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História Renegades - Nosh - I Know What You Did Last Summer (P3)


Escrita por: Effie_Chase

Capítulo 13 - I Know What You Did Last Summer (P3)


Fanfic / Fanfiction Renegades - Nosh - I Know What You Did Last Summer (P3)

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         (CAPÍTULO DE FLASHBACK)

        20 de julho de 2019, Sábado

Diarra

 

Meu coração literalmente saltou quando eu abri a porta e vi Savannah. Ela estava diferente, tipo, mudada.

 

Seu cabelo estava curto, no comprimento do ombro (o que ficou muito bonito nela), usava uma camisa regata branca, pelo menos era o que parecia ser, pois usava um casaco de couro preto por cima. Parecia uma  mulher de negócios, se não fosse pela sua aparência assustada.

 

- Savannah? – falo ao abrir a porta e me deparar com ela.

 

- Diarra! – ela diz me abraçando, eu fico sem reação, pois não sabia se ficava feliz por ela estar  de volta, ou se fazia as minhas mil e umas perguntas.

 

- O que... porque... meu Deus... – as palavras não saiam

 

- Diarra, eu estou devendo umas explicações eu sei. Mas não tenho tempo, preciso de sua ajuda. – ela adentrou na minha casa e fechou a porta. Ainda parecia estar fugindo de alguém.

 

- Savannah, está tudo bem? Olha, eu só te ajudo se você me contar o que está acontecendo – cruzo os braços, mas ainda muito aflita – tem alguém te perseguindo?

 

Ela vira a cara, estava relutante se contava ou não. Mas diz:

 

- Eu te conto no caminho.

 

- caminho? Para onde vamos? – pergunto

 

- Você vai me levar para e floresta. Não me pergunte o porque, eu te conto no caminho. – ela tira o casaco de couro, e eu estava certa em relação a sua camiseta regata. Porém mais e mais surpresas vieram. Seu corpo estava coberto de tatuagens. Eram linhas curvas e sinuosas, pretas, que contornavam seus braços e terminavam na sua nuca.

 

- Que porra é essa?! – exclamo assustada

 

- Vamos, não tenho tempo.

 

Noah

 

Havíamos chegado na casa da Heyoon. Sofya e Sina estavam muito bonitas, bem a cara do verão. A casa aparentava estar cheia, a música eletrônica estava alta e os gritos de euforia das pessoas mais ainda.

 

- Vamos nessa!– disse Sina

 

- Tá ansiosa assim porque amor? – pergunto

 

- Porque hoje eu vou aproveitar essa noite ao máximo! E vocês dois também, então parem de cu doce e vamos – ela puxa eu e Sofya pelo braço, o que me faz olhar para a cara da pequena e dar risada.

 

Encontramos nossas amigas perto da piscina conversando, Hina e Shivanni também usavam roupas mais leves e que mostravam mais do corpo, estavam lindas.

 

- Cadê a Diarra? – Sofya pergunta

 

- Pensamos que ela ia vir com vocês. – Hina diz – aposto que logo ela chega. Conhecem a rainha né? Quer ter uma entrada triunfal

 

Sina mexia no celular, com um sorriso no canto da boca. Minha nossa, Sina estava conversando com alguém?

 

- Gente, eu já volto. Vou buscar algumas bebidas. – ela diz saindo meio apressada sem esperar a gente dizer nada

 

Eu olho para as minhas amigas com uma cara de confuso. Depois fomos dançar e aproveitar a noite. Havia muita gente naquela casa. Vejo no canto atrás das árvores Josh e Any se beijando. Para mim aquela era a definição de Chernobyl, não ia com a cara da Any, e muito menos com Josh, pois ele ajudava Bailey no quesito encher meu saco. Sempre dando risada de quando eu me fodia. E eu achando que ele era um garoto legal assim como Bailey. Era o típico filhinho de papai, bom no futebol americano, médias aceitáveis, namorada popular, sorriso perfeito. Corpo perfeito. Tudo aquilo me irritava mais que Bailey May.

 

No meio da pista ainda tinha Sabina com Joalin e Krys. Joalin era namorada do Bailey, e dela não sentia nada mais nada menos que dó por ter um mal gosto assim para homem. Ela era legal e tals, nunca nos falamos muito, sempre me tratou bem assim como Bailey. Krystian Wang era um garoto que eu admirava, nunca nos falamos, mas eu o admirava. Se assumiu gay com 16 anos, ano retrasado. Uma coisa que eu sempre soube o que eu era, era gay. Não me assumi ainda, apenas para as minhas amigas, um pouco antes do Natal. Elas, incríveis como sempre, me aceitaram, estava tudo indo bem até que minha sexualidade se tornou motivo de chacota para Bailey e Josh.

