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História Renascer - Especial Renascer: Irmãos


Escrita por: SaturnChild

Notas do Autor


Mais um especial, dessa vez veremos como são os irmãos mais novos do nosso querido Kirito!

Espero que possam gostar. Comentem :3

BOA LEITURA!
(Desculpe qualquer erro).

na capa respectivamente: Mina, Kirito, Rei, Kenshi, Miro e Harumi.

Capítulo 78 - Especial Renascer: Irmãos


Fanfic / Fanfiction Renascer - Especial Renascer: Irmãos

— Ah...está amanhecendo de novo. – Murmurei com um suspiro, eu deveria parar de passar a noite toda em claro, ainda que fosse bonito ver o céu clarear e tudo o mais, se minha mãe descobre que estou perdendo sono ela vai ficar furiosa. De qualquer forma, não é como se eu fosse sair em missões ou coisa parecida, afinal a muito tempo eu não sou um Shinobi. Ainda faço missões, mas apenas quando realmente precisarem da minha ajuda.

Suspirei descendo da janela e guardando meu caderno, cocei a nuca e caminhei para fora do quarto. Fazem vinte e quatro anos desde que fui salvo da maldição do tempo. Desde então tenho vivido bem, não houve maiores incidentes, muito menos guerras. Meu pai é muito mais presente em casa, mesmo que eu saiba que não é fácil para ele. Segurar o tempo longe do templo era realmente difícil, mas ele estava se mantendo firme, acho que os Seres do Sol estão o ajudando de alguma forma.

Nossa vida tem sido o mais pacifico possível. O que é um pouco difícil ser completamente pacifico é o fato daquilo sempre acontecer. Parei na cozinha a ponto de ver a pirralha cortando um pedaço do bolo que nossa mãe fez no dia anterior, e me notar na porta logo em seguida.

— Nii-chan! Já está acordado? Isso se você chegou a dormir, né. – Murmurou levando o pedaço de bolo, enorme por sinal, até a boca.

— E você como sempre já está comendo, nem ao menos se arrumou. – Suspirei negando e indo em direção da geladeira.

— O que posso fazer? Acordei com fome, ué. – Harumi se sentou na mesa continuando a comer o bolo. Já eu optei por fazer um chá quente. – Você não se esqueceu, certo? Temos uma reunião importante mais tarde. Não vai chegar atrasado como sempre. – Reclamou ela com a boca cheia, fiz uma careta lhe dando um tapa na cabeça.

— Não fale com a boca cheia. E não, eu não esqueci dessa reunião idiota. – Resmunguei me sentando em outra cadeira da mesa, começando a tomar meu chá.

— Não é idiota! É muito importante! Você que é idiota! – Exclamou ela já irritada de novo, bufei revirando os olhos.

— Você é mesmo uma pirralha. Sabe muito bem que sem ou com reunião iríamos fazer isso de qualquer forma, mamãe sempre faz algo nessas datas. – Comentei tentando não deixar que a falta de educação dela me irritasse.

— Blá, blá, blá! Eu sei que a mamãe faz, mas queremos fazer algo por ela também, não deixar somente a mamãe cuidar de tudo, baaaaka. – Cerrei meus dedos na alça da caneca e lhe lancei um olhar afiado.

— Harumi, você deveria cuidar como fala comigo, sou mais velho que você. – Falei sentindo minha paciência evaporar em um segundo.

— Hunf! Como se eu me importasse. Só porque é um ancião acha que vou baixar minha cabeça? Puff. Sonha não, nii-chan, sonha não. – Disse batendo as mãos para limpar as migalhas do bolo e se levantou.

— Sua pirralha...você está andando muito com a Rei! Que modos são esses de tratar os mais velhos?! Eu deveria colocar você de castigo! – Exclamei me levantando da mesma forma. Eu sabia que aquilo tinha dedo da Rei, Harumi não falaria isso se aquela outra pirralha não tivesse falado alguma coisa. Sem contar que Harumi faz isso só para ter algum motivo para brigar, e mesmo sabendo disso eu não conseguia não me irritar ou realmente não brigar com ela.

— Pode vir, nii-chan! Estou sempre preparada para uma boa briga!! – Disse ela sorrindo grande e de forma provocativa. Eu deveria ser mais responsável, como o irmão mais velho, mas era mesmo impressionante o quanto Harumi conseguia me tirar do sério.

— Você não vai aprender nunca, não é? Quer brigar comigo?! Você nunca será párea para mim, pirralha maldita. – Rosnei liberando uma fina névoa negra ao redor do meu corpo. Entretanto, ao invés de se sentir ameaçada contra minha presença, ela sorriu divertida e liberou seu imenso chakra numa cor laranja amarelado, fazendo seus cabelos loiros moverem-se levemente.

