois desapareceram na hora, principalmente depois que viram o olhar psicótico de Kagura. – Sinceramente não sei o que aconteceu para vocês dois se odiarem tanto, e nem me interessa para ser mais sincera ainda – Cruzou os braços – Só sei que vocês dois vão vizinhos por uma semana e estou responsável para impedir brigas, sangue e mortes... A não ser que eu precise bater em vocês – Olhou severamente para Natsu que engoliu a seco e em seguida para Lucy que arqueou a sobrancelha.

Lucy – Pera aí... Me bater? Desde quando você tem autoridade para isso? – Se levantou na hora da cama.

Kagura – Seu pai me autorizou a usar todo método necessário para evitar brigas... Incluindo bater em vossa senhorita – Disse e observou a cara incrédula de Lucy – A partir de hoje irei ficar parada na porta dos seus quartos, até a hora que forem dormir... Quando saírem juntos também irei com vocês – Informou e novamente eles se entreolharam.

Natsu – Sair...

Lucy – Juntos? – Completou a pergunta e Kagura acenou positivamente.

Kagura – Exatamente... O Senhor Heartfilia também disse que quando um de vocês fosse sair para algum lugar, como restaurante ou algum lugar animado é para levar o outro – Disse num tom calmo e sereno. O que era completamente oposto a reação deles que era de ódio e incredulidade.

Natsu – Sabe Lucy... Acho que tô com uma vontade de matar o teu pai – Disse incrédulo com tudo aquilo.

Lucy – Quem diria que algum dia teríamos algo em comum – Disse do mesmo jeito de Natsu.

Kagura – Bom, isso é tudo – Se curvou rapidamente – Se precisarem de mim, estou aqui fora – Se virou e prontamente abriu a porta, se retirando na hora do quarto.

Assim que Kagura se retirou do local, deixando apenas aqueles dois sozinhos lá dentro um enorme silêncio se instalou pelo enorme quarto... Um silêncio que misturava muitas coisas ao mesmo tempo. Vergonha, agonia e ódio.

Natsu não conseguia acreditar que literalmente passaria a sua viajem preso a Lucy, parecia que Jude havia acabado de colocar uma corrente que interligava eles... Uma semana, com Lucy... Ele estava seriamente pensando que seria melhor levar uma surra de Kagura ao invés disso.

Lucy por sua vez não passava muito longe desse pensamento. Como seu próprio pai a traiu desse jeito? Ele não deveria ama-la e protege-la? Ao invés disso resolveu tortura-la! E de tantas horas pra isso, tinha que ser justamente numa viajem grande como essa? Ter que levar o Dragneel para qualquer lugar iria atrasa-la demais no seu plano para descobrir quem é o Ashen One.

Natsu – Sinceramente não acredito que vou dizer, mas... – Olhou para Lucy – Parece que vamos ter que nos ajudar – Disse seriamente e apenas viu a loira se virando para ele, ficando em um enorme silêncio novamente.

Lucy – O que tá propondo? – Arqueou a sobrancelha.

Natsu – Deus... – Revirou os olhos – Vou explicar bem calmamente pra ver se esse teu cérebro que é do tamanho de uma nós, entenda – Passou os dedos pelos olhos. Lucy até pensou em xingar o rosado, mas deixou essa passar – Já que seu pai por algum motivo do caralho quer que a gente se de bem nessa viajem, acho melhor fazermos o que ele quer... Pelo menos até o fim dessa merda toda – Cruzou os braços – E por mais excitante e melhor que seja tomar uma surra da Kagura ao invés de conviver com você, infelizmente não posso ter esse luxo – Suspirou, enquanto se lembrava que teria um show enorme em três dias e ele não queria ir todo machucado.

Lucy – Num breve resumo de tudo... Você quer uma trégua? – Indagou e viu o rosado assina-la positivamente. – Hum – Colocou a mão no queixo, pensando sobre tal proposta – Não sei, Dragneel. Tenho coisas para fazer e você seria um peso morto – Deu de ombros e Natsu apenas riu.