 

Sabina era uma garota legal também. Dos três, ela era a que eu mais tinha amizade. Não nos falamos muito, mas quando ela entrou, no começo do ano letivo do ano passado (agosto de 2018), eu fui o primeiro a ir falar com ela. Tem descendência mexicana, e descobri que seu pai trabalha na delegacia da cidade. Mas depois ela acabou virando mais amiga do outro grupo, mesmo sendo uma das únicas de lá que presta.

 

Vejo Lamar se aproximar deles, dançando meio louco, provavelmente estava bêbado. Ele era meu  melhor amigo na sétima séria, quando tínhamos 13 anos. Mas tivemos uma briga boba, ele  jurava que eu gostava da Heyoon, mal sabia, foi uma discussão boba, mas que fez com que ele virasse amigo de Josh e Bailey. Tirando isso, não sinto muito rancor dele, se não pelo fato dos amigos deles fazer o que faz comigo e ele não fazer nada a respeito. Talvez ele não me veja mais como amigo, não como eu vejo ele.

 

- Nossa Noah! Morreu? – Hina diz

 

- OI? – Pergunto saindo dos meus pensamentos

 

- Tava pensando no que?

 

- Nada. Nada demais.

 

Sina

 

Fui encontrar Heyoon no quarto dela. Esse era o plano. Ficarmos juntas antes da festa começar de verdade.

 

A gente estava conversando. Se beijando. Se pegando. Rindo. Nem vi o tempo passar. Ate que ouço batidas na porta.

 

- Heyoon sua puta, abre logo essa porta! Preciso falar com você sobre uma coisa urgente! – era Any. A mesma estava com a voz meio alterada, provavelmente bêbada.

 

- Ai não, é a Any! – Heyoon diz baixinho

 

- E agora, se ela me ver aqui? – falo

 

Heyoon fica meio pensativa. Então diz:

 

- Vai para o banheiro, lá tem uma porta que da para a sacada, que da para os quartos dos meus pais. Sai por ele, te encontro lá embaixo na festa. – ela diz e me da um selinho

 

Vou para o banheiro, e ouço ela abrindo a porta para Any. Não suportava aquela menina. Passo pela sacada e entro  no outro quarto, e depois pelo corredor até as escadas para o andar de baixo. Encontro meus amigos dançando próximo a multidão.

 

- Estava aonde? – Sofya pergunta

 

Droga esqueci de pegar as bebidas.

 

- Fui ao banheiro. Estava apertada. – falo no tom mais convincente possível. Mudo de assunto rápido – a Diarra ainda não chegou?

 

- Não, já liguei para ela, mas não atende – diz Shivanni

 

- Que estranho – falo

 

Depois voltamos a dançar, eu esperava Heyoon voltar, mas nada, se passaram uns vinte minutos e nem sinal dela. E foi ai que tudo começou a dar errado.

 

Sinto alguns olhares em cima de mim. No começo eram apenas uns, mas depois mais e mais pessoas olhavam. Tentei não ligar, as vezes nem estavam olhando para mim. Me enganei, as encaradas foram se tornando risadinhas, cochichos. Fico incomodada. Todos seguravam um celular na mão, e olhavam para ele como se ele  mostrasse algo muito engraçado. Paro o ritmo da dança, sentia um peso.

 

- Porque estão todos assim? – pergunto para os meus amigos, que também tinham parado o ritmo da dança por conta dos olhares direcionados para a gente.

 

Sofya pega o celular dela. Ela faz uma cara de surpresa. Olha para mim. CARALHO O QUE DEU NESSA GENTE?

 

- O que aconteceu Sofya? – pergunto. Ela vira a  tela do celular para mim, cautelosamente, como se fosse uma bomba. Tudo cai e desmorona para mim.

 

Pisco varias vezes seguidas para ter certeza do que eu via era verdade, ou apenas um mega de um pesadelo. Para o meu azar  não era. Noah, Shivanni e Hina também veem o que Sofya estava mostrando.

 

Era uma foto minha. Uma foto que eu enviei para Heyoon. Meu Deus, só ela tinha essa foto. Não pode ter sido ela que vazou. Me sinto exposta, suja, me sinto nua na frente dos outros. Queria poder correr de lá, correr para longe. O mais longe possível.

 

Olho para a porta da casa, onde vejo Heyoon aparecendo nela, aparentemente correndo. Sua cara era de preocupação. Queria poder correr dela. Correr de todos.

