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História Resiliência - Não dá


Escrita por: Limanths

Notas do Autor


Oi.

Capítulo 13 - Não dá


 Acordaram no outro dia bem cedo. 


-- Por que tão cedo, mãe?  - Luana resmungava na mesa. -- Minha mãe ligou? 

 

-- Você tem aula e eu trabalho. - Riu. -- Sua mãe não ligou ainda.

 

-- Hum. Será que ela esqueceu? - Falou triste. -- Tô com saudade...

 

-- Oh, já já ela liga. - Marta falou. -- Ela prometeu, certo?


                                  -- Sim. 


-- Quer que eu ligue, Luana? Assim, você mata a saudade. 

 

-- Pode mãe? - Sorriu animada. -- Eu quero! 


                -- Será que ela não está ocupada? 


-- Mãe, são seis meia da manhã. - Heloisa riu. -- Ela provavelmente, nem acordou ainda. 

 

                    -- Liga.


-- Ta bom. Mas... - Avisa. -- Vai ser rápido, ta bom? Senão nos atrasamos.

 

          -- Ta bom. Liga logo.


Heloisa tentou duas vezes e ninguém atendia.


                  -- Deve esta dormindo ainda. 


-- Então, vamos nos arrumar. - Marta falou. -- Quem sabe ela retorna.


-- Isso, dona Marta. Vamos os escovar os dentinhos, Lua? - A garotinha fez um bico. -- Meu Deus! Dengo logo de manhã... Venha cá pro colo da mamãe. 


-- É todo dia isso? - Marta achou graça da cena. -- Todo dia esse denguinho gostoso? 


 
-- Não... As vezes é pior. - Lica comentou fazendo sua mãe rir. -- Sério, as vezes Samantha deixa de ir ao estúdio pra ficar até tarde com ela. 


                             -- Meu Deus...


-- Eu falo. Mas sempre saio como a bruxa da história.


                    -- Você não é bruxa, mamãe. 


-- Não sou! - Abraçou apertado. -- Agora vamos nos arrumar.


-- Vamos!


Devidamente trocados. Heloisa foi no carro separado da mãe. 


-- Obrigada por passar a noite conosco, mãe. 

 

-- Sempre que precisar, certo? Eu amo vocês. 


                             -- Te amo, vovó.


-- Também te amo, meu amor. Se a febre aumentar, não hesite em me chamar. Ouviu?


-- Sim senhora. - Bateu continência. -- Obrigada por me ajudar, mãe. 

 

               -- Obrigada, vó. 

 

-- Não agradeça. Assim, vocês me ofendem. Beijo. 

                              ★

 

No carro, Heloisa tentou ficar mais próxima possível da filha. O telefone tocou. Era Samantha. 

 

                  Ligação on
  
-- Sua mãe, filhota. - Colocou no viva voz. -- Oi...

 

-- Você me ligou várias vezes. Aconteceu alguma coisa? Cadê a Luana?

 

-- Respira. -Riu. -- Não aconteceu nada. Luana pediu pra te ligar. 

 

--Ahan... Cadê ela?

 

-- Esta aqui. Estamos no carro. - Virou para filha. -- Fala com sua mãe, Lua.

 

-- Mãe... por que você não ligou? - Reclamou. -- Eu esperei. 

 

-- Meu amor... Mil desculpas. Eu dormir demais. - Justifica. -- Acordei e corri pro banho. 

 

            -- Onde a senhora esta?


  
-- No carro. E você? Escola? 

 

--Eu não queria... - Falou baixo. -- Queria você...

 

-- Eu sei, Lua. Só te peço um pouquinho de paciência, ok? - Pede. -- Irei chegar logo. 

 

                          -- Ta bom. 


-- Heloisa? 


-- Tô aqui. 


-- Ela comeu direitinho? 


-- Comeu. 


-- Comi, mãe. Eu já sou grande! - Revira os olhos -- Não queria ir pra escola hoje 

 

-- Por que? Você gosta tanto da tia. 