Natsu – Às vezes eu penso se você é burra assim mesmo ou se faz pra me irrita – Olhou rapidamente para cima – Você ainda não entendeu que a Kagura vai ficar no nosso calcanhar? Não temos outra escolha a não ser fazer essa maldita trégua – Estendeu a mão para a Heartfilia que apenas ficou olhando-a, enquanto se manteve em silêncio – Então? Uma vez na vida quer parar de ser uma garota mimada e ajudar em algo? – Perguntou com a sobrancelha arqueada.

Lucy – Tsk... – Estalou a língua e apertou a mão de Natsu – Uma semana, depois que acabar eu juro que vou te afogar na primeira poça de água que aparecer – Apertou fortemente a mão de Natsu que apenas riu.

Natsu – Não se eu colocar fogo em você antes – Piscou para Lucy que apenas riu junto ao Dragneel.

Lucy – Certo – Separou suas mãos e em seguida limpou a mão que usou no aperto – Agora seja um pouco educado e se vira, enquanto eu vou embora – Disse se desenrolando lentamente do lençol.

Natsu na mesma hora se virou, ficando de costas para Lucy que rapidamente tirou o lençol do corpo e foi em direção a porta. E quando finalmente o Dragneel escutou o barulho da porta se fechando, respirou aliviado, enquanto tirava a toalha e se sentava na cama.

Natsu – Jude... Se você não fosse meu chefe eu juro que te esganava até a morte, maldito! – Ergueu o punho para o ar, amaldiçoando o velho Heartfilia.

...

Los Angeles – 20:25 - três dias para o show.

Gray – Então foi isso toda aquela gritaria que ouvi? – Indagou Gray sentado ao lado de Natsu que apenas confirmou com a cabeça.

A dupla se encontrava no bar do prédio, bebendo um bom copo de Whisky enquanto esperavam o restante do pessoal... O que acontece era que depois de tirar o dia para descansar da viajem, dormindo bastante, o grupo inteiro iria sair para algum local da cidade com bastante movimento para comemora. Isso significava que claro, iriam encher a cara.

Como eles conheciam quase nada da cidade iriam deixar a escolha do local para o motorista da limusine que os levaria.

Gray – É... Aquele velho realmente é mais esperto do que imaginei – Riu consigo mesmo, enquanto dava um gole no Whisky.

Natsu – Faço suas palavras as minhas – Suspirou e mexia o copo de um lado pro outro, observando o Whisky se mexendo. – Eu fiquei uma hora ligando pra ele, e adivinha? Caixa postal – Riu e finalmente bebeu o Whisky.

Gray – E essa segurança? Kagura? – Perguntou – Ela não sabe onde ele tá? – Indagou e Natsu negou.

Natsu – Tudo que eu sei é que ele tá nesse prédio, nada mais – Deu de ombros – E do jeito que ele é, sabe muito bem que tô caçando-o... Então no fim das contas, só vou me encontrar com ele no festival – Terminou de beber e colocou o copo em cima do balcão.

Gray – Então qual é o plano? – Indagou com a sobrancelha arqueada.

Natsu – Não tenho escolha a não ser bancar o amiguinho da Heartfilia até o fim da viajem – Passou a mão pelo rosto em frustação.

Gray – Só quero saber da reação da Erza e da Meredy quando souberem disso – Fez um breve sinal de negação com a cabeça – Isso não vai da bom – Terminou soltando um suspiro.

Natsu – Portanto que não seja a minha cabeça rolando pelo chão, tô de boa – Olhou rapidamente para cima.

Erza – Finalmente encontrei vocês! – Disse a bela ruiva que acabava de chegar atrás dos garotos, colocando as mãos em seus respetivos ombros. – Tá todo mundo lá fora, só falta vocês – Disse com um sorriso enorme... Que logo se desfez, assim que observou a cara de preocupação dos garotos – Ih... Que aconteceu? – Perguntou substituindo o sorriso por uma feição de preocupação.

Natsu – É...

Gray – Quer saber? Vou deixar vocês dois sozinhos – Se levantou na mesma hora.

Natus – Ei, ei! Fica aí, me ajuda! – Segurou Gray pela manga da jaqueta que o mesmo usava.