 

- Sina... – Hina cochicha para mim, provavelmente para me confortar.

 

- Não fala nada – falo baixinho, com os olhos fechados segurando as lágrimas. Elas não podiam cair na frente de todos. Não posso me expor mais.

 

Eu não sabia o que fazer. Todos olhavam para mim. Me julgavam? Provavelmente sim. Me olhavam com olhares repugnantes e maliciosos. Nojo. Nojo, nojo, nojo. Nojo acima de tudo de mim mesma.

 

- Espero que aproveitem bem isso. – falo apertando os dedos das mãos, encravando na pele. Morria de raiva, era acima da vergonha. Raiva dessas pessoas, raiva de mim. Raiva da Heyoon.

 

Olho para ela, que estava paralisada na porta, não sabia o que fazer. Não sabia se realmente foi ela, mas não me restavam muitas opções. No momento nada disso importa. Saio da festa, sem olhar para o rosto de ninguém. Estou na rua e vejo que meus amigos me seguiram.

 

- Eu vou embora gente – falo para eles, quase chorando – ligo para vocês amanhã.

 

- Não fica assim Sina – Shivanni diz tentando me consolar

 

- Não ficar assim? – falo meio brava – não foi sua foto que vazou, foi? Olha gente, não tem nada que eu e nem vocês possam fazer. Sei que querem me ajudar, mas no momento não estou afim. Vou para casa, boa noite.

 

Eles me respondem e me abraçam. Fui embora daquela maldita festa, da maldita pessoa que me chamou. Eu gostava dela. Ainda gosto, mas se ela teve coragem de fazer isso comigo...

 

Talvez não fosse do mesmo jeito que eu sentia por ela.

 

 

Noah

 

Eu, Sofya, Shivanni e Hina voltamos para a festa, onde todos já estavam dançando novamente. Mas nós não estávamos no clima para isso. Ver Sina daquele jeito foi péssimo, não julgamos ela. Ela pode mandar o que quiser para quem  quiser. E ela não merecia ser menos respeitada por isso. Éramos amigos dela, teríamos que estar lá para ela.

 

- O que vamos fazer agora? – Sofya pergunta

 

Estávamos sentados na borda da piscina, meio abalados pelo que aconteceu. Sofya mexia os pés na água, pensativa. Shivanni balançava os dedos entre as ondulações da piscina, eu tentava mandar mensagem para Sina, mas a mesma não respondia.

 

- Não podemos fazer nada Soso – diz Hina abraçando a amiga

 

- Quem será que enviou? Tipo, a Sina não saia com ninguém. Não pelo que eu saiba – Shivanni diz

 

- Pode ter sido qualquer um. As vezes ela só tinha a foto e alguém acabou achando – falo

 

- Um hacker? – Sofya pergunta

 

- Não sei. Só vamos dar esse espaço para ela por enquanto. Ninguém merece ser exposto desse jeito.

 

Eu estava muito pensativo. Estava preocupado demais com o fato de Bailey aparecer e estragar a minha noite que nem me toquei que minha noite não era a única que podia ir por água abaixo. Mas eu estava errado. Mais uma vez.

 

- E ai gente! – uma voz meio arrastada – que loucura não.

 

Era Bailey, meio bêbado. Se aproxima da gente, especificamente de mim. Droga, vai começar.

 

- Sai daqui May. – Hina diz meio brava

 

- Calma Pikachu, estou aqui para falar com meu amigo Noah – ele diz meio debochado, colocando seus braços em meu ombro

 

- Primeiramente – falo tirando os braços dele de mim – não somos amigos. Segundamente, não estou no clima de mais uma de suas brincadeiras.

 

- Então a princesa não esta no clima? Tem que dar uma animada ai – ele diz, eu ia protestar, mas ele me empurra na piscina.

 

Por sorte meu celular estava na beirada, mas eu estava todo ensopado. Vejo as pessoas em volta da piscina rindo, Josh ria junto com Any, lançavam olhar de desprezo. Sinto a raiva acumular. Saio da piscina, minhas amigas perguntam se eu estavam bem, mas não respondo

 

- Você deve se achar muito superior né May? – falo diretamente para ele, que estava em pé ao lado da piscina rindo – mas você esquece que é só mais um idiota que pensa que a sua família é perfeita. Sinto muito em lhe dizer, mas seu pai traiu sua mãe! E não há nada que você possa fazer, mas pensa que pode. Me punindo, me rebaixando. Deixa eu te contar um segredo: nada disso vai mudar. Pode me humilhar mais cara, mas nada vai mudar.