— Juuho Sushiken... – Após murmurar ela estendeu seus braços numa típica pose do Taijutsu Hyuuga e as cabeças dos leões gêmeos se formaram em suas mãos com o chakra laranja dela. Eu tinha de admitir, para uma pirralha de doze anos, Harumi era incrível, conseguia usar facilmente o jutsu da mamãe e tinha um incrível controle de chakra, mas ainda era muito afobada. – Aqui vou eu, nii-chan!! – Num impulso ela saltou em minha direção e eu usei uma mão para bloquear suas investidas com o Juuho Sushiken. Por ela ter uma grande quantidade de chakra e também um controle incrível deste, Harumi podia usar o Juuho Sushiken por muito tempo, e por conta disso ela seria a gennin mais resistente de sua geração. Seria a mais resistente se não fosse por Miro, que era um pouco mais resistente que ela.

— Sua Gaki, o que quer com isso? Nunca vai conseguir encostar em mim desse jeito. Sem contar que sua guarda ainda está relaxada! – Exclamei acertando um chute em seu estômago a lançando para trás. Harumi grunhiu, mas girou no ar e usou suas pernas de impulso para vir contra mim novamente.

— NII-CHAN! – Gritou girando seu corpo no ar criando uma bola de chakra ao redor de seu corpo, quase como o Kaiten, mas era simplesmente o Juuho Sushiken a envolvendo, o que não deixava de ser perigoso.

— MAS QUE BAGUNÇA É ESSA AQUI!! – Ouvimos o grito vindo da entrada da cozinha, e com a surpresa acabamos chocando com um pouco de força a mais que o necessário, fazendo Harumi cair em cima da mesa do jantar, consequentemente quebrando a mesa. Assim que olhei em direção a entrada da cozinha, meu pai e a mamãe estavam parados, encarando toda aquela bagunça e com toda certeza nenhum pouco felizes. – De novo? Quando é que vocês dois vão aprender que não se devem lutar dentro de casa?! – Meu pai gritou para nós dois, Harumi resmungou dolorida e em seguida se colocou de pé.

— D-Desculpe, Tou-chan... – Resmungou ela com um olhar inocente, que não era verdadeiro, nem aqui nem em outra vida.

— Já chega. Arrumem-se e me sigam, vocês merecem um castigo depois dessa bagunça aqui! – Nosso pai disse e com isso acabamos nos entreolhando.

— Castigo? – Harumi e eu murmuramos juntos e em seguida engolimos em seco. – O que pretende fazer, Tou-chan? – Perguntei assim que ele deu as costas, meu pai parou de caminhar e olhou para meus olhos, ele ainda estava irritado.

— Vocês saberão assim que for o momento certo. – Disse ele e com isso desapareceu com seu Hiraishin. Como não tinha mais nada o que fazer, nem como fugir, Harumi e eu ajudamos nossa mãe com a bagunça na cozinha e em seguida nos arrumamos, saindo logo após indo em direção de onde a presença esmagadora e irritada de nosso pai estava.

— O que será que ele vai fazer com a gente? – Harumi perguntou caminhando ao meu lado, suspirei dando de ombros.

— Não sei, mas tenho uma ideia. – Comentei de volta e desviei meus olhos para Ayza e Taichi que estavam próximos de uma lanchonete, assim que me viram junto de Harumi souberam que algo havia acontecido, pois se não estivéssemos indo para o Dojo de treinamento, muito provavelmente havíamos sido castigados por alguma coisa errada que fizemos. Desviei meus olhos para o caminho e entramos numa área afastada, indo em direção da famosa “floresta da morte” de Konoha. Harumi engoliu em seco.

— Ah cara, ele vai mesmo nos forçar a entrar nessa coisa? No exame Chunnin passado foi um horror entrar aí. – Harumi estremeceu olhando para as enormes e densas arvores que se erguiam logo atrás da cerca de segurança.

— Foi o que eu pensei... – Resmunguei assim que notei nosso pai parado num dos portões de entrada para a floresta e em frente dele estavam nossos outros irmãos. Quando notaram nossa presença todos olharam irritados para Harumi e eu. Não vou negar ter sentido o olhar deles, pois eu senti, mas era compreensível estarem furiosos por nossa culpa.

— Vocês...aprontaram de novo, não é? – Mina perguntou com os braços cruzados e sobrancelha ruiva arqueada. Nessa vida, Mina era minha irmã mais nova, eu tinha quatro anos quando Karin-san e meu pai a tiveram, foi estranho de início, ver minha irmã mais velha se tornando minha irmã mais nova, ainda que por apenas quatro anos de diferença.