Gray – Ah... – Olhou para Erza que permanecia sem entender nada – Pode ficar com a jaqueta! – Rapidamente tirou a jaqueta e saiu correndo – Não gostei dela mesmo! – Disse enquanto corria para o mais longe possível, deixando assim sua Jaqueta com Natsu que apenas olhava para tudo isso com uma enorme gota na cabeça.

Natsu – Filha da... – Olhou para Erza – Merda... – Suspirou, colocando a jaqueta em cima do balcão – Senta aí – Apontou para o banco do seu lado. Receosa e sem entender absolutamente nada a ruiva sentou-se, sem tirar os olhos do amigo.

Erza – Vamos logo, desembucha! Deu algum problema com o show? Roupa ou o quê? Se for a roupa me fala logo que vamos amanhã comprar novas! – Bateu a mão contra o balcão.

Natsu – Quem dera fosse as roupas – Riu da própria desgraça – Olha Erza vou direto ao ponto... – Suspirou e preparou-se para o pior – Você se lembra da Lucy, certo? – Indagou e viu a mesma acenando positivamente.

Erza – Infelizmente. Se eu pudesse apagaria a existência dela da face da terra – Cruzou os braços e deu um leve rosnado, lembrando-se da cara de nojenta da Heartfilia.

Natsu – Porra... – Resmungou num breve sussurro, enquanto puxava a gola da camisa pra frente – E se hipoteticamente eu falasse que... Jude literalmente me prendeu a ela durante toda a viajem, fazendo nós dois andarmos juntos para qualquer canto? E que ela é a minha “vizinha” de quarto? – Perguntou com um sorriso nervoso e preocupado.

Erza – Hum... – Alisou o queixo e começou a pensar numa resposta – Provavelmente eu ia afogar ela na piscina ou deixa-la careca – Respondeu dando de ombros – Mas porque dessa pergunta estranha? – Indagou vendo o Dragneel ficando no mais puro silêncio, enquanto começava a soar frio e sorria de desespero... Óbvio que a Scarlet percebeu isso – Porque diabos parece que você tá tendo um ataque cardíaco? – Colocou a mão no peito de Natsu, vendo que realmente os batimentos dele estavam bastante acelerados – Natsu mas que... – Ela parou na hora que percebeu o que estava acontecendo – Isso não foi uma pergunta hipotética, né? – Cerrou lentamente os punhos.

Natsu nada respondeu, apenas acenou positivamente e na hora tudo entrou no mais puro silêncio dentre os dois... Natsu calado, olhando para seu copo de Whisky e Erza estática feita uma estátua, querendo não acreditar no que acabava de ouvir.

...

Gray – Puta... Merda... – Dizia enquanto finalmente saia do hotel com sua respiração totalmente ofegante, e levemente suado – Acho que já tô longe o suficiente. – Limpou o suor que havia na testa e lentamente desceu as escadas, indo em direção a limusine onde seus amigos se encontravam.

Chegando nela deu dois tapinhas no vidro que na hora foi abaixado pela Juvia que arqueou a sobrancelha, vendo somente Gray ali fora.

Juvia – Cadê o Natsu e a Erza? – Perguntou sem entender o motivo do Fullbuster estar sozinho.

Gray – Ah...

Erza – EU VOU MATAR ESSA PUTA!

Com esse enorme grito que com certeza boa parte do hotel escutou, tanto Juvia como Gray entraram num silêncio enorme... Assim como todo mundo que se encontrava do lado de fora.

Gray – Bom... – Desviou sua atenção de volta para Juvia – Acho que isso já responde sua pergunta, certo?

...

Silêncio... Um silêncio totalmente incomodo e frustrante era o que estava acontecendo naquela limusine. Motivo? Talvez a bela loira que se encontrava lá dentro poderia muito bem servir como exemplo, principalmente a “guarda costa” dela, que emanava uma aura totalmente ameaçadora e sinistra.

É Lucy e Kagura estavam dentro daquela limusine que os levava para alguma boate. E o que antes era pra ser uma curtição cheia de bebidas e gargalhadas dentro da limusine, agora era um silêncio ensurdecedor. Fazendo assim cada um se entreolhar, tentando de alguma forma quebrar aquele clima estranho.

