1. Spirit Fanfics >
  2. Ressentimento >
  3. Não, eu não desisti!

História Ressentimento - Não, eu não desisti!


Escrita por: M-Botelho

Notas do Autor


Vocês comentaram no capítulo anterior e eu adorei 😂😂😂😂😂
Portanto substitui a Analu pela Milena e aqui estou eu postando mais um capítulo ❤❤❤


NÃO ME MATEM KKKKKKK 😍
Amo vocês, tá bom?

Capítulo 67 - Não, eu não desisti!


Fanfic / Fanfiction Ressentimento - Não, eu não desisti!

—Ei Lola, obrigado!- sorri em agradecimento. —Faz um outro favor para mim?-ela assentiu. —Tem um presente de aniversário dela em cima da minha cama, entregue ela também!-Lola assentiu e eu fui com Juliano até o aeroporto, minha mãe ficou com a Lola, meu pai foi conosco pois iria trazer o carro novamente.

POV MILENA

—Ô minha filha, você está chorando de novo?- minha mãe disse sentando na cama. —O que houve dessa vez?

—É só saudade!- funguei o nariz. —Estava lembrando do Lipe, a gente estava afastado mas, eu sabia que a qualquer momento eu poderia ir lá na fazenda que iria encontrá-lo. Agora, ele está tão longe de mim!- enxuguei as lágrimas.

—Ele foi ser feliz, por mais que ele tivesse nós aqui, ele tinha que viver, tinha que ir resolver sobre a herança e outras coisas. Lipe é um menino tão bom, ele merece encontrar alguém!

—É, sabe, eu fico pensando como seria se pudéssemos escolher á quem amamos.

—Não teria graça!- ela disse alisando meus cabelos. —Você procuraria a perfeição, se apaixonaria pelo cara que te tratasse como uma deusa!- ela riu fraco. —Qual a graça em ter alguém assim? Ok, é um pouquinho legal mas convenhamos que seria enjoativo, não é?- assenti rindo. —Você iria se decepcionar do mesmo jeito, quem te daria a certeza de que a pessoa que você escolhesse iria escolher você também?

—Faz sentido!

—Claro meu amor, nós somos pessoas falhas, erramos constantemente. Por isso nós não podemos escolher a dedo quem é o amor de nossas vidas!

—Você já se apaixonou antes?- perguntei curiosa, nunca havia tocado nesse assunto com ela.

—Antigamente não tínhamos escolha, seu avô mandou eu casar com seu pai e eu fui obrigada!- ela disse

—Mas mãe, você se arrepende?

—No começo eu sofri muito, seu pai era mulherengo, ele me deixava em casa e saía todas as noites!- ela disse com um olhar triste e nessa hora eu me xinguei mentalmente por fazer ela lembrar disso.

—Mãe...

—Não filha, deixa eu falar. Naquela época eu não gostava dele, mas isso não passou do primeiro mês!- suspirou. —Eu me apaixonei por ele, mas ele só me usava. Ele só me tratava bem quando queria me levar pra cama!-Arregalei os olhos. —Eu não me importava, ter ele comigo era maravilhoso, eu me sentia​ amada naquele momento e era com isso que eu sobrevivia. Migalhas do amor dele!- ela disse com a voz entrecortada. —Até o dia em que ele trouxe uma biscate para a nossa casa, naquela época morávamos num casebre, que seu pai havia comprado. Naquele dia eu havia saído cedo para buscar trigo, quando cheguei em casa estava os dois deitados na cama, foi ali que meu mundo desandou, perdi o chão, tive vontade de fugir, correr e nunca mais voltar, mas ele me proibiu. Eu disse que iria ir embora e ele me obrigou a ficar, tinha dia que eu passava horas e horas chorando. Com o tempo fui percebendo que ele havia mudado os hábitos, não via mais marcas de batons em suas blusas, não via arranhões em seu corpo, ele ficou um bom tempo sem beber também... Quando achei que o amor havia acabado, ele renasceu, ele ressurgiu. Seu pai se apaixonou por mim, nunca soube em qual momento foi, mas, quando isso aconteceu eu senti.

—Você sentiu?- perguntei confusa. —Sentiu quando ele passou a te amar?

—Sim, ele foi mudando sua vida por mim, me fez confiar nele novamente. Ele me pediu em casamento!- arqueei as sobrancelhas e ela riu. —A gente já era casado, mas ele fez questão que fizéssemos uma celebração do nosso amor, da nossa vida e foi aí que eu percebi que tudo que acontece serve para nos ensinar. Seu pai errou muito, mas não existia amor, não para ele. Mas o amor o mudou, ele passou a ser uma pessoa melhor, e foi aí que tivemos você!- nesse momento eu chorava e tentava controlar os soluços.