 

Ele olhava furioso para mim, eu e minhas amigas nos afastamos dele e de todos, até que sinto um empurrão, e caio no chão. Me viro e vejo Bailey pronto para me dar um soco. Nunca chegou nesse nível.

 

Mas ele para quando um helicóptero da policia passar por cima da casa, e umas três viaturas e uma ambulância passa na rua, com as sirenes ligadas, distribuindo a luz vermelha por toda a casa e os sons por todos os cantos.

 

Bailey me larga e vai com todo mundo na rua ver o que estava acontecendo. Shivanni me da a mão e me ajuda da levantar. Sofya diz com o celular não num tom desesperado e preocupado:

 

- Gente, a Diarra mandou “me ajudem” no grupo

 

Um arrepio percorreu pelo corpo. Sinto que as três pensaram no mesmo que eu. Fomos correndo para o carro de Sofya, e a mesma ligou ele seguindo a toda velocidade a direção das sirenes.

 

 

Diarra

 

- Você não vai me contar o que está acontecendo? – pergunto

 

Havíamos saído de casa já faz uns quinze minutos e ela ainda não me contou o que estava acontecendo. Fomos correndo meio apressadas para a floresta, e chegamos na entrada da reserva florestal. Havia uma placa de madeira escrito “RESERVA FLORESTAL DO CONDADO DE GROOVE HILLS” com uma corrente presa entre duas arvores que tapava o acesso de carro na estrada. Pulamos a corrente e adentramos entre as enormes árvores de pinheiro e salgueiros.

 

- O que você quer saber? – ela para de andar

 

- Onde você estava? Começa por ai.

 

Ela respira fundo

 

- Na casa dos meus avós.

 

Inacreditável. Ela mentia.

 

- Então você fez essas tatuagens e cortou seu cabelo na casa dos seus avós? Conta outra Savannah, se você não for sincera comigo... esquece, estou voltando para casa, tenho uma festa para ir – falo me virando

 

- Espera! – ela diz – okay, eu conto. Eu não espero que você entenda.

 

- Então pelo menos tenta. Do que está fugindo? O que viemos fazer aqui? Qual é dessas tatuagens.- falo meio irritada

 

Ela olha para o céu estrelado entre as árvores de copas altas.

 

- Tem umas pessoas, elas estão atrás de mim, há muito tempo – ela começa a falar – foi um dos motivos da minha família ter ido para a Austrália. Quando resolvemos voltar, aparentemente estava tudo bem, até aquela noite na festa do Bailey, por algum motivo eles me acharam.

 

- Quem te achou? Porque estão indo atrás de você? – pergunto ainda mais curiosa e assustada. Talvez o fato de eu não saber muito sobre a vida dela fosse esse

 

- Eu não quero te envolver muito nisso. Já é arriscado ter te chamado para isso. Essas pessoas me perseguem porque eu nasci com isso. – ela mostra as suas tatuagens no braço – começou com um pequeno risco nas costas, que com os passar dos anos, foi aumentado, ficando cada vez mais difícil de esconder.

 

Por isso das roupas de frio. Ótimo agora a minha melhor amiga tem tatuagens mutantes?

 

- E porque você tem essas tatuagens? – pergunto meio aflita

 

Ela respira de novo.

 

- Não sei. Meu pais também não sabem, resolvemos em não optar por ajuda médica. Nos meus avós ela cresceram ainda mais. Era impossível de esconder. Meus pais queriam que eu morasse com eles e tivesse aulas particulares lá. Peguei o carro deles escondida e vim correndo para cá. – ela diz

 

- O que veio fazer aqui? – pergunto

 

- Eu tenho uma teoria. – ela para, respira fundo antes de continuar – mas eu precisava vir aqui para testar.

 

- Que teoria é essa?

 

- Não posso falar. Já falei demais na verdade. Mas preciso da sua ajuda para isso. Eu vou ficar fora por um tempo. – ela volta a andar pelo mato.

 

- Vai para onde? Seus pais não sabem?

 

- Ninguém pode saber. E para ser bem sincera, nem eu sei para onde vou. Mas eu preciso estar como desaparecida

 

Meu corpo gela

 

- Desaparecida? – tremia, não entendia mais o que estava acontecendo

 

- Olha Diarra, eu sei que é muito confuso. Eu fiz uns estudos enquanto estive fora, e descobri algumas coisas que podem me ajudar a saber mais sobre o que sou. Mas para isso não posso viver fugindo. Se eu ficar como desaparecida talvez fica mais fácil. – ela dizia como se tudo na cabeça dela fizesse sentido, mas para mim não fazia. Apenas me deixava apreensiva e preocupada

 

Andamos mais um pouco, até chegarmos numa clareira rodeada de pinheiros e arbustos. Por algum motivo ventava muito aqui, o que não fazia sentido, pois era fechado.