E de todos ali sentados, obviamente a mais revoltada e puta da vida era a ruiva. A mesma estava sentada ao lado de Natsu, que tentava de tudo para acalmar Erza que apenas ignorava todas essas tentativas e permanecia com seu olhar mortal para a Heartfilia.

Lucy por sua vez parecia pouco se importa, apenas se sentou e ficou mexendo no celular com uma cara de puro tédio. E Kagura não demonstrava nada além da sua “aura assustadora”, apenas sentou-se e ficou parada e calada desde então.

Por mais infernal que fosse toda essa situação, todos concordavam que era realmente o melhor dos cenários que poderia acontecer... Já que dentre esse cenários, Erza acabaria matando a loira se ela falasse alguma coisa.

Cana – Ei... – Cutucou Gray que apenas observava toda situação com uma careta pensativa – Não é melhor fazermos alguma coisa? – Sussurrou para o moreno que apenas negou com a cabeça.

Gray – Vai por mim... Se fizermos algo – Olhou rapidamente para Erza – Vamos sair dessa limusine cheios de sangue. – Complementou, voltando seu olhar para Cana que apenas engoliu a seco e voltou a observa toda aquela cena.

Tudo permaneceu na maior paz do mundo... E todos pensaram que ia continuar, mas é claro que não.

Lucy – Chega – Desligou o celular e olhou para Erza – Vai ficar me olhando assim até quando? – Só foi a loira pergunta isso que simplesmente todo mundo tentou se afastar o máximo de Erza e dela, menos Kagura e Natsu que permaneceram nos seus lugares.

Erza – Não sei... Talvez até um caminhão te atropelar – Cruzou os braços.

Lucy – Olha só, ruiva. Vai por mim, eu preferiria tá dentro de um vulcão do que nessa carro com vocês dois – Apoiou os braços sobre a perna, se inclinando para frente e olhando mais de perto tanto Natsu como Erza – Mas infelizmente, tanto eu como Natsu estamos “amarrados” até o fim dessa viajem – Revirou os olhos em frustação – Então para evitar acidentes é melhor fazermos uma trégua, até entrarmos naquele avião e voltar para o Japão – Disse com a sobrancelha levemente arqueada.

Erza – Você é muito cínica se acha mesmo que vou aceitar – Riu, não era possível que ela fosse tão cara de pau assim – A única trégua que teremos vai ser quando eu socar a tua cara – Ergue o punho para Lucy.

Kagura – Creio que isso não será possível – Pela primeira vez desde que apareceu, Kagura abriu a boca e atraiu toda atenção para si – Não estou aqui apenas para impedir que os dois se matem, mas também para protege-los – Juntou as mãos e olhou friamente para Erza – Ou a senhorita aceita o acordo, ou cai fora antes que eu resolva as coisas na base da violência – Estalou os dedos e em seguida todo aquele clima estranho piorou.

Sting – É... Agora que a cobra vai fumar – Engoliu a seco.

Gajeel – Será que se eu pular do carro, morro? – Perguntou para Sting que apenas deu de ombros, sem saber da resposta para tal pergunta.

Kamika – Acho melhor arriscar do que ficar aqui dentro – Disse para o restante do grupo que na hora assinalaram positivamente. E quando todos estavam prontos para saltar do carro em movimento, uma enorme surpresa aconteceu.

Erza – Certo – Escorou as costas no estofado e viu todos arregalaram os olhos surpresos, menos Lucy e Kagura. Até mesmo Natsu ficou surpreso, ele pensou que a hora dele havia chegado. – Vamos fazer uma trégua – Olhou fixamente para Lucy – Mas eu juro... Que se eu ver você insultando-o na minha frente, ou saber que você fez algo – Apertou fortemente o punho – Pode apostar que eu mando você e sua guardinha pra de baixo da terra – Complementou friamente.

