31 de Junho de 1997
Escócia - Hogwarts
— Já vai fazer trinta minutos que estou olhando o mapa à procura de Draco Malfoy — Yvaine alertou aos demais —, e adivinhem? Ainda não o encontrei.
A ordem que Harry deixou aos seus amigos foi seguida a risca por todos eles; assim que o menino partiu em direção ao Saguão de Entrada, seus amigos rapidamente foram a procura dos outros, chamando-os até a antiga sala de Runas Antigas para explicarem o que estava acontecendo e as suspeitas de Harry.
— E os irmãos dele? — Adhara perguntou.
— Nada.
— Amigos?
Yvaine negou com a cabeça.
— Ah… — Ethan estava visivelmente desconfortável e, notoriamente surpreso por Coralinne levá-lo a uma sala lotada por seus amigos —, montar guarda me parece uma boa opção.
— Isso é mesmo necessário? — Rony resmungou — Eu estava dormindo… — choramingou.
— É — Coralinne balançou a cabeça —, e Harry acrescentou que Dumbledore reforçou a segurança.
— Mais um motivo para não montarmos guarda…
—… ou seja, algo realmente pode acontecer hoje.
— Será que ele chamou a Ordem? — Cameron parecia pensar.
— Bem provável que sim… — Ariana respondeu — Já comunicou os membros da AD, Mione?
— Sim.
Para comprovar a resposta de Hermione, a porta da sala acabara de ser aberta, revelando alguns dos alunos que participaram da Armada de Dumbledore.
— Estávamos esperando vocês falarem alguma coisa para fazermos uma entrada triunfal — Endrew disse.
— Quem convidou ele? — Medusa arqueou uma das sobrancelhas. — Ele nem fazia parte da AD!
— Noah pediu para chamá-lo — Cho Chang disse em voz baixa, analisando a sala atentamente.
— Ele é bom em feitiços — Noah deu de ombros — Sem contar que toda ajuda é bem vinda.
— Reforçamos o pedido à AD… — Neville disse —, disseram que ficariam atentos.
— Tentei ir até a comunal da Sonserina falar com o Theo, ameaçá-lo a me contar que merda está acontecendo — Gina começou — Bom, ele não estava lá. E o babaca do Fawley acabou me descobrindo... ele se acha só por ser monitor-chefe, grande merda.
— Sem problemas — Sirena tombou a cabeça para o lado — Nada ainda, Yve? — a lufana espiou o mapa novamente, voltando o olhar para a amiga e negando — Então vamos montar a guarda.
Os outros concordaram; eles ficaram em silêncio por alguns minutos, esperando que alguém tomasse a iniciativa.
— Certo... — Noah suspirou enquanto coçava a nuca — Estamos em grande quantidade, vamos nos dividir em grupos de quatro e montar guarda em lugares que não ficaremos visíveis o suficiente para sermos atacados.
— Vou ficar com a Sirena — Alisson anunciou —, vamos vigiar o sétimo andar.
— Ótima ideia — Hermione concordou —, bom… seria necessário fazer guarda na porta do escritório de Snape…?
Os amigos olharam para ela.
— Está admitindo que acha Snape suspeito? — Ariana arqueou uma das sobrancelhas.
— Não estou dizendo isso… mas seria sensato observar, caso algo realmente aconteça…
— Posso ficar lá — Noah deu de ombros.
— Eu também não me importo — Luna Lovegood se pronunciou pela primeira vez.
— Você poderia fazer guarda comigo no segundo andar, Luna... — Neville disse baixinho — Claro, só se você quiser…
Luna sorriu.
— Seria ótimo.
— Mesmo que eu não ache necessário tantas pessoas na porta de um professor experiente, é melhor você não ficar sozinho, Noah — Coralinne disse — posso ficar com você.
— Na verdade — Adhara começou —, eu já ia dizer que gostaria de fazer guarda lá…
— Bom, eu não me importo de ficar com as meninas — Coralinne respondeu pacientemente.
— Sabe, eu acho que o Noah e a Yvaine deveriam ir para o sétimo andar — Medusa disse — E a Hermione ficar com o Endrew e Adhara na porta de Snape.
— Certo — Noah assentiu obedientemente.
— Poderíamos deixar um grupo na Torre de Astronomia, uma visão panorâmica de todo o lugar, ganharíamos uma vantagem caso eles tentassem penetrar a escola de uma maneira óbvia… — Yvaine disse.
— Não acho que seja necessário — Adhara respondeu —, eles não seriam tão estúpidos ao ponto de tentarem penetrar as defesas da escola de uma maneira visível.
— Ah, eu não duvido de nada — Lily disse —, e é justamente por isso que alguém deveria ficar lá em cima vigiando, por ser algo tão estupidamente óbvio que ninguém se daria o trabalho de fazer. Aliás, também sou a favor que um grupo fique no saguão de entrada.
— Um em cada passagem secreta — Endrew ergueu uma das mãos, como se estivessem em uma votação.
— Poderíamos deixar em todos esses lugares — Coralinne quis ser justa.