 

-- Gosto. Mas, eu gosto mais de ficar com você. 

 

-- Ela fez drama hoje também, Lica? 

 

-- O que você acha? - Riram. -- É óbvio. Não queria levantar essa preguiçosa...


-- Não sou preguiçosa. - Fez bico. -- Eu só queria dormir mais.

-- Quando você chegar, descanse. - Sam aconselha. -- Dormiu bem?


-- Sim. Dormir com a mamãe. - Fala sorrindo. -- Queria que nós três dormisse juntas. 


-- Outra hora. 


-- Você ta bem, Samantha? 


-- Estou. E você?  


-- Ahan. 


-- Trabalhando muito, mãe? 


-- Nem tanto. - Sorrir. -- É mais burocracia. Assinar papéis essas coisas de gente adulta. - Riu prevendo a reação da filha. -- Quando você crescer, saberá.


-- Eu sou grande, mãe!


-- Muito grande. - Heloisa rir. -- Bicuda e dengosa... 

 

-- Não sou bicuda. 


-- Não mesmo. 


-- Samantha? Tenho que desligar. Já chegamos!

 

-- Tudo bem. Bom trabalho. Eu te amo, filha. Boa aula!


-- Também te amo, mamãe. Volta logo. 


-- Ta certo. - Ri. -- Beijo. Beijo. 


-- Beijo. 


Samantha desligou e focou na reunião. O pessoal iria para um conserto musical. Tinhas estudantes de todo o pais. Músicos e Jornalistas.

 

-- Samantha?  - Seu assistente a chamou. -- Vamos entrar. Assim ficaremos mais acomodados.


-- Ok.


-- E a filhota?  Esta melhor? 


-- Sim. - Sorrir. -- Ela acordou melhorzinha. Essa falta de controle da imunidade dela me preocupa.


-- Coisa da idade. Dê bastante líquido. Ela vai crescer e isso logo muda.


-- Tomara! Ela tem muita febre. 


-- Meu irmão também tinha. Hoje ele tem 15 anos. Daqui a pouco é a Luana. - Rir. -- Vai levar os namoradinhos pra te conhecer. - Samantha fez uma careta. -- É, minha amiga, melhor ir se acostumando. 


-- Não vou me acostumar nunca. Ela é só um bebê. 


-- Precoce, diga-se de passagem. - Sorriram. -- Sente-se. 


-- Obrigada. 


A palestra aconteceu animadamente. Samantha não estava com a cabeça ali. Ficou a palestra toda pensando em Luana e Heloisa. 


-- Não posso acreditar...- Alguém chega por trás. -- Acho que é o destino nos querendo pregar uma peça. - Ri. - Mundo pequeno. 


-- Maisa... - Rir. -- Você... Que bom te revê. 


-- Eu, particularmente, adorei!


-- Hum... - Ri sem graça. -- O que esta fazendo aqui? 


-- Samantha... - Sussurra. -- Não é óbvio? - Gargalha. -- Vim pro conserto junta do pessoal do curso. 


-- Claro... Que cabeça a minha. 


-- Tudo bem... Deve ter ficado emocionada ao me ver. - Samantha nega sorrindo. -- Brincadeirinha.


-- É... Só estou distraída. Luana esta com mal estar.


-- Jura?!


-- Sim... Imunidade baixa.


-- Oh, meu Deus.... Coitada. - Samantha baixa o olhar. -- Mas ela vai ficar bem, Sam... É uma menina forte.


-- Isso é mesmo! - Sorrir.


-- Eu gosto do seu sorriso. Ele é lindo. - Samantha se remexe desconfortável. -- Ei...


-- Maisa, não. Por favor... - Sussurra. -- Não faz isso...


-- Só te elogie. - Diz também levantando. -- Me desculpe!


-- Tudo bem... Só não faz isso. Já ta difícil o bastante. 


-- Problemas no paraíso?


-- Em casa mesmo. - Sorrir. -- Tô confusa. 