 

- O que eu vou ter que fazer – falo aceitando tudo

 

- Assim que eu desaparecer – sim ela disse “desaparecer”, mas nem questiono pois tudo deixou de fazer sentido a um bom  tempo – você vai ligar para a emergência, e relatar.

 

- Relatar o que? – pergunto tremendo quase gritando com ela

 

- Que eu desapareci. Misteriosamente. Diarra, não importa o que aconteça, não conte o que você viu. Promete? – ela se aproxima de mim

 

- Como assim? O que eu vi? – falo confusa quase que entrando em estado de choque

 

- Apenas prometa. – ela diz calmamente para mim. Assenti com a cabeça, e ela me abraçou.

 

Foi um abraço diferente. Era como uma despedida. Como se nunca mais fossemos nos ver de novo. Não queria acreditar naquilo.

 

- Di, saiba acima de tudo que eu amo você. Você foi minha melhor amiga aqui – ela estava com os olhos cheios de lagrimas, mas com um sorriso – saiba que te amo muito. Obrigada.

 

Ela me abraça de novo antes mesmo de eu responder, e um aperto vem em meu peito. Já não sentia mais nada se não fosse as lágrimas saindo dos meus olhos. Eu abracei ela, sabia que não voltaria fazer aquilo por um bom tempo.

 

Ela se separa de mim, limpa as lagrimas do meu rosto, e vai em direção ao centro da clareira.

 

E tudo volta a parar de fazer sentido.

 

Suas tatuagens brilham. De alguma maneira, mas brilham numa luz dourada incandescente. Ela sorri para mim, e depois levanta os braços, e o vento da clareira passa pelos meus ouvidos como se eu estivesse num avião. As árvores balançam como se estivesse numa tempestade, e o vento varre todas as folhas do chão.

 

Minhas pernas ficam bambas devido ao medo. Ouço o som de trovão acima de mim, meus pelos estavam eriçados, a temperatura despencou. As folhas do chão, que agora voava pelos ares junto ao vento, começam a rodear Savannah, como um casulo.

 

Minhas lagrimas desciam mas já se secavam. Eu me dei conta que Savannah tinha provocado aquilo, e que esse era o meio em que ia desaparecer. Antes das folhas rodearem ela como uma tornado completo, ela sorri para mim.

 

No fim, o tornado de folhas e galhos estavam do tamanho de uma árvore. Sinto a temperatura voltar ao normal, a pressão que tampou meus ouvidos volta a se regular e o vento diminui. As folhas, agora sem força para voar, caem no chão como pétalas de rosas em casamento.

 

E como prometido, Savannah havia sumido. Não havia resquícios dela por ali. Eu estava sem forças para levantar. Tremia de medo. Chorava e soluçava mais do que tentar raciocinar.

 

Com as aos trêmulas, pego o celular do bolso. Disco 190. Serviço de emergência.

 

O telefone chama por alguns segundos. Era o único barulho audível naquela clareira. 

 

- Serviço de emergência, como posso ajudar?

 

Não conseguia falar.

 

- Tem alguém na linha? – não saia nada ainda – se for algum tipo de brincadeira, por favor, desligue.

 

Respiro.

 

- Queria dar queixa de desparecimento.

 

 


Notas Finais


Gente confesso que amei escrever esse capítulo, que querendo ou não foi bem importante. O resto gente vcs já sabem oq acontece né.
Diarra fala para as autoridades e para os amigos q nao sabe o que aconteceu direito, Savannah é dada como desparecida, e não podemos de deixar de mencionar o bilhete com o desenho misterioso que apareceu na caixa de correios da Di, Vai ser bem importante para a história.
A história da Sina e do Noah também é a mesma.
Enfim gente, o próximo capítulo vai ser o primeiro capítulo da Parte 2 da fic, não seu quando vou lançar para ser bem sincero. Na verdade ainda tenho que fazer roteiro deles, e depois passar para o notebook, então acho que vai sair semana que vem 😟😟
Comentem as suas teorias, o que estão achando, e beijos gente, até a proxima

E feliz mês do Orgulho LGBT+🌈
O mês começou de um jeito bem ruim, estou chocado com tudo o que está acontecendo. Mais amor ao mundo, porque tá precisando💙 #blacklivesmatter


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