História Retour Vers le Passé - Piquenique a Luz de Velas

POV. Marinette
 
Cheguei no terraço da minha casa e me destransformei, desci para o meu quarto onde Sophia me esperava sentada em minha espreguiçadeira.
 
- E então? - Perguntou ela sorrindo.
- E então o que? - Rebati.
- Não se faça de desentendida. Como foi com Chat? - Perguntou ela.
- Bem... Iremos conversar mais amanhã.
- Yeeeh. - Ela vibrou. - Vocês terão um encontro.
- Não acho que seja bem um encontro. - Eu disse. - No vamos só conversar.
- Marinette isso é um encontro. - Disse Tikki.
- Ela está certa! Um encontro é quando duas pessoas que se gostam saem sozinhas, ela conversam e se beijam.
- Eu não vou beijar o Chat Noir. - Eu disse, me virei em direção a cama. - Boa noite.
 
Acordamos no dia seguinte e fomos para a aula. Chegamos e logo avistamos nossos amigos.

- Oi Alya, Nino e A-Adr... Adrien. - Eu disse com um sorriso bobo no rosto.
- Oi Marinette, oi Sophia. - Eles disseram em coro.
- Oi gente. - Sophia acenou cumprimentando-os.
 
As horas se passavam devagar, confesso que não estava nem um pouco afim de assistir aula. Meu corpo estava na sala, mas minha mente estava pensando no "encontro" dessa noite. Eu estava inquieta e Alya notou que havia algo diferente comigo. No horário da saída, estávamos reunidos no portão quando Alya veio me perguntar.
 
- Amiga, o que houve com você? Estava no mundo da lua hoje.
- Verdade Marinette, você está sempre atenta na aula. - Comentou Nino.
- Ah! Isso é porque ela tem um encontro hoje. - Disse Sophia.
- Ahhhhhh. - Alya gritou histericamente. - Sério? Quando é que você pretendia me contar, em amiga?
- Sério? Que legal Marinette! Fico feliz por você. - Disse Adrien materializando-se bem atrás de nós. "De onde ele surgiu?" Pensei. - Só avise pro cara que você tem um amigo que gosta muito de você, e se ele te fizer sofrer terá que se ver comigo. Afinal, você é minha amiga, e sempre será minha melhor amiga. - Ele concluiu com um sorriso sincero.
 
Aquelas palavras pesaram em meu coração. "Afinal você é minha amiga." Meus olhos se encheram de lágrimas. Mas antes que alguém pudesse ver me virei e sequei-as.
 
- Obrigado Adrien. - Minha voz falhava. - Agora temos que ir. Vamos Sophia. - Antes que ela pudesse responder, puxei-a pelo braço e saímos dalí.
- Sempre será minha melhor amiga, ele disse. Eu sou uma idiota por pensar que algum dia Adrien poderia gostar de mim. - Eu disse para Sophia quando já estávamos longe o suficiente da escola. - Ele só me enxerga como amiga, nada mais. Isso nunca vai mudar.
- Mamãe, quer dizer, Mari, não diga isso. Tudo vai se resolver, apenas dê tempo ao tempo. - Sophia tentava me consolar, eu estava em prantos.
- Adrien não merece meu amor, sempre serei sua amiga, mas nunca passará disso!
 
Chegamos em casa, tomei um banho e dormi um pouco.
 
- Marinette acorda! Está na hora de encontrar o Chat. - Disse Tikki.
- Claro, vamos. - Eu disse desanimada.
- Qual é Marinette? Levanta esse astral, o Chat não tem nada haver com seu problema com Adrien, não desconte nele. - Disse a kwami.
- Tem razão Tikki. - Me levantei e alonguei meu corpo, ouvi alguns estalos. Me recompus no mesmo instante. - Tikki, transformar.
- Divirtam-se! - Disse Ookami.
- Juízo! - Disse Sophia.
 
Eu simplesmente os ignorei e saí do quarto. Assim que cheguei avistei Chat no topo da Torre.
 