— Hunf! Tinha que ser, colocar esses dois juntos sempre acaba do pior jeito. – A próxima que abriu a boca foi Rei, a rebelde da família, tinha o pior temperamento possível e era quem influenciava Harumi a agir como ela. Rei tem quinze anos e dos filhos do meu pai com Karin-san era a única que não saiu cem por cento Uzumaki, tinha os cabelos loiros do meu pai e olhos azuis mais claros e sem pupila, selemelhantes a de Karin-san, mas no geral era muito parecida com ela. Rei era independente, mas tinha a língua muito mais afiada que eu, tanto que nossos pais tiveram vários problemas com nobres durante alguma missão, reclamações sobre sua rebeldia e militância não faltavam, inclusive foi o que gerou as tantas e tantas vezes de suspensão que recebeu.

— Isso não aconteceria se você não ensinasse coisas erradas para sua irmã, Rei. – Acabei falando quando a expressão dela me irritou. – Ela está agindo como você e desrespeitando os mais velhos, e isso ela aprendeu com você, sua pirralha. – Acusei e ela ficou ainda mais irritada.

— Desculpe? Eu não ensino nada de errado para Harumi, a única coisa que falei é que ela não deveria baixar a cabeça para nenhum homem. – Disse ela jogando seus cabelos para trás, revirei os olhos bufando.

— Tou-chan, por que está nos castigando também? Nós não fizemos nada. – O que reclamou foi Kenshi, gêmeo de Rei, ele era um gênio, prodígio e tudo o mais, entretanto tinha muita preguiça, ninguém sabe de onde ele tirou essa personalidade tão apática e desprovida de emoção, mas de fato ele era um dos mais habilidosos, não tinha nada que ele não conseguisse fazer, era o que aprendia os jutsus mais rapidamente, apenas de ver uma única vez. Nós não sabemos como ele consegue fazer isso, entretanto ele pode e é o que me deixa sempre impressionado. Suas habilidades sensoriais superavam até mesmo as de Mina nee-chan e Karin-san juntas, entretanto ele era horrível em combate corpo a corpo, sua preguiça o impedia de gostar de lutar.

— E o que isso tem a ver?! Estou pronto para fazer qualquer coisa, desde que possamos lutar!! – O animadinho demais é Miro, tem treze anos e assim como Harumi ele adora lutar, suas habilidades com as correntes de chakra que herdara da Karin-san eram incríveis e a colaboração que ele fazia junto delas também, mas sua maior qualidade era com o Rasengan dourado, seu chakra, assim como de Harumi, eram entre dourado e alaranjado e era até mais bonito do que o do Kazuki-sensei ou do Tou-chan.

— Chamei todos aqui porque estou exausto de ter de impedir uma destruição quase todos os dias dentro de casa!! – Tou-chan começou assim que estávamos todos ali. – Vocês são irmãos, mas agem como se fossem inimigos um do outro, dattebayo! Isso é um absurdo. Não é somente por causa de Kirito e Harumi terem aprontado alguma, é também porque todos vocês agem assim, e tanto eu, quanto Karin e Hinata não aguentamos mais ter de reparar ou gastar dinheiro para arrumar estragos feitos por vocês!! Já deu, ttebayo! – Sua voz ecoava alto por todo lado, nos forçando a manter a cabeça baixa, ouvindo o sermão merecido dele. – Por isso, vocês só sairão dessa floresta depois que eu ver que estão trabalhando em equipe. – Avisou apontando brevemente para a floresta da morte. – Vocês deverão trabalhar juntos para pegar esses guizos de mim, dentro da floresta da morte. – Ditou e mostrou o par de guizos em sua mão. – Não importa quem for conseguir pegar, o que importa é que eu veja que estão trabalhando juntos para isso. Até que vocês aprendam e parem de agir como crianças idiotas não vão sair daqui. OUVIRAM?! – Perguntou em alto e bom tom, prontamente respondemos confirmando. – Muito bem. Estarei esperando vocês no centro da floresta. Boa sorte. – Com um sorriso traiçoeiro ele desapareceu numa nuvem de fumaça, denunciando que era um clone e nos deixando sozinhos na entrada da floresta.

— Oh, que ótimo! Vamos ter que lutar contra ele? Ele se esquece que é um deus?! Como vamos chegar nele se ele pode prever nossos movimentos?! – Rei foi a primeira a explodir quando nos vimos sozinhos.

— Ele não pode prever nossos movimentos porque estou junto de vocês. Não se esqueçam que sou uma anomalia temporal. – Suspirei com os braços cruzados próximo deles.

— Certo, então devemos tirar aqueles guizos dele enquanto trabalhamos em equipe, não é? – Mina começou e eu confirmei. – Então só precisamos fazer uma formação onde todos nós possamos cooperar. – Disse e sorriu docemente para nós.