— E eu acho que estamos perdendo tempo — Ethan disse —, se alguém realmente estiver tentando invadir a escola, eles podem estar fazendo isso neste exato momento enquanto estamos discutindo aonde vamos ficar.
— Não é nossa culpa — Cameron rebateu —, só fomos informados agora, precisamos de um plano antes de fazermos qualquer coisa.
— As coisas nunca saem como o esperado mesmo — Alisson suspirou.
— Bom — Sirena chamou a atenção dos amigos —, precisamos discutir algo realmente importante... como iremos dividir a Felix se algo realmente acontecer? Não acredito que dê para todo mundo…
— Por mais que eu queria muito saber a sensação — Medusa começou —, prefiro que outra pessoa beba no meu lugar.
— Não preciso de sorte — Bianca murmurou enquanto vasculhava os armários —, aquele que me protege não dorm… EU SABIA! — ela exclamou de repente, puxando uma garrafa de hidromel do armário — Sabia que havia deixado uma por aqui…
Ela se virou para o grupo de amigos que a encarava, a garota deu um sorriso amarelo.
— Desculpe, estou nervosa — de fato, a mão que segurava a garrafa tremia enquanto ela tentava abrir a mesma — Ainda não estou acostumada com o heroísmo de vocês… a única coisa que eu precisava enfrentar a alguns anos atrás, eram filas e clientes rudes… — ela virou a garrafa na boca. — Vocês querem?
— Ah, eu aceito — Cameron se levantou em um pulo, pegando a garrafa que estendida em sua direção — O que acham de um gole antes de partimos para a morte?
— Que otimista — Coralinne comentou —, bom, eu vou ficar de fora dessa vez…
— Compreensível — Gina falou enquanto conjurava alguns copinhos com um aceno de varinha. — Um brinde a… bom, um brinde.
— Você não vai beber is...
No entanto, antes que Rony completasse sua fala, Gina já havia erguido o copinho em um saudo mudo e virado o conteúdo em sua boca. Seguindo a deixa da ruiva, cada um pegou seu copinho, erguendo-o antes de virar.
— Me deixa, Ronald. — Gina bateu o copinho vazio na mesa.
— Preciso pegar algo na Comunal — Sirena alertou, olhando para o grupo que estava —, posso esperar por vocês no sétimo and...
— Não fico aqui nem mais um minuto — Alisson deixou a sala juntamente com Yvaine, Noah e Sirena.
Os corredores de Hogwarts estavam completamente silenciosos, exceto pelo som de passos do grupo de quatro pessoas que iam em direção ao sétimo andar; nem mesmo Pirraça estava voando enquanto tacava bombas de bosta na porta das salas.
— Encontro vocês daqui a pouco. — Sirena disse.
— Se cuida — Alisson exclamou assim que a menina deu as costas e foi na direção contrária.
Os três andaram por alguns minutos em direção ao corredor que a Sala Precisava ficava. No entanto, antes que virassem o corredor, Yvaine segurou o pulso dos dois.
— Se você queria andar de mãos dadas comigo, princesa, era só dizer — Noah sorriu para a garota. — Mas eu prefiro excluir a Alisson...
— Como se eu quisesse andar de mãos dadas com você.
— Shiu! — Yvaine exclamou, pressionando o indicador contra os lábios para em seguida apontar para o próprio ouvido.
Os três ficaram imediatamente em silêncio, mas nada ouviram. Alguns segundos se passaram e som de passos ecoaram pelo corredor silencioso; os três se olharam alarmados, as varinhas em riste enquanto o barulho ficava cada vez mais alto.
— Eu adoraria pegar sua mão, Noah — Fred apareceu, um sorriso maroto dançando em seus lábios.
— Vocês deveriam falar um pouco mais alto, sabe? Talvez o primeiro andar não tenha escutado com perfeição…
— Idiotas! — Alisson rosnou, dando um soquinho no ombro do gêmeo mais próximo a ela, que a mesma não saberia dizer quem era.
— O que vocês estão fazendo aqui? — Yvaine arqueou uma das sobrancelhas.
— Que rude — Fred fez cara feia —, deveriam nos receber com reverências. — ele piscou — Pode nos chamar de ajuda divina.
— Somos o reforço — Jorge acrescentou.
— Fala sério — Noah negou com a cabeça —, estamos perdidos.
— Vocês descobriram a origem do barulho? — uma voz exclamou mais alta atrás de Fred e Jorge.
Os gêmeos olharam em silêncio para a curvatura do corredor.
— Ah…
Arabella Hawke olhava para o pequeno grupo com certo desapontamento.
— Achei que a ação iria começar agora — um pequeno bico se formou em seus lábios — O que as crianças estão fazendo acordadas a esse horário?
— O mesmo que vocês. — uma voz soou atrás de Noah; os seis olharam por cima do ombro do menino. Era Sirena — A ordem toda está aqui?
— Não — Fred respondeu. —, Dumbledore disse que não seria necessário.
