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História Renegados da lua- Coroa de neve (romance gay) - Capitulo 3 - Nathan


Escrita por: Escritora_Ana e SakuraNagisa

Capítulo 3 - Capitulo 3 - Nathan


Fanfic / Fanfiction Renegados da lua- Coroa de neve (romance gay) - Capitulo 3 - Nathan

 

Nós estamos de volta depois de quase três meses sem capítulos e antes de vocês lerem o capitulo de hoje, eu a titia Ana e a Karina gostaríamos de pedir desculpas pela demora e agradecemos aqueles que não desistiram de nós e esperam firmemente por capítulo novo. Enfim, obrigada a todos que leram até aqui. 

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PIMM

Ponho o travesseiro sobre a cabeça na tentativa vaga de ignorar o barulho irritante do despertador.

Mas como esperado, o barulho não se sessa, pelo contrário ele continua. Uma. Duas. Três vezes. Até que na quarta vez eu resolvo desistir de esperar um milagre e num movimento brusco com as mãos desligo o bendito do despertador.

- Ahh- gemo de desgosto e me viro ficando de barriga para cima. Eu odeio essa triste jornada chamada acordar.

Jogo meus pés para o lado e me sento na cama ainda sonolento.

- Ainda bem que acordou, já tinha começado a achar que você tinha morrido- olho em direção à porta e vejo Luka encostado no batente da porta enquanto escovava os dentes. Noto que ele já estava vestindo o uniforme da petshop e chego a conclusão de que uniforme é algo realmente ridículo. Ainda bem que no meu emprego eu não preciso usar uniforme, penso. 

- Muito engraçado- falo sorrindo amarelo.

- Está atrasado, são 8:45- diz Luka e vai embora.

- Obrigada por me acordar ?- grito.

- De nada- grita Luka do corredor.

Reviro os olhos e vou me arrumar.

                                                                                              [...]

O dia hoje amanheceu dublado e como de costume,eu levantei da cama com muita preguiça e fui tomar um banho e fazer os restos das minhas higienes matinais, como escovar os dentes. Após acabar o que eu tinha que fazer no banheiro, volto ao quarto, visto minha calça jeans preta, uma camiseta de gola v cinza e meus coturnos pretos de sempre, pego minha mochila e saio do quarto pra rumo a cozinha para tomar café da manhã. 

Ao chegar lá, vejo que Luka já havia acabado de tomar seu café da manhã e agora lavava a louça que havia usado. 

- Nós estamos atrasados, não vai dar para você tomar café da manhã- avisa Luka sem olhar para mim. 

- Ainda não acredito que você não me acordou- comento indo até a fruteira e pegando uma maça nela para que eu não saia de casa sem comer nada. 

- Pensei que você fosse acordar com o despertador- diz Luka dando de ombros- Além do mais, isso foi a minha vingança por ontem quando você jogou água na minha cara para me acordar-completa Luka sorridente. 

- Muito engraçado você em Luka Mclaren- falo sorrindo amarelo e mordendo um pedaço da maça- Pena que nesse seu plano você se esqueceu que sou eu que te levo para o seu emprego e que se eu me atrasar, você também se atrasa- falo.

- Tanto faz, eu não importo, esse emprego é de fachada mesmo- fala Luka com desdém enquanto terminava de lavar a louça e secava as mãos num pano de prato - Você está pronto? Podemos ir ?- pergunta Luka.

- Pensei que não se importa- se com o trabalho- comento e dou outra mordida na maçã. 

Luka se vira e pega um saco marrom atrás dele. 

- Eu me importo com trabalho da mesma forma que eu me importo com você- ele fala e então joga o saco marrom para mim e eu o pego no ar- Toma, preparei um lanche pra você - explicou Luka. 

- Hm... obrigado- digo ainda meio surpreso com a atitude de Luka- Ah desculpe pela brincadeira maninho- falo e Luka me olha e sorri.

-Não, eu não desculpo Blaide Trueblood, ainda vai ter volta, você verá- ameaça Luka e então pega sua mochila que estava sobre a mesa e sai da cozinha. 

Me chamou pelo nome verdadeiro? Então a coisa é séria mesmo.

- Estou começando a ficar com medo de você Aislan Trueblood- grito da cozinha, mas não obtenho uma resposta. 

Pego minha mochila e o lanche que Luka havia preparado e saio de casa. Me encontro com Luka no lado de fora da nossa casa e depois de nos ajeitarmos na moto deu partida e dirijo até o trabalho de Luka para deixa-lo e depois até o meu.