—Mãe... Eu... Eu...

—Calma, respira... 


—Eu acho que estou grávida!

—Eu vou ser avó?- ela perguntou com os olhos arregalados, esperei pelo sermão mas ao invés disso ela me abraçou, ficamos assim por um bom tempo.

—Não conte ao papai!- supliquei e ela beijou minha testa. —Deixa eu ter certeza, eu vou fazer exames e assim que sair peço Lola para te dizer.

—Você tem certeza que quer ir viajar?- perguntou fazendo bico.

—Não!- falei rindo. —Quem sabe meu príncipe venha atrás de mim!- falei e ela me olhou por alguns segundos

—Se ele fosse, você ficaria?

—Para falar a verdade?- perguntei e ela assentiu. —Sim.

—Você ainda ama ele, não é?

—Sim, eu nunca deixe de amar ele.

(…)

Chegamos no aeroporto, meus pais choravam e Bebel estava agarrada ao meu braço, ela soluçava e eu não estava diferente. O fato de Lola não estar ali fez meu coração se apertar ela prometeu para mim que não me deixaria ir sem se despedir, isso me deixou aflita, completamente triste. Acho que coloquei expectativa demais, eu pensei que todos estivesses aqui, e quando eu digo “todos” também me refiro ao Henrique, aliás essa era a minha expectativa maior, eu realmente pensei que ele fosse impedir minha partida mas, ele não está aqui, ele não vai vir.

Chega a ser irônico, até ontem eu não queria olhar para seu rosto, não queria voltar... Mas o fundo é só medo, medo de me machucar, de ser feita de boneca. Olhei para todos os lados, impaciente, tinha apenas dez minutos para entrar no avião, e minhas esperanças estavam se esgotando. Eu tinha que ir, era o que eu queria, não é? Dar paz para o coração, me livrar de todos os sentimentos negativos. Mas por que eu não estou tão animada assim? Dei último abraço em cada um deles, recebi muitos presentes e confesso que fiquei feliz por eles lembrarem de mim.

Cinco minutos, olho pela última vez me certificando que não chegaria mais ninguém. Foi quando ouvi um barulho de carro, meus olhos se direcionaram para o lugar de onde vinha, meu coração quase saiu pela boca, era o carro dele! Mas para a minha decepção, e felicidade ao mesmo tempo, Lola desceu do carro juntamente com tia Maria e tio Edson, nem Juliano e muito menos Henrique estavam ali. 

Mas então que eu percebi que ele não se importava, talvez ele realmente tivesse se cansado e resolveu me esquecer ou simplesmente se cansou de fingir, cansou de bancar o apaixonado. Henrique não havia mudado, mais uma vez senti meu peito arder, meus olhos jorravam lágrimas, de decepção, tristeza... Saudades! Saudades de um alguém que provavelmente nuca foi e nunca será meu!

—Não faz isso comigo!- Lola disse me apertando em seus braços.

—Achei que não viesse!- suspirei me soltando dela, encarando seus olhos que estavam cheios de lágrimas, ela passou o polegar limpando as minhas e eu fiz o mesmo com as delas.

—Milena!- Lucas me chamou. —Temos que ir!- ele disse coçando a cabeça. —Você não desistiu, desistiu?- olhei ao redor vendo todos ali, e me juntei num abraço coletivo.

—Não. Eu não desisti!- falei quase sem voz, me afastei indo em direção á ele.

—Espera!- Lola disse. —Tenho que te entregar um presente. —Um não, três!- arregalei os olhos, ela correu até o carro e voltou com duas caixas e um envelope. —Esse, é o meu!- me entregou a caixa de papel colorida. —E esses, o amor da sua vida mandou eu te entregar!- ela disse me entregou a outra caixinha rosa e o envelope rosa. —Sei que não da tempo de abrir, mas você tem o meu número, qualquer coisa peça Lucas para me ligar!- assenti. Olhei pela última vez, dessa vez era de verdade, ele não apareceria ali. Dei um tchauzinho com a não direita e rapidamente entrei no avião, me permitindo chorar ainda mais, guardei o envelope na bolsa, iria ver quando estivesse calma, os presentes também....


Notas Finais


Vou dormir para não sentir os xingamentos 😂😂😂😂😂
Só tenho algo a dizer : CONFIE EM MIM


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...