— Viemos apenas nós, os Hawke, Gui, Sirius, Lupin e Tonks. — Jorge disse.
— Ouçam — Arabella chamou a atenção deles —, quero que vocês voltem para suas comunais. Independente se houver problema ou não, isso não é um problema para vocês, deixem que os adultos resolvam isso.
— Deixem que os adultos resolvam isso — Jorge repetiu, um sorriso zombeteiro em seus lábios.
— Aliás, eu gostaria de fazer a ronda sozinha por aqui — Arabella olhou para ele — Vocês dois são insuportáveis e suas piadinhas não tem graça, façam o favor de acompanhar seus amiguinhos até a Comunal.
— Ei! — Fred pareceu ofendido.
— Vamos — Yvaine puxou os dois ao ver que ambos iriam rebater.
(...)
As masmorras não estavam tão diferentes dos demais corredores; o mesmo silêncio preocupante enquanto os três compartilhavam do mesmo tédio e expectativa.
— Há uma grande possibilidade de algo realmente acontecer hoje — Hermione disse baixinho, parecia nervosa — Vocês acham que o Harry está bem?
— Relaxa — Endrew respondeu no mesmo tom —, é o Harry Potter, cara, ele vai se sair bem… você deveria estar preocupada com a gente...
— O que vocês acham que eles estão fazendo? — Adhara perguntou sem olhar os dois.
— Ah, provavelmente Dumbledore está dizendo o quanto foi abençoado com inteligência, enquanto Harry está enfrentando criaturas horrorosas e…
— O grupo do sétimo andar, eu digo — Adhara cortou Endrew — O Harry está bem, não temos com o que nos preocupar, não relacionado a ele.
— Que pergunta, Adhara — Hermione franziu o cenho, olhando a menina de esguelha. — Por que isso?
Adhara ficou em silêncio por alguns segundos antes de responder:
— Gosto do Noah.
— Há, muito óbvio. Todos nós gostamos dele.
— Mais que um amigo, Mione, não seja estúpida.
Hermione trocou um olhar significativo com Endrew.
— Que assunto é esse agora? — Endrew não estava surpreso, já sabia que a antiga amiga sentia algo pelo amigo corvino.
— Só estava pensando, estou com um pressentimento ruim — Adhara suspirou — Sei que ele não sente o mesmo, e sei que estou insuportável ultimamente. Mas eu vejo como ele e Yvaine estão nesses últimos meses, e isso acaba me afetando…
— Dar a alguém a responsabilidade de fazer você feliz quando você não pode fazer isso por si mesma, é egoísmo. — Hermione disse enquanto olhava para a menina — Sabe, você deveria aproveitar mais da companhia de seus amigos. Um garoto pode ser passageiro em sua vida, mas seus verdadeiros amigos sempre vão estar ali.
Um silêncio de dez longos minutos foi o suficiente para que os três voltassem a ficar confortáveis para falar, então, Adhara se esforçou para dar um pequeno sorriso e disse:
— Certo, como vocês acham que os outros estão... no geral?
— Estão enfrentando o mesmo tédio que nós, imagino — Endrew riu baixinho, desconfortável com a situação — Não acredito que lá em cima esteja mais animado que aq…
No entanto, contrariando a fala de Endrew, o professor Flitwick descia as escadas correndo o mais rápido que suas pequeninas pernas permitiam, enquanto gritava coisas desconexas. No mesmo segundo em que ele atingiu o terceiro degrau, uma explosão soou andares acima; ele pareceu não notar os três garotos no canto da parede de pedra, abrindo a porta da sala de Snape sem ao menos bater.
— Severo! — sua voz esganiçada soou em desespero — O castelo está sendo invadido… invadido, Severo, invadido! — ele gritou. — McGonagall me mandou…
Os três adolescentes compartilharam o mesmo olhar de desespero, voltando o olhar rapidamente para as escadas. Porém, antes que fizessem qualquer coisa, um baque forte foi ouvido dentro da sala; Snape saiu logo em seguida. Ao contrário do professor de Feitiços, ele notou a presença dos três, ficando em silêncio por alguns segundos antes de dizer lentamente:
— O professor Flitwick estava muito nervoso, acabou… desmaiando — Hermione soltou um murmurinho —, preciso que fiquem com ele até que acorde.
Essas foram suas últimas palavras antes de deixar as masmorras e desaparecer pelas escadas. Os meninos trocaram olhares amedrontados enquanto corriam em direção ao professor caído.
(...)
Assim que o grupo chegou ao sexto andar acompanhado pelos gêmeos, eles encontraram Mérida Lestrange no final da escada, aparentemente ela estava os aguardando.
— Fiquei sabendo que você estava por aqui… — ela olhou diretamente para Fred.
— Estava perguntando por mim?
O pequeno grupo de adolescentes terminou a descida e se afastou para que os dois conversassem.