— Podemos usar os portais do Kirito nii-san. Como ele é uma anomalia, papai não vai conseguir nos ver se fizermos isso. Podemos usar as correntes da Mina nee-chan e do Miro para encurralá-lo e segurá-lo e depois Harumi e Rei o atacam com o Juuho Sushiken e o Modo Sennin respectivamente. Eu posso tentar pegar os guizos enquanto ele está ocupado com a Rei e Harumi. – Kenshi logo se pronunciou com o olhar sonolento e bocejando quando terminou de falar.

— É um bom plano, mas ainda que seja, não podemos usá-lo sem antes sabermos o que ele está pretendendo. Papai poderia nos dar esse castigo em qualquer lugar, mas preferiu fazer isso aqui, nessa floresta, ele deve estar aprontando alguma, então temos que ser cautelosos. – Disse Mina-nee com seu olhar pensativo.

— Kenshi, use seus poderes e veja se encontra algum tipo de armadilha que ele possa ter armado dentro da floresta. – Ditei e ele suspirou confirmando, fazendo um selo de mão única ele despenca nos meus braços. A habilidade de Kenshi consiste em ele entrar num sono forçado e assim projetar sua alma para fora de seu corpo, semelhante aos Yamanaka, entretanto assim que ele entra em sono profundo, sua alma se expande de seu corpo por área. Atualmente sua alma se expande num raio de quarenta quilômetros em um círculo. E por onde ela passa Kenshi consegue ver nitidamente o local, assim como distinguir Chakras humanos, animais e plantas. Sem sombras de duvidas era uma das habilidades sensoriais mais impressionantes que conhecia.

— Papai está no centro da floresta, mas não parece ter colocado nenhuma armadilha ao seu entorno, a única coisa que percebi foi ele ter espalhado clones seus pela floresta, provavelmente para monitorar nossos movimentos. – Falou ele quando acordou, bocejando em seguida. – Se vamos seguir algum plano, acho melhor conversarmos dentro do espaço tempo do Kirito nii-san, assim ele não vai conseguir saber o que faremos. – Disse ele coçando um de seus olhos sonolento.

— Muito bem, faremos isso então. Kirito. – Mina me encarou e eu confirmei suspirando, abri um portal e com isso entremos por ele. Particularmente eu não gostava disso, trazer pessoas para o vazio, ainda mais meus irmãos, não me deixava confortável. Entretanto para eles parecia algo normal, visto que não só eu, mas Tou-chan também possuía um espaço-tempo.

— Vamos pensar num plano juntos e então colocá-lo logo em ação, isso já está levando mais tempo do que eu gostaria. Ainda tenho outras coisas para fazer. – Rei suspirou sentando-se no chão negro e cruzando os braços, fizemos o mesmo nos sentando numa roda e começamos a debater uma estratégica de batalha contra Tou-chan.

NARUTO.

Então eles entraram no espaço-tempo de Kirito para bolar um plano contra mim, muito bem Kenshi sua habilidade de rastreamento foi muito bem usada, se eles tivessem ignorado isso e discutido ali mesmo a estratégia eu iria saber. Kirito como sempre pensando a frente de todo mundo.

Desde que a batalha contra os deuses do tempo terminou, vi muitas coisas mudarem, coisas que nunca cheguei a ver em todas as outras novecentas vidas. Com toda certeza não era fácil ficar fora do templo do tempo e comandar todo o tempo sozinho, por sorte os Seres do Sol me ajudam a segurar as pontas, isso por que sabem que essa será minha última vida com todas as pessoas que eu amo, então somente por isso eu estou aqui, aguentando bem tudo isso e aproveitando o máximo dessa vida ao lado de todos eles.

Ter tido meus filhos foi a melhor coisa que fiz. Quero dizer, eles possuem personalidades distintas um do outro, fortes e temperamentais, causavam bastante barulho quando queriam, principalmente os mais jovens, mas qual filho não daria dor de cabeça aos pais em algum momento, certo? Nunca imaginei que isso teria dado certo, quero dizer, Hinata e Karin eram tão próximas que as vezes me sentia sobrando, talvez pelo fato de ambas terem cuidado uma da outra quando estavam gravidas, talvez pelos laços que fizeram com nossos filhos, principalmente Hina, ela amava cada um dos meus filhos com Karin como se fossem dela, e Karin também, mesmo que se estressasse bastante com Harumi, ela no fim se sentia conectada a ela de uma forma especial.

Eu ficava feliz, mesmo que Karin tenha mantido sua palavra e não se casado comigo oficialmente e judicialmente, ela ainda morava no mesmo lote que todos nós, numa casa ao lado da de Hinata e eu, todos nossos filhos cresceram assim e não acham nenhum pouco estranho, Karin soube falar com todos eles sobre o assunto e o motivo de não se casar comigo como também o fato de mesmo eu tendo uma esposa ainda ter filhos comigo. Hinata também conversou com eles e explicou que estava tudo bem, desde que todos os lados estejam bem com tudo, não havia problema algum.