-- Se quiser conversar. - Apontou a saída. -- Deu uma pausa aqui. Quer comer alguma coisa? 


-- Tudo bem. Mas, com seus amigos? 


-- Não! - Ri. -- Que horror, Sam... Crianças... Só vamos nos duas. Tudo bem pra você? 


-- Tudo. Só vou falar com um amigo. 


-- Espero. 

 

Samantha se despediu de Hugo, prometendo voltar pra segunda parte do evento. Chegaram no restaurante.


-- Vamos sentar, ali?  


-- Vamos! 


-- Então... - Sentaram. -- A vida não anda muito colorida pra você?  - Samantha assente. -- Sinto muito. 


-- Sente mesmo? - Perguntou e logo se arrependeu. -- Desculpa! Desculpa, não quis ser...


-- Tudo bem, Sam!  - Segurou sua mão por cima da mesa. -- Eu não nego nada do que estou sentindo. 


-- Maisa, eu...


-- Eu quero você. - Sorrir. -- Quero muito. 

-- Eu sou casada! Maisa, as coisas não são...


-- Eu sei... - Rir sem humor. -- Infelizmente as coisas não funciona assim.


-- É.


-- Olha, Sam. Eu gosto muito de você, o que é estranho, já que nunca nos beijamos. - Riram. -- Mas, eu respeito você! Muito. Você tem sua família. 

--  Nem sei se tenho mais. 


-- Pode ser só uma fase. - Samantha suspira. -- Você não tem certeza do seu sentimento por
...?


-- Eu a amo, Maisa. Mas, as veses parece que o amor não é o suficiente. 


-- Às vezes sim, às vezes não. 


-- Você me parece bem inteligente! - Pensa. -- Você tem quantos anos? 


-- Dezenove. Na verdade fiz ontem. 


-- Meus parabéns. Você é bem novinha... Achei que tivesse menos, na verdade.  

 

-- Você reparou em mim? - Sorriu empolgada. Samantha assentiu. -- Interessante...


-- Normal, Maisa. Você é linda... Digo... Muita gente deve reparar em você.

 

-- Eu gostei que tenha sido você. - Se aproximou sussurrando. -- Me deixa mais...Alegre. 


-- Maisa! - A empurra sorrindo. -- Para, sua louca. 


-- Ok. - Levanta as mãos. -- Desculpe. É que você é muito linda. - Sorrir travessa. -- Muito mesmo. 


-- Você me deixa envergonhada.


-- Fica ainda mais linda. - Samantha sorrir sem graça. -- Você tem quantos anos?


-- Vinte e cinco. 


-- Meu Deus!


-- Quê?!


-- Você parece ter bem menos. - A olhou. -- O tempo parou pra você. 


-- Quem dera...


-- Eu gosto do que tô vendo. 


-- Você fala isso p...


-- Pra te agradar? Claro... - Levantasse para sentar ao seu lado. -- Por que estou apaixonada? Também. Mas, falo porque é a mais absoluta verdade também.


-- Esta na hora de votarmos, né? - Se afastou. -- Vamos?


-- Temos dez minutos ainda. - Se levantou. -- Quero te levar em lugar especial aqui.


-- Eu acho melhor não. 


-- Relaxa, Samantha... Não vou te agarrar. - Samantha semicerrou os olhos. -- Eu juro! 


-- Jura mesmo? 


-- Juro de dedinhos. 


-- Que besta. - Sam gargalha. -- Me leva logo.


-- Agora!

 

Era uma praça enorme. Tinha árvores lindas. As paisagens dava um sensação de paz. Não tinha muita gente, por conta do horário. 


-- É lindo aqui.


-- Você não viu nada. - Entrelaçou suas mãos. -- Vem!


Maisa a puxou. 


-- Uau.


O lugar ficava por trás do parte. Era tipo uma montanha. O local era cheios de rochas. Maisa sentou e puxou Samantha para que se sentasse ao seu lado. 


-- Esse lugar é especial pra mim.