— Não seja tão convencido — Mérida abriu um pequeno sorriso, que não durou por muito tempo, já que a menina logo franziu o cenho — Você foi embora sem se despedir no dia do acidente de Cora…
— Achei que você não fosse se importar — Fred deu de ombros — Afinal, você parecia se importar bastante que os seus amigos não nos vissem tão próximos.
O grupo atrás deles trocaram olhares significativos; a ideia de presenciar uma provável briga entres os dois não lhes parecia agradável, porém, era exatamente isso que iria acontecer.
— O que você está tentando insinuar, Frorge? — Mérida parecia profundamente ofendida — Espero que você seja direto, não fique jogando palavras ao ar.
— Ah… — Yvaine gemeu —, não podemos esperar ele lá embaixo?
— Não — Alisson riu baixinho —, agora que está ficando interessante?
Fred encarou Mérida por longos segundos antes de voltar a falar.
— Você tem vergonha de mim, Lestrange?
Mérida arregalou os olhos; a pergunta a pegou tão desprevenida que ela olhou para o grupo que estava atrás dela na intenção de confirmar se realmente havia ouvido tal baboseira, suas expressões surpresas confirmaram que sim.
— Por que eu teria vergonha de você, estúpido?
— Eu também não sei — Fred respondeu com arrogância — Mas o seu comportamento na frente de seus amigos é completamente diferente quando estamos a sós.
— Claro, claro... me desculpe se eu não gosto de alarde.
— Um ótimo argumento, francamente...
— Escute aqui — Mérida rosnou, apontando o dedo indicador para o peito do menino —, eu não preciso provar nada para você. Ouviu bem?
— Perfeitamente. — respondeu entre dentes.
— Que bom que deixamos as coisas claras — Mérida baixou o dedo — Agora…
A sonserina puxou o colarinho da blusa de Fred para baixo, trazendo-o para próximo de seu rosto.
— Eu não tenho vergonha de você. Nunca mais duvide de mim, está bem? — Fred assentiu, parecia surpreso com o ato da menina — Acho que consegui deixar você sem palavras…
— Um grande feito.
E Mérida o beijou; as palavras mal saíram da boca do ruivo quando ela selou seus lábios ao dele. O grupinho atrás dos dois soltaram exclamações, inaudíveis para o casal preso em sua própria bolha…
No entanto, a surpresa do momento e a bolha em que os dois se encontravam desapareceram de maneira brusca ao ouvirem o som de explosão e, logo em seguida, estampidos.
— Maldição! — Jorge exclamou, olhando para as escadas — Está vindo do sétimo andar, baixamos a guarda!
— Arabella está lá sozinha! — Yvaine exclamou com urgência, correndo em direção ao confronto antes mesmo que eles assimilassem o que estava acontecendo.
— Yvaine, não! — Noah exclamou — Merda… Alisson, avise os outros — gritou antes de correr na mesma direção que a menina.
O barulho de estampidos e os gritos de feitiços eram ouvidos ao longe de onde eles estavam; todos estavam eufóricos, ansiosos, amedrontados com o desconhecido.
— Droga… — Mérida voltou o olhar para as escadas, e, sem saber exatamente o que estava fazendo, Fred baixou o olhar para as mãos da menina que ainda o segurava.
Ali, escondida pelo pano da blusa, estava a Marca Negra.
Fred exclamou um palavrão ao mesmo tempo que retirava as mãos da menina de si, estendendo a manga da blusa para poder observar melhor.
— Que merda você está fazendo?! — ela gritou enquanto puxava sua mão e voltava a estender a manga da blusa.
Fred parecia chocado demais até para dizer algo.
— Você…
— Vou para o outro lado! — Fred ouviu Sirena dizer a Jorge.
Fred segurou a mão gelada de Mérida.
— Me diz que você não tem nada com isso, Mérida…
A garota não respondeu, para o desespero crescente no peito do ruivo. O olhar de Mérida se entristeceu, e Fred jurou ver eles marejarem.
— O veneno… — Fred sussurrou, ainda absorvendo a informação — Você envenenou a minha prima...
— Eu não envenenei ninguém! — Mérida exclamou, sua voz parecia completamente magoada.
— Mas você sabia quem fez, você mentiu pra mim!
— Fred?! — Jorge gritou do topo da escada.
— Eu sinto muito… — Mérida sussurrou quase inaudível, se Fred não estivesse consideravelmente perto, ele não poderia ouvir.
Mérida sentia seu mundo desmoronar aos poucos, não tinha nada relacionado com o som de duelos decisivos no andar de cima. Era sobre Fred, era sobre o olhar de decepção que ele estava no momento. Segundos depois, Mérida desapareceu pelo corredor escuro.
(...)
Yvaine chegou ao corredor da Sala Precisa mais rápido do que imaginou chegar, e a cena que ela presenciou fez seu estômago tremer; a grande quantidade de Comensais duelavam contra o pequeno grupo da Ordem, obviamente eles estavam em desvantagem.
— Estupefaça! — exclamou assim que um dos Comensais se virou para Arabella, que estava caída no chão. — Vem, eu ajudo você… — estendeu a mão para a mulher.