E eu me sentia o homem mais sortudo do mundo, pois havia encontrado duas mulheres incríveis que sempre estariam ao meu lado e me colocariam no caminho certo sempre que necessário. Sem contar que eu tinha os filhos mais lindos e habilidosos do mundo, e posso estar sendo apenas um pai bobalhão, mas ainda assim eu conseguia enxergar todo o potencial deles e com toda certeza eles iriam longe, e eu estava preparado para ver isso acontecer, não somente nessa vida, mas posteriormente nas outras que tiverem.

Abri meus olhos e me preparei para quando atacassem, tenho certeza de que não demorariam muito mais.

— Vamos ver, qual será a estratégia que usarão? – Me perguntei sorrindo de lado e mantendo os braços cruzados. Dar aquele teste era interessante, mas acima disso era divertido, me passava uma grande nostalgia, ainda que o local e ambiente hostil da “floresta da morte” não fosse o mesmo que quando fizemos com Kakashi-sensei.

Olhei para meu lado direito e rapidamente para o esquerdo quando dois portais abriram, saltei para trás desviando de correntes de chakra, sabia que eram Mina e Miro que usavam seus poderes contra mim, entretanto assim que pousei no chão um terceiro portal abriu logo em minhas costas e novas correntes enrolaram-se em meu corpo, prendendo-o firmemente.

— Entendo. As duas primeiras eram apenas uma distração. Esperto. – Comentei vendo os dois saírem do portal e se firmarem em minhas laterais. Assim que o fizeram um portal abriu a minha frente e Rei saltou para fora, seu Modo Sennin brilhava em seus olhos e seu punho estava estendido, pronto para me acertar com um poderoso golpe cheio de chakra natural, saltei, mesmo sendo segurado pelas correntes e chutei as costas de Rei quando a mesma passou por baixo de mim, um portal abriu a sua frente a engolindo em seguida. – Vocês ainda...precisam ficar mais fortes! – Exclamei e forcei meus braços, quebrando as correntes de Mina e Miro que se afastaram com um grunhido, antes de serem engolidos por novos portais. – Hunf. Querem me atacar usando o poder de Kirito para que eu não possa prever seus movimentos. Nada mal..., mas ainda são muito ingênuos. – Comentei e desviei quando Harumi atravessou um portal abaixo de mim usando seus Juuho Sushiken, seu Byakugan atento em meus movimentos ao máximo, sorri e ela retribuiu com um sorriso quase idêntico ao meu.

— Tou-chan!! – Exclamou desfazendo o Juuho e saltando, atrás dela estava Kirito, ele lançou suas garras de sombras em minha direção e eu cruzei os braços em frente ao corpo para bloquear seu golpe, que me fez ser arrastado para trás. Como sempre, o mais forte dentre os seis era Kirito. Assim que me detive no lugar, tive de novamente saltar, dessa vez para o alto quando quatro portais se abriram ao meu redor e Rei, Mina, Miro e Kenshi atacaram simultaneamente. Harumi aproveitou que eu havia saltado e saltou contra mim, iniciando uma sequência de Juken os quais eu bloqueava desviando seus punhos para os lados. Senti a presença de alguém atrás de mim e era Miro, ele usou duas de suas correntes para segurar-se em mim e se puxou contra minhas costas enquanto criava um Rasengan dourado e tentava me atacar.

Girei meu corpo no ar, num mortal para trás passando por cima dele e segurei as correntes o puxando antes de acabar acertando Harumi com o Rasengan. Miro sorriu olhando para mim e fez um sinal de mão.

— Raiton! – Uma corrente de raios atravessou a corrente e me acertou com o choque em cheio, soltei as correntes e chutei suas costas o jogando contra Harumi em seguida. Ambos caem num portal abaixo de si e desaparecem novamente.

— É tudo o que possuem? – Perguntei olhando em volta, sabendo que ele estavam ali e que podiam me ouvir.

Com os Uzumakis.

— Tsc! Ele é muito forte, e nem está usando seus poderes. – Kirito estalou a língua incomodado.

— Bem, estamos lutando com um deus, logicamente não conseguiríamos fazer muita coisa. – Kenshi comentou dando de ombros e sentando-se no chão. – Ah, só quero que isso acabe logo. Só quero dormir. – Reclamou bocejando em seguida.

— Que dormir o quê! Isso está incrível! Kah! Lutar contra o papai é incrível demais, estou muito animada!! – Harumi exclamou rindo e estremecendo em animação.