-- Isso é muito lindo!


-- Não mais que você... - Afastou os fios de cabelos dos olhos dela. -- Seu sorriso é lindo...


 Maisa se aproximou lentamente. Aproveitou que Samantha estava distraída olhando a paisagem. 


-- Aqui parece aqueles filmes de... - Quando olhou para o lado, viu a garota próximo ao seu rosto. -- O que você esta fazendo? - Perguntou num sussuro. -- Não faz isso...


-- Você é linda. - Deu um beijo em sua bochecha. -- Eu não vou te beijar. -- Sussurrou a encarando. -- Eu quero. Por Deus, como eu quero. - Se afastou. -- Mas eu não vou fazer isso! 


-- Você não deve fazer isso.


-- Olha... - Apontou para um vendedor de brinquedos. -- Vou ali. Me espere aqui, ta?


-- Ok.


Samantha ficou olhando a paisagem e um nó se formou na garganta. Se sentia confusa. Parecia surreal tudo o que estava vivendo. 


-- Ei! - Maisa a chamou. -- Pra você e um pra Luana. 


-- Não precisava. 


Era dois ursos. Um estava tocando baixo. E o outro, estava dançando. 


-- Obrigada! São lindos. 


-- Não agradeça. 


-- Qual é o meu? 


-- O seu é esse tocando baixo. 


-- Imaginei. 


-- Sou previsível então? 


-- Eu diria, observadora. - Sorriu. -- Obrigada, Maisa!


-- Me chama de Isa? - Pedia como uma criança. -- Eu gostaria que você me chamasse de Isa. Menos informal. 


-- Ta bom... Isa! - Levantou-se. -- Vamos? - Esticou as mãos para ela. -- Hugo deve ta querendo me matar. 


-- Vamos, Sam...

 

                          ★


-- Vamos pra casa, mamãe. - Luana falou emburrada. -- Eu quero ir pra casa.


-- Luana... Fica quietinha, vai? - Pediu. -- Deixa eu terminar isso aqui. Prometo que vai ser rapidinho.


-- Aham... - Responde Desanimada. 


-- O que você disse?


-- Nada, mãe. 


-- Por que não vai lá fora brincar um pouco? 


-- Não posso ficar aqui? 


-- Claro, meu amor. 


-- Pode ligar pra mãe agora? - Pergunta esperançosa.


-- Não. - Luana fez bico. -- Filha... Escute! Sua mãe esta trabalhando. Você precisa entender isso. Você já é bem grandinha. 


-- Eu não posso falar com ela?


-- Claro que pode. - À pega no colo. -- Quando ela terminar, irá te ligar. Tenho absoluta certeza. 


-- Aham.


Juliana entra na sala.


-- Garotinha... Não sabia que estava aqui. - Luana a abraça. -- Que bom te ver.


-- Oi.


-- Esta triste?


-- Isso é birra. - Heloisa avisou. -- Saudade da mãe. 


-- E cadê ela?


-- Viajou. - Respondeu desanimada. 


-- Ihh... Sabe o que melhora essa carinha? 


-- O que? 


-- Pizza!! 


-- Gosto.


-- Não! - Heloisa se manifestou. -- Hoje não dá. Luana, arruma as coisas que terminei.


-- Mas mãe...


-- Luana! 


-- Gente, calma. - Juliana se aproxima de Lica. -- Qual é Lica. Ela é apenas uma criança.


-- Hoje não dá!


Notas Finais


Cheguey rs
Obrigada pelos comentários!

Gente, duas coisinhas aqui
Primeiro; Eu tenho uma sobrinha que começou a falar c um ano de idade. Ela já repetia todos os palavrões existentes hahaha

Segundo: Meus pais tem um casamento de brigas e as vezes pareciam casal de filme. Então não é estranho se elas conversa numa boa dps estão brigando. Vamo ver o desenrolar da história. E, lembrando, n fiquem em um racionamento ruim por causa dos filhos. Nunca.


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