No entanto, para a surpresa de Yvaine, a mulher apontou a varinha para ela; seu corpo foi arremessado com violência para trás. Yvaine esperou a dor de bater com a costas na parede do corredor, no entanto, ela atingiu alguém antes mesmo de chegar a parede.
— Arabella está trabalhando contra nós — Sirius avisou. — Remo e eu a pegamos em flagrante.
Yvaine assentiu rapidamente; ela poderia ter tirado essa conclusão sozinha, afinal, por qual outro motivo a mulher a atacaria?
— Petrificus Totalus! — a lufana ouviu Noah exclamar assim que chegou ao sétimo andar e deparou-se com a mesma cena que ela. — Merda, Yve! Você não pode sair correndo em direção às coisas assim… — ele dizia em tom de advertência, porém, parecia profundamente aliviado.
— Achei que ela estivesse em apuros... — respondeu em tom de desculpa.
De repente, tudo ficou escuro, como se alguém houvesse apagado todas as luzes do local.
— Lumus! — Lupin exclamou — Lumus! LUMUS! O que é que está acontecendo?!
— Também não está funcionando comigo… — Tonks exclamou. — Incêndio!
Passos apressados eram ouvidos em meio aos gritos; entre eles a risada escandalosa de Bellatrix Lestrange.
— Estupefaça! — Yvaine ouviu Sirius exclamar, logo depois alguém foi lançado em direção a parede.
— Esse é um ótimo jeito de ser recebido...
Jorge gemeu, ele havia sido lançado na parede.
— Abaixem as varinhas — Remo pediu —, não lancem feitiços.
— Eu não estou enxergando nada, que merda! — Sirius exclamou enquanto esfregava os olhos — Como chegaremos até o corredor, Remo? Esse corredor é bem grande para irmos apenas tateando pelas paredes…
— É a única forma. — Lupin respondeu.
— Tem mais de nós pelos corredores — Yvaine disse — A essa altura, Neville e Luna já informaram a McGonagall…
— Onde estão os outros, Jorge? — Noah gritou, virando o rosto para o lado contrário ao que Jorge estava. O corvino segurava firmemente a mão de Yvaine enquanto tateava a parede de pedra com a outra mão.
— Correram para o outro corredor — respondeu.
Quando a falação cessou, eles ouviram claramente os estampidos e feitiços exclamados.
— Encontrei! — Remo exclamou no mesmo segundo que eles ouviram um baque, como se alguém tivesse caído no chão — Me parece que Tonks também…
Ambos auxiliaram os outros, guiando-os em direção ao corredor iluminado em que estavam. Quando finalmente conseguiram entrar no corredor, todos eles correram em direção a batalha que era travada em um corredor não tão distante.
— Foi Malfoy — Tonks disse —, ele jogou algo no ar, e eu o vi com a Mão da Glór…
Tonks não conseguiu terminar, porque neste exato momento um jorro de luz verde passou por cima de sua cabeça.
— Impedimenta! — Alisson gritou no mesmo momento em que o Comensal lançou outro feitiço.
A aventura pelo corredor escurecido provavelmente durara mais tempo do que Yvaine imaginou; McGonagall, alguns membros da AD e vários de seus amigos estavam espalhados pelo extenso corredor, todos eles acompanhados por um ou dois Comensais, duelando fervorosamente.
— Petrificus Totalus! — Yvaine gritou para o Comensal que apontava a varinha na direção de Luna.
— Cru…
— Expelliarmus!
Diversos gritos e inúmeros jatos de luzes coloridas eram ouvidos enquanto eles duelavam. Enquanto repelia os feitiços que um comensal grandalhão lançava em sua direção, Yvaine viu de relance um dos Comensais correr em direção a torre de astronomia, Alisson e Sirena também perceberam, porque estavam correndo logo atrás.
— Protego! — o feitiço se voltou contra Neville, que tentava atingir o Comensal.
O garoto foi jogado para o outro lado do corredor.
— Não podemos perder o menino Malfoy de vista! — Gui gritou em meio aos estampidos.
— Tarde demais! — Gina o respondeu, girando o corpo para tentar achar a cabeleira platinada — Eu acho que…
Mas a frase se perdeu em sua garganta ao avistar um pequeno grupo que corria em direção a eles no fim do corredor; Theo estava entre eles… as mangas de sua blusa estavam dobradas… à medida que ele se aproximava a visão era mais exata… ele estava marcado.
— Theo… — Gina sussurrou no mesmo momento que sentiu algo a atingir em cheio, a dor nauseante em sua cabeça veio seguida de uma leve surdez no ouvido direito.
— Não faz isso, porra! — Theo gritou, apontando a varinha para Aleto.
— Theo, não faça isso… — Pansy sussurrou, tentando puxar o braço do menino para outra direção.
Um grito de dor alarmou Yvaine, que virou a cabeça em tempo de ver Noah se contorcendo antes de McGonagall atingir o homem. Yvaine ia correr na direção do menino, mas seu corpo foi lançado em direção a parede, desta vez Sirius não a segurou, e ela sentiu o gosto metálico de sangue em sua boca.