— Concordo! Ele está num nível totalmente diferente, mas mesmo sabendo que não terei chances alguma ainda quero continuar lutando! Como diz Lee-sensei: “Minha juventude está fervendo!” – Miro exclamou ao lado da mais nova no mesmo estado de euforia que ela.

— Acalmem-se vocês dois, lembrem-se que precisamos pegar o Guizo que está na cintura dele. Acho que devemos focar em distraí-lo e enquanto isso outro de nós tenta pegar o sino. – Mina comentou olhando do pai fora do espaço-tempo para seu irmão mais velho.

— Também acho, e o melhor para fazer isso é você, Kirito-nii. Papai não consegue senti-lo, então enquanto nós o distraímos você tenta pegar o guizo dele. – Rei concordou com Mina virando-se para o Uzumaki em seguida. Kirito suspirou e confirmou.

— Tudo bem. Vamos seguir com a formação B dessa vez e pegar aquele guizo dele. – Comentou olhando fixamente para o mais velho, os demais Uzumakis seguiram o olhar dele e sorriram.

NARUTO.

Estava impressionado, eles estavam a algum tempo tentando pegar o guizo de mim, e mesmo que soubessem que não iriam conseguir, não sem que Kirito levasse a sério, eles continuavam tentando e isso me deixava contente, afinal de contas, além de estarem finalmente trabalhado juntos, estavam se esforçando, mesmo Kenshi que eu não esperava, estava trabalhando em conjunto com todos e sendo mais ativo. Era ótimo ver isso acontecer, de fato.

Eu caminhava pela floresta da morte, esperava pelo novo ataque deles que sabia vir em algum momento. Um leve sorriso não saia do meu rosto, não precisava falar o motivo, passar aquele tempo com eles era revigorante, de alguma forma. Até mesmo quando estão apenas discutindo ou brigando entre si, ouvir todas as vozes deles, era ótimo.

Parei de caminhar e olhei para o céu por entre as densas árvores da floresta. Essa é a melhor vida que eu tive depois de tantas outras que eu nunca tive de fato um final feliz completo, ainda que seja minha última vida e que nunca mais terei a oportunidade de viver algo semelhante, e mesmo que eu estivesse conformado com isso, era doloroso ainda pensar que veria todos eles reencarnarem e seguirem para uma nova vida e eu não estaria ao lado deles para viver tudo junto deles.

Suspirei e baixei meus olhos sentando numa raiz de uma das árvores. Era doloroso sim, mas se eles pudessem ter um final feliz, se eles puderem nunca mais passar pelo o que passei então tudo estaria bem, eu aceitaria esse fardo. Só queria que fosse assim para Kirito também, se eu pudesse fazer algo para que ele tivesse a chance de ter uma vida normal de fato, eu gostaria de o fazer, entretanto assim como eu ele ainda tem um fardo a carregar. E ele estava bem com isso também, nós precisávamos estar bem com nossas únicas opções, sejam elas quais forem.

Levei minha mão ao olho e eles brilharam dourados, senti os ponteiros do relógio em meus olhos girarem e os fechei respirando fundo e controlando novamente aquele poder. Ficar aqui, fora do templo do Tempo era complicado, segurar o tempo ficava muito mais pesado aqui fora, mesmo com a ajuda dos Seres do Sol, por isso eu necessitava estar sempre me concentrando para manter esse poder em controle. Sem contar da enxaqueca ininterrupta que eu precisava aguentar por estar conectado com o tempo de tudo.

Abri meus olhos assim que senti a presença dos meus filhos, me levantei e desviei dos primeiros portais que se abriram ao meu redor, logo todos saíram do portal e avançaram contra mim. Sorri reconhecendo a formação deles e me posicionei para bloquear os golpes que receberia.

Harumi, Rei, Miro e Mina eram ótimos em Taijutsu, cada um com suas especialidades. Harumi com o estilo dos Hyuugas, Rei com o estilo dos sapos, Miro e Mina com o estilo que eles mesmo desenvolveram, usando do apoio em suas correntes de chakra. Quando se juntavam era uma confusão organizada, qualquer um poderia dizer que não daria certo ter tantos estilos diferentes de Taijutsu lutando juntos, mas de alguma forma eles conseguiam fazer com que todos os estilos cooperassem perfeitamente entre si. O poder dos quatro juntos era invencível.

Kenshi por outro lado era mais reservado, ele planejava suas investidas antes de atacar, era como Kirito, sem contar que dos seis ele era o filho com menos habilidades em Taijutsu, não por não conseguir, mas sim por não querer usá-lo, sua habilidade sensorial gasta muito de sua energia corporal, então ele evita lutar para ter um alcance maior com suas habilidades de rastreamento, em contrapartida ele possui uma habilidade única que é a de copiar uma habilidade, seja Ninjutsu ou Taijutsu, observando atentamente com seus olhos, não sabemos dizer o por quê ele é capaz de fazer isso, é como se ele tivesse um Sharingan em seus olhos, mas não havia. Era realmente incrível.