 Depois de estacionar a moto nos fundos da livraria, entrei na sala dos funcionários e fui até meu armário para deixar minha mochila. Ao chegar lá percebo que há outra mochila no local, será que o senhor Louis contratou outro empregado?, penso, uma maozinha extra é sempre bem vinda. Resolvo ignorar tal fato e ir trabalhar, pego meu avental e vou até a frente da loja esperar  os clientes. O dia estava perfeitamente calmo hoje ou pelo menos era isso que eu pensava até...

- Oi vizinho, não sabia que você trabalhava aqui também- fala o pentelho do meu novo vizinho do qual eu não me recordo o nome, Wesley? Wilson? Eu não sei.
 

- Como assim "também" ? Espera, o que diabos você está fazendo aqui? Por favor me diga que você está somente procurando um livro para comprar como um bom cliente faria – Falo, mas ao olhar para o garoto à minha frente, percebo que ele vestia o avental da loja, então obviamente ele é um funcionário é um funcionário.

 Deus, se é que você existe realmente, faz isso ser apenas mais um pesadelo e daqueles que eu logo vou acordar. 

- Desculpa Nathan, mas eu não sou de mentir, então sinto lhe dizer, mas apartir de hoje nós somos colegas de trabalho- fala o garoto e depois sorri com seus dentes certinho como o dono. Ahhh... como esse garoto me irrita.

- Não, não,não, e não. Eu não aceito isso. Você vai me seguir até no trabalho agora praga ?- falo incrédulo com o que acabei de ouvir.

-  Isso foi apenas uma coincidência importuna, eu diria- fala ele com seu jeito inteligente e culto. 

- Ahhh- bufo- Como você consegue ser tão irritante?- pergunto.


Eu ia dizer pra ele se calar de uma vez por todas, mas logo chegaram clientes e ele foi atende-los.

 Isso não pode estar acontecendo, como se já não bastasse dividir a cerca, agora vou ter que dividir o trabalho com essa praga londrina. Era só o que me faltava.

                                                                                              [...]

Depois dos clientes irem embora, a praga londrina voltou a me seguir e com isso ele também voltou a desembestar de falar, falava de Londres, dos amigos perdidos, dos pais, mas será possível que mesmo eu o tratando rudemente e ele ainda possa acreditar que nós um dia seremos amigos ? Isso é ridículo. 

O tempo foi passando e mais clientes foram chegaram, eram algumas meninas do ensino médio, eu sabia que elas só estavam ali pra me cantar, afinal das contas poucas garotas naquela idade teria algum interesse real por livros e obviamente aquelas garotas não faziam parte dessa pequena parcela. Mas óbvio que não liguei pra isso.  

Uma das garotas me pediu um livro que não estava em nenhuma das estantes, então pedi alguns minutos a ela e fui olhar no estoque se ainda tinha o livro que ela queria. Estava procurando o livro em algumas caixas perto da porta que dava na garagem de carga e descarga de mercadorias quando ouvi algumas vozes, eram duas, ambas masculinas, uma eu reconheci como sendo do Sr Louis, mas a outra era desconhecida por mim, me aproximei da porta e vi que estava entreaberta, espiei e vi o Sr Louis com um homem um tanto estranho, ele usava um sobretudo preto, um chapéu e era muito alto. Ele estava de costas por isso não consegui ver seus rosto, mas pelo visto ele não deve ter mais de 35 anos. 

Me escondo atrás das caixas para não ser visto e uso meus poderes de lobisomem para ouvir a conversa dos dois. Eu não sou abusado por querer ouvir a conversa dos dois, eu diria que eu só sou curioso. 

Me pergunto o que um cara como aquele iria querer com um velhote como o Sr Louis.

- Você não pode se descuidar agora, Louis– diz o desconhecido.

- Eu sei, eu sei, eu estou fazendo o meu melhor para não ser descoberto, ainda mais agora...- diz Sr Louis- Mas já faz anos que eu estou fazendo isso, será que não podem colocar outro no meu lugar?- diz Sr Louis ao tal homem. 

- Nós já tivemos essa conversa antes, e a resposta continua sendo a mesma- fala o homem com uma calma aterrorizadora- Não, nós não podemos por outro no seu lugar e você sabe porque- conclui o homem- Agora, eu tenho que embora e eu espero realmente que na próxima vez que você me chame aqui seja por um bom motivo, ou teremos problemas- avisa o homem- Estamos entendidos ?- pergunta o homem ajeitando seu sobretudo. 

- Sim senhor- diz Sr Louis abaixando a cabeça. 

Faço menção a me levantar e acabo sem querer derrubando uma das caixas do estoque no chão. Sr Louis e o homem desconhecido olham na minha direção e eu abaixo correndo. 