— Confundus!
— Dinffindo!
— Protego!
De repente, Tonks gritou; Greyback estava em cima de Gui Weasley, uma grande quantidade de sangue espirrava por toda parte enquanto o lobo rasgava o peito e rosto de Gui.
— Estupefaça!
O lobo Greyback foi jogado para longe.
— Droga, Gui… — Fred se ajoelhou ao lado do irmão, tentando lembrar-se de algum feitiço para estancar o sangue.
— Deixe-me fazer isso — Medusa se ajoelhou ao lado dele — Nos dê cobertura…
Fred obedeceu. Mais a frente, alguns dos comensais abandonaram suas lutas para correrem em direção a porta da Torre de Astronomia. Alguns membros da Ordem os acompanharam, no entanto, Thomas DeVil se virara de última hora e acenava sua varinha em direção ao fim da escada. Quando Jorge tentou passar pela porta, fora arremessado para longe.
— Impedida… — Jorge gemeu do chão.
— Snape! — Tonks gritou, vislumbrando algo no outro corredor — Snape eles passaram… torre de Astronomia…
O homem de vestes negras não respondeu, apenas acelerou seus passos em direção à porta.
— Eles lançaram algo, Severo! — McGonagall gritou enquanto rebatia o feitiço de outro Comensal — Está impedida!
Porém, Snape conseguiu passar pela barreira invisível. Visto isso, Sirius também tentou ultrapassar a porta, mas, assim como Jorge, fora lançado longe.
(...)
O som da pequena explosão que ecoara por todo o castelo havia passado despercebida pelo grupo que estava na parte externa da escola.
—… e aí ele me disse; "você não teria coragem de fazer isso" e eu respondi; "Logo eu, da Grifinória…?" — Cameron tagarelava sem parar enquanto gesticulava com as mãos — E foi assim que o meu irmão descobriu que eu poderia ser bem cruel quando os outros mexem em minhas coisas.
Bianca soltou uma alta gargalhada enquanto Ethan revirava os olhos.
— Eu deveria ter escolhido ficar nas masmorras.
— Ah, não seja tão ranzinza — Bianca disse amigavelmente — Aposto que você consegue se divertir conosco… você sabia que a Coralinne te defendeu quando a Ariana falou mal de você?
Ariana olhou incrédula para Bianca.
— Quantos copos de hidromel você tomou?
— O suficiente para expor você — Bianca rebateu no mesmo tom.
— Ei, ei… — Cameron deu alguns tapinhas no ombro de Ethan, que olhou irritado para a garota ao seu lado — Aquele ali não é o seu pai? — Ethan sentiu o seu corpo gelar quando a menina continuou; — Olhe só, ele está com a Cora…
O coração de Ethan errou algumas batidas enquanto ele se virava com grande velocidade para a direção em que a garota ao seu lado apontava; de fato, Murilo Hawke caminhava despreocupado ao lado de uma afobada Coralinne.
— Você está bem?! — Ethan perguntou antes mesmo que eles se aproximassem, a mão tremendo em direção a sua varinha.
Desviou o olhar irritado para o pai, que o encarava com divertimento.
— Estou... — Coralinne abraçou o pescoço do menino. Ela estava gelada, suas mãos tremiam — Eles entraram no castelo, os Comensais, Alisson mandou avisar a todos e…
— E eu me ofereci para acompanhar — a voz enjoada de Murilo soou logo atrás. — Afinal, uma garotinha não pode andar indefesa por um local infestado de Comensais. Você não concorda, Ethan?
— Cora não é indefesa — O lufano gentilmente afastou os ombros de Coralinne. — Eu preciso resolver algo…
— Vamos com você. — Cameron disse na mesma hora. — O castelo está sendo invadido, estamos perdendo tempo!
E nesse exato momento, o vidro de uma janela explodiu. Ethan olhou nervoso para o local, desviando o olhar para as garotas em sua frente.
— Não posso permitir que vocês me acompanhem — Murilo disse suavemente.
— Não recebemos ordens sua — Ariana rebateu, apanhando sua varinha e contornando Murilo para correr em direção ao castelo. Antes que passasse pelo mais velho, ele segurou seu pulso sem muita gentileza e a puxou de volta para sua frente. — Que merda você está fazendo?!
— Eu disse para ficarem aqui — seu rosto não continha mais nenhum divertimento —, não posso permitir que fiquem expostas ao perigo, fiquem em segurança aqui fora.
— Só fiquem — Ethan murmurou quando viu que as quatro estavam dispostas a rebater.
Ethan deu as costas juntamente com o pai antes que pudesse encontrar o olhar de Coralinne, quando estavam em uma distância considerável, o garoto sussurrou;
— O que você quer?
— Malfoy já está na Torre de Astronomia, e Dumbledore já está aqui — Murilo riu — Eles descobriram sua mãe, precisamos fazer algo antes que os outros espalhem.
Ethan sentiu um arrepio incomum subir por todo seu corpo.