Dessa vez, porém, Kenshi não ficou para trás, ele logo atacou junto dos outros irmãos, usando sua energia corporal para criar jutsus que facilitava os outros irmãos a usarem seus Taijutsus, usando jutsus de Fuuton para me confundir e aumentar a velocidade de ataque dos outros. Uma especialidade que só esses seis possuíam. De fato, o trabalho em grupo deles é quase perfeito.

KIRITO.

Enquanto os demais tentavam distrair nosso pai, eu esperei uma oportunidade para agir. Enquanto eu esperava, acabei me perdendo levemente na visão que eu possuía de todos. Meus irmãos atacavam nosso pai em diferentes estilos, parecia uma grande confusão, e até era, mas o que me surpreendeu foi os sorrisos nos rostos de todos eles, era uma visão que de alguma forma me desestabilizou brevemente, não de forma ruim, na verdade aqueceu meu coração.

Parei brevemente para observar aquela cena e acabei sorrindo levemente. Nesse breve momento, o olhar do meu pai se encontrou com o meu e ele sorriu da mesma forma que eu. Senti meus olhos arderem e respirei fundo. Sem sombras de duvidas essa era a melhor vida que eu já tive desde que passei a existir. Obrigado, pai...

Desmaterializei meu corpo e avancei pelas sombras dos meus irmãos, usando mais poder do que eu antigamente precisava. Assim que me conectei na sombra do meu pai eu saí dela e o envolvi com meu poder, ele olhou para mim com o canto dos olhos e vi seus olhos brilharem em dourado, foi quando olhei para meus irmãos e sabia que precisava os tirar de perto dele antes que ele perdesse o controle do poder de novo. Usando toda minha força expandi minhas sombras contra meus irmãos os jogando longe.

— ARGH! O que?! – Ouvi Rei reclamar assim que caiu no chão há alguns metros. Todos eles, confusos, olhavam para nós dois. Sentindo meu corpo doer pela pressão do poder do meu pai eu o abracei como conseguia e abri um portal abaixo de nós dois, nos fazendo ser engolidos completamente e nos enviando para o vazio. Segundos depois que estávamos lá eu fui lançado para longe com a onda de poder dele. Grunhi alto quando parte do meu corpo queimou por conta da energia.

— K-Kirito! – Meu pai exclamou assim que voltou ao normal e correu até mim, que ainda me mantinha caído no chão. – Kirito...me perdoe, eu... – Ele segurou minha cabeça me amparando. Arfando eu abri meu olho que não havia queimado e sorri levemente.

— Estou bem, isso logo vai se curar..., está tudo bem, Tou-chan. – Murmurei, ele me encarou e em seguida grunhiu transmitindo seu chakra para mim e me ajudando a curar mais rápido, nesse meio tempo eu puxei o guizo em sua cintura e me sentei quando a dor e o queimado diminuíram. – Você...baixou sua guarda, Tou-chan. – Murmurei e ele me encarou por alguns segundos confuso, com isso levantei o guizo e ri. – Nós...vencemos. – Murmurei e fiz as sombras me envolverem para que a fadiga e toda exaustão por ter usado uma grande quantidade de poder parassem, em seguida nos tiramos de lá e meus irmãos correram em nossa direção.

— Kirito! Tou-chan! Vocês... – Mina exclamou sendo a primeira a se aproximar de nós dois preocupada, sorri e ergui o guizo para todos verem.

— Consegui... – Comentei sendo ajudado por Miro e Kenshi a levantar do chão.

— Sim, vocês conseguiram... – Nosso pai comentou suspirando e sorrindo levemente. – O trabalho em equipe de vocês ainda é ótimo, meus parabéns... – Parabenizou ele e nós sorrimos.

— É isso aí!! Não posso acreditar que vencemos um deus!! – Miro exclamou sendo seguido por Harumi que saltitou junto dele animada. Rimos.

— Mas está tudo bem com vocês? Eu vi que o Tou-chan perdeu o controle do poder dele de novo. – Kenshi perguntou ao meu lado, olhando de mim para nosso pai.

— Está tudo bem, foi algo momentâneo. – Avisei e baguncei a franja rebelde dele.

— Sim. Kirito agiu rápido e evitou algo ainda pior. Está tudo sobre controle agora. – Tou-chan afirmou sorrindo para os demais que confirmaram.