- Tem mais alguém aqui com a gente ?- pergunta o desconhecido à Sr Louis. 

- Que eu saiba não- diz Sr Louis meio receoso- Deve ser os ratos- conclui Sr Louis tentando desconversar o assunto. 

Depois daquela, corro de volta pra loja e peço desculpas as meninas e explico que não tínhamos o livro que elas queriam. Logo após elas irem embora, volto ao balcão e fico pensando no que eu tinha acabado de testemunhar. Quem era aquele cara que estava conversando com o Sr Louis? Sobre o que eles estavam falando? Eu não sei, mas de algo eu tenho certeza, aquilo foi realmente muito suspeito. 

Enquanto eu pensava Will me olhava como se quisesse falar alguma coisa do outro lado da loja, mas estava se contendo.Eu não estava aguentando mais aquele olhar sobre mim, logo resolvi ir direto ao ponto.

- O que foi Wesley ? Porque não para de me encarar ? Isso é estranho- falo incomodado. 

- Meu nome é Will- corrige Wesley vindo até mim no balcão.

- Will...eu sabia que começava com W- falo pensando alto. 

- O que ?- pergunta Will fazendo um careta confusa.

- Nada de mais, eu só tinha me esquecido brevemente do seu nome- falo dando de ombros- Agora, me diga o que porque de você está me encarando- digo me apoiando os cotovelos no balcão. 

- Não...não era nada- fala Will ajeitando seus óculos sobre o rosto e eu reviro os olhos.

- Fala logo antes que eu perda o resto de paciência que eu tenho com você- falo.

- É só que...você parecia meio aéreo quando voltou lá dos fundo, ai eu fiquei me perguntando se talvez tivesse acontecido alguma coisa lá atrás- fala Will me pegando de surpresa. 

Eu queria poder falar sobre a conversa estranha de Sr Louis com aquele cara, mas acho melhor deixar isso só para mim por enquanto.

- Ah...Não aconteceu nada lá atrás, eu só...eu só estou preocupado com Luka- minto e Will me olha curioso. 

- O que aconteceu com Luka? Ele está bem ?- pergunta Will parecendo realmente preocupado. 

- Não é nada de mais, ele só acordou meio mal desposto hoje, acho que talvez possa ser uma gripe- falo tentando soar o mais natural possível. 

- Hum...espero que ele fique bem- diz Will abaixando a cabeça pensativo. 

- Obrigado pela preocupação- falo sorrindo amarelo e Will me encara. E continua encarando por um tempo. 

- O que foi agora?- pergunto sem paciência quando ele continuava a me observar.

- Quando é o seu aniversário?- pergunta Will sorrindo.
 

- Está falando sério ?- pergunto afundando meu rosto em minhas mão cansado. Olho para Will e vejo que ele ainda me encarava- 18 de agosto, satisfeito ?- pergunto. 

- Ficaria mais se você fosse mais gentil igual ao seu irmão mesmo eu gostando bastante desse seu jeito marrento- diz Will- O meu é dia  21 de dezembro ó para constar, caso você queira saber- completa Will. 

- Tanto faz- digo bufando e depois me viro, afim de ignorar a presença de Will ali. 

Logo outros clientes entram na loja e Will vai atende-los.

                                                                                              [...]

As horas de passaram rapidamente, quando vi já estava na hora do almoço e mais rápido ainda vi que já estava na hora de ir embora. Logo peguei minhas coisas, deixei meu avental na sala dos funcionários , dei um tchau seco à Will e ao Sr Louis e fui buscar Luka em seu trabalho para irmos embora juntos. 

Ao chegar em casa, Luka vai tomar banho e eu vou para cozinha fazer algo para nós jantarmos. Talvez uma macarronada, eu não sei. 

Eu estava colocando o macarrão para cozinhar quando o meu celular tocou e eu fui atende-lo. Era meu avô. 

- Vão embora à noite e não se despedem, eu deveria ficar com raiva de vocês- digo ao telefone.

- Oi Nathan– diz vovô parecendo cansado- Desculpa por nós não termos nos despedido de vocês, foi tudo de imprevisto, nós pretendíamos ficar mais alguns dias com você e o seu irmão, mas durante a noite nós recebemos uma ligação...e tivemos de ir- explica vovô.

- Tudo bem, eu entendo- falo- Agora sobre a ligação, era algo importante ? Alguma coisa haver com a alcateia ?- pergunto preocupado. 