Lucy – Pode deixar, ruiva – Olhou para o rosado – Não quero problemas com o meu pai e muito menos com ela – Apontou para Kagura – Até o fim dessa viagem somos todos amigos, certo? – Sorriu e viu a Scarlet relutante assinalar positivamente. – Ótimo – Deu um tapinha no banco e foi até a janela que separava o motorista dos passageiros – O Senhor conhece o Vedeta? – Indagou Lucy ao motorista que confirmou – Ótimo, bote ir até lá então. – Foi tudo o que disse antes de voltar para o seu assento, sendo acompanhada pelos olhares de todos.

Angel – O que diabos é Vedeta? – Indagou a albina.

Lucy – Nada demais – Abriu o frigobar, retirando uma garrafa de champagne – É apenas o melhor e mais frequentado... – Tirou a tampa da garrafa e começou a servir nas taças para todos – Boate de Los Angeles – Terminou de servir e colocou a garrafa de lado – Se vamos ser “amiguinhos” até o fim dessa merda toda, não quero nada abaixo do meu padrão – Pegou sua taça e apontou para que todos pegassem uma. E assim todos fizeram – Se querem curtir essa viajem, deixem comigo que eu sei todos os locais ideais para uma primeira visita – Ergueu a taça – E o Vedeta está no topo da lista – Sorriu largamente para todos. – Um brinde a diversão! – Disse e na mesma hora todos levantaram suas taças.

Alguns animados e ansiosos para a noite e outros nem tanto... Nem preciso dizer quem era esses outros certo?

Assim que o brinde acabou, todo aquele clima ruim de apreensão e medo se escafedeu e deu local novamente para animação. Todos começaram a conversar entre si, rirem e etc... Claro que Lucy não se entrosou, apenas voltou a mexer no celular.

Mas mesmo depois de tudo isso, Erza permaneceu olhando-a. Claro que não como antes, mas ainda assim continuou. Mas esse olhar logo desapareceu, quando sentiu um toque suave na sua mão o que fez a mesma olhar para o dono daquela mão... E óbvio que esse alguém era Natsu que até então permaneceu calado.

O mesmo apenas sorriu largamente para a ruiva e acenou positivamente.

Natsu – Obrigado... – Disse suavemente, enquanto dava um leve aperto na mão de Erza que fez o mesmo e sorriu para ele.

...

Los Angeles – 8:24 – Dois dias para o Show.

O sol já havia tomado conta do belo e limpo céu de Los Angeles... Até o momento haviam bem poucas nuvem e uma suave brisa tomava conta da cidade. Realmente era o dia perfeito para uma boa e velha praia, ou piscina talvez.

E nesse exato momento, em seu quarto, Natsu se encontrava deitado sobre sua cama... E para ser sincero a situação não era lá das melhores naquele local. Latas e garrafas de bebidas por todo o canto, seguido de vômito e até mesmo um pouco de comida também.

Natsu também não tinha uma aparência muito boa. Estava totalmente nu e com baba saindo pela boca.

Natsu – Hum... – Apertou fortemente os olhos, enquanto se mexia de um lado para o outro – Ah merda... – Levantou a mão, vendo que segurava uma garrafa de vodka – Acho que exagerei... De novo – Jogou a garrafa no chão e apertou novamente os olhos, tentando melhorar sua visão que estava bastante turva.

Na verdade todo o seu corpo estava estranho. Cabeça dolorida, dor nas costas, dor na barriga e até mesmo uma dor no peito... Definitivamente ele fez muita merda e nãos e lembrava de porra nenhuma. Ele só se lembrava que estava na limusine com Lucy e os amigos e quando chegou na boate... Depois disso era apenas escuridão e escuridão.

A famosa amnésia alcoólica.

Natsu – Ah... Foda-se – Se ajeitou na cama – Vou dormir o dia inteiro – Abraçou o travesseiro e lentamente fechou os olhos. Mas infelizmente isso não durou, já que na hora ele sentiu algo se mexendo do seu lado o que fez ele abrir os olhos na hora e arquear a sobrancelha. – Mas que... – Colocou a mão para trás e arregalou os olhos, sentindo sua mão tocando em algo macio, grande e bem durinha – Isso é uma bunda? – Apertou e sentiu sua alma congelar, quando recebeu um gemidinho – Essa é a...