— Que bom. Mas agora que tudo está bem e que ganhamos, podemos sair dessa floresta? – Rei perguntou olhando ao redor temerosa, rimos e confirmamos.

— Claro, agora que vencemos do Tou-chan, podemos ir. – Falei mostrando novamente o guizo em mãos e jogando em seguida para ele de volta.

— Você finalmente venceu em algo contra mim, huh? – Comentou ele me fazendo encará-lo, segundos depois nós dois rimos alto.

— Do que estão rindo aí? – Perguntou Harumi se jogando nas costas dele, que a carregou nas costas em seguida.

— Nada demais. Estou apenas feliz que meus filhos são incríveis. – Comentou ele a olhando por cima do ombro. Harumi abriu seu enorme sorriso e abraçou ele.

— Estou morrendo de fome! Tou-chan, por que não passamos no Ichiraku? – Miro exclamou se enfiando entre eu e ele.

— Claro! Estava pensando nisso agora mesmo, dattebayo! – Exclamou com os olhos brilhando em animação. Suspirei e amparei Kenshi quando começou a cair ao meu lado.

— O Kenshi está bem? – Mina perguntou se aproximando enquanto o colocava em minhas costas e o observava adormecer, sorri.

— Ele está bem sim, só gastou energia demais e agora dormiu. Vou levar ele para casa. Podem ir na frente para o Ichiraku. – Avisei aos demais que confirmaram enquanto eu abria um portal e entrava por ele. Assim que saí do portal, bati na porta da casa de Karin-san e esperei que ela atendesse, sorte que ela estava de folga hoje. Quando ela abriu eu sorri gentil e ela retribuiu.

— Hey. Então acabaram. Quem venceu? – Perguntou ela me dando espaço para que entrasse com Kenshi.

— Nós vencemos... – Murmurei caminhando em direção dos quartos.

— Isso! – Ouvi ela comemorar logo atrás de nós dois e ri pelo nariz. – Mas pelo visto Kenshi usou energia demais hoje. – Comentou ela me ajudando a colocá-lo na cama em seguida.

— Sim, ele deve acordar só depois da manhã do jeito que está exausto. – Comentei enquanto o observava dormindo.

— Obrigada por trazê-lo, Kirito-kun. – Ela disse sorrindo docemente, confirmei sorrindo de volta e abrindo um portal atrás de mim, me despedi e logo entrei no portal. Porém antes de ir até o Ichiraku eu me coloquei de joelhos arfando pesado, levei minha mão até minha cintura e levantei minha blusa notando que havia ainda um grande ferimento ali, grunhi baixando minha roupa e me firmando no chão.

— O efeito de ser acertado pelo poder do meu pai são mesmo intensos, Argh! – Grunhi sentindo meu corpo suar pela dor, me sentei no chão e respirei fundo concentrando meu poder naquele lugar para que diminuísse a dor. – Parece que vai levar algum tempo a mais do que eu esperava para curar esses ferimentos... – Comentei tocando-o por cima da roupa, em seguida sorri. – Parece que não tenho mais a mesma força que antes... – Olhei para a palma da minha mão, fazendo o pequeno redemoinho de sombras girar no centro. – Isso é bom... – Cerrei meu punho e me levantei abrindo um novo portal e saindo em frente do Ichiraku, entrei e não demorou para ouvir a bagunça dos meus irmãos e nosso pai ao fundo, caminhei até a mesa onde estavam.

— Oh! Kirito! Até que enfim você veio. Venha, sente-se, e diga a seu irmão que o Lámen de porco é o melhor! – Exclamou meu pai acenando para mim.

— Não é não! O de frango é melhor! – Miro bateu a mão na mesa exclamando de volta. Suspirei me sentando ao lado do meu pai e observei a mesa. Mina, Harumi e Rei conversavam entre si, alheias totalmente na discussão sem fundamentos entre eles.

— Eu estou certo, não é? Porco é o melhor! – Exclamou meu pai olhando para mim, revirei os olhos e sorri apoiando minha cabeça na mão.

— Vocês dois estão errados. O melhor Lámen é o da mamãe. – Falei e ambos abriram a boca para falar algo, mas se calaram pensativos.

— É..., o dela é incrível mesmo... – Murmuraram juntos, ri pelo nariz.

— Mas se for dizer sobre esses. Nenhum dos dois, o melhor é Dango. – Falei e ambos voltaram a discutir.

— Isso é um absurdo! Você não sabe o que está falando, Kirito-nii! – Miro exclamou e eu dei de ombros.

— Deixe-o de lado. Kirito não sabe de nada! Porco é o melhor, dattebayo! – Exclamou nosso pai voltando-se para Miro em seguida.

— Não é não!!

Ah. O dia estava tão bom hoje...


Notas Finais


Abraço Da Uzuu Neko-chan :3


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