- Sobre isso mesmo que eu liguei para você- falou vovô- Preciso que você vá amanhã mesmo para Blackshade, eu não posso explicar muita coisa para você agora, Julian já vai te falar tudo o que você precisa saber amanhã quando você chegar lá- suspira- Mas basicamente anda acontecendo alguns assassinatos de lobisomens e os líders dos clãs estão ficando preocupados e pediram uma reunião com todos os líders dos clãs amanhã a noite- fala vovô. 

- Tudo bem, e o que eu tenho haver com isso? Vocês que devem estar nessa reunião levando em conta que nem eu muito menos Luka ainda não assumimos a liderança do clã- falo sem entender. 

- Eu sei Nathan, mas por causa da ligação de ontem, eu e sua Avó tivemos de viajar e não poderemos ir a reunião- explica vovô.

- Certo, e o que você espera que eu faça nessa tal reunião?- pergunto.

- Explique á eles o motivo da nossa ausência e haja como o líder que eu sei que existe em você- fala vovô tentando soar o mais motivador possível.

- Mas...mas eu nem me tornei um lobisomem completo- falo e meu avô faz um muxoxo no outro lado da linha.

- Encara isso como um treinamento para quando você se tornar líder- diz vovô e eu suspiro.

- Eu tenho outra escolha ?- pergunto. 

- Não- fala vovô- Nathan, eu quero te pedir outra coisa...- continua vovô.

- Diga- falo sem animação.

- Não conte nada disso para seu irmão ou pelo menos não agora, certo ?- diz vovô.

- Tudo bem, mas porque ?- pergunto confuso. 

- Julian irá te explicar tudo que for preciso amanhã- desconversa vovô- Agora terei de desligar, até mais filho- diz ele e depois desliga.

- Até- falo e guardo o celular. 
 

Mas essa agora? mereço. 

                                                                                  {...]

Após o jantar, Luka resolve ir dormir e eu ainda meio atordoado com os acontecimentos daquele dia não consigo dormir, por isso fico sentado no lado de fora de casa nos degrais da entrada da frente. Quando de repente ouço o barulho da porta da casa de Will se abrir e ele acender as luzes da frente. Will saiu pela porta um pouco depois carregando um saco de lixo e vestindo somente um short azul e uma camiseta branca. 

Naquele momento decido fazer uma coisa que até deus duvidaria.

-WILL!!! – Gritei.
 

Will olhou para os lados e quando percebeu que fui eu que o chamei arregalou os olhos e veio até mim parecendo chocado. 

- Isso é uma miragem ou você realmente veio falar comigo ?- pergunta Will ainda meio chocado. 

- Não faça eu me arrepender disso- peço e Will fica quieto. 

- Tudo bem, o que deve a honra de você vir falar comigo?- pergunta ele cruzando os blaços sobre o peito. 

Acho que ele está com frio, eu não o culpo, numa noite dessas eu também estaria sentindo frio caso só estivesse usando uma camiseta e obviamente se eu não fosse um lobisomem. 

- Está com frio?- pergunto e ele assente- Olha, eu quero te pedir um favor, mas se não quiser me ajudar, tudo bem, eu não me importo- falo e Will me olha curioso. 

- Que favor seria esse?- pergunta ele. 

Tome cuidado com o que você fala Nathan, ele é apenas um mundano, ele não pode desconfiar de nada. 

- Amanhã pela amanhã eu terei de fazer uma viagem, coisa de no máximo 2 dias, e preciso que você avise ao Luka quando encontrar com ele que eu viajei e peça para ele não se preocupar- digo e Will ouve atentamente.

- E porque você simplesmente não avisa ele você mesmo ?- pergunta Will como se fosse a coisa mais fácil do mundo. 

- Porque eu terei de sair muito cedo e sem ele, e caso eu avise ele, ele fará muitas perguntas e provavelmente irá querer ir comigo e isso não pode acontecer- explico já começando a perder a paciência- Se não quiser fazer isso por mim, tudo bem, eu falo com outra pessoa e...- digo, mas Will me corta.

- Eu vou fazer isso por você, sem problemas- fala Will automaticamente. 

- Obrigada, Wesley- digo num sussurro.

- O que disse ?- pergunta Will. 

- Eu disse para você entrar, porque está muito frio aqui fora- digo me levantando e indo abrir a porta de casa. 

- Boa viagem, Nathan- ouvi ele gritar antes de eu fechar a porta na cara dele.

 Depois daquilo vou para o quarto dormir, porque pelo visto o dia de amanhã será cheio. 

                                                                                                 [...]

Acordo mais cedo hoje e arrumo minha mochila com algumas coisa que talvez eu venha precisar. Um lanche, água, roupas, nada de mais. Feito isso, ponho a mochila nas costas e subo na minha moto e dou partida. 

 

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