História RETARDADOS - Ferrou aqui, ferrou aí?

                                                     ~P.O.V Amy~

  Alan por um descuido solta meu pulso, e eu aproveito essa deixa para subir os degraus o mais rápido que conseguia. Chego á portinha no chão e a abro cuidadosamente, observo em volta, não havia ninguém ali, subo para a superfície, fecho a portinha e recoloco o tapete, ok, respira fundo Amy, vai dar tudo certo, você só precisa salvar a Paçoca, Katy consegue dar conta do resto. Abro a porta do local e olho para os dois lados do corredor, nada. Saio para fora, e fecho a porta cuidadosamente e sigo para a cozinha á fim de pegar alguma arma, vai que eu encontro aquela mulher louca, pelo menos vou ter algo para me defender, abro uma das gavetas do armário e pego uma faca, quando estou fechando-a de novo sinto uma respiração em minha nuca, por extinto me viro com rapidez e aponto a faca na defensiva:

  -EI!- Era Suzune- Calma aí, amiga.

  Solto o ar sentindo uma onda de alívio percorrer meu corpo:

  -Que susto garota!- Solto um riso- O que está fazendo aqui! Corra lá para baixo!

  -Lá embaixo onde?

  -Para o abrigo, temos que se proteger daquela velha louca.

  -Ah sim, eu estava tentando procurar Paçoca, mas não a vejo em lugar nenhum- Torço para que ela esteja escondida com vida em algum lugar.

  -Obrigada Suzune, mas agora pode deixar que eu a procuro.

  -Como quiser- Ela sorri e me abraça- Boa sorte- Então a mesma segue para a porta e some de minha vista.

  Ok, saio da cozinha e sigo para as escadas, nos degraus havia um grande rastro de sangue, engulo em seco, espero que não seja de ninguém que eu conheço. Começo á subir as escadas e chego ao topo, aperto o cabo da faca em minhas mãos e olho para o enorme corredor com as inúmeras facas, não sabia por onde começar.. Ou sabia.. O BANHEIRO! Paçoca adorava ficar ali com Jubiscreido, sigo para lá nas pontas dos pés e abro a porta branca, que range no ato, alguém me da um puxão com força e me taca na banheira que estava cheia d’água e sem sinal da foca, fico desesperada, aponto a faca para um lugar aleatório e vejo quem havia me empurrado.. PEDRO!:

  -CARALHO SEU FILHO DA PUTA! QUE SUSTO QUE EU TOMEI!- Ele tapa minha boca com a mão.

  -XIIIIIU!

  -Tá bom- Fico quieta e ele destapa minha boca.

  -Achei que era aquela velha- Ele resmunga.

  -Nossa, sou mito igual a ela- Ele ri- Cadê o Jubiscreido?

  -Coloquei ele em um aquário lá embaixo.

  -Que horas?

  -Quase agora, ué, você estava na cozinha batendo altos papos com Suzune.

  -Impossível ter voltado tão rápido, e eu nem te vi!

  -Não fui pela porta, passei por aqui, ele mostra um buraco na parede, isso é tipo um elevador, coloquei ele aqui- Ele tapa o buraco novamente.

  -Entendi- Saio da banheira encharcada- Obrigada pelo banho- Ele ri- Você por um acaso viu a paçoca por aí?

  -Não vi ela em lugar nenhum, desculpa Amy.

  -Tudo bem- Suspiro- Bom, vou voltar á minha procura por ela, eu te aconselho a descer para o abrigo.

  -Irei fazer isso, pode deixar boa sorte com sua caça.

  -Obrigada- Digo e saio do banheiro.

  E agora? Para onde ir? Começo a me dirigir para as escadas novamente até que ouço um latido suave, me viro quase que instantaneamente e vejo Paçoca, vindo até mim aos pulos:

  -AHHHHH MEU AMORZINHO!- Grito e pego ela no colo- Que susto você me deu sua nojenta!

  Ela late como se respondesse á minha fala, rio:

  -Bom, agora temos que sair daqui- Sigo para as escadas feliz da vida, tinha recuperado minha cachorrinha, não havia dado de caro com aquela louca, tudo estava perfeito, mas como eu sou cagada, comemorei antes da hora. Quando cheguei lá embaixo vi a mulher, ela estava de costas, eu tinha tempo de correr, mas algo me chamou atenção, ela parecia estar conversando com alguém, prendo a respiração para não fazer nenhum ruído e escuto:

  -Authentic?- Ela chama e alguém responde do outro lado, mas eu não consigo ouvir- O que você quer? A garota? Sério? – Pausa- Mas ela vai ser a mais difícil de encontra, sabe que aqueles garotos idiotas vivem protegendo-a- Ela protesta e se vira, tento me mexer mas era tarde demais, ela havia me visto, e como prova disso um sorrisinho malicioso se alastra pelo rosto da mesma- Tudo bem meu querido, acho que isso vai ser mais fácil do que eu imaginava, adeus- Ela desliga o aparelho e o coloca no bolso do casaco- Sabia que é feio ouvir a conversa dos outros- Ela ri e se aproxima de mim- Coloco a mão no cós de minha calça, minha faca ainda estava ali, se eu tivesse uma mira boa talvez a acertasse, mas, o problema é que eu não tinha coragem de matar sequer uma mosca, como faria isso?- Bom- Ela pega a arma e aponta para mim- Qualquer movimento brusco eu atiro- Ela mira em minha testa, tinha perdido minha chance, tudo estava perdido, tudo.. Ninguém poderia me salvar.

  Algo grita lá em cima e por uma fração de segundo a arma sai de minha testa, era minha chance, chuto a mulher.