— O que você quer dizer com isso…?
— Você matará o garoto Malfoy — Murilo disse simplesmente —, e como consequência, matará o outro...
Um bolo se formou em sua garganta.
— Por que eu… faria isso? — sua voz tremeu — Eu não tenho nada a ver com isso, porque você sempre quer me incluir nessas merdas?!
— Ficaremos com a glória — Murilo explicou —, Malfoy "morreu" em combate e você, como um bom servo, completou a missão em seu lugar.
— Não sou servo de ninguém, e isso não é um problema meu — Ethan parou de andar, furioso — Não sou a porcaria de um assassino!
O ato de Murilo foi tão rápido, que Ethan não teve tempo de reagir; o homem se virou com agilidade e empurrou o garoto bruscamente em direção a parede. Ethan sentiu suas costas doerem com o impacto da parede de pedra, mas isso não era importante no momento, Murilo estava com a varinha apontada para o seu pescoço.
— Mas eu sou — sua voz soou muito baixa — Não pense que eu não teria coragem de matá-lo — a ponta da varinha quase perfurava sua garganta —, você não é meu filho de verdade, não se esqueça disso.
Ethan empurrou o peito do homem para longe de si, apanhando rapidamente sua varinha e apontando em sua direção.
— E que você não pense que estou orgulhoso em ser associado a você.
— Bom, acho que os outros não pensam assim — Murilo riu — Você era tão grudado com o seu pai…
— É — Ethan murmurou com amargura —, antes de você matá-lo e tomar sua vida.
— Você põe toda a culpa em mim, garoto, quando sua mãe é tão culpada quanto eu — Murilo sorriu desdenhosamente — Não foi minha culpa que você tenha descido as escadas na hora errada. Se você não tivesse visto o corpo de seu pai, jamais saberia que ele teria morrido. E eu, o irmão gêmeo, me sairia um ótimo Murilo Hawke.
Ethan riu sem humor e, inesperadamente, acertou um soco na boca do homem. Murilo cambaleou para trás e olhou para Ethan com ódio.
— Você é podre, jamais seria como ele.
Murilo já ia avançar contra Ethan, mas algo chamou a atenção dos dois; a porta do castelo acabara de ser aberta.
— O que vocês estão fazendo?! — Arabella gritou.
O rosto da mulher estava sujo e havia um corte em seu supercílio.
— O mimizento do seu filho já está reclamando novamente — Murilo se afastou de Ethan.
— Ethan — a mulher suspirou —, colabore, ok?
— Não vou matar ninguém.
— Você vai.
— Por que isso é tão importante para você?
— Poder é poder, Ethan, independente da forma que você o consegue.
Ethan riu.
— É sempre engraçado ouvir vocês tentando igualar o poder de vocês com o dele.
— Exatamente — Arabella murmurou, cansada —, nossa magia medíocre não chega aos pés da que o Lorde das Trevas tem. Mas você sabe que estamos estudando sua magia durante o tempo que estamos lá.
— Boa sorte — Ethan levou as duas mãos ao bolso e deu as costas —, não vou ajudar vocês.
— Eu realmente não gostaria de fazer isso, mas é bom que você saiba que — Arabella desceu as escadas — o que você viu aos doze anos quando desceu as escadas de nossa casa…
Ethan lembrava com clareza do dia em que encontrou Arabella e o tio ao lado do corpo sem vida de seu pai.
—… eu posso fazer muito melhor que um mero envenenamento — continuou a mulher —, e poderia fazer com um de seus amigos… talvez aquela garotinha ruiva impertinente?
É claro que eles iriam usá-la em algum momento, pensou Ethan.
— Eu gostaria de ver vocês tentarem.
— Oh, você quer realmente ver? — Murilo riu alto. — Ele acha que somos idiotas, Bella, acha que não sabemos que a menina é importante para ele!
— Não é — Ethan mentiu.
— Então você não se importaria se… — Arabella não completou, abriu um sorriso maldoso, e caminhou calmamente na direção em que os dois acabaram de vir.
(...)
Os passos de Nathair Malfoy e Júpiter Malfoy eram os únicos sons que se ouviam no silencioso corredor. Nathair tremia por completo, sentia que seu coração iria pular para fora de seu peito a qualquer momento, e, principalmente, sentia que a morte estava cada vez mais próxima, e ele torcia para que não fosse a dele.
— É só entrar e matar. — Júpiter disse calmamente — Já deixei tudo preparado para você, ele provavelmente está dormindo.
— Como você pode estar tão calma? — a voz de Nathair tremeu — Como ele está dormindo com todo esse barulho?!
— Antes ele do que eu — disse calmamente — Já deixei tudo preparado para você — repetiu —, conjurei um feitiço em seu escritório para abafar o som do que estava acontecendo do lado de fora de sua sala.
Nathair riu de nervoso.
— Muito esperta, muito esperta.
— Sim, eu sei — Júpiter deu de ombros, parando em frente a porta do homem enquanto apanhava sua varinha — Você está com o pó escurecedor, abra a porta, veja onde ele está e mate-o. Não é tão difícil.