- Boa noite, gatinho. - Eu disse com um sorriso no rosto como se nada tivesse acontecido.
- Boa noite, My Lady. - Ele me cumprimentou com um beijo nas costas da minha mão, como sempre fazia. - Venha comigo.
 
Ele se posicionou atrás de mim e cobriu meus olhos com as mãos. Senti seu corpo tão próximo ao meu, isso fez com que cada pelo do meu corpo se eriçasse. Desde a ponta dos pés até o ultimo fio do meu cabelo. Demos alguns passos e Chat tirou suas mãos de mim, em um ato rápido se posicionou na minha frente. Havia um grande tecido vermelho aberto ali, haviam alguns sanduíches naturais, sucos, frutas, doces, e duas velas que iluminavam o local. Fiquei tão maravilhada com a imagem que por um momento as luzes da grande e bela Torre Eiffel foram ofuscadas por aquela duas velas acesas.
 
- Chat é lindo! - Disse sorrindo.
- Hoje a noite é nossa. Sente-se My Lady. - Nos sentamos um de frente para o outro. - Er... Eu... Quer dizer, nós... Quer dizer... - Ele tentava encontrar as palavras certas para começar uma conversa.
- Como foi seu dia? - Perguntei quebrando o clima tenso.
- Monótono! E o seu?
- Não quero falar sobre. - Eu disse virando a cabeça.
- Ah, que isso, me conte. - Ele levantou meu rosto com a mão sob meu queixo.
- Eu tive meu coração partido por alguém que eu gostava. Enquanto eu nutria um amor por ele, ele só me considerava uma amiga. - Percebi as primeiras lágrimas escorrem por meu rosto.
- Esse garoto é um idiota, por não perceber o quão especial você é. - Ele segurou meu rosto com as duas mãos, de modo que eu me prendesse em seu olhar. - My Lady, eu não poderia substituí-lo? Me deixe substituí-lo.
- O quer dizer Chat?
- Me deixe morar no seu coração, prometo nunca fazê-la sofrer. Eu te amo. - Ele disse.
 
Nesse instante ele me puxou para mais perto e tentou me beijar. Em um ato rápido virei o rosto, o que fez com que ele desse um selinho em minha bochecha.
 
- É melhor eu ir Chat. - Eu disse me colocando de pé. Porém, antes que eu lançasse meu ioiô, fui impedida. Seus braços me envolveram, ele estava atrás de mim com seu rosto apoiado em minha nuca.
- Não vá! - Ele disse com uma voz rouca.
 
Me virei e o encarei, seus olhos estavam lacrimejados. "Ah gatinho! Eu magoei você! Me desculpe." Pensei. "Eu sou uma idiota mesmo! Esse tempo todo eu correndo atrás de alguém que nunca seria meu, enquanto Chat sofria por minha causa. Fui mesquinha e não pensei nos sentimentos dele."
 
- Não chore gatinho, eu fico. - Eu disse.
 
Antes que perdesse a coragem puxei seu rosto e colei meus lábios nos seus. Chat se suspreendeu com minha atitude e por alguns milésimos de segundos, ficou imóvel com aqueles lindos olhos verdes arregalados para mim. Porém, não demorou muito e ele se entregou ao beijo.
 
POV. Adrien
 
Ela me beijou antes que eu tivesse tempo de piscar os olhos. Fiquei paralisado. Ela cobriu minha boca com a sua, exercendo uma pressão firme e constante com seus lábios macios. Minha língua escorregou pelo lábio inferior dela antes de entrar boca adentro. Aquele carinho aveludado a fez estremecer. Ela beijava com paciência, carinho e amor. Eu agarrei sua cintura e colei ainda mais seu corpo junto ao meu. Por trás das pálpebras fechadas, eu absorvia seu gosto e seu cheiro, curtia a sensação de tê-la tão perto. Era como se eu tivesse finalmente descoberto uma passagem pra seu coração.