Nathair olhou ansioso para a irmã, espiando o corredor vazio.
— Onde estão os outros? Não vou conseguir fazer isso sozinho!
— Escute aqui — Júpiter já estava perdendo a paciência —, o velho está dormindo, você só precisa matá-lo!
Sem esperar por uma resposta, Júpiter abriu a porta do escritório de Horácio Slughorn, dando de cara com o homem sentado em sua mesa enquanto bebia algo.
— Puta merda… — exclamou Júpiter, escondendo a varinha atrás do corpo.
Slughorn subiu o olhar para a porta, olhando para os dois com o cenho franzido.
— Achei que o toque de recolher já tivesse tocado — Slughorn franziu o cenho — Que cara é essa, Sr. Malfoy? — Slughorn perguntou gentilmente — Não me diga que é outro caso de poção do amor!
— N...nã…
— Na verdade — Júpiter tomou a frente —, ele tomou sim.
Slughorn olhou desconfiado para os dois.
— Certo, entrem, entrem — Os dois entraram na mesma hora, Nathair fechou a porta — Os jovens de hoje em dia só querem saber disso, poção do amor?
Slughorn perguntou enquanto ia em direção a sua maleta.
— Talvez eu devesse começar a cobrar pelos meus serviços. — riu.
Nathair lançou um olhar de desespero em direção a Júpiter, mas a menina fez sinal para que ele esperasse e apontou para a porta. Nathair entendeu que ela estava esperando o reforço chegar.
— O castelo está muito calmo hoje, vocês não acham? — Slughorn perguntou enquanto misturava algo em um frasquinho — Eu já iria fazer uma ronda, mas vocês chegaram… — ele se aproximou da mesa — Pegue, meu caro… talvez você queira alguns biscoitos para acompanhar?
— Não é necessário… — Nathair respondeu brevemente, pegando o frasquinho e olhando para Júpiter sem saber o que fazer.
No entanto, antes que Nathair virasse o frasquinho na boca, como indicava Júpiter discretamente. Os dois foram pegos de surpresa pelo próprio Slughorn, que tinha sua varinha apontada para a garota.
— Não me agrada nada fazer isso, senhores — ele começou lentamente — Mas sei que o garoto não está aqui por conta de um antídoto.
A porta se abriu com brusquidão, desviando a atenção de Slughorn por alguns segundos. Segundos esses que foram o suficiente para Júpiter desarmar o homem.
— Professor Slughorn, o castelo… — a frase morreu na boca de Cho Chang. Não por Júpiter ter atacado o professor, ou por ele estar apontando sua varinha para ela, a frase se perdeu porque a garota fora lançada para longe.
— O reforço chegou — Damon Biws cantarolou ao aparecer na porta, um sorriso maldoso brincando em seus lábios. — O Lorde das Trevas mandou lembranças, Slughorn.
— Incarcerous! — Alexa Blanchard entrou na sala com a varinha apontada para o professor — Termine logo, Malfoy.
Slughorn estava com os olhos arregalados, parecia apavorado.
— Comensais da Morte — sussurrou, e seu olhar desceu para o pulso de Nathair — Como eu não percebi isso antes… ah, meu jovem, você não precisa…
— Cala essa boca — Nathair gritou.
Tudo o que ele não precisava ouvir naquele momento, era que ele não precisava fazer aquilo.
— Estupefaça! — alguém gritou da porta, e Nathair viu Júpiter desviar de um jorro de luz.
Seu olhar alarmado rapidamente se voltou em direção a porta; Ariana e Lily estavam com suas varinhas apontadas para eles.
— Que criançada mais chata — Damon bufou, rebatendo uma azaração que Ariana o lançou.
— Protego! — Ariana gritou.
— Impedimenta! — Lily apontou sua varinha para Alexa, que desviou do feitiço e lançou outro na direção da menina.
— Acabe com isso, Nathair! — Júpiter gritou.
Nathair se virou novamente para Slughorn; sem saber quando ou como, Slughorn estava em pé atrás de si, com sua varinha apontada para ele.
— Não sei porque precisa fazer isso, rapaz — a voz de Slughorn soou firme — Mas não vou morrer esta noite.
Nathair sentiu uma força estranha o tirar do chão e o puxar para trás, acabara de ser lançado em direção a Alexa. Os dois caíram no chão. Nathair viu de relance o corpo de Lily no chão enquanto Damon duelava com Slughorn, e Júpiter duelava com Ariana.
— Sai de cima de mim! — Alexa empurrou Nathair, se levantando agilmente e atingindo Slughorn pelas costas.
— Agora! — Júpiter gritou quando Slughorn caiu no chão.
Juntando todo o ódio que tinha em seu peito, lembrando de todas as situações horríveis que passara nos últimos anos e, principalmente, lembrando de como o professor o tratava em sua aula. Nathair apontou sua varinha para Slughorn e exclamou;
— Avada Kedavra!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.